1. Spirit Fanfics >
  2. A Descoberta Das Bruxas >
  3. Capitulo 5

História A Descoberta Das Bruxas - Capitulo 5


Escrita por: MariaRaissaAA

Notas do Autor


Heey, olha quem chegou. A tia Mariinha! kkkkk
demorei mas cheguei, esse capitulo não é tão grande mais eu já comecei o próximo e não vou demorar anto assim para a próximo atualização.
Devo dizer que vocês tem uma sorte do caralho porque quem também lê as minhas outras fanfics sabe que elas estão paradas, mas essa aqui eu não estou tendo problemas em passar pra Larry.
Enfim, boa leitura e espero que gostem do andamento da fanfic que é bem lento mais muito interessante. parece que o romance vai demorar mas não demora tanto assim kkkkkk
Como a fanfic não é da minha autoria então eu já vou avisando que também posto no watppad então se acontecer alguma coisa com ela aqui, tem lá.
beijões da tia Mariinha :)

Capítulo 5 - Capitulo 5


Depois do jantar, sentei no sofá da sala ao lado da lareira e liguei o laptop. Por que um cientista do calibre de Tomlinson se interessaria tanto por um manuscrito alquímico – mesmo enfeitiçado – a ponto de fazê-lo passar o dia inteiro lendo antigas notas sobre morfogênese ao lado de uma bruxa na Bodleiana?

Tirei o cartão dele de dentro da minha pasta e o coloquei ao lado da tela do computador. Na internet, links para um assassinato misterioso e para as inevitáveis notícias de sites de relacionamento, uma longa listagem biográfica parecia promissora: a página da faculdade de Tomlinson, um artigo na Wikipedia e links para sites dos membros atuais da Royal Society.

Cliquei no link para o site da faculdade e bufei. Louis Tomlinson era um dos membros que não postavam informações na rede, nem mesmo referências acadêmicas. Na página da Yale, os visitantes podiam obter informações de contato e o currículo completo de quase todos os membros da faculdade. Obviamente, Oxford mantinha uma política diferente em relação à privacidade. Não era de estranhar que um vampiro ensinasse lá.

Não havia sinal de Tomlinson no hospital, embora o cartão o indicasse como associado. Digitei “John Radcliffe Neurociences” na caixa de busca e obtive uma listagem de serviços do departamento. Mas sem qualquer referência aos médicos, apenas uma extensa lista de links para pesquisas. Fui clicando automaticamente nos termos e encontrei uma página dedicada ao “lóbulo frontal”, mas sem informações adicionais.

O artigo na Wikipedia não ajudou muito, e o site da Royal Society não se mostrou melhor. O que se afigurava como pista útil nos principais sites era protegido por senhas. Não tive sorte nas tentativas com os nomes e as senhas, e me foi negado o acesso por mais de sessenta vezes.

Frustrado, digitei o nome do vampiro no site de busca, ligando-o aos jornais científicos.

– Hurra! – gritei de entusiasmo.

Se Louis Tomlinson não tinha muita presença na internet, era ativo na literatura acadêmica. Depois de clicar numa caixa que organizava os resultados por data, obtive um relatório instantâneo da história intelectual de Tomlinson.

Minha sensação de vitória se desvaneceu. Ele não tinha uma história intelectual. Ele tinha quatro.

A primeira iniciava com o cérebro. Grande parte do tema ultrapassava o meu conhecimento, mas pelo que parecia Tomlinson tinha feito uma reputação simultânea como cientista e médico por meio de pesquisas do lóbulo frontal do cérebro como processador de ímpetos e desejos. Ele tinha feito grandes avanços associados ao papel desempenhado pelos mecanismos neurais nas respostas de gratificação lenta envolvidas com o córtex pré- frontal. Abri uma nova janela do navegador para ver um diagrama anatômico e localizar a parte do cérebro em questão.

Alguns argumentavam que a erudição não deixa de ser uma forma velada de autobiografia. Meu coração acelerou. Considerando que Tomlinson era um vampiro, achei sinceramente que a gratificação lenta era um assunto que ele dominaria bem.

Surpreendentemente, as clicadas seguintes mostraram que o trabalho de Tomlinson deixou de lado o cérebro para se voltar para os lobos – lobos noruegueses, para ser exato. Durante a pesquisa ele devia ter despendido uma fatia considerável de tempo nas noites da Escandinávia – o que não seria um problema para qualquer vampiro, tanto pela temperatura corporal como pela capacidade de enxergar no escuro que eles têm. Eu o imaginei em meio à neve, todo encapotado e com um bloco de notas à mão – e enfraquecido.

Depois disso é que surgiram as primeiras referências ao sangue.

A estadia do vampiro na Noruega em meio aos lobos era para analisar o sangue dos animais e assim determinar os grupos familiares e os padrões herdados. Tomlinson isolara quatro clãs entre os lobos noruegueses, três dos quais eram nativos. Ele atribuía a origem do quarto clã a um lobo que chegara à Noruega vindo da Suécia ou da Finlândia. E concluía que uma surpreendente quantidade de acasalamentos levara a uma troca de material genético que acabou por influenciar a evolução da espécie.

Na ocasião, ele estava rastreando os traços herdados entre outras espécies animais e também entre os humanos. Grande parte de suas publicações recentes era técnica – métodos para coloração de amostras de tecidos e processos para manipulação do DNA, particularmente antigo e frágil.

 Apertei com força uma das mechas do meu cabelo, na esperança de incrementar a circulação do sangue com a pressão, reacendendo assim minhas sinapses fatigadas. Aquilo não fazia sentido. Nenhum cientista produziria tanto em tantas disciplinas diferentes. O domínio de uma única disciplina exigiria mais do que uma vida inteira – quer dizer, uma vida humana.

 Um vampiro poderia muito bem dar conta disso se trabalhasse durante décadas com o tema. Que idade se ocultava atrás daquele rosto de trinta e poucos anos de Tomlinson?

 Levantei e preparei uma xícara de chá. Com a caneca fumegante em uma das mãos, peguei o celular com a outra dentro da bolsa e digitei um número.

Uma das melhores coisas em relação aos cientistas é que eles sempre têm à mão um telefone. E eles sempre respondem às chamadas no segundo toque.

 – Christopher Roberts.

 – Chris, sou eu, Harry Styles.

 – Harry. – A voz de Chris soou acolhedora, e uma música tocava ao fundo. – Eu soube que o seu livro conquistou outro prêmio. Parabéns!

– Muito obrigada. – Me remexi na cadeira. – Foi completamente inesperado.

– Não para mim. É uma obra incrível. Por falar nisso, o que você está pesquisando agora? Já terminou o seu discurso?

– Ainda não – eu disse. Era o que eu devia estar fazendo, e não rastreando vampiros na internet. – Antes de tudo, mil desculpas por incomodá-lo no laboratório. Você tem um minuto para mim?

– Claro – gritou para alguém abaixar o volume do som, mas o volume continuou o mesmo. – Espere um pouco. – Alguns ruídos abafados e em seguida, silêncio. – Assim está melhor – ele disse encabulado. – No início do semestre os meninos ainda estão cheios de energia.

– Os estudantes da graduação sempre estão cheios de energia, Chris – me veio uma ponta de saudade da balbúrdia nas salas de aula entupidas de estudantes.

– Você sabe. Mas como vai você? O que deseja?

Eu e Chris tínhamos conseguido nossos postos em Yale no mesmo ano, e a efetivação dele também não era esperada. Ele estava um ano à minha frente porque ganhara o prêmio Fellowship, da Fundação MacArthur, pelo seu brilhante trabalho como biólogo molecular.

Ele não se comportou como um gênio pedante quando lhe telefonei para perguntar por que um alquimista descreveria duas substâncias aquecidas em um alambique como galhos que brotavam de uma árvore. No departamento de química, ninguém mais se mostrara interessado em me ajudar, mas Chris pediu a dois alunos Ph.D. que recolhessem o material necessário e recriassem o experimento, e depois insistiu que eu fosse ao laboratório. Lá, assistimos a uma fumaça cinzenta evoluindo gloriosamente dentro de um béquer de vidro até formar uma árvore vermelha com centenas de galhos. Desde então nos tornamos amigos.

Respirei fundo.

- Conheci alguém outro dia.

Chris se empolgou. Ele sempre me apresentava uns caras da academia onde se exercitava.

– Não se trata de romance – fui logo dizendo. – É um cientista.

– É exatamente do que você precisa, de um cientista charmoso. Você precisa de um desafio... e de uma vida.

– Olhe só quem está falando. A que horas você saiu ontem do laboratório? Além do mais, já tenho um cientista charmoso na minha vida – brinquei.

– Não mude de assunto.

– Oxford é uma cidade tão pequena que acabei esbarrando com ele. E parece que ele é importante por aqui - não é inteiramente verdadeiro, pensei, mas está bem perto de ser. – Eu dei uma olhada no trabalho dele e entendi muitas coisas, mas não estou conseguindo entender o trabalho por inteiro. Alguma coisa não se encaixa.

– Não me diga que ele é um astrofísico – disse Chris. – Você sabe que sou fraco em física.

– Muita gente o considera um gênio.

– E sou mesmo – ele rebateu, prontamente. – Mas minha genialidade não alcança os jogos de cartas e a física. O nome dele, por favor. – Chris tentava ser paciente, mas nenhum cérebro era rápido o bastante para ele.

– Louis Tomlinson. – O nome ficou preso no fundo da minha garganta, como o aroma de cravo-da-índia na noite anterior.

Chris soltou um assovio.

– O elusivo, o recluso professor Tomlinson. – Os pelos dos meus braços eriçaram. – Você o enfeitiçou com esses seus olhos?

Chris não sabia que eu era bruxo e o uso do verbo “enfeitiçar” foi meramente acidental.

– Ele gostou do meu trabalho sobre Boyle.

– Ah, sim – disse Chris, com um tom de galhofa. – Você lançou esses estonteantes e arrebatadores olhos verdes e que mais parecem esmeraldas em cima do cara e ele ficou pensando na lei de Boyle? Ele é um cientista, Harry, não é um monge. E é realmente um cara importante.

– Verdade? – perguntei, com uma voz débil.

– Verdade. Ele, como você, foi um fenômeno que começou a publicar desde a época em que ainda era um estudante da graduação. E coisa boa, sem nenhum garrancho... um trabalho que dignificaria nossa carreira se um de nós o tivesse assinado.

Procurei minhas notas num bloco amarelo.

– Você está se referindo ao estudo sobre os mecanismos neurais e o córtex pré-frontal?

– Você fez o dever de casa direito – ele disse, em tom de aprovação. – Não sei muito sobre os primeiros trabalhos de Tomlinson, o que me interessa é a química dele, mas as publicações sobre os lobos causaram um grande rebuliço.

– Como assim?

– Ele teve uma sacada incrível... Ele sacou por que os lobos preferem certos lugares para viver, como se agrupam socialmente e como se acasalam. Foi como se ele também fosse um lobo.

– Talvez seja – tentei me manter o mais neutro possível, mas um toque de amargura e ressentimento se apossou da minha voz.

Louis Tomlinson não tivera o menor pudor em se valer de suas habilidades sobrenaturais e sua sede de sangue em favor de sua carreira. Se fosse o vampiro que tivesse que tomar uma decisão sobre o Ashmole 782 na noite da sexta-feira anterior, com toda certeza ele teria tocado nas ilustrações do manuscrito. Eu estava convicto disso.

– Seria muito mais fácil explicar a qualidade do trabalho que ele fez se ele próprio fosse um lobo – disse Chris, pacientemente, ignorando o tom da minha voz. – Mas como esse cara não é um lobo, você tem que admitir que ele é brilhante. Foi eleito para a Royal Society justamente por conta disso, depois é que publicaram as descobertas dele. Passaram a vê-lo como o novo Attenborough. Depois disso, ele saiu de circulação por um tempo.

Eu posso apostar que ele fez isso.

– Então, ele apareceu de novo, interessado em evolucionismo e química?

– Sim, mas o interesse dele pela evolução foi uma progressão natural do trabalho sobre os lobos.

– Então, é por isso que a química dele lhe interessa?

A voz de Chris assumiu um tom confidencial.

– Bem, ele está agindo como todo cientista age quando faz uma grande descoberta.

– Não estou entendendo – eu disse.

– Nós ficamos nervosos e esquisitos. E nos escondemos nos laboratórios e não comparecemos às conferências com medo de que alguma coisa escape e ajude um outro cientista a fazer uma grande descoberta.

– Vocês agem como lobos. – Agora eu sabia algo importante sobre os lobos. O comportamento possessivo e prudente descrito por Chris se adequava perfeitamente a um lobo norueguês.

– Exatamente – disse Chris, sorrindo. – Ele mordeu alguém ou foi pego uivando para a lua?

– Até onde sei, não – murmurei. – Tomlinson sempre foi tão recluso?

– Não sou a pessoa indicada para lhe responder isso – ele admitiu. – Ele tem um diploma de médico e deve ter alguns pacientes, se bem que não é famoso como médico. E os lobos gostavam dele. Mas ele não tem feito conferências nos últimos três anos. – Deu uma pausa. – Espere um pouco, preciso pensar, se não me engano houve alguma coisa alguns anos atrás.

– O quê?

– Ele deu uma prova... não lembro dos detalhes... e uma mulher lhe fez uma pergunta. Uma pergunta inteligente, mas ele não deu bola. A mulher insistiu. Ele se irritou e quase enlouqueceu. Um amigo meu que assistiu à cena disse que nunca tinha visto alguém pular com tanta rapidez da cortesia para a fúria.

Eu já estava digitando, tentando encontrar alguma informação na net obre a controvérsia.

– O Médico e o Monstro, hein? Não há nada na internet sobre a confusão.

– Isso não me surpreende. Os químicos não lavam roupa suja em público. Isso nos prejudica quando saímos em busca de fundos. Não queremos que os burocratas nos vejam como megalomaníacos alucinados. Deixamos isso para os físicos.

– Tomlinson tem algum patrocínio?

– Tem, sim. Ele recebe fundos até o fundo dos olhos. Não se preocupe com a carreira do professor Tomlinson. Ele pode ter uma reputação de insolente com as mulheres, mas não lhe falta dinheiro. Graças ao excelente trabalho que realiza.

– Você já foi apresentado a ele? – perguntei, esperando obter um julgamento da personalidade de Tomlinson.

– Não. Talvez você não encontre mais de uma dúzia de pessoas que tenham sido. Ele não leciona. Mas correm muitas histórias a respeito dele... não gosta de mulheres, é um intelectual esnobe, não responde à correspondência, não aceita alunos nas pesquisas.

– Parece que você acha tudo isso sem sentido.

– Não sem sentido – disse Chris, rapidamente. – Só acho que isso não importa, sobretudo porque talvez ele acabe desvendando os segredos da evolução ou a cura da doença de Parkinson.

– Você o faz parecer um cruzamento de Salk e Darwin.

– Na verdade, não é uma analogia ruim.

– Ele é tão bom assim? – Lembrei-me da intensa concentração de Tomlinson ao estudar os documentos Needham, e da minha suspeita de que ele era melhor do que bom.

– Sim. – Chris abaixou a voz. – Se eu fosse apostar em alguém, apostaria cem dólares que ele ganhará o Nobel antes de morrer.

Chris era um gênio, mas não sabia que Louis Tomlinson era um vampiro. Não haveria prêmio Nobel nenhum – o vampiro cuidaria disso para preservar o anonimato. Quem ganha o Nobel é sempre fotografado.

– Então, está apostado – falei, rindo.

– Se eu fosse você, Harry, começaria a economizar porque você vai perder essa aposta. – Ele soltou um risinho de satisfação.

Ele tinha perdido a nossa última aposta. Eu havia apostado cinquenta dólares que ele seria efetivado antes de mim. Enfiei o dinheiro dentro de uma moldura de uma foto dele, tirada na manhã em que a Fundação MacArthur o convocou. Na foto, Chris passa as mãos pelo seu cabelo negro, com um sorriso encabulado em seu rosto escuro. Ele foi efetivado nove meses depois.

– Obrigada, Chris. Sua ajuda foi valiosa – eu disse, com sinceridade. – Talvez seja melhor voltar para os seus alunos. A essa altura já devem ter explodido alguma coisa.

– Pois é, tenho que dar uma checada. Os alarmes de incêndio não soaram e isso é um bom sinal. – Ele hesitou. – Harry, não enrola. Você está pouco ligando se vai ou não dizer alguma bobagem quando encontrar Louis Tomlinson em algum coquetel. Você está agindo como sempre age quando tenta resolver um problema de pesquisa. O que há nele que fisgou a sua imaginação?

Às vezes, Chris parecia suspeitar de que eu era diferente. Mas eu não podia contar a verdade.

– Eu tenho uma queda por homens inteligentes.

Ele suspirou.

– Tudo bem, não responda. Além do mais, você é um péssimo mentiroso. Tome cuidado. Se ele o deixar de coração partido, terei que ir até aí para dar uns sopapos nesse cara e este meu semestre está um caos.

– Louis Tomlinson não vai me deixar de coração partido. Ele é apenas um colega – insisti –, um colega interessadíssimo em leituras, só isso.

– Para quem é tão inteligente você realmente está sem nenhuma pista. Aposto dez dólares que ele vai procurá-lo antes que esta semana termine.

Eu ri.

- Você ainda não aprendeu? Dez dólares, então... ou o equivalente na moeda inglesa... depois que eu ganhar.

Desligamos. E eu continuava sem saber muita coisa a respeito de Louis Tomlinson – mas já tinha uma noção melhor das questões que restavam, e a mais importante era saber o que teria feito alguém que promovera uma revolução no evolucionismo se interessar pela alquimia do século XVII.

Naveguei pela internet até que os meus olhos não aguentaram mais. Quando o relógio marcou meia-noite, eu estava cercado de anotações sobre lobos e genética, mas bem longe de desvendar o misterioso interesse de Louis Tomlinson pelo Ashmole 782.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado e no próximo capitulo tem os dois acabam se encontrando de novo kkkkk olha eu contando!
espero que tenham gostado e até o próximo meus amores.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...