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História A Hierarquia das escolas (Imagine Twice). - Prólogo: um dia ruim ou bom ? Talvez os dois ?


Escrita por: BibiOncinha

Notas do Autor


Aproveitem
Qualquer erro sorry

Capítulo 2 - Prólogo: um dia ruim ou bom ? Talvez os dois ?


Fanfic / Fanfiction A Hierarquia das escolas (Imagine Twice). - Prólogo: um dia ruim ou bom ? Talvez os dois ?


(Explicando certas coisas: a escola terá mais cara dos EUA nos filmes; A ? irá dirigir (na Coreia apenas pode com 21 anos de idade pelo que pesquisei, mas faz de conta que ela pode, igual nos EUA); terá alguns gatilhos e assuntos que são pesados e caso não se sinta a vontade colocarei avisos antecipados, não é minha intenção constranger, banalizar, ridicularizar, ofender ninguém, beleza ?; outra coisa, o local da escola é num lugar real mas ela em si do jeito que eu vou descrever não, realmente na onde a @ vai tem uma escola lá (pelo que pesquisei é uma que aceita estrangeiro), e aonde ela mora também é num hotel real, eu pesquisei a trajetória da onde ela mora e aonde estuda e também o bairro (que aparentemente é de pessoa rica), nisso vou ver restaurantes, baladas, pontos turísticos para saber mais).















27 de Abril de 2045, final do verão.









Uma coincidência eu tentar escrever uma parte da minha história no mês em que ela começou a anos atrás envolvendo a minha linda adolescência ? Sim, é uma coincidência que eu quis ter porquê talvez assim eu me lembre melhor dos acontecidos passados.
Me apresentando de uma forma humorada, me chamo S/n Neill Monteiro tendo os seus preciosos 45 anos de idade, uma pessoa ainda jovem do meu ponto de vista e ninguém poderá contrariar tal pensamento otimista. Vivendo o que consegue viver numa cidade grande longe de sua família nada sentimental; tendo alguns sonhos realizados e outros não, bom, ainda; Enfrentando doenças que é normal ter nessa idade; Solteira, apesar de surgir várias pessoas na sua vida e tentando compensar o tempo perdido com coisas aleatórias e divertidas.
É, essa sou eu no presente, uma cidadã normal que tem uma vida normal, porém o que quero contar é a versão antiga de mim, de 28 anos atrás, a nova e complexa adolescente S/n. Era difícil de lidar ? Com toda certeza, quem não é ?
Porém algumas são menos do que outras. 




Aah, uma fase difícil de se lidar.....
....Seus 17 anos não é brincadeira. Opinião pessoal.




Sem mais enrolação, entendendo o começo do meu livro duma forma simples, eu contarei fatos entre hipóteses da minha adolescência. Por que hipóteses ? Porquê é impossível eu lembrar de tudo certinho, eu preciso colocar vislumbres do que pode ter acontecido, e também porque se não ficaria cheio de pulos temporais nesse livro.
Será relevante para alguém essa história ? Quem sabe, mas presumo que sim, é meu ego pensando
.















6:03 da manhã de uma segunda-feira, Abril de 2017. Local Seul, bairro Apgujeng-Dong, hotel Andaz Seoul Gangnam, quarto.







Uma opinião minha, por que segundas-feiras é o dia mais chato da semana ? Hmm, ....deve ser porque o domingo pegou toda a alegria para ele. Ninguém merece tirar seu corpo quentinho da cama logo cego em pleno começo da semana, é um dos erros da humanidade. Porém não era uma segunda-feira qualquer igual as outras segundas-feiras de semanas anteriores, era o dia em que eu começaria a estudar numa escola diferente.
Estava nervosa ? Imagina. Medo de não fazer amigos, ser taxada de estranha, não conseguir formar dupla na hora de realizar trabalhos, desbloquear novos traumas, conhecer pessoas digamos que.... escrotas e várias coisas que eu poderia complementar mas a lista ficaria grande demais. Exagerada ? Nenhum pouco na minha opinião. A escola é um teste vindo dos infernos que adolescentes enfrentam para enfrentar um novo teste maligno chamado "fase adulta, o desespero", ou seja, a única escolha que tenho é sorrir e abraçar os demônios nessa luta possuindo o nome de vida.
Fiquei radiante em ter trocado de escola no começo do ano, ter perdido meus recentes amigos, e para completar num país diferente ? Preciso dizer mais palavras sarcásticas ? Odeio meus pais por isso. Não importa o quanto eles paguem as despesas do apartamento, dêem mesada, não concerta a besteira que fizeram. Foi a mesma coisa que discutir com paredes, eles não me entendem nunca. Se não é para escutar o que a própria filha tem a dizer, por que tiveram ela para começo de conversa ?



- que.... hunf.... uniforme desconfortável. - solto um suspiro sem ânimo analisando meu corpo contendo a roupa de coloração azul-marinho escura, branca e preta. Arrumo as tranças do meu cabelo num coque frouxo. - por que todas as meninas precisam usar essa saia sem sal ? Pleno século 21 e eu tenho que aturar isso. #liberdadecalça por favor. - termino de reclamar nos meus pensamentos.



*toque de celular.



Olho a tela do aparelho vendo o nome conhecido aparecer junto da música Daddy Issues do The Neighborhood, mostrando a palavra pai nela. Não pensem teorias, eu apenas gosto de ouvir ela em todo lugar. Revirando os olhos deixo o toque se estender até desligar. Eu sabia o que ele iria dizer para mim. Por que ele é sempre assim ? Não entende nunca que aquelas palavras apenas me desmotiva mais ainda em vez do contrário ?



- deixa eu ver. - dou um sorriso engraçado na frente do espelho vendo se ficou boa a maquiagem leve no rosto. - credo kkk. Não parecendo uma pessoa que acabou de cair de cara no chão tudo é válido.



Arrumo as coisas do quarto dando uma leve limpada. Sempre tento ser a mais organizada possível no momento porque não gosto de pensar que morando sozinha, é argumento para deixar as coisas desorganizadas sem preocupação alguma. Ser responsável por mim é algo que adquiri cedo na vida por causa que muitas vezes fiquei bastante tempo sem meus pais estando perto.



[....]



Sem vontade alguma de preparar um saudável café da manhã digno, coloco o cereal e leite na tigela saboreando o bom gostinho industrializado dele vendo vídeos engraçados num aplicativo bastante conhecido. Existe vida mais boa que essa ? Comendo o que você quer comer, assistindo vídeos satisfatórios, rindo a cada segundo, acho que não.
Com a barriga cheia lavo a tigela e colher, depois secando e as guardando no armário. Pego a mochila da escola já organizada (desde ontem) checando se não deixei de levar algo essencial.



- documentos ok, chave da moto no bolso da jaqueta, nenhuma luz ligada ou eletrônico, dinheiro, celular.... - olho meu relógio de pulso. - estou no horário, até adiantada dependendo do trânsito. Então tchau apartamento querido. - aceno ajeitando melhor a alça da mochila no meu ombro.



Saindo pela porta vou indo em direção ao estacionamento do hotel, coloquei a moto perto da entrada do elevador. Chegando nela giro a chave a ligando. O ronco do motor é uma das melhores partes que gosto, a marca era uma Harley Davison Fat Boy 114 preta (o modelo dela é recente de 2023, mas finge q não), o meu xodó. Não esqueço de colocar o capacete e de encaixar o celular no apoio já que eu não sabia o caminho direito ainda, então precisei da ajuda do aplicativo de mapa, meu salvador. Ele mostrando o caminho dou partida na moto.






[....]






Demorando mais de meia hora para chegar estacionei a motocicleta no estacionamento da escola que tinha ainda poucos automóveis. A movimentação de pessoas é pouca, presumo que cheguei cedo, ainda bem. Chegar atrasada no primeiro dia possuindo um automóvel não tem desculpa, à não ser que sofra um trágico acidente no caminho.
E é claro, os olhares das pessoas em mim estava bem na cara de perceber, curiosidade não é um pecado, eu sou aluna nova, é compreensível, eu também sou curiosa.
É um pensamento repentino, mas porque me sinto deslocada vendo tantas pessoas geneticamente parecidas ao meu redor ? Tipo quando você é pobre e vai num lugar chique que não faz parte do seu cotidiano habitual, como um mundo que nunca fez parte de mim. Eu sabia que poderia ter esses pensamentos, tudo bem, é algo da minha cabeça, um medo precoce que sempre vêm e volta em ocasiões distintas.


As duas portas de entrada cada vez aumentavam a medida que me aproximava. A sensação do coração bater de ansiedade é horrível de sentir nessas horas, um turbilhão de pensamentos começam a tomar conta, os "e se" e "eu" constantemente perseguem as frases na minha cabeça. "E se eu estiver feia ?", "por que eu me importo com isso ?", "eu não devo ligar", " eu deveria parar de sentir tanta insegurança", "vocês por favor parem de olhar", "calma, mantenha a calma". E do nada, tudo que antes você não tinha pensado, você pensa. Estou fazendo um caos a toa ?
As portas abertas davam a visão do extenso correr possuindo milhares de armários e pessoas andando de um lado para o outro entre conversas, barulhos, risadas, fofocas, cochichos, discussões....


Quer saber ? No final de tudo, adolescentes são apenas adolescentes. Pra que vou me importar com opiniões ? Eu não devo nada a ninguém, é o último ano meu, depois dele eu provavelmente nunca mais irei encontrar qualquer uma dessas pessoas novamente. Respirando melhor eu passo a andar serena observando as pessoas a minha volta, conhecendo território desconhecido. Não sei o que se passa na cabeça delas, espero não ser algo ruim porque tem certos olhares que podem ser decifrados. Olhando de fora como uma forasteira, a maioria aparentava ter áurea educada e simpática. Espero conhecer gente assim.



- olha, carne fresca no pedaço. Saudações estrangeira. - ouço uma voz feminina abafada pelo barulho do meu lado direito. Direcionando a cabeça nessa direção vejo a garota líder de torcida sorrir ao notar meu olhar voltado a ela. Nesse pequeno tempo, várias pessoas tem sua atenção tomada a nós duas e seu grupo de garotas. - se por um acaso se sentir solitária e não fazer nenhum(a) amigo/amiga venha correndo até a mamãe Jennie, certo ?. - solta uma piscadela junto de um sorriso meio que malicioso ? Sei lá. - seja bem-vinda a nossa amada escola.


- hmmm..... obrigada ?. - respondi confusa. Meu coreano é meio quebrado mas consigo entender e pronunciar palavras de boa. O grupo da risada após ouvir o que falei. - eu em. - cochicho seguindo meu rumo.



Que menina.... peculiar. Não querendo ser mal educada, eu conheci bastante gente do tipinho dela na minha escola anterior, ser o centro das atenções para pessoas narcisistas igual a ela é muito pouco, mas não vamos julgar, nunca se sabe o bastante de cada pessoa.

Procurando a sala do diretor eu precisei perguntar ao monitor do corredor que prontamente explicou o caminho de uma maneira que eu entendesse direito.



- agora direita de novo. - viro no corredor vendo uma porta tendo o nome escrito diretor  nela. - finalmente! Escola grande mano. - bato de leve três vezes.


- pode entrar. - escuto a voz rouca vindo de trás da porta. Abro ela encontrando o homem que parecia ter meia idade sentado na sua cadeira acolchoada. A expressão no rosto dele deu a impressão  que ele é alguém de simpatia falsa. Esse sorriso não engana ninguém..... merda, estou julgando de novo. - em que posso ajudar senhorita Neill ? Precisa ser auxiliada ?. - entrelaça os dedos. 


- sim senhor, preciso. Eu não sei onde fica as minhas salas de aula nem a grade horária das aulas. Você teria um mapa, papel que mostre alguma coisa ?. - sento na cadeira de frente a ele.


- eu já esperava que perguntasse isso, então aqui está, o papel da sua grade horária. Infelizmente não temos um mapa da escola em forma de papel, apenas o temos em tamanho grande no pátio central da escola, porém não fique preocupada, o monitor irá lhe levar a sua sala de aula enquanto explica onde fica as demais outras salas. Ah, e lembrando a você que é estrangeira, não crie problemas por favor, ser expulsa é a última coisa que a nossa escola precisa agora kkk. Um bom comportamento é a conduta de um bom aluno, espero que entenda. Seus pais foram claros ao dizer que eu devo ficar de olho em você, entretanto, não causando problemas, não tenho que me preocupar em cuidar de uma adolescente prestes a se formar né ?. - nossa, sem enrolação chegando ao ponto, que simpatia. Gesticulo com a cabeça em sinal de concordância. - maravilhoso, tudo resolvido! Espere alguns segundos por favor.... - aperta o botão do aparelho encima da mesa. - monitor Son, poderia comparecer a sala do diretor por favor ? Seja breve, as aulas vão começar daqui a pouco.



Esperamos um tempo a pessoa sem dizer nada, e também eu não queria conversar com ele. A porta abriu mostrando o mesmo monitor de antes que me ajudou a achar a sala do diretor.



- diretor, que assunto deseja tratar comigo ?. - adentra parando ao meu lado. - ah, a aluna nova. Ela precisa de mais ajuda ?


- sim. Leve ela a sala de aula e explique onde as outras estão. Se puder, fale um pouco das regras para a nossa novata, kkk. Senhorita Neill, tenha um bom primeiro dia de aula. Nos despedimos agora, tenho trabalho a fazer. 


- agradeço. Tchau senhor diretor. - me despeço junto do monitor.


- até mais diretor.


- tchau crianças. - acena de leve tomando sua tenção em seu notebook caro.




[....]




No meio do caminho até a sala o menino explicou as coisas mais importantes que eu precisava saber da escola como; 5 suspensões é caso de expulsão relacionado a alunos estrangeiros (esse ponto eu até entendo de ter); posse de substâncias ilícitas é expulsão na certa; desrespeitar professores de jeito bastante ofensivo, agressão física (seja verbal também) e vandalismo levará a suspensão de 2 semanas e meia (credo); detenção não levará a suspensão se não for grave, então não preciso me preocupar com suspensões dependendo do que eu fazer de errado; e por fim, não faltar muito as aulas, eles levam os estudos a sério aqui. Regras normais que toda escola tem. O que me incomodou levemente é que aluno de fora leva mais penas severas do que os alunos nativos, mas eu entendo, já é um privilégio eles deixarem estudar na escola deles, então eles esperam um bom comportamento vindo de você. Uma tremenda dica que o monitor me disse é que as matérias eram separadas em duas áreas, a de exatas e humanas, assim fica fácil achar sua turma. O bloco de humanas ficava do lado esquerdo da escola, e as exatas no lado direito.


As aulas que eu tenho hoje é de Matemática, Química, Ciência, Coreano e Inglês. Que belo dia de aulas (reviro os olhos internamente nada satisfeita), mais um motivo para odiar segundas-feiras. Eu gosto mais da área de humanas, como Artes, História, Sociologia e Educação Física. Sei que tenho Ciência, Coreano e Inglês, mas não gosto muito dessas matérias.



- chegamos, a sala de matemática. Meu trabalho acaba aqui, espero que lembre das regras senhorita. Ficarei de olho caso seja uma aluna problema.


- fique tranquilo. Eu só dou "problema" quando as pessoas me dão problemas. - me despeço acenando abrindo a porta.


- agora estou ferrado. - saiu em negação segurando a sua prancheta organizada. - mais uma que..... - sua voz foi diminuindo a medida que se afastava. Dou de ombros entrando na sala.



Praticamente todos já haviam chegado e sentado em suas carteiras, ou seja, não tive como escolher na onde eu poderia sentar. Eu gosto de ficar perto da janela, assim eu posso escorar minha costa na parede, (quem nunca ?), porém os lugares privilegiados foram ocupados completamente naquela área, somente algumas carteiras na região do meio e laterais no fundo tinham sobrado. Fazer o que. Não sendo nenhuma novidade, a maioria dos olhares curiosos tem sua atenção voltada para mim. O professor já está na sala mas não disse nada ainda, pelo que vi no meu relógio falta 5 minutos pra aula começar.
Passando das primeiras fileiras chegando na do meio, ando alguns passos parando na penúltima carteira. Coloco a bolsa na cadeira e aproveito e organizo os meus materiais, estojo e caderno. Esperando o tempo passar, ouço os cochichos inconvenientes de sempre não importa o lugar que eu vá.



- que cabelo estranho. Nunca vi.


- deve ser da cultura dela, eu já vi antes.


- será que eu pergunto se posso tocar ?


- uma estrangeira é normal ver aqui nas escolas nos dias de hoje, meu amigo me contou.


- eu achei ela bonita. Todos devem ser assim da onde ela vem, que corpo.



(Lembrando gente: não estou generalizando ninguém nem tentando ofender (seja cultura, etnia, costumes). É uma história fictícia, não tem nada a ver com o que eu acho ou deixo de achar. É apenas coisas (ou imaginário mesmo) que já vi pessoas (seja pessoalmente ou na internet) dizerem ou comentarem que acabei replicando aqui).



Nenhuma novidade mesmo.



- não se importe tanto. Apesar de parecerem rudes, eles acham que é apenas normal do ponto de vista esses tipos de comentários. - de primeira escuto a voz feminina falar, depois procuro a dona dela que estaria na carteira ao lado. - olá. É um prazer conhecer finalmente a novata que está rodeada de fofocas. - o sorriso ardiloso não deixou seu rosto. É a mesma garota que estava junto de Jennie no corredor, uma líder de torcida. Provavelmente teve que trocar de roupa por causa da aula porque não é a mesma de antes. - pode me chamar de Sana. E qual seria o seu nome para eu parar de te chamar de novata kkk ?



O que eu poderia dizer dessa menina a primeira vista ? Expressão fofa; no fundo tendo uma personalidade completamente diferente da sua aparência externa; ela transmitia uma sensação revigorante, que eu poderia querer a companhia dela caso eu esteja para baixo. Foi isso que pensei.



- S/n.... meu nome é esse. - não queria ser mal educada em não responder sua curiosidade de saber sobre mim. - um prazer também te conhecer Sana. Vejo que assunto não vai faltar aqui por um tempo, e tempo gasto na vida dos outros é o hobbie de muitos, um saco. - suspiro imaginando o que as pessoas falavam a meu respeito. A sua indignação foi rápida de perceber.


- kkk. Não se preocupe, não fiquei ofendida com sua fala, nessa escola, eu sou a rainha das fofocas. - empina o nariz dizendo com orgulho. - é prazeroso saber de coisas que não façam parte da minha vida monótona, simplificando, gosto de ouvir diversas histórias de várias pessoas que rondam essa escola, um hobbie que me satisfaz.


- ......foi mal. Não sabia que você-.... - 


- relaxa. Você não está 100% errada em achar isso de mim. As pessoas costumam me odiar mesmo, eu nem ligo mais pros comentários raivosos. Ossos do ofício. - sendo indiferente da de ombros.


- hmm.... cada um com o seu gosto. - olhei e finalmente o professor se levanta para dizer alguma coisa.


- pessoal bom dia, que o final de semana de vocês tenha sido divino!. - que personalidade alegre. - hoje começaremos mais uma semana de conhecimento e aprendizado. - alguns reclamam não querendo ter a aula. - assim eu fico triste pessoal. Matemática é essencial na nossa vida porque está em absolutamente tudo a nossa volta, portanto-..... - a porta sendo aberta interrompeu sua fala.


- ainda bem que a aula não começou Jihyo, chegamos na hora. Oi professor Kim. - aparece aquela menina chamada Jennie junto de uma garota do seu grupo.


- por favor, não atrapalhem minha aula hoje, é conteúdo importante meninas. - enquanto fala ajeita sua mesa.


- não se preocupe meu professor favorito. Hoje darei um chá de colher para você, não se preocupe. - nossos olhares se encontram. - e que grande dia terei hoje! Vejo que Sana não perdeu tempo em conhecer a novata. - eu mereço. - ainda bem que tem um lugar exclusivo para a gente conversar mais de perto, deixa eu só-....


- opa, nem pensar. Eu lembro do ano passado, você não me engana mais mocinha. Jihyo, sente do lado dela por favor.


- ah não. - a mesma reclama. - palhaçada.


- mas professor, eu só quero conhecer melhor a novata, poxa. - a Jennie, causadora de atenções tentou mudar a decisão do professor.


- sem mas. Park, sente do lado dela, agora. - usou um tom autoritário. - tudo bem para você senhorita.... é....


- S/n.


- ah, S/n. Que nome bonito o seu. Tudo bem se a senhorita Park sentar do seu lado S/n ?
- tudo bem, eu não ligo.


- meus planos foram estragados, droga. Até uma próxima novata. - acenou com aquele sorriso convencido no rosto indo sentar do outro lado da sala. A outra garota vem sentar na carteira ao meu lado.


- já que não tenho escolha. - pegou sua mochila meio irritada. Ao se sentar a primeira coisa que ela me disse foi essa, não estou brincando. - não converse comigo, apenas respire e estamos quites e nem ouse tentar formar uma amizade porque não vai rolar. Entendeu estrangeira ?


- aí, Jihyo coração de gelo apareceu kkk. - Sana comenta colocando a mão no peito fingindo sentir dor naquele local. - amiga, calma nas grosserias. Ninguém merece levar uma dessas logo de manhã. Desculpe ela S/n, Jihyo arrancou a força a simpatia que tinha no cérebro a muito tempo. - a citada mostra o dedo do meio a ela. - te adoro também amiga. - forma um coração com as mãos.



De primeira minha reação foi lenta. Eu tentava entender as frases ditas dum jeito que eu conseguiria compreender e a responder da melhor forma que eu pudesse, porém foi o por que a parede para eu não entender o por que dela estar sendo.... digamos assim, babaca comigo. Uma coisa que as pessoas não percebem de primeira em mim é que eu não suporto pessoas inconvenientes, e minha personalidade muda da água pro vinho presenciando tais pessoas. Formando um sorriso de lado no meu rosto, dou um som anasalado achando graça das suas palavras.



- a educação da senhorita Park se perdeu no caminho da escola por acaso ? Você acha que está falando com quem garota ? A palavra respeito é algo que adoro ver nos outros, entretanto de você não vejo em lugar algum, o seu cérebro encolheu e não tem a capacidade de ter o mínimo dele ? Até animais tem mais decência do que você. E não precisa se preocupar, eu iria me arrepender do fundo do meu coração em tentar pensar sequer que eu poderia querer uma amizade desprezível como a sua. - finalizei dando um sorrisinho falso o desmanchando em seguida.



A sua expressão de surpresa com um misto de raiva foi engraçada de ver. Eu admito, essa garota era linda de observar, cada detalhe, mas mesmo tendo beleza, o seu jeito grosseiro acabava fazendo eu perder o encanto.



- não me leve a mal Jihyo, não quer interagir .....fica em casa. Na escola gostando ou não, tem que ter comunicação, portanto, dependendo da situação ainda mais se tivermos o desprazer de fazer trabalho juntas, terei que trocar palavras com você. "Entendeu" ?. - retrucar as falas dela foi a única forma de fazer eu me sentir melhor, atropelando seus insultos com outros insultos.


- você..... - a indignada não conseguiu terminar a frase então decidiu não falar mais nada direcionando sua atenção ao quadro.


- hum. - nego. Essas garotas malucas parecem que saíram de um filme dos EUA e vieram parar aqui, que loucura de primeiro dia.


- nossa Jihyo kkk. A novata jogou um balde de água fria em você menina. Bem feito. - Jennie cobria a boca abafando a risada escandalosa. Nem me dei conta de que eles estavam prestando atenção na gente. Ninguém tem privacidade aqui nessa escola ? Que pergunta boba a minha, é claro que não teria. - da próxima xinga ela novata, Jihyo é masoquista kkk. - as risadas altas surgem preenchendo a sala.


- que droga de dia. - Jihyo fala em cochicho.


- digo o mesmo. - vejo o suspiro pesado junto de um revirar de olhos sem paciência vindo dela. Dou um sorriso mínimo. Até que é engraçado tirar a paciência dessa garota.


- quietos! É assunto de prova, prestem atenção. - a fala alta do professor irritado obriga todos a fazerem silêncio. - continuando, o X deve ser.....




[....]




Passando uma aula de matemática que no nosso caso é novamente a mesma, com luta junto de uma dor de cabeça tentei aprender o conteúdo que eles estão tendo desde o começo do ano. Não faz tanto tempo assim que as aulas começaram, portanto é meio fácil absorver o conteúdo. Nesse meio tempo umas pequenas intrigas entre eu e Jihyo (sendo Sana a que começava a provocar) surgiram para alegrar o dia de ambas. Não sei se ela não percebe, mas essa garota não sabe que o jeito dela é insuportável de lidar ? Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, porém devemos ter o mínimo de respeito. Ela me lembra pessoas velhas que gostam de reclamar.
De vez em quando eu pegava Jennie olhando para gente, no caso dela significa muitas vezes.



- 20 minutos pra acabar, glória. - de 5 em 5 minutos olhava o relógio na esperança de alegrar meus ânimos. Ninguém merece ter duas aulas seguidas de matemática.


- .....uau, que aluna de ouro entrou na nossa escola. - ninguém menos que Jihyo debocha.


- você é uma hipócrita-....


- eu não falei diretamente com você, foi apenas um comentário retórico. - agiu de forma indiferente enquanto brincava com a caneta.


- é sério isso ? Eu preferia que as carteiras fossem separadas por maturidade nessa sala, assim você nem estaria aqui. - depois disso não trocamos mais palavras.


- Jihyo pode ser bastaaaante chata no começo, porém com o tempo vai ver que ela é um amor de pessoa quando quer. Tenha paciência por favor. - Sana de novo tenta defender sua amiga nada legal. - deve estar pensando, "como pessoas babacas tem amigos assim" ? Estou certa ?


- tirou os pensamentos da minha cabeça. - sorrimos cúmplices.


- eu quero escutar o professor, podem calar a boca ?. - Jihyo cochicha raivosa.


- podemos sim flor. - Sana manda um beijo no ar.


- kkkk, quem manda ser um virgem inexperiente. Claro que a menina correu de você idiota. - um grupo conversava fazendo um tremendo barulho, o professor várias vezes chamou a atenção deles.


- silêncio grupo do barulho!!


- pode deixar querido professor........ kkkk!!. - a menina do grupo não aguenta a risada e o resto também.


- querem levar detenção, só pode. - continua a escrever no quadro. - da próxima levarão detenção por 5 dias seguidos, ficando duas horas na escola limpando banheiro do teto ao chão. - o grupo se calou escutando essa frase. - ótimo.



Não me importando tanto com isso, erro uma palavra que eu escrevia. Xingando mentalmente rabisco ela, a escrevendo novamente erro a mesma de novo e rabisco a palavra com mais raiva que antes. Nesse ato derrubo sem querer meu estojo. Fecho os olhos respirando fundo xingando de novo o resto do mundo. Pelo barulho alto a maioria se assusta de leve.



- que sorte atrás de sorte S/n. - suspiro levantando da cadeira.


- acontece. - Sana pega alguns lápis que caíram embaixo da sua mesa. - aqui. - entrega eles.


- obrigada, você é um anjo. - ela sorri satisfeita em ouvir essa frase.


- tudo pela minha novata.


- Jihyo, você poderia pegar-....


- perdeu as mãos por acaso ? Pega você. - de jeito rude ela nega ajudar.


- sabia que a sua simpatia é colírio para os meus lindos olhos ?. - aproximo da sua carteira e fico agachada. Trazendo a mão perto do pé dela ela me para.


- deixa que eu pego! Que droga. - de modo rápido Jihyo coleta as canetas e tesoura do chão a contra gosto. - pega logo.


- além de antipatia perde a paciência num segundo. - estendo o estojo. Ela praticamente joga os objetivos nele. - .....cuf cuf chata. - tossi falso zombando.


- cuf cuf escrota. - fez o mesmo. Não aguento e solto uma fraca risada a olhando divertida. - até que você tem senso de humor. - analiso o chão vendo se ainda não tem nenhuma coisa minha.


- com licença, .......eu peguei do chão. - a menina sentada na carteira posicionada depois de mim chama minha atenção.



Primeira impressão de olhar essa garota ? Que menina branca, todos eram brancos mas ela estava no topo da lista das pessoas de pouca melanina. Clara igual a neve; olhar tímido; seu jeito de agir dava a entender que não tinha muito contato com pessoas, ela mal conseguia me olhar nos olhos; introvertida. Bem, não é raro ter gente assim.



- muito obrigada. - dei o sorriso mais gentil que consegui fazer.


- p-..... pegue. - estica o braço envergonhada. Eu gostaria de puxar conversa mas a aula acabaria em breve.



*O sinal toca.



Como eu disse, ela acabaria em breve. Apressada pego a caneta de sua mão indo arrumar minha bolsa.



- tchau alunos, tenham uma outra ótima aula. - professor Kim disse apagando o quadro cheio de anotações.


- qual sua aula agora ?. - Sana pergunta fazendo o mesmo que eu, guardar os materiais.


- que eu me lembre é química, e a sua ?


- infelizmente eu, Jihyo e Jennie temos Ciência agora. Adeus S/n, nos encontraremos novamente bela mulher. - sorri. Junto de Jihyo e Jennie elas saem, e nesse tempo a sua amiga chata me olha com cara de poucos amigos.


- tchau para vocês três, especialmente pra você Jihyo. - pisco recebendo um revirar de olhos.


- isso é tesão reprimido amiga ? Você é lésbica por acaso.... - Jennie encheu ela de perguntas ao passar da porta. Eu apenas neguei com a cabeça pela falta de filtro dessa menina.



Saindo da sala junto dos alunos vou até o meu armário guardar meu livro de matemática, pegar o de química e trocar de caderno também (nota: não sei se é assim que funciona nessas escolas dos EUA e Coreia, provavelmente não kkk). O corredor enchia cada vez mais de pessoas e lógico, o barulho de conversas aumentou. Se você não prestasse atenção nas conversas diria que eram normais, porém tendo uma certa atenção nelas, você ouvia cada coisa mais estranha que a outra.
A sala de química ainda bem que fica nessa área, assim não preciso ter tanta pressa de chegar.
Virando o corredor a esquerda encontro a sala. O que me surpreendeu de primeira ao entrar, foi que as carteiras eram em dupla. Talvez desse modo eu faça uma amizade ou odeie a pessoa de todo meu coração. Escolhendo a mesa ao lado da janela, agradeço desde já, sento na cadeira esperando a companhia que teria. 3 minutos depois, ninguém ainda veio. É normal, ninguém quis sentar perto de mim, a amizade foi feita e eu também gostaria de sentar junto do meu amigo/amiga ao invés de uma estranha, mas certamente machuca minha autoestima kkk. Lotando de gente o único lugar que sobrou uma cadeira para sentar logicamente foi a minha. Quem sabe a pessoa tenha ficado doente, é uma hipótese boa.



- faltando apenas uma pessoa e a maioria sabe quem é, começaremos a aula sem a senhorita Im. - eles dão risada do seu comentário. - sem mais de longas peguem seus livros-....


- cheguei amores. Desculpa a demora professor, tive problemas no caminho. - deu um sorriso faceiro.


- sei. Pela demora sobrou apenas um lugar, sente-se logo e abra o livro na página 70. Ouviram ? Página 70 pessoal. Leiam até a página 78, terminando de ler respondam as perguntas da página 79, são 12 ao todo, justifiquem as 4 primeiras. Façam em dupla colocando seus nomes e número de turma, respondam de caneta numa folha separada e me entreguem no final da aula.


- aff, que chatice de aula. - sussurra ao sentar do meu lado. - .....você é a novata, não é ?. - despreocupada em nem pegar o livro e abrir, ela puxou assunto comigo não se importando com nada mais que uma conversar.


- sou..... e poderia por favor não me chamar assim ? Meu nome é S/n.


- tudo bem, S/n!. - de modo irônico fala meu nome de forma engraçada. - é bom ver um rosto novo por aqui. S/n, .....podemos fazer assim, eu tiro um cochilo gostoso e você faz o trabalho sem ter eu te atrapalhando porque sou ruim em química, aceita ? Apenas coloque meu nome quando terminar. - o sorriso inocente junto de um olhar fofo foi sua cartada para me fazer cooperar.



Deu para perceber que ela não é muito de estudar. Os fofos dentes salientes de coelho fariam qualquer pessoa ficar derretida e atender seu pedido nada injusto, entretanto, tive o suficiente de aproveitadores ao longo da minha curta vida. Ser trouxa e burro de carga nunca mais.



- .....não.


- .....o que disse ? Acho que ouvi errado.


- eu disse não. - digo simples. - se não quiser fazer tudo bem, apenas não vou colocar seu nome na folha.


- deixa de ser chata vai. É só um trabalhinho bobo, não irá doer colocar meu nome aí. - tenta me persuadir.


- eu falei não e ponto.


- pessoas como você são tãaaao sem graça e insuportáveis de de aturar. Pessoas caretas não conseguem ninguém sabia ?. - observava suas unhas bem feitas de cor avermelhada escura.


- ...... - a encaro desacreditada. - olha, eu não falo mais nada. - começo a ler não dando mínima para as reclamações dela.




[....]




A aula do começo ao quase fim foi difícil de lidar. A minha dupla que se chamava Im Nayeon não parava de falar. O trabalho em si não era mega difícil, o problema era ela tirando a concentração que quase não existia em mim. O assunto de um jeito ou de outro, sempre terminava nela mesma. Não sei quantas vezes eu ouvi, eu eu eu eu saindo de sua boca. Sei que é errado julgar uma pessoa desse jeito, mas... ela exalava ser uma patricinha mimada sem ter um cérebro decente na cabeça. A beleza deve ter sugado toda a sua inteligência.



- não acha melhor mudar de ideia ? Quer ver eu reprovar ? Que maldosa. - sopra os fios rebeldes que tamparam sua visão. - eu faço o que você pedir se fizer isso.


- é desse jeito que consegue o que quer ? Ser chata ?. - finalizei meu trabalho colocando meu nome.


- .....todos aceitavam de bom grado os favores que concedi a eles em troca de fazer meus trabalhos. Pena que a pessoa dessa vez é uma mulher, é mais difícil de persuadir.


- então o alvo são sempre meninos bobos com os hormônios loucos ? Que garota de caráter. - tentei zombar.


- pessoa de caráter é ser alguém de ética e moral vindo do seu ponto de vista ? Não brinque comigo. Não é porque uma stripper balança o rabo fazendo pole dance que é menos digna de caráter por fazer coisas obscenas. Eles tiveram a opção de aceitar, não forcei a nada, a decisão foi totalmente deles que quiseram ser usados. - jogou seus argumentos frios na minha cara.


- ......talvez ......esteja certa ?. - ok, eu posso ter julgado ela mal.


- quem sabe ? Quando estamos absolutamente certos ? Porém é o que eu acho, eu tomo ela como a minha verdade, uma verdade que ninguém ainda parou para analisar e criticar. - seu olhar despreocupado mostrou que ela foi sincera em dizer isso. Bem, eu tomei isso como verdade. - é complexo certos assuntos não acha ?. - fico quieta pensando nas suas palavras.


- .....sim, são sim......



Penso nessa curta conversa. Decidida, resolvo então colocar seu nome sem que ela saiba na folha de trabalho. É contraditório ? É, mas como ela disse, a decisão foi totalmente minha.




*O sinal bate.




- bom, mais um trabalho nota 0, novamente. - pega seus pertences os colocando na bolsa.
Tendo guardado as minhas sou a última na fila para entregar o trabalho.


- terminou o trabalho junto de Im senhorita Neill ?. - o professor pega a folha que dei a ele.


- está terminado sim.


- a Im não deu trabalho a você né ?


- um... pouco senhor.


- kkkk. Não estou surpreso.


- assim fico ofendida professor. - não percebo que ela ainda está aqui.


- nem todo aluno preferido é estudioso kkk. Senhorita Im se encaixa nisso. Tenha um bom intervalo Neill, tchau. Até quinta.


- ....tchau, professor. - acho estranho ele não dizer tchau a nós duas. Passo pela porta ainda não vendo Nayeon sair da sala. - ....."favores" em ?. - escuto a porta ser fechada. - apenas hipóteses S/n, apenas hipóteses. - sigo em frente.



Antes de ir ao refeitório ver o que tem para comer passo antes no banheiro, eu estava prestes a explodir se não libera-se a urina que tem armazenada dentro de mim. Entro vendo qual cabine estava aberta, e ainda bem que tinha. Sentando no vaso liberando todo o líquido sentindo uma tremenda satisfação gigantesca, me limpo.



- me deixem em paz, eu não fiz nada pra vocês droga!!. - o estrondo da porta me causou um leve susto.


- ouvir sua voz amedrontada é a coisa mais satisfatória Dahyun. Sejamos razoáveis, eu sou uma canalha cretina que gosta de importunar pessoas aleatórias apenas para ter satisfação própria e prazer, e assim dar essa desculpa de merda sem ter razões elaboradas nem complexas. Eu machuco por machucar, é simples. - eu acho que conheço essa voz feminina.


- mas dessa vez temos motivos de te dar uma surra filhinha de papai, esperamos a poeira abaixar. Teve a demência de comentar o que aconteceu no ano passado com uma certa professora "defensora dos fracos", aí ela quis ir atrás da gente por sua causa! Meu pai quase me matou caralh*!! Nós nunca machucamos você nem nada do tipo, mas só por que a Tzuyu "cara de gozo" enfrentou uns problemas naquela festa, você acha que é algum tipo de juíza ?!! O que é certo ou errado de fazer ? Não foi nossa culpa o que aconteceu! - algum menino vocifera perdendo a paciência.


- foi sim.... - eu mal escutei o que ela disse.


- o que você falou pirralha ? Repete. - escuto um barulho de soco. - fala de novo!



Não é possível!!! Ligo a gravação de vídeo do meu celular o colocando escondido no bolsinho de fora da minha mochila.
Não é da minha conta o que está acontecendo, nem sei qual lado é o certo, ou se tem um lado certo, mas um contra ovários é covardia.
Abro a porta do banheiro numa agressividade que o barulho alto tomaria a atenção deles. Muito plena vou e abro a torneira lavando minhas mãos. De canto de olho vejo aquela aluna chamada Jeongyeon segurar a força a gola da garota que pegou de bom grado minha caneta na aula de matemática. Sua bochecha tem uma leve marca avermelhada na maçã do rosto, mantinha o choro baixo. Eu não queria saber o lado errado da história, eu apenas queria devolver na mesma moeda o que ela fez a pobre garota. Deixo a mochila no chão a deixando de modo que a câmera do celular ficasse reta numa posição boa para gravar os delinquentes.



- não percebe que estamos tendo uma conversar meio particular aqui garota ?. - um dos menino do grupo fala rude.


- que eu saiba meninos são proibidos em banheiros femininos e vice versa. Querem ter uma conversa particular ? As portas da escola estão abertas para vocês saírem,  não o banheiro. Ninguém é obrigado a parar a vida por causa dos seus assuntos particulares.


- essa menina perdeu a noção das coisas ? O estrangeira caipira -... quer dizer, novata, pode por favor sair daqui ? Ou não entende o coreano muito bem ? Quer que eu fale em inglês para que entenda ? Ou ainda nem isso aprendeu direito ?. - essa garota sabe tirar o resto de sanidade de alguém fácil fácil.


- vai ser essa caipira aqui que vai quebrar os dentes da sua boca e tirar sangue dela num soco só, me testa mais um pouco. Estou cansada de ficar sendo lembrada pelas pessoas que sou uma estrangeira e olha que nem terminou o dia. É tão covarde que precisa de.... 5 pessoas para conter uma ? Temos aqui uma bela referência de como ser uma covarde bem na minha frente e em cores.


- uuuh, a estrangeira quer dar uma de valente pessoal. Novata, não se esqueça que suspensões levam a expulsão, ainda mais no seu caso. Imagina o diretor ficar sabendo que a aluna estrangeira bateu em 5 alunos coreanos no seu primeiro dia de aula, que tremenda manchete no jornal da escola teremos amanhã. Seu país de terceiro mundo não cansa de manchar a dignidade ainda mais kkk ?. - o grupo de idiotas da risada. Não demonstro a imensa raiva que tive, apenas meu corpo e cérebro sabem o tamanho da minha raiva agora.


- ......kkk ......aí aí. É patético ver a autoconfiança de vocês, kkkk!. - eles me olham como se eu tivesse enlouquecido. - são burros o suficiente em não perceber que estavam sendo gravados. - pego a mochila do chão. Parando a gravação prontamente salvei o vídeo.


- você-...!!!. - ela avança um pouco.


- oh, pode ficar parada aí, sem mais um passo!! Quer que eu saia correndo até a salada do diretor e mostre esse vídeo maravilhoso a ele ? Imagina, "que tremenda manchete no jornal da escola teremos amanhã" ? Jeongyeon, não manche a sua dignidade mais ainda, certo ?. - mostro o sorriso mais orgulhoso que pude dar a ela. - não mexam com a garota de novo entenderam ? Não queremos causar controversas no final do nosso último ano escolar não é mesmo ? Tenham um vislumbre das consequências que esse vídeo poderia causar na vida de vocês. Adolescentes que praticaram bullying, agressão, discriminação, preconceito e xenofobia, que prato cheio no currículo de trabalho, os seus pais vão bater palmas de orgulho. - o medo é visível nas suas expressões nervosas. - eu não espalho ele SE, .... deixarem a garota em paz. Ainda sou uma boa pessoa apesar de desprezar gente que nem vocês. - a garota solta a gola da outra a contra gosto. - agora saiam daqui seus babacas. - num olhar que eles trocaram entre si, um por um foi saindo do banheiro com o rabo entre as pernas.


- tenho a sua palavra que não irá espalhar o vídeo ?. - Jeongyeon parou na porta sem olhar para mim.


- tem, idiota. - deixou o banheiro. - o primeiro dia de aula tem que ser desse jeito terrível ? ......Eu devia ter feito ela engolir os dentes ao falar aquilo de mim... Ah!! - soco forte a parede branca umas 5 vezes até satisfazer a raiva, a dor nos punhos é menor do que a palavra proferida por Jeongyeon. Respiro fundo tentando não chorar, a adrenalina no corpo faz meu corpo tremer. - as próprias pessoas despertam o que à de pior nas outras ? .....talvez eu deva bater nela ? Não pode ficar assim, ilesos..... - penso em coisas obscuras e algumas lembranças nada boas voltam a atormentar, porém a preocupação pela garota foi maior. Me viro. - que dia de cão tivemos menina. Seu nome é Dahyun ? Eu ouvi ela dizer. - agacho ficando perto. - não quer falar nada ?. - o seu choro fez doer meu coração. Tive medo dela recuar ou dar um tapa em mim, porém a abracei de lado fazendo sua cabeça repousar no meu ombro. - me conte se eles tentarem mexer com você de novo, tudo bem ?


- .......por que me salvou ?. - ela finalmente fala alguma coisa.


- essa não é a pergunta certa garota. A pergunta certa é, "por que não quebrou a cara deles" ? Kkk. - demos uma risada baixa. - não custa nada ajudar alguém. Sente bastante dor no lugar atingido ?


- e como. Aí. - ao tocar gemeu de dor.


- deixa eu ver..... - penso numa coisa gelada para ela colocar no rosto. - aqui minha garrafinha, está gelada. - pego ela no canto da mochila.


- obrigada. - agradece envergonhada. Eu não entendo que vergonha é essa. - não quero incomodar, .....eu devolvo a garrafa na hora da saída.


- que ? Não! Eu não posso deixar uma pessoa ferida assim na minha frente, ainda mais depois de tudo que aconteceu agora, ficarei com você no intervalo e também porque quero te conhecer melhor. Você chamou o interesse de S/n Neill kkk. - do pouco tempo ao seu lado, eu sabia exatamente a reação de Dahyun. Um tom total de avermelhado em seu rosto. Nada de novidade. - levante, pelo menos temos que comer enquanto é tempo se não quisermos desmaiar de fome. Tem mais três aulas pela frente, infelizmente.


- então, se você não se importa. - ajudo ela a levantar segurando em seu braço. - minha amiga Tzuyu me espera no refeitório.


- então vamos.



No caminho Dahyun dava a entender querer manter distância no sentido literal da palavra, eu não entendia bem e me aproximava outra vez (porque estava seguindo a pessoa que conhecia aonde ficava o refeitório) e nisso ela acabou batendo contra o bebedouro de forma engraçada. Não contive a risada. Ela ficou tão vermelha de vergonha, pessoas passavam na hora. Observando pouco, era impressão minha ou Dahyun fingia ser uma garota que não queria a companhia de ninguém ? Num momento poderia dar uma risada e sorriso os mantendo contidos não deixando ser exagerado, em seguida voltada a personalidade recatada, piorando mais na hora que alunos nos olhavam.



- chegamos. - ela disse.


- aqui é bonito e a comida parece deliciosa, deu água na boca. - um ronco na minha barriga surge ao encarar o que tinha para comer. - olha, ela deu um sinal direto, eu preciso comer.


- calma, preciso encontrar Tzuyu. Cadê ela, cadê..... Ah, ali está. - aponta na direção de uma mesa tendo uma pessoa nela. - Tzuyu!. - chama sua atenção. A mesma vêm a nosso encontro.


- que demora menina! Deu diarreia de novo ? Pobre privada, ela que tem que aguentar engolir tudo sempre calada. - Tzuyu não tardou em zoar a amiga. Seguro o máximo que posso o sorriso e risada. E é claro, a citada faltou desmaiar de vergonha.


- Tzuyu!!! Ficou louca garota ? Tem filtro na boca não ?!! - Dahyun se abana afastando o calor do rosto.


- desculpa kkk. E quem seria você ? É a novata que todos estão falando ?. - Tzuyu me olha curiosa.


- pelo jeito sim. Eu ser o assunto do momento é bem chato de aturar.


- aí, desculpa comentar! Eu não sabia-.... - falou se sentindo mau.


- tudo bem, é uma curiosidade inocente a sua. Me chamo S/n Neill Monteiro, pode apenas me chamar de S/n, e o seu ?


- o meu é Chou Tzuyu, e como deve já saber, as pessoas me chamam de Tzuyu. - mostrou seu sorriso possuindo o aparelho de dente de cor preta.



O que tenho a dizer de Tzuyu ? Uma aparência de nerd genérica, espinhas no rosto e aparelho nos dentes. O que não importou o quanto aquele aparelho fazia ela quase cuspir o tempo todo e falar meio errado, Tzuyu era incrivelmente linda, nossa, era muito linda. Quem foi a útero de ouro que trouxe essa menina ao mundo ? A personalidade animada e humorista faz qualquer um rir.



- vem pegar comida com a gente Tzuyu, S/n quer comer o mais rápido possível. - Dahyun segura a mão dela a levando junto para a fila.
- eu também-.... !!!  Tofu, que mancha vermelha é essa no seu rosto ? Jeongyeon e o grupo dela conseguiu te pegar ?!!. - segura o rosto da amiga analisando a marca começando a ficar roxa. - eu pego eles de jeito-...


- não precisa se preocupar mais. A S/n... deu um jeito neles por mim. E agradeço de novo pela ajuda. - o brilho nos olhos dela e o seu sorriso quase me fizeram apertar suas bochechas. Fofa.


- quem não ajudaria esse belo anjo ?. - brinquei tirando um sorriso tímido seu. - eles não irão mexer com vocês até o final do ano, eu espero.


- que poder mágico usou para fazer os seres desprezíveis correrem de medo, posso saber ?!. - Tzuyu cochicha animada.


- o poder mágico da gravação de vídeo. - falei simples.


- nossa! É, eles finalmente não tiveram como contornar a situação dessa vez. Normalmente o rabo deles é tirado da reta antes mesmo de dar merda. Privilégios de família rica é um problema na sociedade mais humilde. - Tzuyu explica indignada.


- esqueceu que dinheiro compra tudo ? Nada que uma boa nota preta para se livrar dos problemas. - Dahyun suspira.


- é. - concordo totalmente. - obrigada senhor, nossa vez!!. - pego a bandeja pronta para pegar comida.




[....]




Comendo entre conversas e risadas, nos aproximamos no curto tempo que passamos juntas. Dahyun a cada minuto ficava mais confortável em ser ela mesma perto de mim, não completamente, mas é um começo. Perto de sua amiga ela não demora em demonstrar o que pensa, bem diferente quando estávamos sozinhas. Espero ganhar a confiança dela para nos tornamos amigas num futuro próximo, se depender de Tzuyu já nos tornamos amigas e eu nem sei kkk.



- olha, a novata meninas. - meu sorriso desmancha da cara ao ouvir a voz de Jennie. - a comida da nossa escola é boa estrangeira ? Chefes renomados a preparam.


- ....sim. - respondi sem humor algum.


- por que você perde tempo falando com essa menina Jennie ? É apenas a novata, logo ela vai ser esquecida, aí seu interesse desaparecerá também. - Jihyo aproveita e joga seu veneno que transborda ao me ver na sua frente.


- minha garota preferida é tão simpática. Por que não admite logo que gosta de mim Park, e paramos de tentar nos enganar xingando uma a outra sem necessidade alguma ?. - bando um beijo no ar junto de uma piscadela para ela.


- nunca!!. - exclama agressiva. - prefiro morrer.
- queria ser eu a sua garota preferida. - Jennie faz bico emburrada. - não é justo, Jihyo pegou meu lugar.


- pode ficar com ele, eu nunca iria querer mesmo. - o seu tom desgostoso faz parecer sentir repulsa de mim do fundo de sua alma.


- Jihyo! A S/n parece ser uma boa pessoa. Tente pelo menos manter a postura, que implicância com a menina. - Sana empurra de leve seu ombro.


- quem manda ela ser uma idiota ?. - faz expressão de nojo mostrando a língua, eu também.


- portanto eu serei a sua nova pessoa preferida docinho. - de repente beija minha bochecha sem eu ter deixado. Que assédio é esse porr* ?


- olha... Jennie, eu adoro pessoas alegres que interagem bastante, mas, não faça isso de novo, tá legal ? Eu não gosto.


- me desculpe de verdade querida, do fundo do meu coração. - a sinceridade falsa de Jennie me assusta, é difícil dizer o que é verdade ou não vindo dela. -  é questão de tempo até você querer ter esses beijos exclusivos que todos desejam ter. Tchau docinho-... ah, quase esqueci de dar tchau as nossas nerds veteranas. Tchau Dahyun e.... Tzuyu. - pronuncia seu nome de forma estranha, em seguida volta a dar o sorriso de sempre.


- tchau anjo. - Sana acena para mim. - tchau meninas. - é incrível que ela é a única educada das três.


- tchau flor. - ela sorri fofa. - tchau Jihyo, não pense demais em mim. - o gesto conhecido por mim aconteceu, o dedo do meio.


- vai se fud*r!


- kkkk. - ri humorada. - ela não perde uma.
- não gosto do grupo de líderes de torcida. - Dahyun encara com desgosto as três que foram se sentar num canto do refeitório.


- aquelas lá tem histórias macabras para contar numa sexta-feira 13 kkk. Principalmente a líder, Jennie. Tenha cuidado S/n, ela não é flor que se cheire. - Tzuyu me alerta preocupada.


- tudo bem. O tipo de flor dela não me agrada kkk. - nós duas damos risada.


- como conheceu elas ? Sei que Jennie gosta de aparecer para qualquer um, porém é estranho a sua aproximação nada discreta. Minha teoria é que ela de alguma forma conhece você e quer algo. - Tzuyu falou sua fanfic já pronta.


- que teoria da conspiração você anda lendo ? Kkk. - pergunto achando graça da sua capacidade de imaginação fértil. - pode ser que conheça meus pais, eles até que são famosos, mas eu nunca gostei de estar por dentro de seus negócios mesmo meu pai me obrigando a ir. Não saio muito de casa, posto poucas coisas na internet, portanto é quase impossível ela saber sobre mim.


- hmm.... Pode ser. - Tzuyu concorda não gostando muito de ter sua teoria descartada. - mas fique atenta, é um conselho pro resto do ano. Coisas nessa escola estão fadadas a terminar de forma obscura por baixo dos panos, seja uma pessoa ignorante e talvez termine o ano bem. Tudo aqui tem um papel já pré-determinado. Os alunos, os professores, a escola. Não saiba demais caso esteja esperando um final cômico cheio de risadas alegres.


- que conselho.... amedrontador. Eu tenho a impressão que vocês sabem de algo mais sério do que levar bebida pra escola, estou certa ?


- quem dera fosse coisas simples..... - Dahyun inclina a coluna chegando perto, depois olha pros lados vendo se ninguém prestava atenção na conversa. - tem uma informante na escola que sabe de tudo que acontece aqui. É o pombo correio de Sana. Pagando a quantia certa, ela abre a boca e conta tudo o que você quer saber. - explica.


- credo!! Tudo é observado aqui dentro, que horror.


- um horror que muitos não gostariam de presenciar. Alunos já.... sabe ? - Tzuyu gesticula um gesto fazendo eu entender o que ela queria dizer. - ano passado bateu o recorde. Uma mistura de aulas o dia inteiro complementando o reforço de noite e problemas seja em qualquer lugar acaba quebrando alguém de modo que não tem como juntar os cacos de volta.


- é..... uma droga né ?. - as duas concordam.


- uma verdadeira droga. - Tzuyu suspira.




*Toca o sinal.




- aula de novo nãaaao. - Tzuyu reclama. - qual a de vocês ?


- coreano. - eu e Dahyun dissemos juntas. Nos olhamos surpresas.


- uma conhecida, ainda bem. - agradeço juntando as mãos numa prece.


- bosta. Pelo menos vou ter aula de sociologia, morram de inveja kkk. - Tzuyu debocha.


- aula de sociologia ?! Queria. Senti inveja mesmo, adoro sociologia. - xingo o universo mentalmente pelas injustiças da vida.


- a professora Taeyon é a melhor. Além de ser super legal, ajuda os alunos quando pode com maior carinho, é gentil e simpática. - Dahyun elogiava a professora, faltava dizer que ela era perfeita. - muito perfeita. - ri internamente. Nos levantamos indo deixar nossas bandejas e jogar o resto de comida que não comemos.


- que fala de cadelinha. - Tzuyu da uma alfinetada fatal. - se ela pedir, "da a pata" ,você dá kkk ?. - solto uma rápida risada.


- pelo menos eu dou a pata, e você que da um banho de saliva nela quando fala sua boca de metal ?


- oooh kkkk!. - não aguento ver essas duas juntas.


- .....vou deixar essa passar porquê não quero que você diminua uns centímetros a menos e seja confundida com uma criança, bom, se já não é. - o império de Tzuyu contra ataca.


- sei sei. - Dahyun ameaçou retrucar mas a impedi de continuar o maravilhoso show de comédia das duas.


- ok. Nada de briga meninas, a aula começa em poucos minutos. É ótimo ver o entrosamento das duas, quem vê de longe pensa que se odeiam.


- mas no fundo, bem no fundinho, nos amamos. - Tzuyu disse abraçando Dahyun de lado.


- boba. Temos que ir logo S/n, tchau Tzuyu. Qual é mesmo a sua última aula ? Você ficou um tempo sem vir pra escola no começo do ano, eu sempre esqueço. - Dahyun a encara esperando a resposta. Estamos no corredor que estão nossos armários. O meu fica perto do dela.


- inglês, e a de vocês ?


- inglês também. - respondemos juntas de novo.


- ....nem eu tive esse entrosamento com a Dahyun no começo kkk. Tchau gente. - foi até o seu armário.


- tchau Tzuyu.... - olho Dahyun que se mexe desconfortável. - algum problema ?. - começo a andar e consequentemente ela também.
- ....nada não. - Dahyun anda alguns armários a frente chegando no seu.


- ok então. - aquela Dahyun de antes volta a aparecer. Chego no meu armário.




[....]




Não tenho muito o que dizer das DUAS aulas de coreano. Eu sentei do lado de Dahyun, que a propósito fez a menção de mal me olhar nos olhos; aprendi bastante coisa da língua coreana com a ajuda da aula; tentei puxar assunto com a outra pessoa do meu lado, que infelizmente não quis; imaginei diversas coisas aleatórias, besteira, uma mini história sobre mim que não teve um final, o quanto o professor poderia tirar a camisa no meio da sala e dançar igual naquele filme que assisti tempos atrás, coisas impossíveis e outras possíveis, " que vontade de soltar um peido mano "; decorei meu caderno o máximo que consegui por ter tempo de sobra; e tentei também puxar assunto com Dahyun, a minha tentativa foi embora quando ela me ignorou pela segunda vez. Qual o problema com ela ?


Terminando a aula nós duas nos encontramos com Tzuyu, fomos para a sala de Inglês e no caminho vimos o grupos das líderes de torcida, elas fariam a mesma aula que nós. Pela expressão de Dahyun, acho que ela não gostou muito quando fui cumprimentar Sana, mas o que eu sei né ? E lógico, não perdi a oportunidade de atazanar Jihyo que quase faltou voar no meu pescoço.



- virou amiga rápido do grupo das nerds flor. - Sana comenta. Ela está sentada do meu lado, igual na aula de matemática. O destino infelizmente me fez sentar longe de Dahyun e Tzuyu porque as cadeiras vagas estavam escassas. E como o destino é cruel, Jeongyeon sentou atrás de mim. A cara de nojo que essa menina mostra é irritante demais e minha paciência mostra estar no 1%. Mais uma cara que ela fizer direcionada a mim, eu bato nela e arranco os dentes.


- elas são legais, mas não sei se viramos amigas ainda. Não tenho pressa quanto a isso.


- pra mim você já é minha amiga. - deu seu sorriso fofo.


- que amizade rápida kkk. Amizades assim acabam da mesma forma que começou. - brinquei porém no fundo dizendo verdades.
- amizades acabam de diversas maneiras. O importante é aproveitar até chegar no final. Não concorda ?


- ....sim, tem razão. Vamos aproveitar então essa talvez curta amizade. - sorrimos.


- por que não se beijam logo e param de flertar ?. - Nayeon virá de costas nos olhando sem humor. Esqueci de dizer, Nayeon também está aqui. - é doloroso ver o quanto vocês duas são melosas e engraçadas ao mesmo tempo. Dói os olhos.


- inveja mata, princesa. - Sana mostra cara de poucos amigos encarando ela. - pelo menos temos amigos, e você anjo ? Têm o que além de inveja ?


- melhor ter ninguém do que amigos falsos. - a olha de cima a baixo. - diga com quem tu andas que direis quem tu és S/n. Sana esquece que às vezes, ela que destrói amizades. Fofoqueiros tem um lugar reservado no inferno.


- fala a chupa rol* de pessoas comprometidas. A Nayeon às vezes esquece que é uma vadia. - Jihyo entra na pequena discussão. Nayeon engole seco respirando fundo. Não deve ser impressão minha, eu certamente vi ela olhar para Jeongyeon por poucos segundos. Por quê ?


- vocês aí do canto, bocas fechadas e mais estudo!. - a professora já irritada ordena que nós calasse a boca.


- não briguem meninas, não vai levar a lugar nenhum. - digo baixo tentando apaziguar a situação.


- olha, temos aqui, "a certinha". - Nayeon revira os olhos deixando sua voz num tom fino. - não quer ser freira quando crescer não ?. - levanto a sobrancelha de boca aberta. Nayeon não mede as palavras com ninguém. Eu poderia certamente mandar ela se fud*r, entretanto não quero prolongar essa briga que nem sei ao certo qual é.


- não escute ela S/n, Nayeon é amargurada porque o tempo de ouro dela está tendo um fim trágico. A princesa não é mais tão bem falada assim e as pessoas não gostam de saber o que você é de verdade por dentro. Resumindo, ninguém beija mais os seus pés amor, dar isso que você chama de bucet* não defende você de todas as merdas que faz. - suas palavras nada gentis fizeram eu arregalar os olhos surpresa.


- isso é "dor de cotovelo" Sana ? Não faz eu te lembrar de certas coisas, puritana. Uma facada nas costas é melhor receber de um estranho do que de um amigo.  - Nayeon a encarou sorrindo quando viu a expressão sombria de Sana.


- .....como a professora disse, menos conversa. - Sana virá o rosto pro quadro.


- cretina. - Nayeon cochicha voltando a olha para frente.


- o que acabou de acontecer ?. - pergunto confusa. - doideira. - a última palavra falo na minha língua.


- pode me emprestar um marcador de texto se você tiver moça ?. - uma garota me pede do nada. Sua carteira é do meu outro lado. - perdi sem querer a minha. - sorri boba passando a mão na nuca.


- posso sim. - sorrio também lhe entregando o marca texto.


- ah, e pode emprestar pra minha amiga também ? Roubaram a dela. - a sentada na frente dela acena.


- tudo bem. Me devolvam no final, se não eu vou atrás de vocês duas kkk. - entrego mais uma que eu tinha.


- pode deixar kkk. Obrigada. Vamos ficar de devendo uma. - entrega para a sua amiga.





[....]




Obrigada senhor, últimos minutos para acabar de vez as aulas. Primeiro dia quase concluído. Inglês é minha língua materna praticamente, portanto nem precisei prestar atenção no que a professora explicava, vai ser a matéria que com certeza vou tirar nota máxima.



- oh, presta atenção em mim, estou falando. - Nayeon mexe repetidas vezes a mão no meu campo de visão. - que falta de respeito S/n. - gesticula negando com a cabeça.


- desculpa. Fala de novo.


- como eu ia dizendo, .....fui levantar da cama hoje e sabe o que aconteceu ?. - o tom dela de assustada foi tão real que eu pensei ser uma coisa séria.


- o que ?. - perguntei preocupada.


- meu cabelo estava todo bagunçado cheio de mechas emboladas, um completo caos. Eu usei uma touca para dormir, mas ela saiu da minha cabeça a noite. Não é uma merda ?. - bate de leve o punho na minha mesa.


- é, ....é sim uma merda. - não sei porque levei essa menina a sério.


- não é ?! Cabelo é tão difícil e chato de cuidar que às vezes tenho vontade de raspar a cabeça toda. - o assunto nada interessante subitamente se transforma em algo interessante de conversar. - cuidar de unha a cada semana me da vontade de desistir delas. Entende meu ponto ?


- sim, totalmente. Eu acho meu cabelo maravilhoso e bonito, tem várias formas de arrumar ele, porém o preço a pagar e gastar um bom tempo cuidando dele. Antes de viajar pra cá mandei fazerem essas tranças, nem preciso me preocupar em arrumar quando acordo. - desfaço o coque frouxo soltando meu cabelo trançado. - gosto da cor branca, legal né ?


- legal ? Está uma obra prima. Eu posso tocar ?


- já é um alívio você não ter tocado sem me perguntar, por isso, eu deixo sim. - inclino minha coluna chegando mais perto. - não é todo dia que eu deixo qualquer mão tocar meu cabelo querido. - ela ri divertida. Com a ponto dos dedos encosta eles timidamente nas tranças.


- .....demora quanto tempo para fazer elas ?. - perguntou enquanto analisava.


- umas..... 6 horas ? É demorado, depende de pessoa para pessoa e quem faz o trançado.
- 6 malditas horas ?! Eu não aguentaria.


- no começo até que você acha legal, mas no meio do processo é o mais triste de aturar. Eu quase dormi na minha seção kkk. No final você grita de alegria, o resultado vale a pena cada hora sofrida.


- interessante. - terminou de explorar meu cabelo. - um dia você me leva para fazer ?
- levo sim. - fazemos aquelas promessas do momento que nunca irão ser feitas.


- e depois que der o tempo de uso, vamos raspar nossas cabeças juntas. Uma tremenda loucura que todos devem provar uma vez na vida. - Nayeon fez uma proposta inusitada. Espero que seja brincadeira.


- que radical. Vou pensar no seu caso. Seremos irmãs de cabeça careca kkk.
- ....é kkk. - sua risada não saiu do jeito que eu esperava.




*O sinal toca.




- eu ouvi um amém ?. - digo agradecendo.


- aqui seus marca texto, obrigada de novo. - a menina de antes entrega eles.


- foi nada. - os guardo e também meus matérias. - aí, a liberdade chegou. - fecho a mochila levantando.


- voltem para casa em segurança pessoal. Tchau. - a professora disse.


- você não vai ir embora Nayeon ?. - estranhei ela ainda não arrumar suas coisas. Uma pulga atrás da orelha sempre aparecia quando o assunto é ela.


- lógico que vou. Ficar nesse inferno de escola é um desafio mental desgraçado kkk. Apenas tenho que conversar com a professora sobre um trabalho não feito, preciso de notas bebê. - pisca.


- hmm... então tchau Nayeon. - aceno e ela também. Passo da porta.


- conversa com Nayeon também ?! Você é rodeada de pessoas polêmicas senhorita S/n. - Tzuyu junto de Dahyun se aproxima eufórica.


- foram as circunstâncias que me fizeram conhecer elas, foi as carteiras.


- circunstâncias cruéis. - Dahyun comenta.


- não sei o que elas fizeram, porém cada uma no seu canto é legal de conversar. 


- espera conhecer de verdade. Devo classificar o nível de perigo de cada uma, e a palavra escolhida para todas é o máximo. S/n terá um ano empolgante. - Tzuyu ri da minha cara desanimada.


- você encoraja as pessoas tão bem Tzuyu. - fingi gratidão.


- obrigada. - empina o nariz se achando.


- não foi um elogio. - ela me encara fazendo careta.


- kkk. - Dahyun ri.



Na saída da escola a maioria dos alunos eram buscados por carros. Pelo que Tzuyu contou eles iriam para algum cursinho estudar mais ainda. Que horror. A coisa que eu mais quero agora é chegar em casa, comer pra caramba e assistir TV até cair morta.



- vamos no estacionamento, deixei minha moto lá dessa vez. - Tzuyu tira da bolsa uma chave.


- você tem moto ?! Caraca que doideira, eu também tenho!. - falo mega animada.


- tu também ? Aaah!!. - demos um gritinho agudo dando pulinhos.


- qual a sua ?. - olhei o estacionamento logo a frente tentando achar a moto.


- é uma Honda, CB 650R. Ali ela. - levanta o dedo mostrando a motocicleta.


- aí eu vou desmaiar. - corro na direção dela. Subo na moto fingindo acelerar. - vamos passear garoto, uhuuul! Empina empina!!


- kkk. Agora que vocês não irão se separar mais. - Dahyun para junto de Tzuyu.


- pode apostar baby. - sorrio divertida. Ela olha tímida o chão mexendo os All Stars pretos desgastados.


- tá, agora tira o bumbum do banco que eu preciso resolver certas pendências. - Tzuyu coloca o capacete.


- tchau princesa. - beijo a lataria e ouço elas darem risada de mim. Levanto. - e você Dahyun ? Vai ir de transporte pra casa ?
- sim. De metrô.


- o que ? Nem pensar-.... - ouvimos o trovão ecoar no céu de templo nublado. - Tzuyu, tem capacete extra ?


- tenho. Aqui. - o pega me entregando.


- você fala na onde mora que eu te levo lá em segurança. Veste minha jaqueta que é quentinha, está frio. - abro a mochila pegando ela.


- não!! Vai chover, o metrô é melhor. - gesticula negando.


- chegaremos antes de chover, é só vir agora. É bem mais rápido que o metrô, acredite.


- é Tofu. Sua casa é longe, aproveita. - Tzuyu concorda comigo.


- hmm... Eu.... - dizia incerta.


- aceita, aceita, aceita. - eu e Tzuyu falamos juntas.


- .......ok. Eu vou. - ela cede.


- isso!. - comemoramos.


- senhorita Dahyun, sua carona está a seu dispor madame. - ligo a moto.


- eu nunca.... andei de moto. Eu só preciso segurar em você ?. - fica próxima. - acho que vou precisar da sua jaqueta kkk. - pega do meu ombro o vestindo. Ficou grande nela.


- kkkk! Parece uma criança. - Tzuyu zoa a aparência da amiga. - tchau gente, até amanhã. - canta pneu saindo do estacionamento.


- tchau!!!. - Dahyun e eu dissemos.


- qual o endereço ?. - perguntei abrindo o aplicativo de mapa.


- Rua ****** **********, 234.


- ótimo. Segura firme. - sinto seus tímidos braços na minha cintura. - próxima parada, sua casa.








[....]








A fria garoa fina da chuva nos pegou no meio do caminho, porém os corpos próximos deu calor para não nos fazer passar tanto frio assim. Dahyun tinha colocado seus fones de ouvido quando parei num semáforo, eu escutava um pouco, deveria estar alto pra caramba o som. Já experimentei essa sensação de ouvir música enquanto dirigia, é ótima. Sua face pálida repousava nas minhas costas, o coração batia calmo, braços firmes, o mundo parecia distante de nós.
No final do trajeto você agradeceu dando um sorriso gengival. Agindo relutante me abraçou de forma carinhosa. Seus pais me olharam torto. A chuva que começou a cair batia no meu capacete.


Não sei o que nos tornaremos, amigas, colegas, conhecidas, Dahyun é meio indecifrável, seus atos são confusos, sua personalidade muda estando comigo ou Tzuyu, deve ser imaginação minha esse pensamento, mas eu quero que fiquemos próximas.



















(É uma ótima memória distante para se lembrar. É simples e especial. Por que não podemos voltar no tempo e iniciar de novo aquele dia ? Eu.... nunca poderei dizer pessoalmente o quanto me arrependi de não ter concertado as coisas com você. A mágoa fez eu ignorar tudo, um ego grande bloqueou meus pensamentos. É difícil perdoar na hora ? Digo que sim, mas o tempo deixou saudades, os vestígios dos erros desapareceram, do que importa eles agora ? Posso jogar na sua cara o quanto quiser, na época me senti no direito de dizer aquelas coisas, eu tive direito. Você entendeu a minha raiva, você a aceitou de braços abertos, me escutou já que era seu dever, o mínimo a se fazer, e eu ? Eu explodi por todos os lados que consegui alcançar, tudo a minha volta pegou fogo. 
Duas idiotas nada perfeitas, erros atrás de erros.


E o que nos restou no final ? Arrependimentos não resolvidos.




Uma xícara de chá poderia resolver qualquer coisa, uma boa conversa nostálgica arrancará sorrisos alegres. Adolescentes e adultos devem ceder mais e engolir seu orgulho, eles amam estarem certos).





Continua ?..... 


Notas Finais


Interajam

O que acharam ? continuo ou finjo que foi um surto?
um lembrete, talvez eu de uma parada e depois continue a escrever, não é uma certeza.


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