História Afogar. as últimas lembranças de Regulus Black - Chapter one (epilogue)

No final das contas, quem era R.A.B? Estou falando além do Black, estou falando de Regulus, a verdade por trás de toda a pintura.

Os poucos segundos da morte ficavam em câmera lenta, sendo puxado por Inferis para dentro do lago, do frio lago.

Sua família iria sentir sua falta? Seus pais iriam chorar em seu velório? E seu irmão? Sirius ainda o considerava um irmão? 

Regulus amou o irmão, ele amava tanto que o deixou ir, a cabeça de Sirius era requisitada pelos comensais da morte há muito tempo.

Não sentia raiva do irmão por ter lhe negado nos tempos de Hogwarts, ele achava melhor assim, porque assim Six não ia se machucar 

Amar é a chance de dar o quadro bom pelo ótimo, e foi isso que tentou fazer. Se ele ficasse com os comensais, Six não ia se machucar. 

Sabia a verdade, a verdade sobre Voldemort, ele era destruído por dentro, e destruía as pessoas a sua volta, sabia disso, estava em pedaços por dentro, fragmentado.

Ele culpava Voldemort por causa disso, mas também se culpava, e se ele não tivesse escolhido virar um comensal? E se tivesse fico do lado do seu irmão? E se…

Não, a vida não pode depender apenas de “e se” as coisas não funcionam assim, já tinha feito sua escolha. Estava condenado.

Sentia inveja do irmão que desfrutou de tudo nessa vida, sentia inveja da companhia que o mesmo tinha, sentia inveja da coragem de Sirius quando fugiu de casa.

A visão ia ficando mais turva quando era mais puxado para dentro do gelado lago, ele pelo menos conseguiu pegar a Horcrux e a deixou com Monstro.

Pelo menos ele deixou uma carta para o irmão, se arrependendo e colocando as mágoas de fora.

Em seus momentos finais, ele só queria pedir desculpas para o irmão por não ter o ouvido antes e dizer obrigado por ter sido o melhor irmão do mundo.

Os Inferis arranhavam seu corpo, logo já sem vida. Aquilo era o fim para Regulus.

Era cansativo ser apenas um quadro bonito na parede. 

A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.