1. Spirit Fanfics >
  2. A Dançarina >
  3. Capítulo 4 - O inferno de Sakura

História A Dançarina - Capítulo 4 - O inferno de Sakura


Escrita por: Hiroo_Haruno

Notas do Autor


Caros e queridos leitores,

Este capítulo está atualizado conforme eu tenha dito. Alguns estão com nomes diferentes, pq fazia mais sentido este título. Este eu vou permanecer.

Espero que gostem
Boa leitura!!

Kissus da Hiroo 🌸

Capítulo 4 - Capítulo 4 - O inferno de Sakura


Fanfic / Fanfiction A Dançarina - Capítulo 4 - O inferno de Sakura

Sakura Haruno - POV


Claro que eu não estava no meu estado normal de sanidade.


Sentar no colo do Uchiha foi uma loucura da minha cabeça. Um erro. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim sabia que aquilo ia acontecer mais cedo ou mais tarde.


A boate ainda vibrava com a energia do público quando voltei para o camarim. Eu queria ignorá-lo, fingir que nada aconteceu, mas as garotas não me deixaram em paz.


— Sakura, pelo amor de Deus, como foi? — Uma delas perguntou, os olhos brilhando de curiosidade.


— Meu sonho de princesa! — Outra suspirou.


Hinata apenas sorriu, cúmplice, enquanto Kurenai se aproximava com aquele olhar sério de sempre.


Eu já esperava um sermão.


Mas, para minha surpresa, ela apenas estendeu a mão.


— Você passou.


Eu pisquei, confusa.


— Passou no desafio, Saky! — Hinata explicou, animada.


— 𝘋𝘦𝘴𝘢𝘧𝘪𝘰? — Franzi o cenho.


Scarlett riu, debochada.


— Para ser dançarina principal, você tem que provar que merece o título. Ou achou que a Kurenai aprovaria uma qualquer para ser atração principal?


Meu estômago revirou. Eu não fazia ideia de que tinha sido testada.


— Não precisa falar assim com ela, Karin. — Uma das dançarinas rebateu. — Você também passou por essa fase.


Karin revirou os olhos e foi para sua penteadeira.


Antes que o clima piorasse, Kurenai chamou a atenção de todas.


— Foi um ótimo dia de performance, meninas. Estão de parabéns. — Todos aplaudiram. — Quero dar os parabéns à nossa nova integrante. Como atração especial, não precisará comparecer todos os finais de semana, apenas nos eventos importantes. Hinata cuidará da agenda e… Karin ajudará Sakura a evoluir nas danças.


O camarim congelou.


— O QUÊ? POR QUE EU? — Karin quase surtou.


Kurenai nem piscou.


— Porque como a primeira dançarina, seu dever é ajudar Sakura. E ponto final.


A ruiva bufou e saiu batendo a porta.



---


Horas depois


Eu o vi antes que ele me visse. Ou talvez ele já estivesse me observando antes de eu sequer notar.


Sasuke Uchiha.


Ele estava ali, naquele camarote privado, com o olhar afiado como se enxergasse através de mim. Havia algo de predatório na forma como ele analisava as pessoas, como se soubesse de algo que os outros não sabiam. Eu deveria desviar o olhar, fingir que não notei. Mas algo me impedia.


Eu me virei para sair. Precisava de um momento longe daqueles olhos escuros e daquela presença sufocante. Subi as escadas rapidamente, sentindo a adrenalina pulsar em minhas veias, e entrei em uma das salas privadas da boate. Fechei a porta atrás de mim, respirando fundo.


Mas não durou muito.


Ouvi passos. Silenciosos, mas firmes. Antes que eu pudesse reagir, a porta se abriu.


E lá estava ele.


Sasuke Uchiha me olhava com aquela expressão ilegível, como se já esperasse me encontrar ali. Seu olhar era pesado, intenso. Ele não falou nada de imediato, apenas me analisou, como se estivesse tentando montar um quebra-cabeça cuja peça final era eu.


— O que você está fazendo aqui? — Minha voz saiu firme, mas meu coração martelava no peito.


Ele deu um meio sorriso, um daqueles que não revelam absolutamente nada.


— Eu poderia perguntar o mesmo para você.


Minha mandíbula se contraiu. Eu odiava quando ele fazia isso. A forma como sempre parecia no controle, enquanto eu me sentia à beira de um precipício.


— Eu estou apenas... procurando algo. — Respondi, evasiva.


Ele deu um passo à frente, e eu senti minha respiração falhar por um segundo.


— Procurando o quê? — A voz dele estava baixa, arrastada, como se quisesse que eu saboreasse cada palavra. — Acha que vai encontrar o que precisa por aqui?


Engoli em seco.


Ele estava jogando, como sempre. Tentando me pressionar.


— Você não tem nada a ver com isso. — Disse firme, mantendo meu olhar no dele.


Mas Sasuke não recuou. Pelo contrário, inclinou a cabeça levemente, como se estivesse se divertindo com a situação.


— Você está errada, Cherry. — O apelido na boca dele soou como uma provocação. — Eu sou a pessoa certa para entender o que está acontecendo. E o que está por vir... você não vai gostar.


Um arrepio percorreu minha espinha.


Ele sabia de algo. Algo que eu ainda não entendia.


Mas antes que eu pudesse perguntar, ele já estava se virando para sair.


— Fique fora disso, Cherry. Você não faz ideia do que está realmente acontecendo aqui.


E com isso, ele desapareceu, me deixando ali, sozinha, com perguntas demais e respostas de menos.


--


Amanhecer


A boate estava vazia, o céu começando a clarear.


Apenas eu e Karin sobramos ali. Ela fumava, apoiada contra um carro.


— O que foi, cabelo de chiclete? Não vai embora descansar?


Cruzei os braços.


— Por que implica tanto comigo?


Ela soltou a fumaça antes de responder.


— Antes de você nascer, eu já fazia meus corres. Mas eu não era livre. E entre a liberdade e o luxo, escolhi ser livre. Ao contrário de você, fedelha.


Ela jogou o cigarro no chão, pisando em cima.


— Ensaios, sábados às seis da manhã. Sem atraso.


E foi embora.


Suspirei, exausta.


Hinata apareceu do nada, me fazendo pular.


— Pelo amor de Kami! Me mata do coração, não?!


Ela riu.


— Desculpa, Saky. Mas vi sua conversa com a Karin…


— O que foi agora?


Hinata hesitou por um instante antes de dizer:


— Você precisa ganhar o respeito dela.


Revirei os olhos.


— Você só pode estar brincando.


— Não estou. Karin passou por coisas difíceis. O que ela mais valoriza é respeito.


Bufei.


— Tá, e como eu faço isso?


Hinata sorriu.


— Deixe-me contar como a conheci.


E então ela começou a contar a história de Karin.


Aos 18 anos, uma aprendiz da Kurenai. Aos 19, forçada a se casar com Orochimaru, um empresário poderoso.


Três anos depois, ela voltou. Machucada. Magra.


E com olhos que não brilhavam mais.


Hinata encontrou Karin desacordada no banheiro, vítima de anorexia e depressão. Os médicos salvaram sua vida, mas seu marido… bem, ele apareceu como o homem perfeito. Trouxe flores, fingiu cuidado.


E, quando ela voltou para casa, os abusos recomeçaram.


Mas Karin se fortaleceu. Denunciou. Fugiu. E nunca mais olhou para trás.


A história me deixou sem palavras.


— Agora entende? — Hinata perguntou suavemente.


Engoli em seco.


— Sim… mas isso não significa que vou tolerar as merdas dela.


Hinata riu.


— Justo.


Nos despedimos, e eu fui para casa.


Mas, ao chegar, lá estava Chiyo-sama.


Com a cobrança do aluguel atrasado.


E lá se foi o meu pagamento inteiro.



---


Universidade


Minha manhã já estava uma merda.


Eu dormi mal, acordei atrasada e ainda tive que lidar com Chiyo-sama me arrancando todo o pagamento do mês. Tudo que eu queria era um pouco de paz. Mas claro que o universo não colaboraria comigo.


Quando cheguei na universidade, o estacionamento estava lotado, o que não era nenhuma novidade. O que me surpreendeu foi o barulho de pneus cantando no asfalto.


Virei a tempo de ver um Honda NSX preto deslizar suavemente até uma vaga reservada na frente do prédio principal. O motor ronronou antes de desligar, e a porta do carro se abriu lentamente, como se fosse uma cena ensaiada de um filme.


E então, ele saiu.


Sasuke Uchiha.


Alto, impecável, com um casaco preto caindo perfeitamente sobre os ombros largos e aquela expressão blasé que fazia qualquer um se sentir insignificante perto dele. Ele andava como se fosse dono do lugar, como se tudo ao redor existisse apenas para servi-lo.


As garotas, claro, surtaram.


— Ele está tão sexy hoje. — Uma suspirou.


— Você viu aquele carro?! Meu Deus! — Outra quase chorou.


Ino, que estava ao meu lado, cutucou meu braço.


— Você tá babando.


— Tô nada.


— Tá sim.


Revirei os olhos e ignorei. Mas, internamente, eu sabia que estava em apuros. Porque Sasuke não era apenas o cara mais desejado da faculdade.


Ele era o desgraçado que tinha poder sobre o meu destino acadêmico.


A aula seguiu normalmente, até que meu celular vibrou. Uma mensagem inesperada.


📩 Secretaria da Universidade: "Sakura Haruno, compareça à sala do representante acadêmico imediatamente."


Franzi a testa. Que droga era essa agora?


Quando cheguei na sala, a secretária apenas apontou para a porta fechada. Suspirei e bati antes de entrar.


— Entre.


A voz era familiar. Grave, firme.


Ao abrir a porta, lá estava ele, sentado atrás da mesa, folheando alguns papéis como se eu fosse uma perda de tempo.


Sasuke Uchiha.


— Você me chamou? — Cruzei os braços.


Ele ergueu o olhar, e um sorriso irônico brincou em seus lábios.


— Sim, Haruno. Sente-se.


— Prefiro ficar em pé.


Ele arqueou uma sobrancelha, mas não insistiu.


— Então vamos direto ao ponto. — Ele empurrou um documento na minha direção. — Seu nome está na lista de alunos com mensalidades atrasadas.


Meu estômago afundou.


Eu sabia que isso ia acontecer, mas não esperava que fosse tão cedo.


— E o que isso significa? — Mantive minha expressão neutra.


Sasuke inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos na mesa. Seus olhos escuros brilharam com algo que eu não soube decifrar.


— Significa que se você não quitar a dívida em duas semanas, será desligada da universidade.


Engoli em seco.


— Duas semanas?! Isso é ridículo! Sempre dão um prazo maior para os alunos regularizarem.


— Sim. Mas, por alguma razão, sua situação foi... acelerada. — O tom dele era puro veneno.


Meus olhos se estreitaram.


— Você fez isso?


Ele não confirmou nem negou. Apenas sorriu.


— São as regras.


Raiva subiu pelo meu peito. Eu sabia que ele estava jogando. Eu só não entendia qual era a aposta.


— Isso não é justo.


Sasuke se levantou lentamente, andando ao redor da mesa até ficar na minha frente. O cheiro dele invadiu meus sentidos—algo entre menta e cedro, sofisticado e provocante.


— A vida não é justa. — Ele disse baixinho, com um brilho perverso nos olhos.


Meu coração martelou.


— Eu vou conseguir o dinheiro. — Cuspi as palavras.


Sasuke inclinou a cabeça.


— Espero que sim. Seria uma pena te ver partir.


Ele deu um passo para trás e voltou a se sentar, pegando uma caneta e assinando alguns papéis, como se eu não estivesse mais ali.


— Pode ir.


Fiquei mais alguns segundos parada, tentando entender por que diabos ele fazia questão de me provocar tanto. Mas então percebi que ele queria isso. Queria me ver desequilibrada.


Então apenas me virei e saí.


Mas algo me dizia que ele ainda não tinha terminado comigo.



---



O dia na universidade estava sendo um verdadeiro inferno. A semana de provas se aproximava, e meu cérebro já ameaçava entrar em colapso. Entre estudos sobre anatomia, fisiologia e um relatório interminável sobre neurociência, eu mal tinha tempo para respirar.


O professor discursava sobre os efeitos dos neurotransmissores no sistema nervoso central, mas meu foco já tinha se dissipado há tempos. Minha cabeça latejava, não apenas pelo cansaço, mas pela avalanche de notificações que não paravam de chegar no meu celular.


Hinata: "Saky, cadê você??"

Hinata: "EMERGÊNCIA!!!"

Hinata: "Kurenai quer você na boate. AGORA."

Hinata: "Tô indo te buscar!"


Arqueei as sobrancelhas, franzindo os lábios. O que poderia ser tão urgente? Ainda tinha um turno na biblioteca para revisar os conteúdos da prova, e depois, meu trabalho no Ichiraku. Eu simplesmente não tinha tempo para nada fora disso.


Suspirei e enfiei o celular no bolso da calça jeans, pegando minha mochila para sair da sala de aula. Assim que pisei na área do estacionamento, destravando minha bicicleta, um barulho alto cortou o silêncio do campus.


O carro preto derrapou violentamente na calçada, arrancando suspiros assustados de alguns alunos ao redor. Eu dei um passo para trás, piscando em confusão. A porta do passageiro se abriu com força, e de lá saiu Hinata, ofegante, os olhos perolados arregalados de urgência.


— Saky, temos uma emergência! — A voz dela estava desesperada.


Fechei os olhos por um momento, sentindo a dor de cabeça aumentar.


— Hinata, o que tá acontecendo? Como você me achou?


Ela respirou fundo antes de responder:


— Pain falou com Konan, que falou com Kurenai, que disse que te queria agora.


— E o meu trabalho? O senhor Ichirako vai me matar se eu faltar.


— Já resolvemos isso! Pain garantiu que hoje tá fraco no Ichiraku. Mas você PRECISA vir agora.


Minha intuição gritava que aquilo não era bom. Mas Hinata não era do tipo exagerada, então, se ela estava naquele estado, algo sério tinha acontecido.


Suspirei e montei no carro. No mesmo instante, ela jogou minha bicicleta no suporte traseiro e arrancou em disparada.


— Hina, pelo amor de Deus, fala logo. O que tá acontecendo?


— Os Uchihas vão fazer uma reunião na boate. Querem as dançarinas principais no palco.


Meu coração deu um salto no peito.


— Espera... O QUÊ?!


Hinata me lançou um olhar exasperado, como se eu já devesse ter entendido tudo.


— Sakura, são OS UCHIHAS. Aqueles que praticamente mandam na cidade. Se recusarmos, pode ser o nosso fim.


Ótimo. Como se minha vida de estudante de Medicina já não fosse complicada o bastante, agora eu tinha que entreter mafiosos.


Hinata acelerou pela cidade, desviando dos carros com uma habilidade que chegava a me deixar enjoada.


— Suas roupas e sua peruca estão no banco de trás. Se veste rápido.


Me virei e puxei a sacola, já sabendo o que esperar, mas ainda assim me surpreendi. Um biquíni preto fio dental minúsculo, que mal cobria o necessário.


— Sério, Hina? Eu devia estar estudando neuroanatomia agora.


— E ao invés disso, vai fazer muito dinheiro. Agora veste logo.


Bufei, mas comecei a me trocar no banco do passageiro, com dificuldade por conta dos solavancos do carro. Coloquei a peruca, ajustei as alças do biquíni e respirei fundo.


Assim que Hinata estacionou nos fundos da boate, saímos correndo para dentro do prédio. A música já estava alta, as luzes piscavam, e o cheiro de bebida e cigarro impregnava o ar.


Kurenai nos esperava com os braços cruzados e um olhar afiado. Karin já estava pronta, trajando um biquíni vermelho semelhante ao meu, os lábios pintados de um tom escuro.


— Chegou em cima da hora, Cherry. — Kurenai me analisou de cima a baixo.


— O trânsito tava uma loucura. — Respondi, ironicamente.


Ela não riu.


— Os Uchihas estão fazendo um coquetel para os sócios. Quero que tirem o máximo de dinheiro deles.


— Deixa comigo. — Karin piscou, confiante.


As luzes se apagaram. A primeira música começou. Karin entrou no palco com um pulo rodante, arrancando assobios da plateia masculina.


Os sócios dos Uchihas eram, em sua maioria, estrangeiros. Homens de terno, cigarros caros entre os dedos e olhos famintos em direção ao palco. Karin sabia exatamente o que estava fazendo, e quando terminou, saiu do palco com notas de euro e dólar presas ao biquíni.


Hinata me deu um empurrãozinho.


— Sua vez, gata. Arrasa.


E então, as primeiras notas de Gangsta da Kehlani ecoaram no salão. Uma lira desceu do teto, e eu iniciei minha performance, me entregando completamente à música. Cada movimento fluía de maneira instintiva, enquanto eu sentia a energia do ambiente mudar.


No final da apresentação, enquanto descia da lira, meus olhos se encontraram com um par de orbes negras.


Sasuke Uchiha me observava do camarote, um sorriso sacana nos lábios.





Notas Finais


Belezoca?
Se chegou aqui e gostou ( espero ter gostado ) aguarde até o próximo cap que tem mais tretas hehehehehehehe

Amo vcs

Cap 4 atualizado


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...