História 5 coisas que eu odeio no meu namorado - NAYSOO - Um: O Santo.

Você deve estar se perguntando o porquê de estar vindo ler isso, mas acredite, eu estou ainda mais surpresa por alguém ter aparecido para saber das 5 coisas que eu odeio no meu namorado.

Mas antes, vou lhes dar uma breve explicação sobre como cheguei a esse ponto:

Do Kyungsoo sempre foi meu vizinho, pelo menos desde que me lembro e nossas janelas eram praticamente coladas, formando aí um clichê de série jovem. Tanto que do meu quarto, eu conseguia ouvir a música clássica que ele costumava colocar todos os dias para tocar.

Mas não, a gente não conversava através de cadernos.

Isso até ele evoluir de apenas um vizinho para meu crush. Eu ainda estava entrando na puberdade quando Kyungsoo começou a parecer fofo demais para mim, ao ponto de eu querer beijar o rosto dele ou ser notada. Mas ele era um problema constante.

– Se você não for falar com ele, nada vai acontecer. Olha como ele é tímido, esquece. A iniciativa nunca vai vir dele. — Momo não me ajudava e não me ajuda até hoje, mesmo sendo uma de minhas melhores amigas.

Estávamos na escola, no intervalo, isso ainda no Ensino Fundamental II. Kyungsoo estava um pouco distante de nós, sentado sozinho no banco do pátio comendo seu lanche, enquanto os outros baderneiros da sala dele corriam.

Eu gostava de observá-lo, achava-o tão bonito, e ainda acho. Quando ele percebia que eu estava olhando - eu fazia questão de NÃO disfarçar - sempre corava e desviava o olhar.

E foi aí que eu comecei a pensar numa forma de decretar que estávamos namorando. Para mim fazia todo sentido ele corar e isso significar que seríamos felizes para sempre.

Olhei uns memes na internet e achei o perfeito. Seria o agora ou nunca.

– Você não acha que vai assustá-lo? — Mina, outra que nunca me ajudou em nada sobre o Do, comentou.

– Claro que não. Vamos ser felizes. Não precisa jogar praga no meu namoro só porque o Baekhyun não dá a mínima pra você.

– Ai, Nayeon!

Eu sei, foi cruel. Mas não se preocupe que agora os dois namoram e está tudo bem. E a Momo? Calma, eu chego lá. Foque em mim.

Voltando á introdução, desfilei até o Kyungsoo e ele logo me encarou com os enormes olhos dele, que eu amo de paixão e corou.

– O-Oi.

– Oi. Você tem namorada?

– Não...

– Agora tem.

Desde então começamos a namorar. Momo e Mina até tentavam me dizer que Do poderia se sentir mal por estar preso em um relacionamento, mas eu pergunto 'pra ele até hoje sobre isso e a resposta é sempre a mesma.

– Eu gostava de você bem antes, amor.

Ressalto que antes de chegarmos no "amor" eu quase falecia quando ele me chamava de Nay. Dependendo do momento, eu ainda avermelho sem querer.

Estamos juntos há 6 anos, concluímos a escola e agora fazemos parte de dois grupos em formação. Apostamos todo o nosso salário em quem debuta primeiro.

Agora sim, o foco principal. A primeira coisa que eu odeio.

1: Eu odeio o fato do Kyungsoo ser um santo.

Sim, com todas as minhas forças. Pela introdução já deu para perceber. Eu preciso ao menos tentar mudar isso, e quando eu digo "um santo", não estou mentindo nem exagerando. ELE É.

A mãe dele sempre foi super protetora. Segundo o próprio Do, ela tem medo de mim e me acha uma péssima namorada. Um absurdo. Toda vez que eu vou na casa dele, eu finjo que não vejo, mas sei que ela deixa um spray de pimenta com ele. E acredite, Kyungsoo guarda todos para "emergências".

Para muitas garotas, ter um namorado que anda na linha é um super lucro, mas minha mãe já dizia que não sou todo mundo e acertou em cheio. No meu caso, o meu namorado anda na ponta dos pés nessa linha.

"Mas Nayeon você deveria aceitar ele como é."

Um relacionamento é sinceridade e por isso essa lista. Ok, eu amo carinho e presentinhos, mas não o tempo todo. Mas vamos deixar esse para o item 3.

Quando estamos vendo filme na minha casa, Kyungsoo sempre cobre os olhos nas cenas de sexo. Infelizmente eu costumo gostar daqueles de faixa etária mais elevada e eu sei que estou ao lado de um ADULTO, então posso assistir tranquilamente.

– O que você tem? — Indaguei enquanto comia minha pipoca e assistia a atriz gemendo loucamente na tv.

– Você sabe que eu me sinto desconfortável nessas cenas...

"Isso quer dizer que nunca rolou dedo no cu e gritaria, Nayeon? HARHARHAR"

Sim, parece realmente uma mentira mas já perdi meu cabaço faz tempo, amores. Kyungsoo era meio lerdo e ainda mais medroso mas até que supriu meu tesão naquela hora no meio da dorzinha.

Retomando, quando chamei Do para ir comigo no cinema assistir 50 Tons de Cinza me arrependi de ter recusado o convite da Momo para ir com ela e o Chanyeol - isso até o momento em que eu descobri que os dois ficaram empolgadinhos e nem terminaram de ver o filme e foram fazer igual -, porque ele passou quase o filme INTEIRO de olhos cobertos e o rosto virado.

– E a cena da última surra? Nossa, quase chorei! — Comentei saindo com ele da sala.

– E-Eu não olhei, amor. A moça estava nua e me senti envergonhado.

Puta merda, pensei. Quando recebi o mesmo convite até fiquei empolgada, mas era para assistir Detona Ralph 2. Não me julguem, odeio animações.

– Nossa, eu amei a produção do filme! Com certeza vou jogar no computador quando chegar em casa! — Do sorria de orelha a orelha. — Você gostou, amor?

– Claro...

Houve uma vez que eu deixei Kyungsoo colar da minha lição, porque ele havia ficado ocupado demais contando formigas no quintal. No dia seguinte, na hora de entregar, ele chorou na frente de todo mundo por ter sido desonesto. Atitude essa que comoveu a professora e ela o deixou fazer de novo, até porque ele era aluno de 10 e a minha lição merecia 6,5.

"E você nunca tentou conversar, Nayeon?"

Conversar? Fui até direta demais. O estopim para mim foi o último dia dos namorados. Eu estava de castigo sem sair de casa porque havia xingado Seoyeon de vaca na frente da minha omma. Injusto, ela que tinha me provocado dizendo que se eu vacilasse ficava com o meu Soo! Inclusive, naquela hora ele estava na igreja com a mamãezinha dele.

Quando a luz no quarto dele acendeu indicando que o mesmo havia chegado, acenei eufóricamente da janela e ele fez o mesmo sorrindo e indicando que ia se trocar. Fiz outro sinal quase implorando para que deixasse a cortina aberta e embora sem graça, me concedeu essa.

Mesmo baixinho Kyungsoo tinha um físico bonitinho e que eu amava e isso foi suficiente para me fazer molhar só olhando as costas dele.

– Eu queria estar com você hoje, aff...

– Eu também, feliz dia dos namorados, minha bunny. Você tem que parar de xingar sua irmã, amor.

– O que acha de brincarmos um pouquinho, Kyung-oppa? Pelo telefone mesmo...

– Claro! Do que quer brincar?

– Você canta pra mim minha música favorita e eu fico reagindo. O que me diz?

– Já gostei. Vamos.

Graças á Chaeyoung, Boyfriend do Justin Bieber era minha música preferida e eu amava quando Kyungsoo cantava ela para mim. Mas eu estava tão necessitada que a voz dele me enlouqueceu. Tranquei a porta, deitei na cama e pedi para ele começar.

– 'Tá gostando?

– Uhum...

Movi meu dedo mais rápido nas pequenas passagens de rap e me concentrei para continuar respondendo ele. Mas depois da segunda passagem e refrão eu já gemia loucamente.

– Nayeon?

– Ah, Soo... Kyungsoo!

Ele desligou na minha cara. Sorte que eu já havia atingido, e depois fez minha mãe me obrigar a ir pra igreja por tê-lo obrigado a pecar. Pelo menos ele não contou o tipo de pecado.

E cá estamos agora:

– Então você não gosta do meu jeito?

– Não é exatamente seu jeito. É isso que acabei de te falar... Odeio essa sua santidade toda. — Cruzo os braços, o olhando sentado no meu sofá. Minha mãe e Seoyeon foram namorar.

– E eu preciso mudar? Não quero te perder, eu...

– Kyungsoo, calma, não chora. Mas sim, eu quero que você mude isso.

– Como? Fala, meu doce.

– Sei lá, você me conhece! Me fala umas putarias!

Fiquei batendo o pé levemente enquanto o olhava pensar. Do estava suando e parecia estar caçando algo que presta na mente. Coloquei as mãos na cintura indicando minha impaciência.

– Calma, eu... Gosto do seu cabelo!

– Kyungsoo, isso não é uma putaria. E obrigado, eu uso Salon Line.

– Hm... Gosto do seu bumbum! Isso! — Escondeu seu rosto numa almofada.

Sorri orgulhosa. — É mesmo?

Esperei ele respirar e se recompôr. Parecia que dizer aquilo havia estourado o pâncreas dele.

– Gosto, e eu sempre olho quando você está de costas. Mesmo sem querer, desculpa.

– Não, não se desculpe! Eu adorei saber disso, e o que mais você gosta?

– Q-Quando você senta no meu colo mesmo sabendo que eu fico sem graça. — Brincou com os dedos.

– Hmm, ótimo. — Caminhei até ele e sentei de frente para o mesmo, mordendo todo seu maxilar. — E o que mais, amor?

– O fato de você nunca deixar eu terminar de falar só porque quer ir pra cama comigo.

– Acertou...

Dessa vez ele ficou menos sem graça comigo engatinhando na cama sem roupa. E eu pensei que esse seria o começo de um novo Kyungsoo menos santo.

– Nay... — Chamou quando eu estava quase dormindo.

– Uhm? — Murmurei.

– Desculpa...

– 'Ta doido, cara?

– Eu te forcei. Fiquei falando aquelas coisas e nem perguntei se você queria, e você ficou exibindo seu bumbum bonito... Me desculpa

E um choro se iniciou. Ele começou a rezar e se desculpar... Meu Deus, haja paciência.

Missão falha? Provavelmente.