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História A marca de uma Lágrima - Uma gota de sangue


Escrita por: HarumiKitt-chan

Notas do Autor


Esta é a primeira vez que posto uma fanfic então não sei como vai ficar...

Ultimamente estou escrevendo uma fanfic de Fairy Tail (tentando)

Mas por enquanto, até para me acostumar mais, vou postar A marca de uma Lágrima.

Me desculpem qualquer erro ou bagunça aí, meu pc quebrou então estou pelo app do Spirit, o que não facilita nadinha as coisas! -.-'

Capítulo 1 - Uma gota de sangue


I - Paixão que nasce

1 — Uma gota de sangue

Aquele era seu pior inimigo. O mais cruel, o mais cínico, o mais sem piedade.
Um inimigo que falava a verdade.
Sempre. Sempre a verdade. Toda aquela verdade que Isabel conhecia muito bem e que nunca abandonava.

Ainda com a escova de cabelo na mão, ela não podia deixar de encará-lo.
Lá estava ele, encarando Isabel de volta, com os próprios olhos da menina. De um lado, eles estavam molhados. Do outro, refletiam-se gelados, vítreos, impiedosos.

— Feia . . .

Isabel sufocou um soluço.

— Gorducha . . .

Uma lágrima formou-se na pontinha da pálpebra.

— Que óculos horrorosos . . .

Como um bichinho que foge, a lágrima saiu da toca e foi esconder-se no aro do óculos.

— Você plantou uma rosa no nariz, é?

— Cale a boca. . . por favor. . .

Já mais grossa, a lágrima livrou-se dos óculos e escorreu pelo rosto de Isabel.

— Sabe que essa rosa vai ficar amarela? Amarela e grande. . .

A lágrima penetrou-lhe pelos lábios e Isabel reconheceu aquele gosto salgado, tão comum e tão amargo em momentos como aquele.

— Você vai espremer a rosa amarela. O seu nariz vai inchar. . .

Os lábios de Isabel apertaram-se, molhados, sem palavras. Aquela garota que sempre tinha resposta para tudo, sempre uma gozação na hora certa, uma tirada de gênio que deixava qualquer provocador sem graça, não sabia o que dizer quando seu grande inimigo apontava sadicamente cada ponto fraco que havia para apontar.

— . . . e você vai ter vergonha de voltar às aulas na semana que vem. . .

— Cale a boca!

A raiva foi tanta que a escova de cabelo voou com força, acertando o inimigo em cheio, bem na cara.

— Isabel! Venha cá. Morreu aí no banheiro, é?

A voz penetrou-lhe os ouvidos como uma campainha de despertador. A voz irritante da mãe. Estridente como uma campainha. Devia estar com enxaqueca, é claro. Na certa ia reclamar de alguma coisa, exigir que a filha respeitasse pelo menos sua dor de cabeça, queixar-se de...
O combate com o inimigo estava suspenso, por hora. Isabel sacudiu a cabeça, como se despertasse, e esfregou o rosto, apagando as marcas da luta.

Uma última olhada para o inimigo. Ele a olhou de volta, agora com uma rachadura de alto a baixo.

"Sete anos de azar! ", pensou Isabel.

"Ah, o que são sete, para quem viveu quatorze dos anos mais azarados do mundo?"

— Isabel! — ainda mais irritada, a voz da mãe invadiu o banheiro. — Não me ouviu chamar?

"Quatorze anos de azar!" ainda pensava a menina ao abrir a porta.

"Será que a minha mãe quebrou dois espelhos quando eu nasci? "
    
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Com as mãos, a mãe apertava as têmporas, como se a cabeça fosse cair, se ela largasse.

— Você sabe que eu não posso gritar, Isabel. Você devia. . .

— Está bem, mãe. O que você quer?

— Ai, ai. Tia Adelaine acabou de telefonar. É o aniversário do Cristiano e ela faz questão que você vá.

— Cristiano? Que Cristiano?

— O seu primo, ora. Não se lembra do Criatiano? Vocês brincavam tanto. . .

— Ah, mãe! Isso faz um século. . .

— É, faz tempo mesmo. Também, Adelaine foi casar-se com um homem que não pára em nenhum lugar! Não sei o que tanto tem aquele sujeito de mudar-se de cidade. Mas parece que desta vez vai sossegar. Ele está bem de vida, agora. Montou uma casa que é uma beleza. Adelaine vai fazer uma festa para Cristiano que. . .

— Que droga! Aniversário de criança!

— Cristiano faz dezesseis anos, Isabel.

— Eu não quero ir.

— Não discuta, Isabel. Minha cabeça está me matando. . .

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— É claro que eu vou! — concordou Rosana, do outro lado da linha. — As férias estão no fim mesmo, e os programas andam raros. Acho até gozado: sempre sou eu que tem de arrastar você para alguma festa. Você sempre arranja uma desculpa, tem sempre que estudar. . .

— Acontece que eu não quero ir sozinha, Rosana —
desculpou-se Isabel, como se estivesse convidando a amiga para uma sessão de tortura — Minha mãe exige que eu vá. É o aniversário de Cristiano, um primo que eu não vejo a anos. Dizem que sempre foi no melhor aluno da classe. Um chato! E o pior é que ele foi transferido para o nosso colégio. A partir de segunda-feira vou ter de conviver com o chatinho a vida inteira. Faltam só dois dias. . . A festa deve ser tão chata quanto ele. A gente fica só um pouquinho e. . .

— Já disse que vou, Isabel. Um festa é uma festa. E esta não deve ser mais chata do que as outras. . .

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Lá estava ele de novo.
O inimigo, agora rachado de cima a baixo, dizendo para Isabel que ela ficava medonha com aquela blusa, que seu cabelo estava um lixo, que todo mundo ia rir dela na festa. . .

— Todos riem, não é? Só que eu nunca dou tempo para que riam de mim. Eles têm de rir do que eu digo. Têm de rir comigo, na hora que eu quero quê eles riam. Todo mundo ri do que eu digo, não é? Isabel, a grande gozadora! Isabel, a contadora de casos. Vamos, riam todos com Isabel!

Levemente, seus dedos tocaram a face fria do inimigo, bem na rachadura. Lentamente, os dedos percorreram a rachadura, tateando como um cego que procura reconhecer alguém.

— Todos riem. . . Mas eu não queria tantos risos. Eu queria um sorriso apenas. Um só. Queria estar quieta e ver alguém aproximar-se, olhando nos meus olhos. . . sorrindo. . . Eu sorriria de volta, e nada mais precisaria ser dito.

Isabel deixou as lágrimas correrem fartas pelo rosto. Foi aí que o inimigo resolveu feri-la mais fundo e cortou-lhe o dedo com a borda da rachadura.
Num gesto maquinal, a menina levou o dedo à boca, chupando o ferimento.

Na rachadura, no peito do inimigo, ficou uma gota de sangue.

O dedo não doía quase nada.

Era alí que doía.


Notas Finais


É isso! (^~^)

De novo peço desculpas por algum erro.

Espero poder postar o segundo cap hoje ainda, mas não sei se vai dar...

Kissus de sorvete!! (≧∇≦)/


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