Ela tinha os cabelos longos e os olhos grandes, e fã do The Pretty Reckless e vive com sua turminha no seu canto. Seu nome? Caroline, mais conhecida como Cah. Ela esta sempre de fone, mesmo quando esta em sua roda de amigos. Ela e a adrenalina em pessoa. Sua jaqueta de couro despojada e sua marca registrada. Nunca me aventurei a chegar perto dela, não acho que ganharia muita atenção. Por Deus o sinal bateu, sai recolhendo as minhas coisas que deixava jogas na mesa quando quase dormia na aula, a penas joguei tudo dentro da bolsa e peguei meus fones e sai. A estrada estava escura e logo vi um grupinho atrás de mim, comecei a andar um pouco mais rápido que o normal e então reparei que estava sendo perseguida. Então comecei a correr o mais rápido possível entrando em qualquer buraco. Tropecei em um galho de arvore batendo minha cabeça em uma placa que dizia “Do not enter”
Ninguém nunca tinha se aventurado na floresta e quem já havia tido a esse tamanho atrevimento, nunca mais foi visto. Com minha visão turva vi que o grupo se aproximava de mim. Senti minha cabeça rodar e me deitei, eu ia morrer mesmo.
- Hello... Oi... Ta viva? – Tentei abrir os olhos mais a claridade ofuscou a minha visão – Olha, eu to querendo dar na cara da vida! – Ouvi uma voz dizer. Quando me destinei a abrir os olhos vi o que não imaginava; Cah – Olha, eu tava jurando que você ia morrer e eu teria que enterrar você porque não podia ficar com uma morta aqui... Vira e mexe a policia bate aqui na porta eu iria ser presa por esconder seu cadáver mais seria necessário! – Olhei confusa vendo aquele lugar diferente – Você perdeu a língua? – Cah perguntou
- Não, não... – Passei a mão na cabeça sentindo um curativo ali – Onde eu estou ein?
- Na minha casa... – Ela ficou em silencio até que; - AI MEU DEUS, EU AMO ESSA MUSICA! - E começou a cantar uma musica que eu acho que era daquela tal Taylor Monsem e pelas repetidas vezes que ouvi ela cantar, o nome deveria ser Make Me Wanna Die
- Eu tenho que ir embora! – Ela parou e olhou pra minha cara
- Acho melhor não... Você viu a hora? Não vai querer sair no meio da floresta – Peguei meu celular vendo a hora marcando 1h20
- Puta merda... Quer dizer... Porra... Aaah... Deixa pra lá! – Desisti e me sentei
- A podemos fazer algo! – ela desligou o som e ficou tocando guitarra com a vassoura – Podemos montar uma banda gótica, punk das trevas, podemos criar um filme de terror sangrento ou também podemos contar histórias de terror ou também podemos fazer umas poções de bruxa. – Okay, estava ficando assustada – Brincadeira... Quale! – Ela pulou em minha frente se sentando – Não estamos na escola, você não precisa ficar com essa cara de pamonha pra mim. – ela pegou um cigarro e colocou na boca acendendo tragou e chegou perto do meu rosto assoprando na minha cara – Se divirta menina. – Ela saiu e sumiu. Ela era realmente louca, mais eu gostava daquele jeito. Ela voltou e jogou uma maleta em minha frente
- O que e isso? – Falei assustada
- Maquiagem! – Ela abriu e tinha vários tons de preto e de branco – Eu vou te maquiar – Então ela começou a me maquiar. EU nunca pensei que estaria na casa da menina que eu gosto isso me deixava assustada.
- Ta acabando? – Resmunguei e levei um tapa no braço
- Cale a boca, não me atrapalhe, estou concentrada... Nos teus olhos! – Corei com certeza eu devo ter fico roxa, marrom, rosa e o arco Iris inteiro. - Agora acabei! – Ela sorriu e me olhei no espelho, me identifiquei com a Morticia, aquela sobra preta me fez sentir estranha. – Esse batom vermelho te deixou maravilhosa. Vem – Saiu puxando minha mão para um quarto pouco iluminado. - Vista essas roupas anda – Vesti as roupas e ela logo saiu me puxando me fazendo dar um grito. Fomos para o lado e ela me entregou uma metralhadora de tinta
- O que vou fazer com isso? – Ela sorriu e deixou o cabelo cobrir a cara
- Vamos zoar os vizinhos. – Passamos por algumas arvores e vimos uma bela casa branca – Bom temos seis minutos para as seis então vamos logo. – Pela primeira vez na minha vida senti a adrenalina tomar conta de mim e uma felicidade me fazer ficar besta. Nós fizemos um show de horrores na casa dos coitados. Depois que as tintas acabaram ela apertou a campainha. Eram exatamente 06h00 da manha.
- MAIS QUE MERDA E ESSA! – MARIA, MARIA VEM AQUI – Começamos a rir da cara do homem que marcava um desespero enorme.
- AI MEU DEUS DO CEU A MINHA CASA, A MINHA LINDA E FOFA CASA BRANCA! – Estava chorando de rir, voltamos correndo e subimos em cima da cabana vendo o sol nascer. Cah respirou fundo e se sentou
- Vida. – ela falou acendendo outro cigarro – As vezes ela me assusta e outras me fazem sentir viva.
- Nunca tinha atirado tinta na casa alheia – Ri e ela continuou
- Viva a vida Agnes, antes que seja tarde demais pra tentar começar a viver! – Ela sorriu e pulou da cabana. Depois pulei também – Agora vá para casa. Sua mãe deve estar morrendo. – Peguei minha bolsa e acenei vendo Cah sorrir – AGNES! – Me virei e ela correu até – Ouça completo e me diga o que acha! – Ele me entregou um CD me deu um selinho e saiu.
Tive que explicar para minha mãe o que aconteceu e que fiquei na casa de uma amiga, mais ela estava tão paranoica que queria me levar em um centro espírita para ter certeza de que eu não era um fantasma. Ouvi todo o Light Me Up e na hora de ir coloquei o CD na bolsa e fui Nothing Left To Lose traduzia a vida de Cah.
Cheguei na escola e algumas pessoas estavam abatidas e eu não entendia nada do que acontecia. Cheguei em uma professora que estava consideravelmente triste
- Berta o que houve? – Perguntei
- Ela vivia como uma louca. Mais era boa pessoa – Franzi a testa confusa
- Cah morreu de um problema cardíaco. – Senti meus olhos marejarem e antes mesmo do portão se fechar eu sai. Entrei na floresta correndo até a cabana, mais o que sobrou foram roupas, CDs, Posters e as vassouras. Olhei pela janela e vi ela com um vestido branco, brilhava como um diamante então tomei a decisão. Peguei a arma que encontrei na gaveta e me juntei a ela.
- Então você veio? – Ela falou vindo em minha direção
- Sim eu vim! – Sorri e ela segurou em minha mão
- Pronta? – Assenti e assim suas grandes asas se abriram me levando para longe
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