História All for you (Renato Garcia) - Caçadores de lendas

Renato Garcia

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Alguns meses se passaram depois que começamos a namorar, as coisas não mudaram muito na casa, mas no nosso relacionamento sim. A cada dia que passa Jade e eu estamos mais próximos, nossa intimidade e sintonia são o desejo de qualquer casal, sem dúvidas.

Ao longo desses grandes meses, Jade e eu acabamos tendo relações, é claro! Mas algo havia mudado, Jade já não era mais aquela menina inocente de sempre, e eu adorava isso. Porém, com isso meu lado sádico também crescia, eu estava louco, queria ve-lá gritando meu nome, queria poder pega-la de jeito as vezes. Mas eu tinha muito medo, muito medo mesmo! Por que, por mais que ela se sinta livre agora, eu sei que o seu passado ainda doi, e eu não sei como ela reagiria se algum dia eu resolvesse usar alguns brinquedos para apimentar nossa relação.

*

 Agora são 18:30, hoje é dia de gravar caçador então já vamos sair. Eu não queria levar a Jade, fiquei com medo de algo ou alguém machuca-lá denovo, porém essa mulher é muito difícil de ser convencida, então ela vai!

— Todos prontos? Perguntei ao pessoal que estava na sala e todos concordaram. — Pessoal, hoje a lenda é nova, nós vamos em uma fábrica abandonada que fica meio longe daqui, no caminho eu conto a lenda pra vocês, agora vamos senão não dá tempo. 

Renan,  Tiago, Jade e eu, entramos na L200 e saímos pelas ruas que agora estavam escuras.

*

Jade 

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Chegando na lenda, Renato começou a gravar e contar a lenda pro pessoal, nada fora do normal né? Porém, algumas coisas estranhas já estavam acontecendo. Haviam barulhos no andar de cima da fábrica e um vento frio soprava da Mata.

— Pessoal, vamos fazer assim, Jade e eu vamos explorar aqui embaixo e Renan e Tiago vão pro andar de cima.

E assim nós fizemos, eu e Renato começamos a explorar a fábrica. Logo de cara vimos uma iluminação amarela, vindo de outra parte da fábrica.

— Vamos dar uma olhada aqui primeiro nego, depois a gente vai pra lá. Disse eu puxando seu braço.

— Vamos.

Demos várias e várias voltas pelos grandes salões da fábrica, haviam vestígios de que pessoas estavam morando ali, como garrafas de água, cobertores e até roupas estendidas.

— Acho que tá na hora da gente ir no outro pavilhão. Disse Renato apontando para a luz.

— Tem certeza ? Não acha melhor esperarmos os outros meninos? Vai que tem alguma coisa lá. Disse eu batendo o pé.

— Não, tem pessoas aqui, não assombrações, relaxa nega.

Pegamos uma pequena trilha pela mata até chegar ao outro lado da fábrica, estava tudo tranquilo até que algo macabro começa a acontecer.

Vozes começam a cantar, as vozes eram masculinas e a música era totalmente estranha! Quando olho pro lado, vejo Renato se levantando totalmente alterado indo em direção às pessoas.

— RENATO! NÃO!

Começo a andar atrás dele que já tinha espantado aquelas pessoas com a arma. Renato vai até um  pentagrama com várias velas no chão, e chuta todas, com muita raiva. O moreno fica imóvel, apenas com a cabeça baixa, sem dizer nada!

— Renato? Renato pelo amor de Deus, não faz isso comigo. Digo desesperada.

Renato permanecia imóvel.

Me aproximo devagar, quando chego perto, acabo dando um toque em seu ombro. Renato vira imediatamente olhando em meus olhos, acabo me assustando muito! Os olhos de Renato não estavam na cor normal, estavam negros!

O maior me dá um tapa forte no rosto e depois chuta meu peito me jogando contra a parede, acerto minha cabeça na parede e minhas vistas começam a escurecer, a última coisa que eu vejo são os meninos chegando apavorados.