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História 3 da Madrugada - ItaIno - Capítulo Único: Moça loira dos olhos azuis


Escrita por: Srt_Winchester_

Notas do Autor


Hoi 💕🦕
Boa tardezinha 🌵☀️

Hoje lhes trago uma oneshot ItaIno, o título me foi doado através de um jornal da @Call_me_Amanda - fico muito grata pela doação, amei fazer essa oneshot e peço mil desculpas pela demora para postar! - na qual irei deixar o link nas notas finais, tem alguns títulos disponíveis além de várias dicas! 😉

× Capa feita por @Ackermann_ , obg meu bem 💕 ×
× Betagem por @Srt_Winchester_ ( eu mesma ) ×

Espero ganhar um feedback no final... 💕🥰🦕

Beijos, @Srt_Winchester_ 💕🦕

Capítulo 1 - Capítulo Único: Moça loira dos olhos azuis


Fanfic / Fanfiction 3 da Madrugada - ItaIno - Capítulo Único: Moça loira dos olhos azuis

História - 3 da Madrugada 

 

    Narrada por Itachi Uchiha 

 

    Acordei por volta das 10 da manhã, finalmente chegou o dia em que vou me mudar. Me levanto e me dirijo ao banheiro que fica ali no quarto mesmo, faço minha higiene como sempre e saio do quarto já me deparando com a briga de dois adolescentes. 

 

Sarada: SAORI ABRE ESSA PORTA! - batia freneticamente na porta do banheiro. 

 

Saori: PODE ME DAR LICENÇA? EU ESTOU NO BANHO! 

 

Sarada: VOCÊ NUNCA TOMA BANHO NAS TERÇAS SAORI!  

 

Saori: EU PRECISO FICAR APRESENTÁVEL SARADA! 

 

    Esses dois são meus sobrinhos Saori tem 17 e Sarada tem seus 16, ambos são filhos do meu irmão Sasuke e de sua esposa Sakura. Estou ficando na casa deles já que meu mini apartamento está lotado de caixas lacradas.  

 

Itachi: Sara usa o banheiro do meu quarto - sorrio e ela me olha esperançosa.

 

Sarada: É sério? - afirmo com a cabeça e ela corre em minha direção e me abraça rapidamente - Obrigada, obrigada! - deu pulinhos e correu para dentro do quarto. 

 

    Hoje é um dia especial, Saori vai apresentar a namorada para Sasuke e Sakura e claro, a mim e Sarada aproveitou para revelar que está namorando com Boruto, filho do amigo de infância de meu irmão mas como sou uma ótima pessoa vou poupá-los do almoço e seguir como se nada estivesse acontecendo.  

 

Sakura: Bom dia Ita - ela sorri a mim, estava indo em direção às escadas - dormiu bem hoje? - ela pede preocupada. 

 

    Após o dia que aluguei o apartamento comecei a ter sonhos estranhos, era sempre eu preso em um cômodo com gritos de uma mulher vindo do outro lado da parede e sempre que acordava o relógio marcava 3 a.m.

 

Itachi: Dormi bem, aquele chá que Sarada me levou ontem a noite me ajudou muito 

 

Sakura: Que bom, é o chá que Sasu toma quando tem insônia, ele dorme igual a uma pedra - ela ri, já descíamos as escadas - foi ele mesmo quem preparou e pediu pra Sara te levar - sorriu ao marido que já estava na cozinha com um avental amarelo de bolinhas roxas. 

 

Itachi: Adorei o avental, super másculo - rio e Sasuke faz o mesmo. 

 

    Anos atrás se eu visse meu irmão rindo ou qualquer coisa do tipo eu já entraria em pânico achando que ele estaria tendo uma crise e vai iria mas tudo mudou e isso foi graças a Sakura que surgiu na vida dele bem no fim de seu ano letivo na escola. Sasuke era o homem mais sério e que não demonstrava sentimentos que eu já vi na vida mas quando ele a viu pela primeira vez e ela nos deu "oi" ao lado de Hinata - uma amiga nossa - ele corou e aí todos nós já sabemos o que iria acontecer… 

 

Sakura: Será que agora eu posso te ajudar? - se escorou no balcão - estou entediada amor 

 

Itachi: Eu acho que nós podemos fazer pelo menos a salada, não acha Saky? 

 

Sakura: Eu acho uma ótima ideia - ela apontou para mim e rimos. 

 

    Eu estou na casa de Sasuke e Sakura a uma semana, Sasuke é um advogado reconhecido e Sakura médica, já eu sou um advogado "chinfrim" como meu pai mesmo diz. Ambos moram na parte mais valorizada graças ao salário bom de ambos e eu morava no subúrbio até uma semana atrás que foi onde recebi uma proposta do chefe de Sasuke e não pensei duas vezes em aceitar, sei que tem dedo do Sasu nisso e eu não fico aborrecido afinal ele está apenas me ajudando a crescer em minha carreira e também a melhorar minha situação financeira. 

 

Sasuke: Eu pensei em strogonoff de frango, afinal Saori disse que ela é apaixonada - riu enquanto cortava a carne.

 

    Vou ser bonzinho e poupá-los da cessão culinária e também das vergonhas que meus sobrinhos irão passar na mesa e irei direto ao ponto… Por volta das 15hrs todos já havíamos nos acalmado e Sasuke como um ótimo irmão - e sendo obrigado pela esposa - me levou até minha antiga casinha onde os homens já botavam as caixas no caminhão. E por dizer homens eu me refiro aos meus amigos.

 

Kiba: Enfim o grande dia! - sorriu ao me ver, em suas mãos uma caixa grande. 

 

Chouji: Eai Uchiha - sorriu - está preparado pra uma vida mais estável? 

 

Itachi: Mais que pronto - dei dois tapas em suas costas enquanto ele passava e fui junto a Sasuke para dentro da casa, afinal não fomos ali apenas para olhar! 

 

    A casa era bem pequena, tinha apenas um quarto com um banheiro ao lado, uma sala pequena e uma cozinha junto. A maioria das caixas já haviam ido e falta apenas as de meu quarto e foi justamente para lá que fomos. 

 

Sasuke: Como em uma casa pequena dessas cabe tanta coisa? - ele arqueia a sobrancelha enquanto pega uma caixa. 

 

Itachi: É simples, comprei móveis pequenos pra caber mais itens - ri da cara de Sasuke e fomos indo em direção ao caminhão.  

 

Sasuke: E então, está ansioso? 

 

Itachi: Muito e mais ainda pra começar a trabalhar em um escritório de verdade! - rimos. 

 

    Não demorou para que todas as caixas que faltassem - junto de pequenos móveis - fossem parar no caminhão, não nos despedimos, afinal eles ajudariam a retirar tudo quando chegássemos e assim foi feito. Acabamos a mudança, eram quase 20hrs e como bons homens eles trouxeram algumas cervejas já que isso não pode faltar em uma mudança! 

 

Kiba: Um brinde à primeira bebedeira na casa nova do Ita! 

 

Todos: BRINDE! - batemos as latinhas e junto ao som metálico podia-se ouvir as nossas risadas. 

 

    Bebemos pouco, afinal estávamos no início da semana, além de trazerem a cerveja Chouji encomendou quatro pizzas e depois de comermos me ajudaram a pôr os móveis onde ficariam e a desempacotar algumas caixas. Perto da meia noite eles foram embora, poucas caixas restaram e por conta disso eu fui me deixar. 

 

    O apartamento é grandinho até, tem um quarto com banheiro, outro banheiro no corredor, sala, cozinha e uma lavanderia. Não tive sonhos naquela noite e nem nos dias que se passaram. 

 

( … ) 

 

Dia 1...

 

    Passei três semanas tranquilas, já havia pego 5 casos e ganhado em todos além de ter conhecido uma advogada nesse meio tempo e termos um jantar no fim de semana. A casa agora estava totalmente arrumada, de vez em quando Sarada e Saori apareciam com seus pais para darem uma visitinha já que a casa onde eles residem é apenas a duas quadras de meu prédio.  

 

    Recém cheguei em casa, o relógio marca 19hrs e entro sem acender nenhuma luz mesmo, afinal já decorei tudo oque tenho aqui dentro. Me dirijo ao meu quarto onde tomo um banho e tiro os sapatos e a gravata pondo uma calça de moletom e uma camisa larga cinza no lugar das roupas sociais, no jantar faço apenas uma massa e como assistindo televisão, mas especificamente minha série favorita, 911.

 

    Por estar cansado não demoro muito a sentir-me exausto, com isso escovo meus dentes e me atiro na cama cobrindo-me com uma coberta grossa de pêlo de ovelha. 

 

× 3 da manhã ×

 

    Acordei assustado, batidas fortes na porta da frente foram o motivo. Passo a palma da mão em meu rosto e pressiono levemente sobre o meu olho, levanto com calma mas como as batidas não param acelero, afinal não quero ser responsável por todo o prédio acordar às 3 da manhã! 

 

    Assim que abro me deparo com uma moça muito bonita, seus olhos são azuis intensos e seu cabelo loiro está preso em um rabo de cavalo alto com a franja solta. 

 

xx: D-desculpa acordar…. você - ela tremia, estava muito nervosa - m-meu marido bebeu demais e está muito exaltado… Estou com medo de ficar lá, eu posso dormir aqui? Eu fico no sofá moço… 

 

    Vendo o desespero daquela mulher eu não consigo dizer não, sei que é estranho, afinal eu não ouvi nada além das batidas na porta de meu apartamento. Dou espaço e ela entra, a faço sentar-se e dou um copo de água na qual ela bebe tudo e agradece. 

 

Itachi: Eu sou Itachi, como você se chama? - peço após voltar para a sala com travesseiros e uma coberta grossa já que estava fazendo frio de madrugada. 

 

xx: I-ino, me chamo Ino 

 

Itachi: Prazer Ino, você precisa de ajuda… quer que eu chame a polícia? - digo pondo as coisas ao seu lado, a vejo por a mão em cima do travesseiro de fronha branca. 

 

Ino: N-Não, ele ficaria mais bravo - sussurra como se ele a escutasse. 

 

Itachi: Tudo bem… descanse então, pode ficar a vontade 

 

    A vejo assentir e retorno para meu quarto, por descargo de consciência tranco a porta do mesmo e retomo ao meu sono. No dia seguinte acordei e como sempre, fiz minhas higienes e sai devagar do quarto para não assustar a moça, mas quando chego na sala a coberta está dobrada no canto esquerdo do sofá e o travesseiro ao lado. 

 

Grata pela hospedagem, você foi muito gentil comigo. Espero um dia poder retribuir. 

xoxo, Ino.

 

    Após ler o bilhete, sorrio leve e o ponho no balcão da cozinha logo fazendo meu café da manhã. Naquele dia iria apenas perto das 10 já que era o horário marcado com meu 1° cliente do dia. 

 

( … ) 

 

Dia 2…

 

    Mas um fim de tarde frio em Nova York, cheguei no prédio dando boa noite a Jiraya - o porteiro - que sorriu a mim já que falava com um rapaz que estava escorado em seu balcão. Subi as escadas para o 4° andar já que, se eu fosse de elevador perderia mais tempo de descanso e tratei de logo entrar em meu apartamento. Banhei-me e me vesti apenas com uma calça de moletom e uma camisa manga longa preta e nos pés um par de meias rosas. 

 

    A rua onde o prédio se localiza é calma o que me possibilita ter paz após um dia longo e cansativo de trabalho, sirvo um copo de whisky e sento-me no sofá onde dou um pequeno gole e em seguida o ponho na mesinha ao lado do sofá, pego o livro que estou lendo atualmente e inicio minha leitura e sigo com ela noite adentro, não sei que horas peguei no sono mas acordei mais uma vez no susto com batidas em minha porta. Olho de relance para o relógio e o mesmo marcava mais uma vez 3 a.m. 

 

Itachi: Será que é ela… - penso baixo comigo mesmo e me dirijo a porta. 

 

    Assim que abro me deparo com Ino, a mesma está diferente da noite anterior: seus cabelos loiros estão soltos e bem bagunçados, em seu rosto tem rímel seco nas bochechas na qual devem ter escorrido pelas lágrimas - pelo menos é oque eu deduzo já que seu rosto está inchado e vermelho - e as roupas estão amarrotadas como se alguém tivesse tentado segurá-la a força e impedi-la de sair. 

 

Itachi: Ino?! O que houve, foi seu marido quem fez isso? - a puxo delicadamente pelo pulso, fecho e tranco a porta.

 

Ino: D-desculpe a hora… Eu estava com tanto medo, não sabia para onde ir, como você me ajudou ontem eu pensei… 

 

Itachi: Está tudo bem - sorri gentil - senta aqui - a levo até o sofá e a sento, na cozinha pego um copo de água e ponho açúcar na tentativa de que aquilo a acalmasse um pouco. 

 

    Após entregar o copo me dirijo ao banheiro onde pego lenços umedecidos deixados ali por Sarada e retorno a sala. Pego dois lenços e os passo lentamente no rosto de Ino após ela ingerir a água que eu havia dado anteriormente. 

 

Itachi: O que aconteceu?

 

Ino: Meu marido Sai - suspirou - bebeu mais uma vez e exagerou na dose, ele não sabe a hora de parar - passou a mão na testa e suspirou cansada. 

 

Itachi: Ino, me deixe ligar para a polícia… Eu sou advogado, posso ver algum colega no setor de divórcios que te ajude… 

 

Ino: Eu fico grata mas… estou presa a isso - arqueo a sobrancelha, ela sorri doce - estou presa a Sai… 

 

    Não entendo oque Ino quer dizer com aquelas palavras, estou disposto a ajudá-la mas ela está com medo… Entendo, é natural afinal ela se encontra em um relacionamento abusivo…

 

Ino: Você se importa se eu… dormir aqui novamente? 

 

Itachi: É claro que não, irei pegar uma coberta e um travesseiro - digo terminando de limpar seu rosto e sorrio já me levantando. 

 

    Ino é uma mulher linda, fico triste em saber que ela está em uma situação assim tão difícil. Em meu quarto pego no armário o cobertor na qual havia emprestado na noite anterior junto ao travesseiro e quando retorno a sala Ino está deitada no sofá já dormindo, a cubro com a coberta e pelo fato da mesma estar abraçada à almofada eu apenas deixo o travesseiro em um canto para o caso de ela o querer no passar da noite. Pego o copo com o restante de whisky e me dirijo para o meu quarto onde injiro o mesmo e me deito logo pegando no sono em seguida.  

 

( … ) 

 

Dia 3…

 

    Acordei com o sol batendo em meu rosto, esfrego meus olhos e bocejo enquanto me sento com calma na cama. O apartamento está bem silencioso oque me faz imaginar que Ino já foi embora, em minhas narinas um cheiro não tão forte de café chega manso e eu me levanto seguindo o agradável aroma. No balcão havia a garrafa térmica com a tampa embaçada, em um prato coberto com guardanapos estão 4 pães de queijo e no escorredor de louça pingava na pia pequenas gotículas de água indicando que não fazia muito que haviam sido lavadas.  

 

Bom dia Itachi, espero que goste do café da manhã que lhe deixei como forma de agradecimento… Tenha um bom dia!

xoxo, Ino.

 

    Sorrio ladino, me sento no banco de frente para o balcão e me sirvo do café na qual está ainda bem quente assim como o pão de queijo. Pego meu celular e trato de ver as notificações que recebi no meio da noite e ali me deparo com uma mensagem de meu chefe: 

 

Sr.Minato 

 

~ Boa noite Itachi, desculpe-me a hora em que estou entrando em contato

 

~ Venho apenas lhe avisar que está de folga amanhã, tens trabalhado demais então tome o dia para descansar 

 

    Respondo agradecendo pelo dia livre e dizendo que qualquer coisa que precisasse era apenas me chamar. Pelo horário da mensagem era antes da meia noite quando eu peguei no sono já que a mensagem chegou às 23:23 da noite anterior. Respondo mais algumas mensagens e então termino meu café da manhã, lavo louça em que sujei e me dirijo ao banheiro onde tomo uma rápida ducha e me visto com uma roupa boa o bastante para enfrentar o frio das ruas de Nova York. Usaria um pouco do meu dia para ir ao mercado e comprar alguns itens que notei estar faltando em casa. 

 

    Não demoro para me ver no térreo do prédio, penso em falar com Jiraya sobre a situação de Ino e ver sua opinião sobre mas o mesmo estava concentrado em uns papéis então opto por falar com ele na volta. A ida ao mercado foi tranquila, o relógio marcava 15 para o meio dia quando eu passo pela porta de entrada do prédio, o homem de cabelos grisalhos agora me olha e sorri para mim junto a um abano que eu logo retribuo e ando até si.

 

Itachi: Sr. Jiraya, eu poderia lhe fazer uma pergunta?

 

Jiraya: Claro que sim - ele sorri - e eu já disse para me chamar apenas de Jiraya, Itachi 

 

Itachi: Desculpe… É costume do trabalho - rio sem graça e ele sorri para mim como forma de dizer um "eu compreendo". 

 

Jiraya: Está bem, está bem - me dá dois tapinhas no braço que está escorado no balcão - vamos, pergunte! Já estou ficando ansioso… - ele diz.

 

Itachi: Fazem três dias que eu acordo com batidas em minha porta, sempre às 3 da madrugada… Quando abro é sempre a mesma pessoa, Ino… Você sabe em que apartamento ela e o marido ficam? Eu acho que é no mesmo andar que eu… 

 

Jiraya: Ino? - ele franziu cenho - Itachi você tem certeza… 

 

Itachi: Sim senhor, porque? O que tem ela? - pergunto já aflito, com medo de que algo mais sério pudesse ter acontecido. 

 

Jiraya: Tinha uma moradora com esse nome há alguns anos mas… sabe… 

 

Itachi: Jiraya, quem está ficando ansioso agora sou eu! 

 

Jiraya: O marido dela Sai, ele bebia de mais e perdia o controle facilmente… a quase 4 anos ele a matou espancando-a e depois cometeu suicídio… Se nada disso tivesse acontecido eles seriam seus vizinhos hoje em dia… 

 

    Eu estava totalmente em choque, essa história não podia ser verdade! Jiraya estava brincando apenas, era um completo absurdo! 

 

Itachi: Você está brincando… - ele não estava, seu olhar sério me dizia isso - O-obrigado pela ajuda Jiraya… - digo quando vejo uma senhora se aproximar do balcão, dou assim o assunto por encerrado - Bom trabalho - como sempre subo pelas escadas, ainda norteado com a história contada pelo homem. Quando entrasse em meu apartamento, pesquisaria sobre o incidente nas redes… 

 

    Chegando em meu andar encarei a porta ao lado da minha, somente então notei que a mesma estava toda empoeirada, sinal que não era aberta a muito tempo. O número da porta era 34 e o 3 estava tombado para o lado estando apoiado no 4. 

 

Itachi: Não… pode ser, ela tomou água em minha casa, me deixou bilhetes agradecendo a hospedagem… - penso baixo comigo mesmo, será que eu era o único a ouvir os barulhos em minha porta às 3 da madrugada? 

 

    Entro em meu apartamento e deixo as sacolas no balcão indo direto para meu notebook na qual havia deixado ligado já que não pretendia demorar na ida ao mercado, feita anteriormente. Abro o google e digito "Ino" e o nome do edifício onde moro e logo de cara aparece uma reportagem fazendo com que meus olhos se arregalaram. 

 

Ino Yamanaka, mais uma vítima de feminicídio na cidade de Nova York. 

 

    "Ino Yamanaka, 26 anos, morava com o recém marido Sai Yamatachi, 28 anos, haviam se casado a menos de dois anos quando o irmão mais novo do homem foi assassinado em sua própria residência fazendo assim com que o mesmo entrasse em depressão profunda. "Sai ingeria muita bebida, muitas das vezes tínhamos que ligar para a polícia pois os gritos dele não paravam de ecoar pelo prédio" fala dita por Jiraya, o recepcionista do edifício "no início ele nada dizia ou fazia a Ino, lamentava a morte do irmão e os vizinhos mais próximos podiam até ouvir Ino o acalmando… mas as coisas mudaram…" continuou Jiraya. 

 

    Após meses o acalmando de suas crises Sai começou com gritos, muitas vezes Gaara, 27 anos, vizinho do casal na época, afirmou que ia até a porta ao lado e batia e isso acabava fazendo Sai interromper seus surtos mas as coisas foram ficando piores a cada noite. "Eu acordava diversas noites as 3 da madrugada, Ino gritava para que ele parasse com o que estivesse fazendo e logo então os barulhos de coisas se quebrando paravam… mas em uma noite… exatamente às 3 da manhã o que parou foram os gritos de Ino e eu me arrependo de, naquela noite, não ter ido até o apartamento…" trecho da entrevista com Gaara.

 

    O corpo de Ino foi encontrado na cama, a mesma foi espancada até a morte por Sai que usou as próprias mãos para realizar o ato. Sai, por sua vez, foi encontrado no chão do banheiro ainda com vida. Os paramédicos foram chamados para realizar o socorro ao homem mas o mesmo não resistiu e acabou falecendo ali mesmo. "Sai havia tido um surto, na autópsia realizada descobrimos que ele havia ingerido diversos tipos de remédios causando um efeito de delírio e alucinação, imaginamos que ele tenha vindo a atacar Ino por, em sua mente, imaginar ser o assassino do irmão na qual até hoje está imune do crime." disse o médico responsável pela autópsia do corpo do casal. 

 

    Fechei o notebook com força, aquilo REALMENTE estava acontecendo comigo? Passei a mão por meu rosto e então abri novamente o aparelho em minha frente, mudei a pesquisa para Gaara tentando achar o homem que na época era vizinho do casal. 

 

Fantasmas existem sim, só nós que não acreditamos até estarmos de frente para um! 

 

Esse era o título de uma matéria em um blog.

 

    "A um tempo atrás acabei ouvindo todo um crime de feminicídio, o homem assassinou a esposa após um surto psicótico - isso segundo o legista responsável pela autópsia. Eu sem muito dinheiro na época permaneci no prédio, no mesmo apartamento na qual era ao lado do apartamento do crime ocorrido. Tudo começou com sonhos estranhos, acordava assustado e ofegante mas até aí estava tudo bem afinal desde criança eu tenho pesadelos frequentes porém após 3 semanas do crime comecei a ouvir gritos vindos do apartamento sendo que o mesmo estava vazio. 

 

    Conforme o tempo foi passando acordava com batidas na porta mas sempre que a abria não havia ninguém. Pelo menos até certa noite: havia chego quase 22 horas pois minhas aulas na faculdade haviam atrasado, tomei apenas um banho e já me joguei na cama pegando no sono. Acostumado a acordar de madrugada com as batidas apenas me virei na cama, porém as mesmas continuaram o que me fez levantar e abrir a porta, tranquei a respiração na hora vendo ali em minha frente Ino Yamanaka a vizinha que sempre me cumprimentava quando me via. Ela me pediu desculpas pela hora e assim como a vez em que me pediu abrigo certa vez quando estava viva disse: "D-desculpa acordar ... você. M-meu marido bebeu demais e está muito exaltado… Estou com medo de ficar lá, eu posso dormir aqui? Eu fico no sofá..." mesmo boquiaberto com a situação a deixei entrar, e a partir dali não teria mais sossego enquanto não saísse daquele apartamento.  

 

    Consegui entrar em contato com alguns paranormais de confiança e os mesmos me disseram que era provável que Ino não soubesse que estava morta, falaram-me para dizer a ela, lhe mostrar a notícia de seu falecimento e que ela iria entender e assim se libertar mas ela era minha amiga eu não podia simplesmente dar essa notícia a ela…" 

 

    Li todo o texto escrito por Gaara, quando o procurei em redes sociais para tentar contatá-lo soube de seu falecimento. Atropelamento na qual o motorista fugiu e, assim como o crime do irmão de Sai, o responsável não havia sido preso. Eu sabia oque fazer, mas será que conseguiria concluir tal missão?

 

( … ) 

 

    Separei tudo o que precisaria, havia impresso as notícias e também o relato escrito por Gaara. O relógio marcava 2:49 a.m e eu me encontro sentado no escuro apenas aguardando Ino bater desesperada em minha porta. Balanço o whisky em meu copo mas não consigo engolir o líquido, não enquanto não tenho a tal conversa com a moça loira de olhos azuis… 

 

    Os minutos se passaram, as 3 a.m. chegou e as batidas frenéticas logo ecoaram pelo apartamento. Levantei-me com calma pensando em como abordaria o assunto, pensando se realmente funcionaria e se sim, o que aconteceria. Lá estava ela, seus cabelos loiros bagunçados, seus olhos de íris azuis inchados e alguns hematomas espalhados por seu corpo, convidei-a para entrar e ela assim fez. Totalmente em silêncio. 

 

    Ficamos assim pelo que pareceram horas mas quando olhei no relógio haviam se passado minutos. Acanhado me sentei mais perto e peguei os papéis em cima da mesa do centro.  

 

Itachi: Ino? Eu quero lhe mostrar uma coisa…   

 

    Ela me olhou confusa quando lhe estendi os papéis, os pegou lentamente e os encarou. 

 

Ino: O-oque é isso? Meu nome… 

 

Itachi: Leia… com calma… 

 

    O silêncio reinou por quase meia hora, a observei a todo o momento e então pude ver as lágrimas pingando nas folhas ainda em suas mãos.  

 

Ino: E-eu… 

 

Itachi: Eu sinto muito, eu espero que… comigo lhe revelando isso você consiga se libertar e então descansar… 

 

    Ela me olhou nos olhos, os mesmos pareciam brilhar e não eram pelas lágrimas. Uma brisa forte passou pela sala o que me fez estranhar afinal eu não tinha nenhuma janela aberta naquele horário, meu olhar se voltou para o corredor de onde vinha o vento e quando o retornei para o sofá, onde devia estar Ino Yamanaka, a mesma havia desaparecido e as folhas que antes estavam em suas mãos agora caiam lentamente em direção ao chão. 

 

     Não tendo mais oque fazer a não ser esperar pela noite seguinte fui dormir. A manhã e tarde foram monótonas e eu estava ansioso para que a noite chegasse, queria saber se no fim todo o meu esforço e as pesquisas de Gaara no fim haviam dado certo. A noite veio mansa, as horas demoraram a passar e eu fiquei acordado até o relógio de minha cabeceira marcar 3 da madrugada. Não houve batidas, não houve barulhos, não houve gritos. Sorri feliz com isso…

 

Ela enfim tinha a paz que merecia… 

 

~ Fim.


Notas Finais


Bom, por hoje foi isso gente... feliz que após quase dois meses - se não mais - tentando concluir ela eu finalmente consegui. ^^💕

Obrigada @Call_me_Amanda pelo título doado! Deixo para quem quiser o jornal onde, como dito antes, ainda tem alguns títulos disponíveis e diversas dicas para quem quer começar a escrever 😉
https://www.spiritfanfiction.com/jornais/formando-uma-fanfic-dicas-doacao-de-titulos-e-mais-22388572 .

⚠️ Quer se acalmar após uma one de terror/suspense? Que tal usar essas duas oneshot's para acalmar os nervos?? ⚠️

Oneshot NejiTen: (comemoração ao niver do Neji).
https://www.spiritfanfiction.com/historia/feliz-aniversario-papai--nejiten-22600321

Oneshot KibaHana: (comemoração ao niver do Kiba).
https://www.spiritfanfiction.com/historia/chocolate-quente-22624332

Ganho um feedback? ^^

× Capa feita por @Ackermann_ , obg meu bem 💕 ×
× Betagem por @Srt_Winchester_ ( eu mesma ) ×

Beijos, @Srt_Winchester_ 💕🦕


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