A Estrada do Rei era atravessada pelos soldados nortenhos, que estariam fazendo viagem de uma lua desde Winterfell, junto de sua líder Sansa Stark, até King’s Landing para tratar de assuntos urgentes com Bran, O Quebrado. Fazia um bom tempo desde que esteve na costa Leste de Westeros, desde o julgamento de Tyrion Lannister, poderia dizer que muita coisa havia mudado com o novo reinado quando estava apenas alguns metros da muralha que cercava a capital, antigamente o mal cheiro ultrapassava a fortificação por tamanho descuido com a higiene das ruas e becos, agora o ar parecia mais leve, de certa forma isso era estranho… Mas de maneira positiva. Agradeceu mentalmente aos Deuses assim que chegaram ao Portão do Dragão, que guardado por guardas e grades, que naquele caso, estavam abertas a fim de liberar a passagem. O comandante de suas tropas identificou-se para os soldados de armadura a frente, e assim, puderam adentrar a capital de Westeros.
Se lhe contassem como estava a cidade antes mesmo de visitá-la, a ruiva soltaria uma boa gargalhada por acreditar ser uma piada, mas ali enxergava com seus próprios olhos o estado atual de King’s Landing, que antes era uma confusão extrema; a desigualdade social era explícita no reinado das casas Baratheon e Lannister, ela mesmo havia experienciado, sofrendo com superpopulação, escassez de alimento e extrema falta de higiene nas regiões mais pobres, como a Baía das Pulgas. Fatos que tornavam seu povo revoltado, a coroa nunca teve real admiração pelos moradores mais humildes, mas isso pareceu nunca incomodar Robert, Joffrey e Cersei, afinal a atenção deles era outra. Porém, ali e agora, tudo estava diferente, as ruas pareciam estar bem mais limpas, assim como as pessoas, que não eram muitas… Já não era populosa quanto antes, “Graças à uma Targaryen e seu dragão” pensou com amargura, mas ao menos assim a higiene local do povo poderia ser controlada com mais facilidade e doenças não se espalhariam. Todos os danos estavam praticamente encobertos desde a destruição, o luto há muito havia passado e todos pareciam bem, teve a impressão que poderiam estar satisfeitos, o que surpreendia a irmã do Rei dos Seis Reinos, não deixando de observar os arredores em incredulidade até subirem à Colina de Aegon, onde ficava a tão famosa Fortaleza Vermelha.
Enfim a jornada havia chegado ao fim, estando bem na frente do grande portal de entrada, Sansa encontrava rostos familiares, o que a fez abrir um sorriso sincero quando seus olhos pararam em Sor Brienne de Tarth, esta que retribuiu o mesmo gesto, a mulher de armadura era acompanhada por Sam e Bronn.
— É uma honra revê-la, Rainha do Norte. — Os ouvidos estranhavam aquele título saindo dos lábios da loira, pois a última vez que vira era apenas Lady Sansa de Winterfell, como sempre, a cavaleira mantinha seu respeito pela ruiva em meio a cordialidade. — Espero que tenha feito uma ótima viagem.
— Posso dizer o mesmo, Sor Brienne. — E era verdade, aquela mulher era uma peça rara, nunca encontrara alguém com tamanha honra e lealdade, e claro, compaixão e bondade. — Fizemos uma ótima viagem, mas cansativa, devo dizer.
— Creio que sim, me certificarei de hospedar bem as suas tropas e cuidar para que não lhes falte conforto e comida. — Sendo Comandante da Guarda Real, estaria encarregada de tais tarefas.
— Já a agradeço, Sor Brienne, tenho certeza que ficarão muito bem hospedados. — Em seguida, a nortenha desviou o olhar para Bronn, o cumprimentado rapidamente ao murmurar “Milord”, não o conhecia tão bem quanto os outros, após isso se dirigiu ao Meistre Samwell, este que a cumprimentou com seu sorriso gentil de sempre e olhos dóceis, sendo tão cordial quanto Brienne.
— Espero que o Norte prospere muito em seu nome. — As palavras a fizeram sorrir mais uma vez, o rapaz sempre mostrou grande apreço por sua família por causa de Jon. Ah, Jon. Poderia enxergar nos olhos bondosos do moreno que seus pensamentos estavam com ele enquanto lhe fitava de volta, Sansa se compadecia pelo Meistre, sabia que ele sentia falta de seu primeiro melhor amigo, e tinha certeza que o meio irmão correspondia. — As notícias são de que estão reconstruindo a Muralha, hm? Grandes lembranças…
— Agradeço, meu bom Meistre. — A jovem rainha tomou a liberdade de pousar a mão destra sobre o ombro do rapaz, demonstrando naquele mínimo gesto o quanto se comovia por ele ao citar as lembranças da Patrulha da Noite com o regicida exilado. — Tenho certeza de que são muitas.
E foi neste meio tempo em que Sor Podrick surgiu pela porta junto de seu irmão mais novo, empurrando a cadeira de rodas amadeirada, tendo Lorde Tyrion acompanhando ao lado. O anão pareceu feliz em rever a ex mulher, sempre teve muito apreço por ela desde que era uma menina, e logicamente que era recíproco, entre todos os Lannister ele era o mais decente e gentil, poderiam não ter tido afeto cônjuge, mas ainda eram bons amigos. Já Bran, não expressava nenhuma emoção além de um repuxar de lábios quase imperceptível, a Stark mais velha nem mesmo se lembrava de como era o sorriso do próprio irmão.
— Seja bem vinda, Rainha do Norte, espero que possamos lhe oferecer conforto durante sua estadia conosco na capital. — Foi o cumprimento do soberano dos Seis Reinos. — Ainda mais quando se trata de uma viagem urgente como esta. Tyrion, poderia ser gentil o bastante para escoltar minha irmã até seus aposentos?
E assim, a ruiva finalmente foi guiada para dentro da Fortaleza Vermelha, tendo dois guardas reais seguindo logo atrás com os pertences femininos que eram guardados em baús de madeira, deixando seus homens nas mãos de Brienne de Tarth com total confiança. O castelo não estava tão diferente, obviamente repararam boa parte que foi destruída e danificada, mas a sensação desconfortável ainda era mesma visto que tinha a pior das lembranças ali dentro.
— Fiz questão de pedir para as aias lhe prepararem o melhor quarto de hospedes, ele foi um dos que reformaram. Creio que a Rainha achará bem mais agradável do que sua última vez por aqui. — O comentário fez um pequeno sorriso surgir na face da maior, como sempre o pequeno Lannister era uma ótima pessoa, ele mais que ninguém sabia dos horrores de sua infância.
— Obrigada, milord, é sempre muito gentil. — Estavam, por fim, de frente para o cômodo, os homens entravam na frente e deixavam os baús com cuidado próximos da cama, somente assim se retiraram. — Soube que o Rei Bran fez muitas mudanças, algumas delas eu mesma vi lá fora.
— Parece surpresa. — Tyrion dizia com certo tom de curiosidade. — Seu irmão foi a escolha certa para o trono, King’s Landing e os Seis Reinos estão em boas mãos… E claro, bons olhos.
— Eu nunca pensei que veria este lugar tão melhor, com certeza ele fez um ótimo trabalho como Rei. O povo me pareceu muito satisfeito, além de mais limpos. — O humor de suas palavras arrancou um riso breve do anão.
— Ah, sim! Bem mais limpos. Mas, se me permite, sinto que há um porém em suas palavras. — Claro que ele saberia, era um homem esperto e sábio, não deixava detalhes escaparem tão facilmente.
— E foi por esse mesmo porém que eu vim, Lorde Tyrion.
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Estar de volta em Essos com as mesmas intenções era tão familiar quanto peculiar, deveria ter continuado com este propósito antes de desviar para tomar o Trono de Ferro, pois ao ver que algumas das nove cidades ainda mantinham a escravidão a fazia sentir-se incompleta, restava muita justiça para ser feita, aquelas pessoas não tinham escolha a não ser seguir seus mestres em correntes ou morrer, mas Daenerys tinha… E ela escolheria por eles, escolheria livrá-los. Talvez fosse parte de seus trabalhos não terminados, os quais deveria cumprir, os sacerdotes do Senhor do Fogo lhe explicaram sobre isso, que aqueles escolhidos para voltar à vida devem cumprir sua função antes de retornar para junto do Deus do Fogo novamente, e sendo parte da profecia de Azor Ahai, a valiriana deveria prosseguir, mostrar uma nova Era sendo imposta aos homens. Acreditava que se livrasse Essos, o conquistasse de uma vez e mudasse sua história, estaria finalmente pronta para retornar a Westeros, todos saberiam de seu feito, seria muito mais que a Rainha da Cinzas, muito mais que seu pai um dia foi.
Como sempre, antes de usar força máxima, a jovem Targaryen sempre requisitava os donos dos escravos em sua presença para debaterem a respeito da libertação em negócios, era certo que a maioria se negava, porém alguns temiam a ira de Fogo e Sangue, principalmente por saberem que seu nome vagava glorioso novamente pelas Cidades Livres, tinham plena noção que seus subordinados aguardavam esperançosos pela Quebradora de Correntes, isto quando já não ocorria uma rebelião em função de libertação, Daenerys era símbolo de mudança e força para eles. Muitos se juntavam à Mãe dos Dragões, como agradecimento ou até mesmo fé em seu poder, a rainha os aceitava de bom grado, quando não se juntavam os deixavam ir livres e ajudava no que era possível. Por isso a chamavam de Mhysa, poderia ser severa quando lhe era necessário, mas tinha um coração acolhedor aos que mereciam; sendo temida e amada por muitos.
O tempo há muito havia se passado, diversas luas até chegar o dia de seu nome, em comemoração da data foi organizado torneios em Meereen, onde ficou após a abolição da escravatura total, para a rainha assistir, danças festivas do povo liberto e oferendas simples, mas sinceras. Dany sentia-se grata por ser recebida com tanto calor, era sinal que havia conseguido, após inúmeras lutas e guerras para o fim da escravidão finalmente havia cumprido um de seus primeiros propósitos de vida. Em cada cidade, deixou um comandante de seus exércitos e um bom número de tropas, assim poderia manter ordem e cuidado, exatamente como teria feito com Daario antes de partir para Westeros, a situação de cada local era relatado a si, desta forma nada lhe passava despercebido. ainda mais com a ajuda do guerreiro Tyroshi e de Verme Cinzento para dar suporte necessário.
Ao fim daquele dia que marcava seu nascimento, a Mãe dos Dragões estava em seus aposentos sozinha, tendo um cálice de vinho em mãos, estava um pouco cansada da manhã e tarde festiva que teve, suas tranças já estavam desfeitas e seu corpo era coberto apenas pelo tecido fino das vestes de dormir. E foi com um susto que os olhos púrpuros notaram uma presença a mais naquele mesmo cômodo, estando próximo à janela, Daario a observava com um sorriso sugestivo no rosto.
— Eu pensei que já tivesse deixado claro para não fazer isso outra vez. — Não estava o repreendendo de verdade, afinal os lábios da Princesa Prometida se curvaram em um sorriso sutil.
— Perdoe-me, minha rainha, mas queria ter a chance de lhe dar um presente assim como os outros. — O homem dizia ao caminhar até a mesa, onde havia uma jarra de vinho e era deixado o cálice da menor, ele pousava flores brancas e azuis sobre a superfície plana, aquilo a fez conter um riso baixo, alguns velhos hábitos não morrem. — Quando o mercador soube que compraria para lhe dar, não me cobrou nada, disse que seria uma honra a presentear. — Daario retirava um embrulho de um dos bolsos internos do colete de couro que usava, entregando-o diretamente nas mãos da Khaleesi.
Quando Daenerys abriu, os olhos até mesmo cintilaram, era um bracelete de prata e ouro que tomava a forma de um dragão, este poderia cobrir metade de seu antebraço pelo porte médio. Os detalhes eram magníficos, os quais passava os dedos por cima a fim de contemplar as escamas prateadas e douradas, no lugar dos olhos havia duas pequenas pedras de rubi, era lindo.
— Palavras me faltam para agradecê-lo, isso é maravilhoso. — Realmente estava encantada, tinha vários acessórios e apetrechos de dragão, mas nenhum tão elegante como aquele. Mas, a Targaryen sabia que no fundo o guerreiro estava em busca de algo além de expressar seus sentimentos ainda existentes. — Mas, sabe bem que me comover não irá mudar minha resposta final.
— Valia a pena tentar. — Ah, rapaz abusado… O sorriso galante que erguia o canto da boca em uma linha lateral fez a soberana sacudir a cabeça levemente em negação, ele realmente nunca mudava.
— Eu preciso de você aqui me representando, o povo já o conhece e confia em você, desde a última vez. — Agora a atenção era totalmente desviada do bracelete para o moreno, que deu mais um passo em sua direção, tentando ficar o mais próximo possível.
— Da última vez que me deixou aqui, você foi morta, eu não posso deixar isso acontecer novamente. — As mãos masculinas foram ao encontro da cintura curvilínea da mulher de Valyria, ele não a segurava com posse ou desejo, era cuidado. Daario sempre a amou, assim como Jorah, e mesmo já tendo se deitado com a Khaleesi algumas vezes, ainda existia o carinho por sua pessoa. — Deixe-me ir, deixe-me matar Jon Snow pra você, minha rainha. — Seus sussurros ficavam mais perto, ele estava prestes a roubar um selar casto, mas Daenerys o impediu.
— Não. — A mão feminina estava contra o peito alheio, o empurrando sutilmente para que não fosse beijada. — O mesmo erro não irá se repetir, só uma pessoa pode matar Jon Snow… E essa pessoa sou eu.
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Horas haviam se passado desde sua chegada em King’s Landing, teve tempo o suficiente para se acomodar, banhar-se na banheira que as aias lhe trouxeram e descansar um pouco antes de ir cumprir seu objetivo, que era o único motivo de estar na capital. Quando foi guiada por um dos guardas reais até a sala de reunião, onde o rei normalmente se juntava com seu Pequeno Conselho, a jovem de cabelos ruivos encontrou seu irmão mais novo a esperando na ponta da mesa, Sansa não tardou a se acomodar o mais perto possível do aleijado, e assim que este dispensou o guarda puderam dar início a conversa.
— Agradeço por aceitar me ver. Imagino que já saiba do que pretendo falar. — Foi como começou sua fala, não haveria como desperdiçar mais tempo, até porque Bran não a tratava exatamente como uma irmã, então qualquer tentativa de um assunto mais expressivo em relação à família ou qualquer outra conversa paralela seria inútil. Ao ver o pequeno governante assentir com a cabeça, pôde prosseguir. — Você é o Corvo de Três Olhos, sendo assim vê praticamente tudo, então me diga, como pôde? — A mais velha olhava no fundo dos olhos vazios do menor, não encontrando resposta alguma, o que lhe deixava ainda mais frustrada. — Você sabia sobre o que estava acontecendo em Essos e não avisou ninguém antes que fosse tarde. — O Stark continuava mudo, apenas a observando sem nenhuma surpresa. — Por que? Você sabe da ameaça que isso pode ser para nós, sabe bem o que ela criou. — Aquele silêncio estava corroendo o interior da Rainha do Norte, ele não iria falar nada? Como era possível não se importar? Tais pensamentos a fizeram suspirar, tentando se manter calma. — Nós o elegemos como rei por acreditar que faria a coisa certa, por acreditar que iria proteger o povo. O seu povo. De que lado você está?
Nem mesmo acreditava que estava fazendo esse tipo de pergunta para o Rei dos Seis Reinos, mas não tinha outra alternativa, durante todo esse tempo que Westeros levou para se recuperar da tirania de Cersei, destruição de King’s Landing e o Rei da Noite, a Rainha Dragão havia retornado de alguma forma misteriosa, e sem que percebessem teria conquistando as Cidades Livres por inteiro e agora tinha um exército muito maior que da última vez, sem contar o nível de seguidores, aquilo era um absurdo… Sansa sempre teve razão em temer, porém o que temia era um dragão solto e sem dono vagando pelos ares, agora era muito pior que isso; era um dragão com uma Targaryen de volta dos mortos e um continente inteiro ao seu comando. Óbvio que o povo westerosi ouviu rumores de uma certa movimentação suspeita em Volantis e depois o resto de Essos, mas nada era tão concreto, muitos julgavam ser apenas histórias sem nexos de bordéis contadas por homens de destinos infelizes e bêbados em busca de assustar os cidadãos, até que os navegantes - assim como Arya - acabaram por descobrir a verdade por alguns escravos que haviam sido libertados pela grande Mhysa, estes que cruzavam os mares em busca de uma nova vida, mas àquela altura a filha de Aerys já estaria com muito poder.
— Você desconfia de mim. — O rapaz finalmente tomava voz após tanto silêncio, porém ao contrário do que imaginou, a nortenha não estava aliviada com aquela resposta, e ficou ainda menos quando ele prosseguiu, expressando um sorriso quase imperceptível. — Isso é bom.
— Bran... — A mais velha estava um tanto espantada, mais consigo mesma do que com a fala alheia, afinal no fundo sabia que estava mesmo desconfiando de um membro de sua própria família, aquilo era errado, jurou a si mesma confiar somente neles para o resto de sua vida. — Você é meu irmão. — Sua mão pousou sobre o braço do moreno, segurando com carinho, mesmo ele tendo mudado aquilo era verdade, eram irmãos.
— E é exatamente por isso que quando chegar a hora você vai saber em quem confiar.
Não sabia o que pensar depois daquela conversa, as respostas do mais novo foram confusas, peculiares e só pioraram o emaranhado de pensamentos errôneos de Sansa. Preferiu não dar continuidade, não iria adiantar ou aliviar muita coisa, tinha certeza disso, por isso tratou de assuntos urgentes sobre o Norte, coisa que já havia planejado fazer antes do problema em Essos, durante seus próximos dias na Fortaleza Vermelha foram marcadas várias reuniões com os conselhos de ambas as realezas, assim puderam organizar melhor o número de tropas e suprimentos que seriam enviados em nome da soberana aos nortenhos, assim a muralha poderia ser reconstruída com mais rapidez.
Quando estava de volta em Winterfell, colocou o trabalho em prática com a ajuda do Mestre encarregado das construções, o povo parecia satisfeito com os feitos da rainha e o auxílio de seu irmão, toda graça vinda de um Stark era sempre muito bem recebida e aclamada, em todos os encontros com os Lordes do Norte era elogiada e festejada, assim como seu irmão Robb uma vez foi; o Jovem Lobo, como era chamado. A mulher também recebia um título que honrava o símbolo de sua casa, Sansa Stark, a Rainha e Protetora do Norte, era o Lobo Vermelho. Claro que em todas as vezes que brindavam em seu nome, a ruiva enchia-se de orgulho e alegria, era sinal que cumpria muito bem o seu papel, melhor do que imaginava para falar a verdade, porém… Todas as noites em que se deitava, no escuro de seus aposentos, sobre a cama de seus pais, sentia-se só. Tinha o amor e apoio do povo, era verdade, mas sentia falta do amor e calor de sua família, ou alguma companhia agradável como era Jeyne, sua amiga de infância. “O lobo solitário morre, mas a matilha sobrevive.” Aquelas palavras eram verdadeiras, uma vez a encheram de esperança, mas agora a matilha estava separada; eram quatro lobos solitários.
Como se as preocupações com a restauração de seu reino não fossem o suficiente, juntamente com a descoberta sobre as Cidades Livres, Sansa foi bombardeada pelo Meistre com uma notícia péssima, estava voltando da Sala do Trono após inúmeras audiências com os nortenhos, a cabeça cheia, aquilo foi o ápice. Precisou até mesmo sentar, pois as palavras que ecoaram em seus ouvidos a deixaram ligeiramente transtornada.
“Minha Rainha, receio que tenhamos uma urgência, acabo de receber um corvo vindo da capital, do Rei dos Seis Reinos. Foi informado que, Daenerys Targaryen, está vindo para Westeros com seu dragão e exército.”
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