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História Afrodisiaco- Kusuriya no hitorigoto - Insônia


Escrita por: TheLadyThorn

Notas do Autor


Não ia fazer parte 2 mas pensei melhor depois de ver a segunda parte da 1 temporada dublada kkkkk
Espero que gostem e aproveite a leitura 📖

Capítulo 2 - Insônia


Fanfic / Fanfiction Afrodisiaco- Kusuriya no hitorigoto - Insônia

Finalmente estou de volta ao palácio de Jade após tantas semanas cuidando da lady Lishu depois que ela foi envenenada a mando da própria Dama de companhia.

Idiotas.

O imperador em pessoa apareceu no meio da noite pedindo que eu e o medico charlatão fôssemos cuidar da garota, que estava quase morrendo quando chegamos. O veneno usado deixou efeitos graves nela e a dama que planejou o envenenamento foi executada.

Eu nunca havia visto o imperador perto da Lady Lishu, mas era óbvio que aquele homem nunca tocaria naquela menina.

-Espero que suas novas damas de companhia sejam agradáveis e que os cuidados da Apotecaria tenham te deixado bem.- ele dizia próximo a ela. Não como se estivesse próximo a uma mulher. Ele a tratava de forma gentil como um irmão mais velho com a irmã caçula. Ao invés de irem para o quarto ele a levou para jogar e fiquei próxima para acompanhar seu estado de saúde já que as últimas madrugadas haviam sido difíceis.

Ela havia tido convulsões fortes, dificuldade para respirar e uma reação alérgica forte na pele, eu sabia que tudo passaria depois que o veneno terminasse seu efeito mas ainda sim, ver o quão forte foi o efeito e o quanto as damas a odiavam apenas por ser muito jovem e ingênua me deixou muito brava.

Eu não dormi bem durante esse tempo assim como não dormi bem para fazer as rosas azuis para apresentar ao imperador a algum tempo, e eu precisava de descanso mas não conseguia dormir.

Eu estava voltando da cozinha parecendo uma coruja, sem conseguir fechar os olhos direito. Não estava tão tarde, ainda havia um pouco de movimento no palácio mas eu já estava liberada das minhas tarefas, ainda sim eu não conseguia dormir.

-Maozinha?

Me viro e vejo o mestre Gaoshun.

-Que bom que está de volta, não a vi mais cedo.

-Mestre Gaoshun! Eu tive algumas tarefas logo após minha chegada, acabei não o encontrando.

Ele se aproxima um pouco e olha meu rosto com certa indignação.

-Você parece cansada.

-O veneno que deram a lady Lishu foi muito pesado, os sintomas dela foram terríveis, então não dormi direito, durante as convulsões e tudo mais…

-É uma pena que tantas pessoas a odiassem de forma tão gratuita. Eu estava aqui para te pedir um favor mas vejo que precisa ir descansar.- ele diz já indo se retirar.

-Não! Pode dizer o que é. Eu já tentei dormir e simplesmente não consigo, quem sabe algo pra distrair a mente me ajude.

-É claro, eu entendo. O mestre Jinshi pediu para te chamar, precisamos identificar uma substância encontrada em uma lixeira no palácio externo que pareceu bem suspeito.

Acho que ele conseguiu ver o brilho nos meus olhos quando pediu a tarefa.

-Vamos logo!- digo empolgada.

Andamos devagar até a sala de estar que o mestre Jinshi estava tomando chá.

Assim que eu entro percebo uma expressão de indignação vinda dele.

-Mestre Jinshi.- eu o cumprimento.

-Você tá bem?- ele diz se levantando e se aproximando com preocupação.

Com pressa ele toca minha testa pra verificar se estou com febre.

-Se sente bem? 

-Eu tô bem, sabe como é, não é fácil cuidar de alguém que ficou tão doente, eu só não dormi direito esses dias.

Ele não me responde, apenas se abaixa até ficar com o rosto na minha altura. O cheiro dele é de um incenso muito suave, o mesmo cheiro que ele tinha naquela noite a algumas semanas. Não nos falamos mais depois disso, talvez por falta de oportunidade ou talvez ele estivesse me evitando por arrependimento. Se bem que pela reação dele ao me ver agora a primeira opção é mais provável.

-Você não vai fazer nada hoje, precisa dormir. Por favor volte pro seu quarto e descanse.- ele diz certeiro.

-Por favor me deixe fazer alguma coisa, se eu voltar pro quarto agora não vou conseguir dormir.

-Suas olheiras estão muito fundas e vejo no seu rosto o quanto está cansada, por favor precisa descansar. Tenho certeza que suas colegas damas de companhia vão te dar descanso amanhã também, já fez muita coisa durante essas semanas. Aliás como está a lady Lishu?

Ele se senta no sofá e eu ando pela sala notando as lindas flores que estão por lá.

-Ela ta bem, assim como tratei da Lady Líhua até que ela tivesse forças pra ficar sozinha eu cuidei dela. Não é justo que uma menina tão nova pague pelo ódio de mulheres tão amargosas. Espero que a nova leva de damas de companhia sejam boas pra ela.

As damas e serviçais são o mundo dela, uma menina que se tornou concubina quando ainda era uma criança e não conhece a maldade do mundo merece no mínimo boas companhias.

Bocejo enquanto me viro pra porta.

-Se não vai me dar nenhuma tarefa acho que vou tentar tomar mais um chá na cozinha, quem sabe isso me ajude a relaxar e dormir. Boa noite mestre Jinshi.

Antes que eu consiga sair ele se levanta denovo.

-Porque não toma um banho? Posso pedir que te preparem um bem quente, pode te ajudar.

A ideia não parece ruim a princípio mas me lembro dos motivos do porque não é possível.

-Já esta tarde, creio que ninguém vá fazer uma tarefa dessas agora, e não tenho energia pra preparar um banho agora, quem sabe amanhã de manhã.

-Eu esquento a água para voce, é o mínimo que eu posso fazer pra agradecer por todas as vidas que você salvou no palácio interno. Quer dizer você salvou a princesa, a lady Lihua, a lady Lishu, eu… tecnicamente te devo minha vida, um banho de madrugada não é nada não é? 

Minhas bochechas coram quando ele diz isso. Falando assim parece que fiz muita coisa pra muita gente, mas não sou nenhuma salvadora. E pensando por esse lado, talvez não faça mal aceitar a gentileza dele, meu corpo inteiro dói do esforço que foi ficar acordada tantas noites carregando comida, toalhas, remédios e limpando a Lady Lishu. 

Resolvo aceitar a proposta.

-Se não for te atrapalhar vou aceitar sua proposta, por mais que seja extremamente inapropriado um homem da sua posição se prestar a preparar um banho pra uma serva.

Ele sorri satisfeito.

-Então vamos indo. 

Ele sai da sala e na porta o vejo conversar um pouco mais afastado com o mestre Gaoshun que assente.

-Eu já vou indo então, até depois Maozinha!- ouço o mestre Gaoshun dizer antes de sair.

-Até depois!- digo tentando ser simpática sem saber se está funcionando.

Mestre Jinshi se vira pra mim e sem dizer nada, apenas me acompanha até o cômodo da banheira, no longo caminho até la eu resolvo quebrar o silêncio.

-O mestre Gaoshun disse que precisavam da minha ajuda.

-Falaremos disso quando estiver descansada tudo bem?- ele diz daquela forma brilhosa.

Depois daquele dia, eu não pude deixar de encarar o mestre Jinshi com outros olhos. O “eunuco brilhoso” é uma forçação de barra bem tosca perto de como ele realmente é, e agora essa forma dele me irritava mais ainda. As teorias de quem ele é continuavam rondando minha cabeça mas eu não tive tempo de pensar nisso, e não o perguntaria nada também.

-Tudo bem desde que você pare de soltar brilhinhos…- digo baixo para que ele não me ouvisse.

Ao chegar na porta da banheira percebo que o lugar não foi muito usado hoje, então a água vai demorar um pouco mais a esquentar.

-Deve demorar a esquentar, tem certeza de que quer me ajudar nisso?- pergunto a ele.

O ouço suspirar profundamente.

-Me pergunto quando chegará o dia que você vai permitir que eu seja gentil com você. Apenas relaxe, vá se trocar enquanto eu começo a aquecer a água.

Eu ia dizer mais alguma coisa mas logo o vi andando até o aquecedor e acendendo o fogo.

-Anda, não vai se ajeitar? - ele pergunta olhando o fogo.

-Eu… eu tô indo.

Me direciono até a sala de banho pra me limpar antes de ir pra banheira e tiro minhas roupas, havia um espelho bonito decorando o cômodo e eu pude ver como eu havia emagrecido. Não que eu me mantivesse em um bom peso, além da genética não me favorecer eu ainda tinha certa facilidade para emagrecer. Encarar meus próprios olhos me fez perceber o porque do mestre Jinshi ter ficado tão preocupado: olheiras profundas e escuras marcavam a área abaixo dos meus olhos enquanto meu cabelo parecia embaraçado e sujo, fora algumas marcas roxas por conta do trabalho pesado e dos testes com os venenos.

Eu estava um caos.

Me limpo com cuidado com os sabonetes aromáticos separados para as criadas e quando estou finalmente limpa, uso apenas um kimono pra me dirigir até a banheira.

Ouço o mestre Jinshi vir até mim e me encarar de forma gentil.

-A água está pronta, não vai entrar?

Encaro a enorme piscina termal de água quente vendo o vapor suave subir para o teto do cômodo, o ambiente é convidativo e minha relutância em entrar desaparece.

-Eu vou sim, pode se virar por favor?

Vejo ele se chocar um pouco com o pedido.

-Tudo bem… 

Deve ser estranho me ouvir pedir privacidade quando ele já me viu nua.

Tiro o kimono relutando contra a vontade de me cobrir denovo e entro na banheira. A água está na temperatura perfeita, o que me surpreende já que o mestre Jinshi provavelmente nunca deve ter feito isso. 

-Posso jogar as ervas?- ele pergunta ainda de costas sem me ver.

-Não devia me pedir permissão, sou só uma serva.

Apenas meus ombros e braços estão pra fora da água enquanto molho os cabelos e o ambiente começa a de fato me relaxar.

Vejo o mestre Jinshi se virando pra retrucar minha fala mas por algum motivo ele se cala e não faz nada além de olhar pra mim.

-Não acho apropriado que um homem da sua posição esteja fazendo tantas coisas pra mim, sou só uma apotecaria comum, além disso você nem deveria estar aqui dentro já que não e um eunuco.- digo enquanto esfrego os cabelos e jogo água para limpá-los.

Ele não diz nada, apenas o vejo se ajoelhar na borda da enorme banheira e jogar as ervas aromáticas antes de apoiar o rosto nos braços de forma angelical, ainda olhando pra mim quase sem piscar durante alguns segundos. 

O clima quente do ambiente não me deixa divagar muito sobre isso, mas sinto meus músculos relaxando. Mesmo assim sinto que não conseguiria dormir.

-Não gosto quando diz isso, parece que está tentando me afastar ainda mais de você.

-Hierarquicamente deveríamos ter certo afastamento, você é quem quebra isso com todo o brilhinho e a aproximação invasiva, mas eu já me acostumei. 

Digo tentando deixar claro que apesar de inconveniente ele não é realmente incômodo.

-Mas isso é apenas um favor a alguém que já fez muito por mim, não acha justo que você receba certos favores em troca de todo o esforço?

Ajeito o corpo e tiro uma das pernas da água para verificar os machucados, percebendo a enorme cicatriz que se formou depois do acidente, além de novas marcas roxas devido as semanas cansativas cuidando da Lady Lishu.

Antes que eu respondesse ele percebe as marcas na minha perna, se levanta e se aproxima da minha perna preocupado a tocando com cuidado.

-Maomao eu não sabia que a cicatriz tinha ficado tão grande! E que roxos sao esses? 

-Você sabe, tive que levar muitos pontos, os roxos ate são normais, ficou feio mas não tem ninguém além de mim pra se preocupar com isso então não me importo muito.

Sentado na borda da banheira, eu o vejo passar a mão delicadamente na cicatriz e nas outras marcas.

Não consigo conter um arrepio quando ele faz isso.

-Achei que não faríamos nada inapropriado depois daquele dia.- eu digo a ele.

Ouço uma risada com certa ironia sair dele.

-Desde que você não comece denovo com o papo de hierarquia e não esteja fazendo por obrigação eu não me importo muito.

-Sou uma serva, é meu dever fazer coisas por obrigação.

Ele solta minha perna na água denovo com cuidado e o vejo desamarrar a parte de cima da roupa, mais uma vez exibindo casualmente até demais o corpo para mim.

-É por você ter tanto apego pela ordem que eu aprecio quando não se importa em não segui-la.

Ele anda denovo até meu lado e se ajoelha denovo no chão, apoiando os braços na banheira elevada.

Sinto seu hálito quente e percebo seus olhos se movendo enquanto ele encara cada centímetro de mim.

-Sabe que eu não sou um eunuco, e eu a conheço e sei que não se contentou com essa informação. Me responda Maomao, quem eu sou? 

Desvio o olhar o dele e encaro meu dedo mindinho. 

É uma pergunta muito simples, a fazemos aos outros o tempo todo, mas a resposta é bem complexa, e a identidade verdadeira do mestre Jinshi é ainda mais complexa.

-Não deveria responder baseada em achismos, e não darei uma resoposta definitiva mas acho que seu esforço em diminuir a distância entre nós é porque sua posição é alta demais pra que você tivesse a liberdade de estar aqui caso eu a soubesse. Eu não sei quem você é, e se eu soubesse você não estaria aqui, isso que importa pra você.

Sua expressão continua séria mas ouço um suspiro profundo. Uma de suas mãos toca meu rosto com delicadeza, e ele acaricia minha bochecha com cuidado sem se importar com se molhar.

-Por favor não vá atrás disso, eu minto por um motivo e as coisas vão bem assim, eu a conheço e não quero que se afaste ainda mais.- ele abaixa a mão e começa a brincar com a água encarando os próprios dedos.- Você é muito arisca, e acho que eu teria que arrumar mais fungos, remédios e drogas esquisitas para te amansar caso minha posição fosse revelada.

Percebo que fechei a cara para ele.

-Eu não sou tão facilmente comprada.

Ele me olha de forma divertida.

-Eu literalmente te comprei com um fungo de inseto.

Minha indignação provavelmente deixou meu rosto vermelho pois o vi rindo por longos segundos antes de se recompor e deixar um silêncio confortável.

-Ainda não está relaxada o suficiente para dormir? - ele me pergunta ainda me olhando.

-Não, você pode ir se quiser, eu não vou conseguir dormir agora…- ele continua me olhando de forma tão profunda que me sinto um pouco tímida.- O que você tá olhando? 

-Você. Nunca consigo ficar muito tempo olhando pra você já que está sempre fugindo, preciso aproveitar essa visão tão linda, está tão bonita quanto no dia que a vi dançar nos muros.

Outro calafrio, mas dessa vez minha respiração falha e meu rosto fica quente.

-N-nao diga essas coisas a moças como eu senhor.

O rosto dele se aproxima cada vez mais do meu.

-Eu a aprecio demais para desejar qualquer outra coisa no mundo, nenhuma outra moça me ouviria dizer isso. Talvez ouviria o “eunuco brilhoso”, mas você sabe que esse não sou eu…

As coisas pareciam correr devagar demais, e antes que eu percebesse ele havia me beijado de forma delicada. Um beijo rápido e gentil.

-Isso não é certo.- eu digo virando o rosto e voltando minha mente pro lugar.- Aquele dia eu só estava lidando com as consequências de te drogar, não há motivo pra fazer nada disso denovo, além disso você disse que esqueceríamos tudo.

Denovo uma de suas mãos traz meu rosto para que eu o encarasse. Ele sorria da forma mais genuína que eu já o havia visto sorrir. Sem brilhinhos. Ele estava tão relaxado que me pergunto se ele reparou em  como eu estava nervosa.

-Seja sincera Maomao. Você quer? Eu não quero saber o que sua ética acha certo, nem o que a hierarquia manda. Eu sou apenas Jinshi, um homem que pensa em você muito mais do que qualquer outro homem no mundo pensaria em uma mulher. Você quer esquecer o que aconteceu aquela noite ou quer repeti-la?

Meu coração bate rápido como se eu tivesse corrido ao redor de todo o palácio 100 vezes. Eu fiquei algum tempo me perguntando se ele não havia só me seduzido, mas sou incapaz de pensar que seus objetivos eram apenas carnais com ele me olhando dessa forma com tanta expectativa e esperança.

Aceno que não com a cabeça e vejo sua expressão se entristecer, mas logo eu digo:

-Eu não quero esquecer, mas não tenho certeza… 

Ele se afasta e penso que ele desistiu de me pedir, mas ele se levanta e desamarra a parte de baixo da roupa, ficando completamente nu.

Ele não podia entrar nessa banheira reservada apenas para a Lady e suas damas, mas acredito que ele não se importe muito com isso, e eu também não vou pedir para que ele saia.

Ele entra na banheira e fica de frente pra mim.

-Maomao, creio eu que você precise de um motivo racional pra aceitar minha proposta. Se lembra da noite do afrodisíaco não é? 

Ao ouvi-lo dizer isso, minha mente entra naquela noite como em um sonho. A sensação dos beijos distribuídos pelo meu pescoço e a sensação divina entre minhas pernas me deixa entorpecida por alguns segundos, a lembrança é tão vivida que sinto como se estivesse sob efeito de drogas alucinógenas.

-Me lembro.- digo o mais impassível que consigo.

-Você se lembra quanto tempo demorou para dormir depois?

Paro pra pensar alguns segundos sobre isso.

-Na verdade eu me lembro de dormir pouco depois…

-Tenho certeza que sabe me explicar o porque isso aconteceu.- ele diz com segundas intenções.

Sei onde ele quer chegar.

-Os hormônios liberados pelo corpo depois do sexo são bons para relaxamento muscular e podem dar…- entendo perfeitamente a proposta dele antes de terminar a frase.- sono…

-Você está com insônia, e eu tenho um remédio muito bom pra isso, se você permitir que eu o dê a você.

Me sinto estranha ao perceber o que estava prestes a fazer denovo. Isso não era certo. Ou talvez ninguém se importasse, afinal não era certo pra quem? Talvez pra todo o país se eu fosse descuidada e acabasse engravidando, mas eu cresci com cortesãs, além disso Jinshi e eu sabemos que a maior parte do que um homem e uma mulher fazem a sós não tem risco algum de gerar gravidez.

Eu tinha apenas uma boa noite de sono a ganhar, e nada que um chá específico não resolva no dia seguinte.

-Eu permito.

Falar essa frase a um homem de posição superior era um tanto estranho.

Sinto suas mãos encontram minha cintura, ele me coloca em seu colo e me abraça com força, colocando o rosto entre meus seios e se deixando sentir meu cheiro.

-Odeio quando tem que sair por tanto tempo assim, não sou o único a sentir sua falta mas garanto que a sinto mais forte que todo o resto…- ele diz com a voz baixa enquanto acaricia minhas costas.

Ele ergue o rosto pra me olhar e percebo o quão erótico é olhar para baixo e vê-lo entre meus seios completamente nu me abraçando dessa forma.

Percebo os sinais que meu corpo dá de que quer muito o que está para acontecer, parece que Jinshi também quer, já que ele rapidamente toma meu rosto pra um beijo calmo e demorado.

Uma de minhas mãos toma seu rosto e a outra toca seu ombro. Apesar de nosso objetivo final não ser esse gastamos muito tempo assim, nos beijando com calma como se todo o tempo do mundo estivesse ao nosso alcance.

Mas ele separa o beijo e aponta para o lado com a cabeça dizendo:

-Sente-se ali por favor. E mantenha as pernas bem abertas.

Entendo o recado rapidamente antes de fazer o que ele me pede. Me sento na beira da banheira ficando apenas com as pernas dentro dela.

Seu olhar continua no meu por alguns segundos antes que ele olhe para baixo, sorrindo de forma pervertida e se aproximando. Ele coloca suas mãos nas minhas pernas e começa a distribuir beijos delicados pela minha barriga e pelas coxas. Ele toca denovo na minha perna com a cicatriz e passa as mãos por cima da grossa linha esbranquiçada que se formou.

-Eu devo minha vida a você…- ele diz antes de beijar com delicadeza a cicatriz e voltar sua atenção ao que estava a sua frente.

-Me permite?- ele diz com uma das mãos a centímetros do que realmente o interessava ali.

Além de assentir eu passo as mãos por seus cabelos longos e puxo sua cabeça pra perto com delicadeza, ele não resiste.

Sinto sua boca passar devagar por minha intimidade, ele começa de forma gentil o que é um tanto enganoso pois alguns minutos depois ele usa a língua com agilidade, sinto um de seus dedos entrar em mim e logo encontrar a parte mais sensível e prazerosa da região, tento conter o impulso de fechar as pernas mas não consigo.

Ele continua me lambendo com vontade e olhar para essa visão tão excitante deixa tudo ainda melhor, mas antes que eu possa continuar tentando conter minhas pernas, ele as coloca acima de seus ombros e usa a mão livre pra segurar minha cintura com firmeza na borda da banheira enquanto continua me estimulando.

Percebo que estou gemendo baixo e coloco a mão na boca pra evitar continuar, mas Jinshi percebe que parei de fazer barulho e para de trabalhar com a boca pra me olhar. Ainda sim seus dedos não param, ele usa uma das mãos para tirar a minha que tapava minha boca e a coloca em seu cabelo.

-Se gemer baixinho ninguém vai escutar, e por favor pode puxa-lo, é ainda melhor quando você pede.

Sigo seus conselhos e ele volta a usar a boca em mim enquanto eu tento gemer o mais baixo possível, puxar seu cabelo quando tenho picos de prazer mais forte do que o normal o fazem trabalhar com mais força ainda.

Percebo que minha respiração está completamente descompassada, e isso fica ainda mais evidente pouco antes que eu chegue ao ápice, apertando seus ombros com minhas pernas e puxando seu cabelo com mais força, penso na possibilidade de estar o machucando mas ele não parece se importar com isso.

-Fiaue a vontade Maomao, você está quase lá…

Ele está certo, já que alguns segundos depois os espasmos do meu corpo ficam ainda piores e sem querer eu solto um gemido um pouco mais alto, mas eu consigo conter com as mãos, ele não para de me estimular por dentro durante todo o ápice o que é ainda melhor, mas depois dos segundos que o efeito dura em meu corpo ele para todo os estímulos e ergue novamente a cabeça pra me olhar.

Seu sorriso pervertido e olhar vitorioso  me deixam levemente brava.

-Acho que você precisa de mais um para dormir direito…

-Eu tenho certeza que preciso de mais um.

Acredito que minha resposta tenha o deixado um pouco chocado, mas dura pouco tempo. Ele se senta na borda da banheira ao meu lado e percebo em seu corpo que a situação também era muito excitante para ele.

-Vem.- ele me chama pro seu colo. Não havíamos tentado essa forma na outra vez mas minhas irmãs sempre diziam que era extremamente prazeroso, a Pairin especificamente.

Um pouco ansiosa eu me ajoelho com ele entre minhas pernas.

-Pronta?- ele me pergunta ainda com aquele olhar vitorioso, minha vontade de tirar dele aquela expressão metida era tanta que sem avisar eu abaixei o quadril, o fazendo entrar em mim completamente.

Pude ver que ele havia suspirado um pouco assustado, mas completamente entorpecido em prazer.

-E ainda reclama quando eu a chamo de gata arisca…- ele diz rindo, e dessa vez ele quem está se contendo pra não gemer.

-Cala a boca…- digo de forma inconsequente e logo penso que ele vai reclamar dessa atitude.

Mas tudo o que ele faz é colocar as mãos na minha bunda e apertar com gosto.

-Como quiser…- ele completa. 

Pairin estava certa, é uma posição perfeita. Apesar da dor muscular que eu teria nas pernas no dia seguinte, o prazer de cavalgar nele… é como se eu estivesse afogada em luxuria durante muito tempo, e ele também parecia aproveitar o momento já que usava da própria força pra me ajudar a me movimentar mais rápido.

Eu o beijava e o atacava como um animal, precisava dele o mais perto possível do meu corpo, ele me apertava enquanto eu me movia e respirávamos de forma ofegante.

-Podemos repetir isso não é?- ele me pergunta sorrindo.

Eu teria respondido naquele momento se outro ápice de prazer não tivesse chego até mim, aquela sensação divina de perdição e prazer, e percebo que a contração da minha intimidade foi forte o suficiente para que ele chegasse junto comigo, mas ao contrário da primeira vez ele sai de dentro de mim antes que complete, o que causa um pouco de sujeira.

-Desculpe…- ele diz enquanto solta meu corpo.

Ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto nossa respiração volta ao normal.

-Acho que vou conseguir dormir agora…- digo enquanto coloco os pés de volta na banheira. 

Mas sem que eu percebesse minhas pernas fraquejam e eu quase caio, se não fosse o mestre Jinshi ter me segurado.

-Me desculpe, eu deveria ter imaginado… vem eu te levo.- ele diz de forma cordial como se a situação não fosse tão indecente.

Ele me pega no colo como se eu não pesasse nada e sai da banheira até a sala de banho.

-Acho que vai precisar da minha ajuda pra se limpar denovo…- consigo ver os brilhinhos saindo de seus olhos de forma provocativa.

-Idiota…

Ignorando meu insulto, ele me coloca no pequeno banquinho e traz uma bandeja com sabonetes e óleos de banho cheirosos, pego produtos de lavanda e me limpo rapidamente enquanto ele se senta no outro e também se limpa em silêncio, mas isso não nos incomoda.

Começo a bocejar enquanto me seco e visto as roupas novamente.

-Com sono?- ele pergunta amarrando novamente o cabelo. 

-Um pouco, preciso ir pra cama logo…

Não demorou muito para reorganizar a sala e sair de lá.

Agora o palácio estava totalmente vazio, eu demoraria alguns minutos andando para chegar no meu quarto.

Acho que o remédio do mestre Jinshi realmente funcionou bem, eu não parava de bocejar.

-Você está cansada demais pra andar, vem eu te levo pro quarto.

-Não precisa disso, eu consigo andar sozinha.

-Eu sei que consegue mas vai dormir mais rápido se me deixar te levar.

A exaustão dos últimos dias começa a tomar conta do meu corpo e eu percebo que a proposta dele é um bom negócio. 

-Tudo bem, desde que ninguém nos veja…

Sinto ele me pegando no colo e sem muito pensar eu apoio a cabeça em seu peito. Ele não parece fazer esforço algum pra me levar, e eu diria que o vi sorrindo enquanto fazia isso. 

A última coisa que me lembro é de ver muitas estrelas no céu, e de um beijo delicado na minha testa antes que ele sorrisse pra mim e dissesse.

-Boa noite Maomao…


Notas Finais


Créditos a artista da capa do capítulo:
Instagram: @iara.png


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