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História A esperança de um futuro (I) - Roronoa Zoro - Epílogo


Escrita por: sentidootaku

Notas do Autor


ooooooi gentes!

Aqui tarda mais não falha, como prometido, o epílogo da história, presente de aniversário (da Nozomi e meu rs)

Me digam o que acharam do epílogo, eu achei tão fofinho 🥰

Mandem sugestões de personagens ou animes que gostariam de ver fics, quem sabe tenho novas ideias. Além da outra de one piece que já estou postando, tenho uma de Naruto na cabeça, vou matutar a ideia!

Agradeço mais uma vez todos vocês por me acompanharem e compartilharem dessa história comigo.

Até a próxima!

Capítulo 66 - Epílogo


Seis anos depois...

 

– Mamãe! – Ouvi o chamado eufórico e enrolado do meu filho que corria em minha direção com o máximo possível de rapidez que suas pequenas pernas permitiam.

Sorri e me agachei com os braços abertos, recebendo-o em meu colo com um pulo com força que me pendeu para trás de leve.

– Oe, Isamu, cuidado! – A voz grave e forte de Zoro se fez escutar ainda de longe, repreendendo-o pelo ato imprudente.

– Desculpa mamãe. – Disse com os olhinhos tristes e de forma sincera.

O levantei em meu colo fazendo cafuné em seus fios verdes.

– Não se preocupe, Isamu, papai é muito protetor. Tudo bem abraçar a mamãe, estou bem.

– Mas eu também quero proteger você!

Sorri o afagando.

Apesar de ter a cor dos meus olhos e o formato de meu rosto, nariz e queixo, sua pele morena e o formato de seus olhos acompanhados dos cabelos verdes não deixavam dúvidas.

Para variar, mais um de meus filhos nasceu a cara do pai. Me sentia uma incubadora ambulante.

– Voltaram rápido hoje. – Falei sorrindo para Zoro que se aproximou beijando minha testa e Isamu pulou se pendurando no seu pescoço e logo voltando a abraçar o meu pescoço em um abraço.

– Nozomi, não deveria levantar peso.

– Zoro, eu estou grávida, não doente, não fará mal dar colinho. – Virei para Isamu. – Né!? – Falei recebendo um esquimó antes de descer ao chão.

Zoro me olhou com seriedade e bufou em protesto, me fazendo rir.

– Por que voltaram tão cedo hoje?

– Você não foi, aí eu senti saudade. – Respondeu passando seus braços em minha cintura me fazendo sorrir e me dando um beijo.

– Galanteador demais, Roronoa.

– Só quero te arrancar suspiros, Nozomi.

– Ah, você já faz muito isso! – Afirmei em um sorriso e ele me puxou para mais perto, chegando com a boca em meu ouvido, sussurrando.

– Quero te arrancar outras coisas além de suspiros.

Mesmo depois de todos esses anos, Zoro era capaz de me arrepiar com o simples ressoar rouco e sexy de sua voz em minha pele, ainda era eletrizante e ainda me fazia querer grudá-lo na parede.

Me afastei de leve para olhar em seu rosto.

– Zoro-ai.

– Hm!?

– Acho que três filhos é o meu limite.

Ele riu, me hipnotizando.

– É incrível como você continua extremamente sedutor e sexy.

– E você continua me excitando com o seu sorriso.

Dei um leve tapa em seu braço.

Ouvimos a voz de Isamu que voltava correndo de dentro da pequena cabana, nos chamando a atenção.

Zoro prontamente se colocou em posição de defesa, puxando-o para trás de suas costas.

– Papai, não é uma ameaça. – Isamu afirmou arqueando a sobrancelha com a cara confusa.

– Então porque todo esse escândalo?

– Tio Sanji me deu cupcake, fiquei feliz. – Respondeu com espontaneidade como se fosse algo óbvio, soltando um enorme e largo sorriso que, para o azar de Zoro, era igualzinho ao meu.

– Fica igual a sua mãe quando fala essas coisas com essas caras e bocas. – Disse se abaixando. –Não sabia que o sobrancelha de arame já tinha chegado.

– Um pouco depois que saíram, Sanji, Nami, Chopper e Usopp chegaram.

Zoro sorriu de leve para ele, pegando-o no colo. Sua expressão carrancuda sempre desaparecia quando via Isamu sorrir, era impressionante.

– Não sei de onde você pegou essa personalidade tão elétrica. – Falou tocando com o dedo no nariz do filho.

– Acho que está passando muito tempo com Luffy. – Afirmei com os braços cruzados. – Inclusive, ele já tá lá na cozinha também, comendo tudo o que vê na frente e sendo repreendido, sem sucesso, por Sanji. – Comentei rindo.

– Sou só um bravo guerreiro do mar, igual tio Usopp e como Sora, lembra papai? Até meu nome diz isso!

– Guerreiro samurai, Isamu. – Afirmou Zoro de forma doce. – E como conhece Sora? Não é velho demais pra você?

Eu achava Law um pai superprotetor, até ver Zoro sendo pai. Rouge sofreria tanto quanto Corazón, certamente.

– Um dia serei o maior médico do mundo, igual ao tio Trao!

– Acho que isso te responde onde ele conheceu Sora, Law era um grande fã na infância, tem várias coisas guardadas, Corazón também.

– O Tral? Sério? Não faz a cara dele.

– Bem, todos já foram criança um dia. – Afirmei dando de ombros. – Se parar para pensar, até que é fofinho.

Zoro me olhou com o cenho enrugado e balançou a cabeça em reprovação, logo se voltando ao filho.

– Você será muito melhor que ele. – Afirmou fazendo cócegas em Isamu que gargalhava, arrancando risos do pai.

Uma das coisas que eu mais amava nessa nova versão de Zoro, sendo pai, é que gargalhava com facilidade e eu amava seu riso, ainda era extremamente estonteante.

– Eu também quero! – Exclamei divertida ajudando Zoro a fazer cócegas no pequeno que tentava retribuir as cócegas para nós dois.

Zoro o jogava para cima e o pegava no ar só para fazê-lo rir e involuntariamente eu ria junto.

– Ahh, você também tá gostando? – Zoro perguntou me olhando. – Então agora é a vez da Rouge e da mamãe!

Isamu gritou em afirmação esticando os braços para cima pulando enquanto Zoro me levantou subitamente do chão, pegando-me no colo e rodando sem parar.

Abracei seu pescoço e deixei a cabeça no seu ombro.

Eu enjoava fácil, desde criança, era triste não poder ir em uma xícara ou um gira-gira sem passar mal, por sorte, não sentia muito enjoo pela gravidez, pelo menos não nesse estágio mais avançado.

Ele deu, no máximo, cinco giros até parar. Zoro sempre foi muito cuidadoso, mas desde que engravidei de Isamu, passou a ser menos orgulhoso em suas demonstrações.

Quando me colocou de novo no chão, cambaleamos e parei com as costas em uma árvore e ele praticamente em cima de mim.

Isamu gargalhava e ríamos um para o outro.

– Quem diria, o maior espadachim do mundo, o temido Rei do Inferno, brincando de cosquinha e de girar! – Brinquei. – E eu achei que só ficaria tonta com você por causa de bebida, no fim.

– Eu disse que você estragou minha cabeça, não acreditou. – Afirmou me provocando.

– Se arrepende?

– Nem fodendo!

Exatamente a mesma resposta de seis anos atrás e eu dei risada.

Ele passou as costas da sua mão em meu rosto, ainda inclinado sobre mim na árvore, se aproximando.

– Vocês vão se beijar? – Uma voz feminina firme adentrou no ambiente, chamando nossa atenção.

Uma figura de cabelos longos, negros e ondulados e olhos cinzas estava parada à alguns metros de nós com um sorrisinho de lado e as mãos cruzadas atrás das costas.

Corazón continuava esperta e afiada, mais ainda agora que era adolescente.

– Sim, se não atrapalhasse, pirralha. – Respondeu Zoro recebendo uma careta em troca.

– Oni-sannnnnn! – Isamu correu agarrando sua cintura e ela retribuiu passando a mão em suas costas e o pegando no colo.

Esbocei um leve sorriso me aproximando.

– Mamãe, que saudade!

Apesar de seu estilo gótico rebelde, Corazón continuava com sua forte personalidade da infância, era incrivelmente inteligente e bonita, suas curvas eram acentuadas, assim como as minhas e sua personalidade era, a cada ano, mais próxima da minha, apesar de seu sorriso ser tão sedutor quanto o do pai.

“Law jogou pedra na cruz” pensei rindo para mim mesma.

Ela me abraçou forte, se afastando devagar e levando a mão à minha barriga.

– Oi, bebezinho. – Olhou para mim. – Já sabem o nome?

– Rouge.

Ela me olhou assustada.

– É o nome... da vovó, então, é uma menina?

Assenti.

– A propósito, você veio sozinha? – Questionei.

– Como se o papai permitisse isso. – Afirmou revirando os olhos e eu dei risada.

Não demorou muito para que Law aparecesse caminhando com Isamu grudado em seu pescoço.

Por carma do destino, o filho de Roronoa Zoro era fascinado por Trafalgar Law, assim como a filha de Trafalgar Law era a fã número um de Roronoa Zoro.

Cômico!

– Isamu, já te falei para não sair sozinho.

– Tio Trao estava me mostrando umas coisas bem legais!

– Espero que não tenha te deixado usar o bisturi dessa vez.

– Oe, Zoro-ya, foi um acidente.

– E falava que eu que não sabia cuidar de criança.

Corazón deu risada, fazendo os dois pararem com as provocações.

– Deveria ser o máximo ver vocês dois sendo rivais no auge!

– Não somos rivais! – Afirmaram bravos em uníssono.

– Não tô falando de pirataria, estou falando da mamãe.

– Oe, Cora-ya. Não vou falar outra vez.

– Ahh, qual é papai, por que você é sempre tão reservado? Daria tudo para ver essa disputa.

– Por que ainda trata ela como se tivesse oito anos? – Questionei.

– Porque me recuso a acreditar que ela fez quinze! – Disse se aproximando para me examinar.

– Ele só tá bravinho comigo porque eu disse que não assumirei o Polar Tang.

Olhei para Law que enfarruscou o rosto e estalou a língua, acionando o “Scan".

– Sabe que ele sempre foi assim Corazón, só queremos seu bem e te proteger, só que você tem que entender que é difícil processar e aceitar que você cresceu e que agora tem as próprias escolhas e o próprio caminho. Você sempre esteve sob a proteção de seu pai e agora estará longe de seu controle. Seja compreensiva, ok?

Ela assentiu em um sorriso.

– Isso serve para você também, Law.

– Oe, desde quando você me dá ordens?

– Não é uma ordem, é um conselho, criamos os filhos para o mundo e nossa filha é extremamente poderosa. Ela vai ficar bem.

– Mi-ya, você deveria ficar do meu lado e não do dela.

– Não sei da onde tirou essa ideia, desde que ela era criança eu falava que deixaria ela ser livre como sempre sonhou.

– Não quero falar disso agora.

– Papai, pelo menos não fique bravo comigo, eu sempre vou amar você. – Disse o abraçando e se afastando.

Law olhou para minha cara.

– Ter que aguentar afetos em público é certamente meu mártir.

Dei risada.

– E a culpa é sua!

– Tô sabendo, Trafalgar.

– Uhhhh, que maneiroooo! – Afirmou Isamu que prontamente se aproximou vendo Law me examinar.

– Zoro-ya. – Law chamou sem desgrudar os olhos do que fazia. – Acho melhor vir aqui.

– Law, o que foi? – Questionei com preocupação.

Zoro parou ao seu lado e ficou branco como um fantasma.

– Estão me deixando nervosa, isso não é bom para o bebê!

– Certamente, para nenhum deles. – Afirmou Law com um sorriso contido ao ver a reação pasma de Zoro.

– C-como!? Você disse... eles? Law, juro que se estiver zoando comigo, eu te mato!

– Mi-ya, são dois.

Fiquei pasma e atônita. Senti o mundo rodear e fiquei tonta, minha vista quis escurecer e eu cambaleei de leve, sendo segurada por Zoro.

– Oe, Nozomi, tá tudo bem?

– A pressão dela caiu. – Afirmou Law.

– Acho que quatro terá que ser seu limite. – Zoro sorriu para mim de forma doce e meiga.

Lembrei da primeira vez em que me olhou assim, quando estava saindo em missão do Sunny e disse que queria que eu o esperasse.

Aquele olhar era tão genuíno quanto ao de quando se declarou ou de quando fazíamos amor.

A leveza com que lidou com a informação me fez respirar em alívio.

Corazón estava chocada com as mãos cobrindo a boca e um largo sorriso.

– GÊMEOS!?

– É, sua mãe parece ter um útero ultra fértil quando o assunto é a linhagem de Roronoa Zoro.

– É um casal. – Completou Law.

– Tá feliz, Zoro-senpai?

– Espero que a garota não seja tão irritante quanto você! – Alfinetou em resposta.

– Ahh, eu sei que você me amava quando era criança, além disso, agora que tenho discernimento, não esquece que você é o número um!

– O QUE? – A voz de Law saiu mais surpresa do que ele gostaria, já que logo em seguida movimentou o corpo ajeitando a postura. – Desde quando ele virou o número um? – Tentou soar normal, mas seu incômodo era notável.

– Desde quando ela fez doze anos.

Ele pareceu chocado e eu dei risada.

– Brincadeira papai, só estou cantando tio Zoro para ele não desistir de me treinar, você sabe que sempre será o número um para mim!

Como Law estava de costas para ela, ela fez um sinal de que era mentira e que Zoro era mesmo o melhor, me fazendo abaixar a cabeça para rir escondida.

Ela era mesmo como eu e eu amava isso.

– É o mínimo já que eu te treino, pirralha!

– Você me treina porque eu tenho talento e habilidade, senpai.

– Não, é só porque você é filha da Nozomi.

Ela o olhou se fingindo de ofendida com a boca aberta e ele deu risada.

– Assim como tio Luffy era o legado do meu avô, sei que sabe que sou o seu, está só continuando a tradição do melhor espadachim treinar o próximo melhor espadachim, igual tio Mihawk fez com você e não tenho como não ser extremamente grata por isso.

– Você está cada vez mais parecida com a sua mãe.

– Ótimo, 1/3 da mulher que ela é já é suficiente para mim, senpai.

Ele sorriu de canto e ela sorriu para ele.

– Ei, Law, se te serve de consolo, Isamu é o seu fã número um! – Falei em um cochicho, mas não foi o suficiente para Zoro não escutar.

– Oe, que história é essa Nozomi? – Disse se aproximando.

– Zoro-ai. – Falei entrelaçando meus braços em seu pescoço.

- Não vai colar, não vou esquecer isso.

Encarei seu olho e dei um enorme sorriso, fazendo-o virar o rosto para o lado.

– Trapaça. – Afirmou Corazón me fazendo rir.

– A vingança é doce, Zoro-ya. – Law disse em provocação, levando uma encarada de Zoro que em seguida virou para mim.

– Nenhum desses dois vai conhecer ele! – Apontou para minha barriga.

– Não se garante? – Law continuou provocando.

– Não me provoca!

– Tô adorando ver isso! – Afirmou Corazón, recebendo um olhar repreendido de Law.

– Te falei para não deixar ela passar muito tempo com shishou.

Ele me olhou com uma cara de morte.

– Que medo! – Exclamei zoando o olhando com a cara de convencida. – A reputação de vocês vai água abaixo assim que me conhecem – Afirmei rindo. – Se arrepende?

– Sabe que não. – Afirmou.

– Vai mesmo dar em cima dela na minha frente?

– Você realmente não sabe o que é dar em cima de alguém se pensa que é isso que estou fazendo. Se eu não a conhecesse, não teria Cora-ya, idiota!

– Oe, oe, não estou em condições de separá-los outra vez e sabem que sou a única que consegue.

– Outra vez? Vocês já caíram na porrada? Cara, onde eu tava que não vi isso!

– Aparentemente ela está passando tempo demais com a Ikkaku também. – Comentei.

– Aquilo não pode ser considerado uma briga, já que foi suficiente um soco na cara do seu pai.

– Não é bem assim, Zoro-ya, não queira contar vantagem na frente da minha filha, se Mi-ya não tivesse intervindo, acabaria com você!

– O Rei do Inferno contra o Cirurgião da Morte, teria sido épico. – Afirmou Corazón com brilho nos olhos.

– De fato. – Concordei recebendo o olhar dos dois. – Que foi? Teria mesmo, se lutassem como batalha, não feito dois animais. Até hoje eu não acredito naquilo, francamente!

– E aí, pronta pra cair no mar?

– Nasci pronta, Zoro-senpai. Não vejo a hora de me jogar no mar e viver aventuras à procura de meus nakamas, igual ao tio Luffy, só que um pouco mais responsável.

– Ah, não foi tão ruim, mesmo andando em uma canoinha, tio Luffy conseguiu Zoro como primeiro tripulante.

– Dá tristeza só de lembrar. – Zoro comentou como se tivesse calafrios.

- E qual foi a técnica que ele usou para te convencer?

– Coação, a propósito, é a única que ele usa. – Afirmei, fazendo-a rir.

– Um nakama se conquista por admiração e respeito. – Disse Law.

– Brincadeiras à parte, seu pai tem razão. Continue sendo quem é, defenda seus valores e quem desejar genuinamente estar ao seu lado, estará. A vida no mar exige lealmente e entrega, lembre-se disso.

– E não seja só um pouco mais responsável que o do chapéu de palha-ya. Ele não é parâmetro a se seguir.

– Responsabilidade com diversão e leveza. Aproveite o caminho, filha.

Ela sorriu, virando empolgada para Zoro.

– Daqui a pouco vou pegar minha embarcação. – Afirmou orgulhosa com o peito estufado.

– Chamar aquele pedaço de madeira de embarcação é uma ofensa à pirataria.

– Todos tem um começo, pai. Tô vivendo o meu agora.

– Você tem escolha, ainda assim quer ir? Eu não tive essa oportunidade.

– Papai, o que eu posso fazer se eu nasci pro mar? Minha alma é livre e aventureira, também tenho minhas ambições, é a vida que me faz feliz, a mesma que fez à vocês. Minha admiração é enorme por vocês, mas quero conquistar meu espaço e fazer meu próprio nome. Use o Polar Tang para executar seu projeto de atendimento as populações de lugares abandonados pelo governo mundial, sei que mamãe vai te ajudar e será realmente espetacular.

Law não disse nada, apenas encarou as costas da filha que lhe lançou um largo e complacente sorriso antes de rumar par a longe.

– Você vai ficar bem. – Afirmei me aproximando dele.

– Hm?

– A sensação... É natural, ela é sua filha, tentamos ao máximo, mas não somos capazes de protegê-los do mundo. Meu coração ficará na mão a todo momento, mas para você será um pouco mais complicado inicialmente, já que não terá mais sua companhia. Mas, como você mesmo me disse uma vez: tente não sofrer tanto, um dia as coisas vão melhorar, apenas viva intensamente.

Ele baixou de leve a cabeça. Aquilo, definitivamente, me partia o coração.

– Ei, Law, sempre que sentir saudade de quando nossa Corazón era criança, nos visite.

Me olhou questionativo.

– Precisarei de ajuda, não temos três à toa. E você precisa ter um pouco da experiência de criar uma criança do 0 aos 8 anos.

Deu uma leve risada e logo foi puxado por Hakugan e Ikkaku sobre alguma fofoca que Nami contava.

Permaneci parada próximo a cabana olhando Corazón caminhar pelas árvores da proximidade. O reflexo do sol refletia em seus cabelos negros que prendeu parcialmente e ela sorria sempre que olhava o céu.

Respirava o ar puro e vez ou outra chutava algumas pedrinhas no caminho com seus coturnos de plataforma, eu conseguia ver o brilho em seus olhos que se prateavam pela luminosidade do sol.

Senti as mãos firmes de Zoro me puxarem pela cintura, retribuindo um sorriso que lhe dei brevemente.

Uma nova vida se iniciava e uma nova pessoa nasceria. Corazón não era mais minha garotinha, em breve seria uma mulher moldada pelo mundo e ver suas expressões me fez sorrir, o friozinho na barriga que dava encorajamento.

Mas, não era só isso, a alegria em seu olhar também me dizia outra coisa.

– Zoro-ai, olha.

Ele olhou para mim e em seguida para o lugar onde eu apontei com o rosto.

– A Corazón... está apaixonada.

Arqueou a sobrancelha, deixando subentendido seu questionamento.

– O momento em que nosso corpo fica mais vulnerável a leitura é quando nos sentimos bem. A sensação causada pela paixão é uma delas. É assim que eu sei quando as pessoas estão apaixonadas.

– O que vai fazer?

– Eu? Absolutamente nada. – virei somente meu rosto para ele que me abraçava de costas. – A vida é feita para ser vivida.

– Papai, papai, vamos com a oni-san buscar o barco? A gente pode treinar!

Isamu disse alegre esticando seus pequenos braços e Zoro sorriu de leve para ele.

Toda vez que eu via seu olhar para Isamu, eu o amava mais. Zoro se esforçou por anos por nós e se saiu bem, mas quando ele viu Isamu pela primeira vez, tudo mudou com o seu olhar.

Naquele momento ele aprendeu como amar. Agora não se importa em ser carinhoso e caloroso em público, desde que fosse eu ou nossos filhos, para ele estava tudo certo.

Nossos filhos. Não posso negar que um dia imaginei ter um filho de Zoro, mas jamais imaginei que teria logo três.

Se nos meus vinte anos alguém me dissesse que aos trinta e seis eu teria uma filha de quinze anos com o cirurgião da morte, um garotinho de três anos e um casal de gêmeos à caminho e que o pai deles seria Roronoa, eu acharia impossível. Certamente rolaria de rir.

Olhei para Zoro que ainda me abraçava pelas costas e embora brincasse com Isamu em seus ombros, sua mão acariciava de leve minha barriga em um ato involuntário.

Sorri vendo a cena e no exato momento em que coloquei minha mão sobre a dele na minha barriga, os bebês se mexeram, nos fazendo dar um pulo.

– Você sentiu isso? – Me perguntou com os olhos arregalados com Isamu agarrado em seu pescoço como um macaquinho em um galho de árvore.

– Eles... se mexeram com a sua mão, pela primeira vez.

Sorri incrédula para ele e sua resposta foi agachar sob as pernas na minha frente, colocando Isamu sentado em suas coxas e grudar as duas mãos na minha barriga, olhando fissurado enquanto mexia de leve na esperança de interagirem outra vez, nem piscava, e quando sentia um início de movimento, sorria feito um bobo, despertando a curiosidade de Isamu.

– Quer colocar a mão, filho?

É claro que ele queria, o pai dele mexia como se fosse um brinquedo super divertido.

– Pode? – Me perguntou com seus olhinhos de jabuticaba com as mãozinhas esticadas.

Assenti sorrindo com carinho.

Zoro colocou as mãos dele nas suas e deslizou pela barriga esperando por outra mexida e quando conseguia Isamu gritava pela sensação seguido de uma gargalhada gostosa olhando para o pai que achava a reação um barato.

Ficaram assim por um tempo e eu não conseguia parar de sorrir presenciando tudo aquilo.

Eu sentia saudade dos meus dezesseis anos, o frio na barriga, as aventuras, o inesperado, a vida no mar, as festas e as desilusões amorosas, tudo o que Corazón estava prestes a iniciar, mas essa fase da minha vida era ainda mais incrível do que eu podia imaginar.

Não havia outro lugar onde eu desejasse estar. Eu, Zoro, Isamu, logo mais Rouge e o nosso pequeno... Ace.

Formamos uma grande família. A nossa família, confusa e feliz.


Notas Finais


E FIMMMM!

Espero que tenham gostado da história e do epílogo. Espero vocês nas outras fics (:


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