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História All of The People you Loved Before (2son) - Capítulo 2


Escrita por: luke_likelucca

Notas do Autor


Não ia postar os dois primeiros juntos, mas como eles são a introdução da introdução, quero já deixar eles aqui juntos.
(a foto é meramente ilustrativa, é de um jogo de 2019 porque eu não achei nenhum de 2022 KKKK)
Boa leitura, fml. Tmj.

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction All of The People you Loved Before (2son) - Capítulo 2

Son

2021

O apito soou e os jogadores do Everton comemoraram. O jogo da FA Cup havia acabado e o Tottenham perdera de 5 a 4 e seria eliminado da competição. Son deu um longo suspiro, ele não gostava de perder, principalmente quando era em uma competição de “mata-mata” (perdeu, tá fora). Porém ele não era um mau perdedor, sabia reconhecer que o time adversário jogara melhor e iria cumprimentar os jogadores. Conversou com alguns que já estava familiarizado, cumprimentou outros que não conhecia direito, para que então pudesse ir até o melhor jogador em campo do Everton na partida. 

Richarlison havia marcado dois gols na partida e levado os Toffees para a próxima fase da FA Cup. Ele era a estrela do time, todos pareciam gostar dele, e Son sabia que o brasileiro era muito amigo de Lucas Moura. Então o coreano aproveitou que ambos estavam conversando e foi até lá para dar os parabéns para Richarlison.

- Olá, bom jogo, cara - ele disse logo que o brasileiro colocou os olhos nele.

- Obrigado, my friend - o jogador do Everton respondeu sorrindo - vocês também fizeram um bom jogo. - os dois apertaram as mãos.

- É, mas nós perdemos - deu de ombros, sem sorrir muito dessa vez.

Lucas se despediu de Richarlison sem dizer mais muita coisa e saiu do campo, parecia muito mais abalado, principalmente porque havia perdido o gol que poderia levar ao empate do jogo.

- Ele vai ficar bem - Son suspirou, olhando para Lucas ir embora cabisbaixo.

- E você? - virou a cabeça, surpreso com a pergunta de Richarlison.

- O que tem eu? - franziu a testa.

- Vai ficar bem? - o rosto do brasileiro se transformou em uma careta assim que fizera a pergunta; ele parecia arrependido - é uma pergunta idiota, desculpa.

- Tudo bem - Son sorriu sem mostrar os dentes - vocês jogaram melhor e ganharam, agora precisamos trabalhar pra vencer vocês da próxima vez.

Agora os dois começaram a andar para sair do campo.

- Boa sorte - Richarlison piscou e tirou a camisa, apesar do frio em Liverpool - me dá sua camisa? 

- Claro, brasileiro - o coreano percebeu que seu adversário estava envergonhado com o pedido, porém achou interessante ver que aquele rapaz de cara fechada não era o que Son pensava.

Os dois trocaram as camisas, e se despediram. Richarlison ficou mais tempo no campo, comemorando a vitória, e Heung-min seguiu seus últimos companheiros de equipe que saiam do campo cabisbaixos.

 

- Que horas são? - Son indagou de repente, se sentando no sofá.

- Umas cinco.

- Merda, eu tenho que ir pra casa - se levantou então, procurando sua camisa pelo cômodo - meu pai volta da Coreia hoje.

- E você nasceu grudado nele, por acaso? - riu fraco.

- É sério, Dele - suspirou quando finalmente achou sua camiseta jogada em uma poltrona - preciso estar em casa.

- Cara, seu pai é um pé no saco - bufou, pausando o filme que eles assistiam - Nem parece que você tem quase trinta anos.

- Não quero discutir isso de novo - colocou os tênis - Você sabe como as coisas são com ele. Por que você acha que nós saímos só nós dois quando ele tá na Coreia ou sei lá?

- Você tem dinheiro suficiente pra mandar ele se foder e comprar a porra de um apartamento. E que tal se você parasse de ser controlado por ele tivesse uma vida própria? 

Heung-min o olhou, comprimindo os lábios, para depois desviar o olhar para o chão.

Dele suspirou fundo, se levantando e indo até Son.

- Desculpa.

- Tudo bem.

- Não, não tá, Sonny - segurou os ombros do outro homem, fazendo um carinho no local - Eu me preocupo de verdade com você e essas coisas com seu pai.

- Eu sei que sim. Não só você; o Ben também vive falando sobre isso.

- Desculpa mesmo - segurou o queixo de Heung-min para que os dois fizessem contato visual - Sei que você não gosta de falar sobre isso e eu fico forçando. Nem agradeci pela semana incrível que tivemos - sorriu pequeno e Son não resistiu, sorriu de volta para Dele, hipnotizado por seus olhos.

- Tudo bem - juntou as testas, colocando as mãos no peitoral do ficante.

- Mas você sabe que sempre pode vir aqui depois dos treinos.

- Pra que? - se fez de desentendido.

- Pra… treino extra, sabe como é - sorriu malicioso, fazendo Son rir.

- Bobo - então finalmente segurou a nuca de Dele e o beijou pela última vez antes de deixar a casa do colega de time.

No caminho para sua própria residência, Heung-min refletiu; como sempre fazia quando passava tantos dias na casa de Alli ou vice-versa. Pensou em como queria que pudessem ter aqueles momentos sempre, sem seu pai estar fora. 

Mas eles eram jogadores de futebol. Eram jogadores de futebol que tinham uma reputação a zelar, principalmente Heung-min Son. 

Não que Dele não fosse cuidadoso, porém era 50 vezes mais inconsequente que o companheiro. Só que infelizmente os dois acabavam discutindo por causa disso.

Eles concordaram desde as primeiras semanas que estavam juntos - a pouco mais de um ano atrás - como seria o relacionamento. Son havia deixado claro que o título de “namorados” não poderia se encaixar neles, pois, apesar de todos os impasses com seu pai, Heung-min havia prometido que teria algo sério com alguém apenas depois de se aposentar, para poder se dedicar 100% àquela família - só que o pai de Son obviamente se referia a uma mulher nesse caso.

Dele Alli havia sido uma das melhores coisas que acontecera com Son desde que chegara em Londres para jogar com o Tottenham, e não queria que aquilo que eles tinham acabasse, seja o relacionamento ou a amizade, que era tão importante quanto a parte romântica e sexual da coisa.

Heung-min se pegou sorrindo ao escutar uma música na rádio que Dele havia lhe mostrado durante aquela semana, e sorriu mais ainda quando entrou em casa e tinha uma mensagem do mesmo.

Eu já sinto sua falta, manda um beijo pro chefe por mim.

    Idiota. Son riu, ele amava Dele pra caralho.
 

Final de 2021

- Ah la puta madre! - Son viu Cuti Romero sair xingando o juiz depois do mesmo lhe dar um cartão amarelo.

- Ele claramente não encostou! - depois viu Pierre Hojbjerg falar com o juiz que não pareceria que mudaria de ideia.

Enquanto isso, outros jogadores do Tottenham tentavam impedir ele e Cuti de irem para cima do árbitro. Son apenas observava tudo a alguns passos de distância junto com Ben Davies.

- Isso vai demorar - o galês comentou, bufando.

Heung-min não respondeu; continuou observando os jogadores do Everton e do Tottenham argumentar com o juiz sobre o que acabara de acontecer.

Basicamente, Richarlison havia dado uma entrada em Cuti, levando cartão amarelo, então depois, Romero, que não levava desaforo para casa - Son constatou após poucos jogos do argentino no Tottenham -, foi provocar o brasileiro. Resultado: para o juiz e pela imagem que tinham do lance, Cuti parecia ter dado um tipo de cabeçada em Richarlison, que caiu com a mão no rosto.

Depois de muita confusão, o brasileiro saiu dando risada quando o árbitro anunciou que sua decisão final estava tomada e que o jogo seguiria. 

Seus olhos se encontraram com os de Son logo após isso. O coreano o observava com curiosidade. 

- Aí aí esse pigeon só arruma confusão - Ben não conseguiu disfarçar o riso enquanto se preparava para voltar ao ritmo do jogo.

- Brasileño boludo - Cuti parou ao lado de Son, esperando a bola voltar a rolar.

- Relaxa, já passou, vamos ganhar esse jogo - Heung-min colocou a mão na sua nuca - só cuidado com o cartão amarelo - bagunçou os cabelos do argentino.

- Sim, señor - e Cuti voltou a sorrir. Provavelmente mais porque devia estar ansioso para se vingar de Richarlison do que chutar uma bola em si.

Antes que Matt Doherty cobrar a falta - que inicialmente era do Tottenham, pelo lance com Richarlison - Son deu mais uma olhada para o brasileiro no campo, que agora conversava com o camisa 9 do Everton. Novamente, seus olhos se encontraram e Sonny recebeu uma piscadela do adversário.

Agora ele não sabia dizer se aquilo tinha sido realmente para ele ou para Romero como provocação, que ainda estava ao seu lado. De qualquer forma, Son riu. Aquele cara era maluco.
 

Início de 2022

Mais uma vez o apito final no Tottenham Hotspur stadium foi ouvido e o jogo foi encerrado. Dessa vez havia sido um show de 5 gols a 0 contra o Everton, ao contrario do primeiro jogo da temporada no Goodison Park, o qual havia terminado 0 a 0.

Para o Everton aquilo era um golpe e tanto, pois o time lutava contra a zona de rebaixamento. Porém, para o Tottenham, a equipe de Son, era um passo a mais para se manter no G4 da Premier League. Então havia um mix de sentimentos no campo quando o jogo terminou - desde jogadores dos Spurs rindo e comemorando, até jogadores dos Toffees sentados no gramado frustrados.

Son saiu do banco de reservas onde estava sentado - pois havia sido substituído no meio do segundo tempo - e foi até Dele Alli, que tinha acabado de cumprimentar Hojbjerg e Lloris. 

Apesar da derrota, Dele parecia um pouco melhor em ver seus antigos companheiros de equipe. Isso que Heung-min mais gostava naquele homem, a forma como mesmo nos piores momentos havia um sorriso em seu rosto. Muitos diriam a mesma coisa de Son, que o mesmo era o raio de sol do lugar; “Estamos todos na merda, mas vai dar tudo certo! O Sonny tem um sorriso no rosto”.

Só que muitas vezes seu sorriso não era verdadeiro. Ele havia aprendido ainda quando estava na Alemanha a se manter assim quando coisas ruins aconteciam e as pessoas poderiam ver seu rosto; bem, depois de tudo que Son havia passado naquele país, qualquer um aprenderia que era melhor sorrir, ficar quieto e dar seu melhor. 

Entretanto, o sorriso de Dele Alli era sempre verdadeiro. Quando o homem estava sorrindo, era porque ele queria significar aquilo.

- E aí está o cara - o novo jogador do Everton o cumprimentou, abrindo os braços calorosamente.

- Oi - Heung-min respondeu com o mais largo dos sorrisos, aproveitando aquela sensação do abraço do cara que ele amava. 

Considerando que fazia muitos dias que não se viam regularmente, aquele havia sido o momento de Son recarregar suas baterias dentro daquele abraço, sentindo o cheiro de Dele misturado com um pouco de suor - não que ele realmente se importasse com isso.

- Tudo bem, gatinho? - perguntou baixo, somente para Son ouvir.

- Aham, acabei de ganhar um jogo na sua cara - riu, sabendo que Dele levaria na brincadeira.

- Ouch, essa doeu - colocou a mão no peito depois dos dois se desfazerem do abraço - O que vai fazer mais tarde?

- Nada e você? 

- Nada - deu de ombros - oi, cara - Dele desviou rapidamente da conversa para cumprimentar Harvey White que passava por lá - não vai comemorar com os rapazes?

- Nah, estou cansado.

- Ah então tá cansado pra passar lá em casa mais tarde? - falou mais baixo ainda (mesmo com o barulho do estádio, eles não poderiam arriscar).

- Pra isso eu nunca tô cansado, seu idiota - Dele bagunçou seus cabelos - mas…

Então o sorriso de ambos se dissolveu. Alli sabia o que viria a seguir. 

Mesmo depois de tanto tempo juntos, nenhum dos dois havia se acostumado com aquilo.

- Seu pai tá na cidade? - Son assentiu - Que merda.

- É… Mas no fim de semana ele vai pra Coreia resolver umas coisas relacionadas a uns amistosos com meu empresário, marketing e etcetera. Vai ficar a semana toda fora praticamente.

- Bem, se é o jeito - deu de ombros, dando um meio sorriso; Heung-min retribuiu e colocou sua mão na nuca de Dele.

- Ei, vai dar tudo certo - e o puxou para mais um abraço.

Para que aquilo não ficasse tão estranho, Dele deu tapinhas nas costas de Son. Eles estavam acostumados a fazer aquele tipo de coisa em público para disfarçar.

- Foi bom te ver - então o inglês sorriu de novo.

- Igualmente, parceiro - e Son sorriu também.

- Preciso ir. Até o fim de semana - eles deram um toque de mão e Dele foi em direção ao túnel que dava acesso aos vestiários que ele conhecia muito bem.

Antes de ir de encontro com Cuti Romero e Rodrigo Bentancur para agradecer a torcida, Heung-min esperou que Dele olhasse para trás. Contudo isso não aconteceu, e o coreano teve de colocar aquele sorriso meio falso no rosto para ir de encontro com seus amigos.

 

Como o jogo era em casa, os jogadores do Tottenham tinham o tempo que quisessem para sair do estádio, sem precisar ir até ônibus, diferente do Everton, que tinha uma viagem de volta para Liverpool.

Son foi um dos primeiros a deixar o vestiário, deixando claro que estava cansado demais para comemorar, e rumou até a saída onde dava acesso ao ônibus do Everton. Se sentia um adolescente idiota esperando a pessoa que ele gostava sair da sala de aula para irem embora juntos da escola ou sei lá o que; porém ele tinha que tentar. 

Passaram alguns jogadores do Everton ainda cabisbaixos pela derrota grotesca; e todos cumprimentaram Son, alguns até sorriam ao fazer isso. Heung-min tentou parecer casual, do tipo "tô só passando por aqui porque é caminho até onde eu deixei estacionado meu carro”; e esperava que tivesse dado certo.

Não foram muitos os jogadores que passaram, mas um deles era o brasileiro Richarlison.

- Até mais, Richy - o coreano falou a ir quase de encontro com o brasileiro. 

- Tchau - ele disse, Son constatou, em portugês. Segundos depois percebeu o erro e corrigiu - tchau - comprimiu os lábios num pequeno sorriso - tchau, Sonny.

Heung-min deu uma risadinha com o complemento e o jeito engraçado que seu apelido ficava quando Richarlison pronunciava.

O brasileiro fez menção de seguir seus companheiros de time, mas Son o parou.

- Ei, o Alli já saiu? - indagou, torcendo para que aquilo não parecesse estranho.

- Dele? Já, eu fui o último - respondeu segurando a alça da mochila marrom.

- Oh, ok.

- Quer falar com ele? Posso avisar quando tiver dentro do ônibus - o brasileiro falou em um inglês péssimo, mas muito lentamente, por isso Son entendeu.

- Não precisa. Eu e os caras queremos marcar de jogar golfe com ele no dia de folga. E esse cara não atende e nem olha o celular.

- Entendi - deu uma risadinha sem graça. Son achou graça de um cara grandalhão daqueles de cara amarrada rindo falso daquela maneira.

- Enfim, já vou indo, valeu pelo papo, Richy - deu um tapinha amigável no braço do brasileiro.

- Parabéns pela vitória - respondeu coçando a nuca, já se dirigindo pela saída. Parecia doer para Richarlison dizer aquilo (e Son não o julgava por isso).

- Obrigado.

O coreano foi para casa pensativo novamente. Só que dessa vez ele não estava pensando em Dele Alli. Aquele brasileiro deixava Sonny muito intrigado.

 


Notas Finais


E aí estamos KKKK não esqueçam de favoritar, compartilhar e comentar o que estão achando. Até a próxima ;)


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