A borda do sol revirava sobre os telhados de escuro doore, a luz ia se esvaindo enquanto a longa noite albiana começava, e novamente a carruagem se atrasou, o costume Albiano de sempre estar atrasado. Embora eu já tenha considerado ir mais cedo para não passar vergonha e novamente fui colocado como o representante de Albion. A estação estava iluminada graças a energia de lamparinas no local e todas as viagens civis já tinha cessado, estava em horário político, uma decisão do Conselho Geral.
Por volta de 15 minutos atrasada, a carruagem chegou a estação e um jovem bronzeado, por volta de 17 anos me recebeu, utilizava um terno escuro que condizia com a madeira negra da carruagem e assim me dirigi. Mesmo com o peso de minha armadura diminuída, a carruagem abaixaria e os cavalos cansariam mais rápido, vai ser mais longo do que eu pensei.
Já eram 8:20 quando a carruagem chegou a entrada de Merios, a passagem na fronteira foi mais rápida do que pensei, meu rosto já era conhecido o suficiente para que eu não precisasse demostrar meus documentos. Mesmo sendo 1 hora e 20 minutos de viagem, não atrasou tanto assim e ainda me restava um tempo ate a reunião, marcada para as 9:00. Havia uma grande diferença com o ar mitiano(meriano), o cheiro da oxidação manalítica vinda das principais sedes e indústrias relacionadas as Nações, uma forte presença manalítica que realçava um efeito doce no ar ,e claro o ar frio e limpo mitiano. As longas escadas de Merios me esperavam, e após uma longa subida estava finalmente em Merios. As ruas claras, juntos a gramados verdejantes e praças bem iluminadas, crianças correndo pelas ruas e enormes lanchonetes, sem dúvidas a cidade mais bem organizada e segura de todo o território Agarthiano.
Dentro de minutos de caminhada fui recebido um pouco a frente da sede principal das Nações, Lucan me esperava tão arrumado quanto na nossa última reunião, sua forte presença nas ruas da cidade deixava os civis ali perto estupefatos, Lucan era a figura mais amada de todo o reino e o mais reconhecido intelectual das Nações. A forte atenção das dezenas de pessoas ali perto faziam uma pequena gota de suor descer de minha testa e passar por minhas bochechas, durante um intervalo de segundos em que Lucan me encarava, ele finalmente disse.
"- É realmente bom ver o jovem dracônico por aqui, meu caro Draig." Sua estridente voz parecia ricochetear pelos muros e pela armadura dos soldados, não é toa que Lucan nunca precisou de uma runa ou microfone para dizer palavras as multidões.
"- Vamos deixar calorosas recepções para dentro da sede." Disse eu.
-" Claro, meu caro. "Disse Lucan.
Lucan seguia um ritmo de comédia como se estivesse falando com um grande amigo ou parceiro de décadas, talvez sua calorosa conversa e palavras façam as pessoas desejarem tanto sua presença e sua voz. Lucan era um prodígio tão egocêntrico que chegou a ser irônico para as pessoas, uma figura poderosa que age como se o mundo fosse um espelho dele, mesmo que arrogante soa engraçado.
Me dirigi a entrada da sede, uma longa porta de aço forgiano, misturado a entulhos e detalhes feitos a ouro e diamante merchiano, uma escadaria longa e larga, brilhando graças as luzes de sua grade lateral e seu piso branco fosco ao tom metálico. O brilho doía meus olhos e refletia na armadura reluzente. E depois de outra longa escadaria, a grande porta de madeira sangrenta se abriu para mim, uma sala aquecida a runas e lareiras estava a minha frente, sentei-me em uma das cadeiras da longa mesa redonda que se dirigia ao meio da sala, a cadeira era a mais confortável em que havia sentado.
Lucan nunca foi de poupar recepções gloriosas, talvez por isso insistia que todas as reuniões fossem efetuadas dentro da sede de Merios. Um ar frio passou pelo canto de meu pescoço e um cheiro doce misturado a sangue refletiu por todo o salão, a profundidade do cheiro era tão leve quanto uma folha caindo em meio a floresta, e um som metálico estalou no salão. Com o canto de meus olhos, ao segundo andar do salão, era visto uma figura de roupas negras e com um longo cabelo branco preso a uma liga elástica, estava a sacada a observar a iminente reunião, ali parado como uma sombra. Claro que meu irmão problemático não fugiria desta diplomática e trágica situação, o futuro de Agartha estava encerrado se aquela carta for real. Flam parecia não se importar com minha presença.
Balta me implorou para que eu comparecesse a esta reunião como representação da política albiana, tendo em vista que a situação estava perigosa para o líder da guarda real se ausentar, Balta nem se quer pensou em recorrer a Flam. Eu não suspeito que Flam iria aceitar facilmente, comparecer a reunião como figura albiana, mas também não esperava que fosse simplesmente ignorar algo tão diplomático. Estamos sozinhos na sala, não havia guardas no local, provavelmente estavam protegendo a porta da frente e Lucan tinha subido primeiro. Com certeza estava dando toques no roteiro e se arrumando para a reunião. Já eram por volta das 8:55 e nem sequer ouvia o som de passos na escada, a cidade estava mais silenciosa do que nunca e por mais estranho que pareça, estava perfumada. Em todas as minhas viagens jamais vi um cheiro tão característico e relaxante quanto as ruas de Merios, as Nações não poupavam diplomacia e beleza e ainda mais em sua cidade principal e sede.
Depois de minutos, que mais pareciam horas, um convidado chegou, o cheiro metálico e tom de voz em que falava com os soldados, indicavam uma arrogância e um ego assustador. Os passos leves e o cheiro metálico em volta de uma possível fragrância de rudis demostravam um forgiano. O príncipe regente, Juan Dentesa, estava sentando a minha frente, se negava a olhar em meus olhos e me cumprimentar, logo que sentou na cadeira deve ter me reconhecido claramente, Draig, o homem que assassinou seu irmão. Lembro-me de quando as tropas albianas invadiram Golden Empire em busca de tentar buscar informações, aproveitando o ataque do grupo da fronteira. A cidade em chamas me indicava uma futura guerra, mesmo que ela não tenha ocorrido ainda. Albion se negou admitir que estava em busca de algo além de proteger Golden Empire de uma destruição, mas claro, minha batalha contra Deimos Dentesa foi inadmissível. Balta fez todos os tipos de transações com Juan e Joffred, atual rei forgiano, para tentar se desculpar de meu erro e ate mesmo Flam assinou contratos de paz e território com Forgia, e depois de uma longa reunião eu fui livre e Albion continuou limpa. É claro que isso não foi o suficiente para que Juan não me jurasse de morte e agora estamos aqui, de frente para o outro. Juan evitava trocar olhares comigo, enquanto eu estava ao encarar descaradamente. Uma média armadura dourada com ornamentos em prata, com detalhes de um leão em suas laterais, peito e costas demostrava um claro padrão forgiano, além de um longo casaco de pele leonina, o cabelo jogado para o lado esquerdo e um perfume característico de ervas rudis, a erva que nasce no sol(de acordo com os nobres forgianos). Ao longo de 3 minutos trocando olhares, três garçons carregando unicamente uma bandeja prateada e uma taça de cristais com um líquido roxo dentro, vinho demargiano. Um dos garçons permaneceu na porta segurando-a enquanto os dois colocavam levemente o vinho, por cima de um papel brilhante na mesa, claramente não queriam deixar alguma mancha de molhado na mesa. O vinho estava estranhamente doce e provavelmente só era mais uma figura do ego das Nações.
Dois convidados chegaram pela porta traseira, a que estava na minha frente. Um ar de sangue fresco misturado a um cheiro bizarramente doce, Dorcier de Molais, o representante blodiano. Ao lado de Dorcier, estava Archien Ruar, o titular buriano. Os mais diplomáticos agarthianos que eu reconheço, Dorcier jamais estregava informações facilmente era um mestre me prolongar discussões e claro, Archien o grande negociador, em toda a minha vida eu nunca vi alguém recusar uma troca com Archien, e estranhamente eles agiam como melhores amigos estando sempre juntos, não é a primeira vez que ele aparecem completamente unidos, provavelmente há alguma forte transação de Burial Sea e Bloody Empire. Dorcier é um homem raro, é estranho ver ele aparecer de forma tão nítida. Por muito tempo foi a figura mais misteriosa e procurada de toda Bloody Empire, é o braço direito do rei e mais do que nunca, estava ansioso. O cheiro de sangue fresco, sua pele pálida e suas finas roupas negras com ornamentos metálicos vermelhos, representavam a figura blodiana descarada, e o cheiro indicavam sua raça nefasta, um vampiro. Archien um baixo jovem buriano, carregando sempre uma bengala de madeira e um monóculo, seu tamanho indica prováveis 13 anos. Archien é o preferido do líder buriano e o senhor de Luster, considerado como o herdeiro mais rico e também o mais inteligente, Burial Sea evita utilizar membros de sua corte mais velhos por razões de vaidade.
Os dois se dirigiram a cadeiras ao lado de Juan, Dorcier sorriu para mim e cumprimentou Juan com um sarcasmo, Juan foi preso por 1 semana em Bloody Empire por ter matado um forte titular a corte blodiana, em um simples engano. Archier por outro lado não falou com ninguém e permaneceu calado. Dois garçons entregaram seus vinhos demargianos. Um alto som metálico foi ouvido e da porta de frente, as minhas costas, saiu um forte cheiro de ferro recém moldado e um podre hálito de álcool, uma grossa mão encostou no meu ombro e me cumprimentou com um simples: " - Boa Noite, meu amigo " . E fez o mesmo com todos, com dificuldade sentou na cadeira mais larga e rapidamente foi servido com o vinho. O rosto bronzeado, uma pesada armadura de prata, nem um pouco discreta, cabelos negros curtos e um hálito forte de álcool indicavam: Lucas Frontie, o rei merchiano. Por mais imaturas sejam meus princípios, eu nunca imaginaria que o representante de um reino em uma reunião diplomática seja o próprio rei, por padrões inalterados pelo próprio Flam, um rei jamais percorreria tamanha distância para uma simples reunião, Lucas quebrava todos estes padrões. E finalmente o ultimo convidado chegou, Erycky Coldy. Confesso que inicialmente suspeitei de sua presença, a ausência do jovem Coldy nas comissões e nas reuniões dos antigos deuses, além de fortes cartas que acionavam sua presença em Skyfronter, não duvidaria que estaria concorrendo a titular ou participando a nobreza fronteriana. Erycky cumprimentou todos na mesa e recuou levemente quando foi me cumprimentar, provavelmente não queria ter sua honra cortada por qualquer fala minha. O costume do atraso abiano não é único de Albion, parece que se um albiano chega 15 minutos atrasados, um fronteriano chegará 1 hora atrasado, Erycky era o exemplo vivo disto. Suas roupas eram diplomáticas, um fino terno com uma gravata vermelha junto a um casaco de pelos, o cabelo azul arrumado como se estivesse recém penteado, um perfume forte característico de Skyfronter e um leve cheiro de maré, ou peixe, escondido pelo perfume. A reunião estava prestes a começar, e Lucan se dirigiu ao salão.
A reunião corria melhor do que imaginara, Juan evitava falar muito e as informações de cada reino condiziam. A carta do partido de Diaz fora entregue a todos os reis e titulares de toda Agartha e isso provavelmente seria o maior problema já visto na história. Supostamente a morte de Diaz teria separado de vez Agartha e a Republica, mas uma ameaça com a mesma caligrafia e vinda do Partido Central na Republica era um problema. A suposição que era uma caligrafia falsificada era óbvia, mas como algo de tamanha importância saiu da republica tão fácil, caso ignorasse aquela carta, provavelmente seriamos atacados com força total e Agartha cairia. Com a dúvida os reinos não chegaram a nenhuma conclusão e assim foi decidido, a defesa seria reforçada em todos os reinos e ate mesmo soldados das Nações seriam espalhados pelas principais cidades e capitais de Agartha. Flam permaneceu imóvel durante toda a reunião, mesmo tendo em vista que somente Lucan e eu teríamos notado sua presença, parece que temia ser notado por Erycky ou por outro rei qualquer.
A reunião durou mais do que eu espera, já eram 10:54 quando eu me retirei da sede das Nações, provavelmente passaria a noite em Merios, mas o ar esfriou novamente. Flam surgiu ao meu lado com uma expressão sem vida e disse a mim:
"- Não pense em ficar aqui, temos um compromisso em Cronus hoje, Byakuran quer nós ver. " Flam disse em intensa calmaria.
"- Byakuran? Depois de tanto tempo? " Disse eu.
"- Sim, vamos logo, não vou perder meu tempo te explicando mais que o necessário. " Flam desapareceu nas sombras.
Chamei outra carruagem assim que desci as escadas de Merios. A cidade parecia dormir completamente durante a noite, o comércio fechava e as pessoas ficavam dentro de suas casas, provavelmente as Nações odeiam barulhos noturnos. As casas estranhamente iluminadas e decoradas, provavelmente em busca de comemorar o fim do ano, estamos a somente uma semana do ano novo. Peguei a primeira carruagem que estava disponível na estação e com meus documentos de titular albiano fui liberado e me dirigi a Cronus novamente. A viagem durou menos do que o esperado, não houve pausas e os cavalos pareciam extremamente profissionais, provavelmente foi alguma carruagem que trouxe um representante blodiano ou buriano, ou simplesmente ambos. A estrada e o caminho da floresta do suicídio estavam muito movimentados, era época de caçadas, lideres de família em busca de deixar sua família pronta para o frio anual de Albion. A viagem durou 1 hora e 12 minutos e logo que cheguei a carruagem, Helena me esperava.
"- Atrasado novamente, senhor Draig, vamos temos um grande compromisso." Helena disse com um enorme sorriso no rosto.
"- É necessário tanta gratificação? Se quer ir logo vamos." Eu disse, já cansado.
Helena estava com um perfume doce característico de damas albianas, além de um longo vestido negro que brilhava junto com ornamentos e seu cabelo, a grande incógnita era: "- Sera que eu fui o único que não ficou sabendo desta reunião?" . Estranhamente parecia que sim. Estamos nos dirigindo a catedral de Santa Maria no distrito Fumes em Cronus, o cheiro de peixe já era o suficiente por aquela noite, meu azar jamais se separava de mim, eu odeio este distrito. Assim que entrei na catedral já fui recebido por uma mesa e alguns convidados. O cheiro de morte e uma podridão indescritível vinham das vestes negras de Deamon, um cheiro de sangue fresco e carne saiam de Saki, o cheiro metálico de Belial, a brisa gélida de Erycky, o perfume doce de Aonki, o bafo de sangue de Hazel e até mesmo a fragrância de Caos, o cheiro especifico de meu filho. Todos estavam reunidos e sentados em cadeiras em volta da mesa, Byakuran estava sentado na lateral da mesa em uma cadeira maior.
"- Que bom que compareceram, Draig e Flam." Disse Byakuran sorridente.
Rapidamente a mesma brisa gélida e o cheiro de sangue surgiram ao meu lado esquerdo.
"- Olá Byakuran." Disse Flam com a cabeça abaixada e em busca de sentar em sua cadeira.
"- É realmente bom te ver por aqui, mestre." Eu disse enquanto fazia uma pose de respeito e assim me dirigi a cadeira.
"- O doce cheiro dos irmãos Menethil é melhor a cada encontro." Saki ria histericamente enquanto falava com um ar neurótico.
"- Não é hora disso Saki, respeite o senhor Byakuran." Disse Deamon enfurecido.
Saki parecia abrir a boca para rebater, mas ao olhar de Byakuran, foi de sua preferência permanecer calado. Logo que me sentei a cadeira um estranho silêncio passou pela catedral e rapidamente Byakuran o quebrou.
"- Vamos esperar nossos últimos convidados. "
Rapidamente a porta da catedral se abriu e um forte perfume masculino que emanou por toda a catedral e um forte cheiro de uma fragrância doce se misturam e comoveram a atenção de todos. O recém desaparecido Walker havia voltado e sua irmã seu lado e mais do que nunca, juntos.
"- Me esperaram esse tempo todo seus idiotas? E que bom ver vocês outra vez." Flindous disse com um sorriso na cara e com um tom de alegria.
Mais do que nunca, a nostalgia bateu em nossos peitos e por um momento eu conseguir entender o que todos pensavam, estava na hora de voltar aos velhos tempos. A aura de Byakuran era clássica, e todos estavam mais ansiosos do que nunca, depois de tanto tempo estaríamos juntos novamente e com um objetivo em comum, não nos restava paredes, os deuses haviam voltado como nos velhos tempos e mais fortes do que nunca, ou pelo menos por uma vez.
"- Como vocês devem imaginar, Agartha esta passando por uma situação difícil e parece que Diaz voltou, e vocês já sabem o que fazer." Byakuran falou com uma aura nostálgica.
"- Iremos ate o partido de Diaz em busca de investigar os lordes e encontrar respostas sobre a misteriosa carta, não estaremos juntos como das outras vezes, caso tudo dê errado e formos descobertos tudo que conhecemos por Agartha se tornará ruínas e pela última vez precisarei contar com vocês. " Byakuran mudou o ar de seriedade e disse de uma forma clara.
" - Irei separa-los por regiões, temos exatamente 13 por aqui, e eu cuidarei do Partido Central e do décimo terceiro estado. Primeiro vocês irão até cada um dos estados investigar e depois se reuniremos com os outros e assim lutaremos contra o lorde daquele estado em especifico. " Disse Byakuran.
"- Draig lidará com o primeiro estado, Deamon com o segundo, Erycky com o terceiro, Helena com o quarto, Saki com o quinto, Aonki com o sexto, Flam com o sétimo, Belial com o oitavo, Yuki com o novo, Flindous com o décimo, Hazel com o décimo primeiro, Caos com o décimo segundo e eu com o décimo terceiro. Dúvidas? " Byakuran voltou ao tom normal.
"- Qual a chance de conseguirmos efetuar corretamente essa missão? " Disse Caos com um tom de preguiça.
"- Cerca de 5% caso as coisas deem certo. " Disse Byakuran sorridente.
"- É o suficiente." Flindous disse empolgado.
Por um momentos todos ficaram preocupados e depois voltaram a expressão normal, esperavam por aquilo mais do que nunca e assim foi decido.
"- Partiremos pela manhã, me encontrem no porto as 7." Disse Byakuran que logo desapareceu indo para dentro da catedral.
Ficamos discutindo por cerca de 15 minutos e depois todos se dirigiram a direções diferentes. Prossegui ate o caminho do castelo real, que estava completamente protegido por guardas. A noite de Cronus era extremamente fria e escura, as luzes da cidade mal iluminavam o caminho e os guardas na entrada tremiam ao lado de fogueiras recém acessas. Entrei no castelo e subi as escadas me dirigindo ao posto de comado, responsável por vigiar o distrito de Old valley. Quando cheguei perto a sacada, bati minhas palmas e uma grande manticora surgiu a minha frente, sentei em uma cela em suas costas e me dirigi até o castelo Menethil, no distrito de Einfrieren e logo que entrei fui recebido por Flam na porta.
"- Balta ficou sabendo da notícia?" Disse eu.
"- Ele foi dormir mais cedo do que o esperado, o avisarei ele pela manhã." Flam disse com um tom de seriedade e sem perder o rosto sem expressão.
"- Imaginei. Eu sei que não o avisará de qualquer modo, se me der licença subirei para o meu quarto." Eu disse com um leve tom irônico.
"- Você sabe que haver problemas se ele descobrir este plano. " Disse Flam que logo se direcionou para a lateral da porta, para que pudesse abri-lá e passar.
Eu abri a porta e quebrei o silêncio com meus passos sobre a madeira do chão e nos estalos enquanto subia a escada. Flam entrou e fechou a porta e enquanto eu subia ele disse para mim.
" - Você planeja aceitar uma missão tão perigosa assim? Sabendo que tudo que você construiu se despedaçará se errar? "O tom de Flam mudou completamente, ele parecia irritado.
"- Eu já perdi tudo que construí uma vez e por causa deste erro eu não perder nunca mais. Byakuran me solicitou para esta missão e todos também estão confiantes disto. " Eu disse com um tom de confiança acima do comum e adentrei meu quarto.
Flam provavelmente está se queixando sobre Byakuran novamente, claramente esta irritado com o fato dele ter desaparecido por tanto tempo e por aparecer em uma situação tão critica. Eu sei que ficar dentro da Republica não será uma tarefa fácil e também sei que esta é a missão mais difícil que eu provarei com os antigos deuses, não posso desaponta-los e acredito que todos pensam assim. Retirei a primeira camada de minha armadura, a mais pesada, e deite-me me na cama e fui a dormir esperando pelo próximo dia.
Logo pela manhã me arrumei mais cedo do que o comum e preparei a armadura e uma mochila com alguns objetos importantes, variando de dinheiro e alguns pedaços metálicos para arrumar armas por lá ou preparar novas armaduras. Eram por volta das 7:10 quanto eu cheguei ao porto e já estavam todos lá, pareciam que tinha dormido por lá mesmo, mais animados do que nunca. Flindous veio me receber.
"- Nem tive a chance de falar com você ontem, pedaço de lata." Flindous sorriu e me teu um tampa no ombro, um tampa que afundou um pouco de minha armadura.
"- É de muito bom grato me cumprimentar assim, abandonado Walker. " Soquei seu peito, deixando uma forte marca de lesão.
Byakuran logo nos interrompeu e disse:
"- Nosso navio está ali na frente. "
Um grande navio provavelmente vindo da frota fronteriana estava a nossa espera, ao entrar no navio vamos recebidos Satan que estava extremamente diferente, seu cheiro de podridão havia desaparecido e estava mais bronzeado e utilizando longas vestes negras. O sol de Cronus estava mais forte que o comum e já via todos suando suavemente enquanto encontravam um ponto do navio para se sentar. Satan nos cumprimentou individualmente e o navio partiu.
"- Deixaremos cada um de vocês em uma costa da cidade litorânea mais perto do capital do país em que vocês vão se responsabilizar, depois disso vocês irão investigar o reino e depois se reunir com todos para derrotar o lorde, caso vocês já estiverem prontos. O objetivo é terminar com isto o mais rápido possível e com o menor número de problemas. A Republica é divida em 13 países ou estados, que são responsáveis por uma especifica área da Republica, cada país é diferente dos demais e possui seu próprio Lorde do Trono, ou assim chamado rei. O Partido Central é uma grande cidade situada entre o décimo segundo país e o décimo primeiro, depois que terminamos de derrotar todos os 13 tronos nos encontraremos lá para descobrir de uma vez por todas sobre esta carta. Temos 2 dias de viagem ainda então sinta-se livres para conversar no navio. "
Os 2 dias passaram extremamente rápido, passamos tardes e noites conversando e bebendo com a reserva de comida e bebidas do navio, claramente era um navio comercial fronteriano. Pela manhã do terceiro dia, estávamos quase atracando.
"- Draig prepara-se sua parada é aqui. " Disse Satan.
Rapidamente o navio se movimentou em um eixo para a direita e se preparou para me deixar descer ali, o porto começou a se encher lentamente e eu estava pronto. O navio parou por alguns segundos e rapidamente eu desci e deu um sinal de tchau para Byakuran que estava a me olhar, corri na direção esquerda a multidão e enquanto nocauteava alguns guardas, rajadas de canhões foram lançadas ao navio, que as repeliu com uma forte barreira magica e as mandou de volta, acertando vários guardas. Enquanto alguns pararam para ajudar os amigos feridos eu os despistei e peguei uma carruagem e assim me dirigi a Eltertown utilizado o mapa que foi me dado. Eram 9:00 da manhã e eu estava indo rapidamente ate a cidade, a medida que me aproximava um forte cheiro de enxofre entrava em minhas narinas, um cheiro forte de podre, sangue. A cidade era feita de rochas e madeiras negras que havia uma forte fumaça sobre a sua área, soldados por todos os lados, morte, escravos e ruínas, havia uma intensa semelhança com minhas memórias passadas.
Eu estava mais pronto do que nunca e mais uma vez eu pude ouvir a voz em minha cabeça, " -Como nos velhos tempos, Draig Menethil. "
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