NARUTO UZUMAKI
[KURAMA]
— Aconteceu o quê com ela, porra!? — aumento o tom de voz, só odio na mente, depois do Ciganin passa o radinho.
— O bagulho ficou doido aqui Kurama, tua ex conseguiu entrar na facul…
— Como é que é, da ideia, o que esse capeta fez com ela?
— Pô, tá ligado…nóis tava de olho, só que nóis não viu quando ela caiu pra dentro do banheiro das mulher e se trancou com a patroa — explicou cheio das nove hora no bagulho.
— Caralho, para de enrolar e dá o papo! — Os parceiros que tava na boca olharam pra minha cara querendo saber de qual é a fita.
— Ela esfaqueou a patroa…— coração gelou na hora, meu mundo parou — A mulher do mano GR acabou de ir com ela e mais dois vapor pro hospital patrão, bagulho é de vida ou morte…
— Te pago pra quê? Pra tu dar esses derrame, Ciganin? — fico só ódio com esse filho da puta — Vai ser cobrado, pela saco do caralho! —Depois que eu resolver esse B.Ó, ele vai pra zideia e vai tomar um couro daquele.
— Tô ligado, f-foi vacilo…— nem deixei o vacilão terminar não, cortei ele só o ódio.
— Trás logo essa filha da puta pra favela! — agora só pensava em estraçalhar Konan em mil pedaços — Leva ela lá pro barraco abandonado lá de cima.
— Demorô patrão, já tamo chegando aí — joguei o radinho em cima da mesa só a neurose, fiquei perdidão, e agora se a minha Hinatinha morrer?
— Ih, o quê tá rolando, Kurama? — GR veio pro meu lado me indagando.
— Tô sem tempo pra lero, lero, GR. você e o Sasuke sob lá pro barracão, Shika fica aqui na contenção da BK e do morro, vou descer pro asfalto. — não tinha tempo pra explicar porra nenhuma, por isso peguei a glock e coloquei na cintura — Manda duas Katileia da favela subir pra lá, arrebenta a cara daquela puta antes de eu chegar. — avisei metendo o pé da salinha. A primeira coisa que eu ia fazer era ir atrás da minha mulher.
…Não posso perder a Hinatinha.
[^_ _^]
[Duas horas depois...]
— Vovó, quelo minha mamãe — Boruto fala, se aproximando de sua vovó, o loirinho estava cabisbaixo já se passava das 20h da noite e até agora nem sua mãe ou seu pai haviam ido buscá-lo na casa dos avós.
A família de Hinata não estava ciente do ocorrido na faculdade.
Hikari e Hiashi já estavam ficando preocupados, ligaram para a filha é até mesmo para a Yamanaka, mas nenhuma das duas os atendia, o que deixava o coração de ambos apertado, Hikari como mãe não conseguia descarta a sensação de que algo de ruim havia acontecido com sua filha.
— Meu amor…— a mulher abandonou a mesa de jantar que acabava de arrumar, esticou os braços pegando o neto, sentou-se com ele em seu colo em uma das cadeiras — A mamãe vai chegar logo logo, não fique triste, se não a vovó fica triste também.
— Liga plo papai…pedi ele pla tazer a mamãe da icola dela… — pediu com os olhinhos azuis lacrimejantes, se referindo a faculdade, quando disse escola.
— Liguei pro Kurama, mas ele também não está atendendo, mãe — Hanabi diz, receosa. Ela sentia que algo de errado não estava certo, o sumiço de sua irmã e Kurama até agora não ter ido até sua casa a procura dela era no mínimo estranho — E agora?
— Vamos esperar seu pai e seu irmão voltarem — Hiashi junto de seu primogênito sairam minutos antes, foram até BK principal atrás de notícias.
— A mamãe vai voltá vovó? — Boruto perguntou outra vez, deixando Hikari mais aflita do que já estava.
— Ela vai, ela vai sim, neném da tia — Hanabi foi quem respondeu com o coração na mão, porém demonstrando estar confiante.
—Mamãe…mamãe…— chamava desesperadamente por sua mãe, as lágrimas incessantes transbordavam — Eu quelo ela…— a criança estava realmente desesperada, Boruto parecia sentir que sua mãe não voltaria hoje, talvez nunca.
— Voltamos! — a voz de Hiashi se fez presente, quando ele adentrou a cozinha, acompanhado de Neji.
— Mãe, me dê o Bolt aqui vamos assistir patrulha canina no meu quarto — Hanabi pegou seu sobrinho dos braços de sua mãe, Boruto apenas deixou que a tia o levasse para ver seu desenho favorito, mesmo assim fora resmungando baixinho que queria sua mamãe.
— Conseguiram achar o Kurama? — Hikari perguntou de imediato. O patriarca encarou o semblante preocupado e aflito de sua esposa.
— Não, ele saiu da comunidade tem um tempo— respondeu suspirando desanimado.
— Os caras não disseram nada relevante…— disse Neji — Estavam estranhos, tenho certeza que o Shika estava mentindo, mãe.
— Ah meu Deus, será que aconteceu alguma coisa grave com a minha filha…?
— Calma querida, vai ficar tudo bem, nossa filha está bem — Hiashi disse o que nem ele acreditava.
^*^*^*^*^
...HOSPITAL SENJU...
Era por volta das 21h40, Naruto se encontrava inquieto na ala de espera do hospital Senju, desde o horário em que ele chegou ali os médicos não disseram muita coisa sobre o caso crítico da Hyuuga apenas que a mesma teria que passar por uma cirurgia de emergência para conter o sangramento, ela havia perdido muito sangue por isso os médicos tiveram que fazer uma transfusão às pressas ou ela não aguentaria passar pelo centro cirúrgico.
Mesmo sendo perigoso para o Uzumaki estar ali, por conta dos inimigos que podiam usar de um momento assim para matá-lo, ele não dava a mínima, tudo que precisava era que Hinata sobrevivesse, ou ele jamais se perdoaria por ter entrado na vida dela novamente, e exposto ela ao perigo dessa forma, ele se culpava internamente por ter se envolvido com Konan e a situação ter chegado tão longe ao ponto dela tocar no seu calcanhar de aquiles.
Ao lado dele estava Ino tão aflita e desesperada quanto ele, para ela Hinata era como uma irmã, a loira torcia para que ela sobrevivesse. Na mão da Yamanaka seu celular não parava de tocar, vez o outra era Neji ligando, depois Hanabi, os pais de Hinata, eles revezam entre si.
— A senhora Hikari tá me ligando de novo, Kurama — Ela falou chamando a atenção do homem ao seu lado, esse por sua vez se mantinha inexpressivo por fora — É melhor eu atender e contar pra ela que a Hina…
— Não. Relaxa aí, Ino. — Naruto pediu, o certo era ele já ter avisado, mas ele não queria apavorar todo mundo, mas assim que tivesse notícias da Hyuuga, ele ligaria — Não atende.
*
*
Centro cirúrgico...
A tensão ali era nítida Dra.Tsunade tinha receios de que essa fosse a primeira vida em anos de carreira que ela perderia. Os enfermeiros também não tinham muitas esperanças de que a paciente escapasse dessa com vida. A mais velha fazia tudo ao seu alcance para contornar o sangramento externo era uma cirurgia de extremo cuidado, um passo em falso…
— A pulsação cardíaca dela está diminuindo, doutora — Disse um dos enfermeiros auxiliar checando os batimentos da paciente — Isso não é bom sinal — Preocupou-se, vendo no monitor que frequência cardíaca diminuir frequentemente.
— Sem desespero, vamos só fechar o ferimento — Tsunade afirmou, usando a tesoura para realizar a sutura no ferimento — Só mais dois pontos…— para a Senju o pior já havia passado que fora contorna o sangramento interno e externo.
— Ela está tendo uma parada cardíaca!
— Desfibrilador!
— Vamos perder a paciente.
*
*
— Kurama, já chega! Eu vou atender.
— Me dá esse celular, eu falo com eles…
— Acompanhantes da paciente, Hinata Hyuuga? — Naruto rapidamente desistiu de pegar o celular da Yamanaka ao ver a doutora se aproximar.
— Como é que tá a minha mulher, Doutora? — ele indagou, aflito, se colocando de pé.
— Felizmente conseguimos controlar a hemorragia — diz, fazendo os dois suspirarem aliviados — Por enquanto ela se encontra fora de perigo, mas a manteremos em observação por 48h, a perfuração passou perto de atingir os órgãos vitais. — Explicou — Foi por um triz a paciente ter conseguido sair com vida.
— Ai que alívio. — a loira suspirou aliviada— Já podemos vê-lá? — Ino pergunta.
— Ainda não senhorita, só no horário de visitas — respondeu — Ela está na UTI, perdeu bastante sangue, faremos mais algumas transfusões, mas ao fim do prazo das 48h se ela não apresentar complicações, a encaminharemos para o quarto.
[^_ _^]
NARUTO UZUMAKI
[KURAMA]
Saber que a minha Hinatinha já tava fora de perigo me deixava mais tranquilo, mas ainda ficava preocupadão no bagulho por causa dessas 48h aí que a doutora lá deu a ideia. Eu ainda tinha que dar a notícia pros pais da Hina sobre essa situação, e o meu filho? Porra! Ainda tinha que desembolar essa parada aí, pô, ele é mó apegado a mãe dele, eu ia fazer meu menor chorar mermo’?
Na moral…O ódio que eu tô sentindo de mim, e da daquela desgraça da Konan ainda não tá escrito, se eu não tivesse me envolvido com aquela filha da puta, Hinatinha não ia tá passando por essas presepada, a culpa disso tudo é minha! Mas eu vou fazer o que tem que ser feito. Já tinha que ter feito isso antes, quando aquela vadia me tirar de grandão inventando mentirinha de que tava grávida pro meu lado.
Atravessei a barreira do morro de madrugadão acelerando a moto, essa noite eu não durmo até eu mandar aquela piranha de arrasta pra baixo, porque pro céu ela num vai não, vai direto sentar no colinho do capeta. Quando saí do hospital lá dei o papo pra mulher do mano GR ficar algumas horas, e qualquer coisa me ligar.
Estacionei a moto na entrada do beco, e cai pra dentro, entrei num monte de croca— Beco — subi as escadaria, os cria de plantão falavam comigo, mas eu ignorava, meu foco era chegar lá no barraco abandonado que mandei levar Konan. Chegando lá já avistei Sasuke e Gaara do lado de fora, trocando uma ideia com os vapor que tão aqui na contenção pra aquela vagabunda não fugir.
— Kurama…
— Depois nóis' troca uma ideia, GR. — falei passando direto por eles.
Entrei no barraco de um cômodo só, a luz tava fraca, no canto encostada na parede palmei —Vi— Konan encolhida, careca, a cara toda lascada, as Katileya deram um pau bem dado nela, tá é feia na foto e vai ficar pior depois que eu descarregar o pentão de trinta na cara dela sem dó.
— K-Kurama…— ela olhou pra mim assustada — E-e-eu não queria…não queria ter feito aquilo…— começou a chorar, é certo que meu ódio tava estampado na minha cara — I-isso é sua culpa, v-você me largou — a doida começou a rastejar no chão vindo pro meu lado — Se tivesse ficado comigo eu não teria matado ela, eu juro que não! — se agarrou nas minhas pernas e começou a dar o papo e quanto mais eu olhava pra cara dela o sangue fervia — Me perdoa Kurama…fiz tudo isso porque te amo, e-eu não aguentei te ver sendo feliz com ela…— chorava de soluçar, se olho esquerdo mal abria, na boca dela tava faltando dois dentes e eu achava pouco — Aquela puta não te merecia, só te fiz um favor!
— Filha da puta, tu tá errada. — na raiva fiz o que eu mais odiava meti o chute nela, ela caiu pra trás murmurando de dor — Eu que não mereço ela…—falei, só a neurose na mente, não queria ser que nem aquele monstro que matou a minha mãe, só que essa puta testou meu limite — Cê tinha que ter cobrado eu nessa porra, eu que tava contigo, eu que te metia chifre, eu que te usava pra manter a Hina longe de mim. EU PORRA! — bati no peito, gritando alto pra ela ouvir bem que a porra da culpa era minha, que não tinha que ter ido pagar de doida com a Hinata — E NÃO A MINHA MULHER! — sentou no chão, se arrastando pro canto da parede, chorando olhando pra mim assustada no bagulho.
— K-Kurama, não diz isso…ela mereceu, você não tem culpa por eu te amar demais! — ela continua com essa zideias de girico, tá é malucona, ou sempre foi e eu não tava ligado?
— Que mané amor, piranha? — me agachei na frente dela, olhando na cara da maldita que eu ia matar já já — Isso daí que tu sente por mim já é obsessão. Põe isso na tua cachola! — gesticulei, com o dedo indicado empurrando a cabeça dela pra trás, pra ver se ela entendia que essa merda que ela sente por mim não é amor.
— É amor sim! Você também me amava Kurama…eu sei que sentia algo por mim…se a Hinata e aquele peste do Boruto não existissem, você me amaria! — ela deu a ideia cheia de ódio na voz.
Quando ela chamou meu filho de peste, não me aguentei, catei ela pelo pescoço enforcando a vagabunda, fiquei de pé erguendo Konan pelo pescoço deixando ela sem ar contra a parede.
— Tu não fala assim do meu filho, peste é você, maldita hora que cê entrou no meu caminho — falei trincando os dentes.
— M-me solta Kurama...tá me machucando. — pediu sem ar, com o rosto ficando vermelho. Eu não queria soltar Konan…deixei o ódio me guiar.
— Escuta…— dou papo nem por um segundo diminuindo o aperto — É ela que eu amo, Konan… — digo olhando no fundo do olho dela, ela até tenta tirar a minha mão do seu pescoço —...É por ela! E pelo meu filho que eu dou a minha vida, e é por ela que eu mataria qualquer filho da puta que tocar num só fio de cabelo dela. — Joguei ela no chão e me afastei um pouco, Konan tosse recuperando o ar — Tu se enganou comigo, nunca te prometi amor, só um título de fiel e sexo, só isso.
— EU TE ODEIO POR ISSO! — Grita.
— Entra na fila, que tu não é primeira cheia de ódio no coração pro meu lado não — puxo a arma da cintura, engato o gatilho mirando a glock na cara dela.
— Ela nunca vai te amar como eu te amei, Kurama. Nunca…
— Quer saber? Tu vai ficar viva mais dois dias — Abaixo a arma desistindo de matar essa puta — Toda a tortura que tu vai passar na minha mão ainda vai ser pouco pelo que tu fez com a minha mulher.
— EU ODEIO ELA! — Gritou começando a se debater no chão, nem dou bola.
Saio dali só o ódio na mente, madruga fria e eu só queria tá em casa com a Hina deitada comigo, e o meu filho dormindo no meio da cama com a gente depois de ter assistido o desenho que ele gosta. Papo reto, isso que Konan fez, nem com a morte dela vai ser o suficiente pra fazer eu deixar de sentir ódio dessa puta.
*
*
De manhã o sol raiando e eu não tinha dormido nada, mandei dá outra surra na Konan só de ódio, apanhou e apanhou legal, e fiquei tranquilo de cantin só palmeando.
— Kurama, onde você se meteu? — Mal entrei no meu barraco — E cadê a Hina, tem notícias dela? Hanabi me ligou perguntando se eu sabia de algo…
— A Hina tá bem.
— Tem certeza, então porque tá com essa cara?
— Hinata tá no hospital — Falei logo, depois ela ia ficar sabendo mermo.
—H-hospita? O que aconteceu com ela…?
— Konan. A filha da puta esfaqueou ela.
— Mas que maluca! Tadinha da Hina...
*
*
Estacionei a moto na frente da casa dos meus sogros, tinha que dar a notícia e ver meu filho não tô aguentando mais, fiquei mais de 24h sem ver ele, é foda, o coração tá mão aqui. Chamei e nem demorou, minha sogra botou a cara na janela do segundo andar, em questão de segundos ela já tinha descido pra baixo e abrido o portão e saído pra fora.
— Kurama, rapaz…tem notícias da minha filha? — Já veio logo me indagando, eu não tinha nem cara pra dizer pra ela que a Hina tá no hospital.
— Aconteceu um negócio aí, dona Hikari — comecei a dar papo meio sem jeito no bagulho e ela já me encarou preocupada — Hina tá no hospital…aconteceu uns B.Ó mandado.
— No hospital? — indagou sem acreditar no papo — Em qual? Eu preciso ver a minha filha, o que aconteceu com ela e porque tá me dizendo isso só agora, Kurama? — fez um monte de indagação uma atrás da outra.
— Papai! — a voz do meu filho chamou minha atenção, ele vinha na minha direção no colo do avô dele. Hiashi soltou ele no chão, meu menino veio correndo pra mim.
— Ae filhão! — Peguei ele no colo.
— Cadê a mamãe? — Pergunta me olhando no olho, e engulo a saliva, e agora não só ele como Hiashi também me encara esperando a resposta.
[^_ _^]
— Eu disse, falei pra se afastar da minha filha, rapaz! — Hiashi vocifera após Naruto explicar a situação e dizer o paradeiro de Hinata — Avisei pra ficar longe!
— Eu tentei, mas eu amo a sua filha, porra! — Naruto retrucou na sala de estar dos Hyuuga's. Hiashi desde o início nunca quis que Naruto se aproximasse de Hinata, já não bastava ter a engravidado nova demais…
— Lhe avisei pra ficar longe, agora por sua culpa minha filha está em um quarto de hospital correndo risco de vida — ralhou novamente. O Hyuuga não queria saber se Kurama era perigoso, ou dono do morro tudo que ele queria era culpar alguém pela fatalidade que aconteceu a Hinata — Culpa sua e de uma ex doente, e se fosse algum inimigo seu? Seria pior, porque eu sequer saberia onde encontrar o corpo! Você devia ter me escutado quando eu pedi pra ficar longe deles!
[FLASHBACK...
…Um tempo atrás
O começo de tudo...
A jovem Hyuuga se encontrava atrás do caixa do estabelecimento de seus pais atendendo os clientes, vez ou outra o fluxo aumentava e diminuía. Hinata e sua família moravam na comunidade hà três anos, vieram do interior e com a economia que tinham investiram na pequena mercearia, com o dinheiro que entrava já haviam conseguido comprar o ponto, em cima já estavam terminando as obras da casa fixa, para logo saírem do aluguel.
— Hina! — Ino adentrou a mercearia, indo diariamente para o caixa toda sorridente e saltitante — Porque faltou na aula hoje? — a Yamanaka perguntou debruçando-se sobre o caixa.
— Perdi a hora — responde entediada — Na verdade eu em um completo ataque de rebeldia disse que não precisava da minha mãe, porque ela só me enche o saco — revirou os olhos.
— Moral da história?
— Ela não me acordou hoje de manhã, não preparou meu café, e me botou pra trabalhar…— resmungou — E detalhe eu já me desculpei pelo que eu disse várias vezes, dona Hika é osso duro de roer.
— Bem feito, você tem uma mãe que cuida de você, devia agradecer e não ficar reclamando — Ino lhe passou sermão.
— Eu sei, eu sei disso…mas eu já pedi desculpas…— justificou — Preciso da minha mamis até demais.
— Ainda bem que sa-
— Ino! — Hinata cortou a fala da loira, dando um pulo da cadeira — O Kurama tá vindo aí… — Ino disfarçadamente olhou para trás a tempo de ver Kurama se aproximando do mercadinho — Ah meu Deus, deixa eu me ajeitar aqui — Ino revirou os olhos a ver que amiga passava as mãos pelo vestido rodado, em seguida ajeitando o rabo de cavalo alto, passou rapidamente um gloss labial que estava próximo a ela — Tô bonita?
— Hina, pela amor…tudo isso pr…
— Shii! Quieta Ino, ele tá vindo. — A Yamanaka negou com a cabeça dando a volta no caixa, puxou e sentou-se no assento que antes era ocupado pela Hyuuga, enquanto via a própria fazer o que fazia de melhor que era babar no Uzumaki, enquanto observa o mesmo andar pelo estabelecimento em busca do que veio comprar ali.
Kurama foi até as prateleiras pegou o que precisava e seguiu até o caixa, tendo total ciência de que era alvo do olhar da mais nova. Ele a encarou de volta e sorriu ladino, isso foi suficiente para derreter a Hyuuga, cujo a mesma era apaixonada pelo rapaz, sem nem terem trocado uma ou duas palavras.
Colocando seus produtos em cima do balcão, Naruto esperou em silêncio Hinata fazer a soma, sorte da mais nova que usavam calculadora, já que ela era péssima em matemática. Após isso ela ensacou tudo antes de dizer o valor.
— Deu 62 reais e 90 centavos! — disse ela nervosa, com os batimentos cardíacos acelerados, mãos suando e o costumeiro friozinho na barriga que tinha sempre que o via, e sem contar nas bochechas pegando fogo, o que não passou batido pelo rapaz, que internamente achou fofo vê-la corando na sua presença.
O mesmo retirou da carteira uma nota de 50 e 20, sob o olhar atento da Hyuuga.
— Tá aí…— colocou em cima do balcão— Precisa dá o troco não, novinha! — avisou pegando suas coisas e saindo do estabelecimento.
— Sério que tá toda coradinha assim por causa do Kurama? — Ino chamou a atenção da mais nova que tinha o olhar apaixonado no rosto.
— Ele é lindo...pena que não me nota. — murmurou cabisbaixa.
— Sai fora disso, e escuta, Kurama não presta, tu já tá careca de saber — a loira advertiu, ela sabia muito bem a fama do dono morro e não queria sua amiga se envolvendo com alguém como ele.
— Ai Ino, eu sei disso, nossa! — Hinata revirou os olhos, ela sabia que ele não prestava, mas quem disse que ela ligava? Nem um pouco — Não é proibido gostar dele. — retruca, levando o olhar na direção de sua amiga — A gente sabe que ele nunca vai me dar moral mesmo.
— Sua sorte é que ele é desapegado…você não corre risco de perder o cabelo.
*^*^*^*^*^*^*
Com passar dos meses Hinata continuava nutrindo sua paixão pelo Kurama, ela o queria, mas ele sequer a olhava direito, Naruto de fato não a olhava mas ele sabia da existência da Hyuuga, e era impossível de ignorar quando a garota mais bonita da quebrada tinha uma queda por você e fazia de tudo para se esbarrarem em becos aleatórios.
Hinata estava sempre por perto, bastava só descobrir os lugares em que Naruto estaria, seja nas festas clandestinas em lajes alheias que ela sempre comparecia escondida de seus pais, ou em outros lugares onde ela pudesse observá-lo.
Após todos da casa irem dormir, Hinata se arrumou toda, ela fugiria pro bailão junto de sua amiga, que estava indo com ela a muito custo já que a mesma não gostava dessas coisas. Depois de se arrumar a caráter, a jovem Hyuuga saiu de casa na ponta dos pés, subiu morro acima, e Ino já esperava no beco próximo do baile para chegarem lá juntas.
— Ino! Hoje a gente vai jogar a raba! — Hinata comentou eufórica.
— Meu Deus, eu ainda acho isso super errado — A Yamanaka choramingou — Vamos antes que eu desista.
Quando chegaram no baile Hinata não perdeu tempo, e foi logo tomar um copão pra aquecer.
Ino e ela se misturava no meio das pessoas, e rebolavam a bunda ao som da música imoral que tocava, a loira não gostava de baile funk, e era um fato, mas a mesma também não ia ficar ali com cara de velório.
— QUER OS AMIGO QUE TÁ DE PT! — o funk da época tocava estourado no paredão de som no meio da quadra.
— SE NÃO TIVER DE GLOCK ELAS NEM OLHA PRA VOCÊ! — Hinata completou, erguendo o copão pro alto. Do nada a música que tocava parou.
— PARA, PARA, PAROU O BAILE! — O DJ anunciou no microfone, geral parou de dançar e as vaias e reclamações vieram — HINATA! TUA MÃE TÁ AQUI DO LADO DO PAREDÃO ATRÁS DE TU — Ele anunciou, e Hinata quase deixou sua alma escapar do corpo — MANDOU TU METER O PÉ PRA CASA. — O Dj riu.
— Ino, vem! Vamo embora!— a mais nova saiu puxando a amiga entre as pessoas.
— IH HINATINHA, LOMBROU PRO TEU LADO, BROTA, BROTA! — O DJ ainda zombou, daí surgiu o Hinatinha que todos os crias chamavam quando se referiam a Hinata, pois no outro dia, mesmo que ela tenha fugido antes de ser pega todos sabiam que ela era Hinata do baile — AGORA EU VOU SOLTAR A BRABA, E ESSA AQUI VAI PRA NOVINHA QUE DÁ PERDIDO NA MÃE E METE O PÉ PRO BAILÃO.
*
*
— Ai meu coração tá acelerado. — Hinata parou em frente a casa de Ino, ambas ofegante de tanto correr — Nossa que vergonha! — ela choramingou — Minha mãe foi me buscar no baile. — A loira que não aguentava mais caiu em uma crise de risos, que chegou a lacrimejar pelos olhos — Para de rir, Ino!
— Essa vergonha eu não passo, amanhã geral vai tá sabendo…— fala secando o canto dos olhos — Falei pra gente ficar em casa.
— Aprendizado. — a morena deu de ombros — Vou indo lá, a surra me espera.
— Ei, não quer dormir aqui em casa? — pergunta — Tô sozinha, meu pai ainda tá na estrada só chega no fim do mês, dá pra tu dormir aqui, Hina. — a loira ficava a maioria dos seus dias sozinha, seu pai era caminhoneiro e mal parava em casa.
— Não. É melhor eu ir agora, vou descendo lá, até amanhã. — se despedindo da amiga, Hinata seguiu para sua casa.
No meio do caminho ao longe ela se deparou com o Uzumaki saindo de um beco, acompanhado de mais outros dois vapor, que subiram em suas motos e se foram, Naruto ficou para trás, encostou em sua moto, e acendeu um baseado e ficou ali palmeando a descida do morro, jogando fumaça pro ar.
— Tá tarde pra tu tá na rua hein, Hinatinha…— Chamou atenção dela quando a mesma ia passando ao seu lado.
— Hinata. Meu nome é Hinata. — ela ressaltou parando no meio do caminho, vermelha de vergonha, pois Naruto deixou bem claro que sabia que ela estava no bailão.
— Tô sabendo, Hinatinha. Hinatinha fujona — brincou, fazendo a mesma rir. — É mandado tu ficar dando esses perdidos na tua coroa, toma juízo.
— Eu não fugi, só sai sem avisar, qual é o problema nisso? — perguntou rindo descontraída.
— Quer mermo que eu te falo, novinha? — indagou ele dando o último trago no baseado, e apagando, logo após jogando beck quase pela metade fora.
— Não, deixa pra lá…pera aí, como sabe que me chamo Hinata? A Hinatinha podia ser qualquer uma?
— Tu acabou de dar o papo falando que teu nome é Hinata.
— Mas antes disso cê já veio me chamando de Hinatinha.
— Viaja em mim não, novinha — ele desconversou — Quer um bonde até a sua casa? — se ofereceu para levá-la em casa.
— Você se oferecendo pra me levar em casa!? — ela falou incrédula — Nem a às siliconadas que tu pega sobe nessa moto, Kurama!
— Ih, tá sabendo demais, garota — ele riu ladino, Hinata sabia mais dele, do que ele sabia dela — Tu não é as siliconadas que eu pego, então tá de boa. — cruzou os braços em frente ao peito ainda encostado na moto de frente pra Hyuuga.
— Bem que eu queria ser uma delas...— a morena resmungou baixo, mas não tão baixo.
— O que cê disse aí, Hinatinha?
— Nada não. — ela negou — Vai ficar me chamando assim agora, Kurama?
— Assim como?
— Hinatinha.
— Qual foi, doida? É seu nome, Hina....tinha!
— Tu sabe que não.
— Reclama muito, na moral, Hinata.
— Posso fazer uma pergunta?
— Manda…— um poucos minutos eles conversavam como se já tivessem feito isso antes.
— De zero a dez, o quanto eu sou bonita? — a mais nova perguntou corando, o deixando sem jeito com sua pergunta. O mesmo fitou Hinata de cima a baixo, ela não era muito alta, branquinha do cabelão, corpo esguio e de seios medianos, o rosto perfeito com traços delicados e bonitos.
1000/10, ela é bonita pra caralho, e me lança uma dessas na tora! Essa garota não tem espelho em casa não? — Naruto se pergunta internamente.
— Cinco — Deu a nota mixaria, na intenção de irritá-lá — Cinco não! Cinco ainda é muito pra tu, quatro e meio. — a Hyuuga abriu a boca e piscou os olhos incrédula.
— Sério, então eu sou tão feia assim?
— Que nada tô só tirando uma com a tua cara. Tu é linda, Hinatinha!
— De zero a dez…eu tenho chance? — perguntou de novo.
— Ó só as zideia… garota, tu é problema.
— Sou nada, só tô querendo dar e não tô sabendo como te pedir isso — ela confessou sem filtros.
— Porra, aí tu me quebra, novinha.
— Tô quebrando nada. Vamos ficar hoje? — Naruto ficava besta em como Hinata não fazia muito rodeio pra dizer o que realmente queria — Amanhã eu finjo que nada aconteceu.
— Vai fingir mermo? — de supetão ele a puxou pela cintura — Sem apego? — inclinou o rosto na direção dela, faltando pouco para beijá-la.
— Sem apego, prometo, Kurama. — ela garantiu, e avançou os lábios na direção dos dele, sem dar a ele chance de resposta, iniciou o beijo fervoroso. O início da noite que começou ali se estendeu até a casa do Uzumaki.
*
*
A Hyuuga olhava todo o quarto, vendo algumas fotos na parede, fotos essas onde Naruto era menor, e estava com sua genitora, algumas eram de sua prima, em alguns eventos escolares, como apresentações dos dias dos pais, das mães, Páscoa, etc…
— Será que estou sonhando?
— Porque tu acha isso? — a voz dele a fez dar um pulinho assustado, se virando na direção dele o flagrando sem camisa, apenas de bermuda a sua frente.
— Ai que sus…Gostoso!
— Gostei de tu, garota. — afirmou, sorrindo sinceramente como a muito tempo não o fazia — Cê é maneirinha. Que tal a gente só dormir de boa mermo? — Naruto não queria dar para trás, mas sabia que se seguisse adiante, quem ia ficar apegado nela era ele.
— Não vim aqui pra dormir, Kurama…— ela sorriu de canto, até parece que agora que estava ali ela dormiria — E você sabe disso.
— Puta que pariu, eu tô sentindo que tu é problema, Hinatinha...Muito problema...— Disse antes de agarrá-la.
Naquela noite eles ficaram juntos, e Naruto com a promessa de que não se apegaria, mas ele já tinha ficado apegado antes mesmo de iniciar isso. Depois daquela noite Naruto decidiu que não iria se aproximar de Hinata, a jovem mexia com o seu psicológico, e ele não queria problemas e nem dar uma de emocionado cadelando por alguém que ele só teve uma noite. Hinata até que tentava se manter longe dele, se viam pela comunidade e sequer se falavam até o dia…
A Hyuuga vinha sentido muitos enjoos nas últimas semanas, e depois de Ino ter plantado a semente da dúvida em sua cabeça, ela decidiu por fim fazer o teste e no resultado constou duas listrinhas vermelhas. Com isso ela foi atrás do genitor, não sustentaria essa barra sozinha.
—Kurama, engravidei. — foi direta ao dar a notícia, O Uzumaki engoliu em seco sem nada a dizer — Aquele remédio que me deu no dia seguinte não fez efeito. — Choraminga andando de um lado para o outro na salinha, ela ainda estava em fase de negação.
Naruto no meio tempo que havia ficado em silêncio raciocinava a notícia, primeiro vinha a segurança de Hinata, a gravidez deixava ela envolvida com ele mais do que o necessário, já tinha Karin para proteger, e mais duas pessoas entrariam nessa equação.
E ele e Hinata? Como ficariam? — Ele se perguntava, e por um momento a ideia de assumi-la como sua fiel, passou pela sua cabeça. E se….? O bebê ficaria mais protegido, ele teria ela do seu lado e….
Não!— exclamou negando aos pensamentos que passaram por sua mente.
— Naruto! — Hinata exclamou o chamando para realidade — Escutou o que eu disse, acabei de dizer que tô grávida, não vai falar nada?
— E-esse filho não é meu…? — ela o encarou raivosa — É o que eu queria falar, tá ligada, novinha? — riu pra quebrar o clima tenso que se instalava.
— Mas é seu, não dei pra ninguém nem antes e muito menos depois de você, Kurama.
— Eu sei, chega aí…— Chamou ela para sentar em seu colo, Hinata assim o fez sentando de lado — Nóis vai resolver esse B.Ó, Hinatinha…— Carinhosamente ele tocou a barriga ainda inexistente de Hinata, que deitou a cabeça em seu ombro.
— Não vou tirar ele.
— Não, pô! Nem pensei nessas zideia errada.
Naruto se via descobrindo sentimentos novos, o da paternidade era um deles, mal descobriu que seria pai e já se via sentindo algo bom em relação a pessoinha que ainda nem nasceu, e sentia algo mais intenso ainda em relação a mãe do seu filho.
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Hinata encarava seus pais, pensando na melhor forma de revelar sua gravidez, mas com os segundos que se passaram ela descobriu que não existia a melhor forma para dizer isso a eles. Então apenas diria e esperaria as consequências…
— Mãe, pai…Eu tô grávida! — Hinata revelou deixando seus pais incrédulos com a notícia.
— F-filha, é pegadinha?— Hikari foi a primeira a indagar num fio de voz.
— Como assim grávida, Hinata?! — Hiashi piscou os olhos nervosamente.
— Hinata…— sua mãe proferiu seu nome decepcionada — Porque não me disse que já estava fazendo essas coisas? O meu dever de mãe era cuidar de você e olhe só…— a mulher queria saber onde tinha errado com a mais nova.
— Ma-mamãe me desculpa — a Hyuuga tinha os olhos lacrimejados no momento — Foi de repente…aconteceu, e-eu não me cuidei…
— Aconteceu? — Seu pai ralha, levantando do sofá num pulo — Quem é o pai do seu filho, Hinata? — ele questionou nervoso, com o dedo em riste — Só tá faltando me dizer que não sabe?! — Hinata permaneceu em silêncio com medo da fúria do mais velho.
— Hiashi, calma, não é assim que vamos resolver as coisas! — Hikari interviu firme.
— Resolver? — ele riu sem humor, olhando para sua esposa — Ela vai embora dessa casa, eu não vou sustentar filho de seu ninguém, não, Hikari — impôs voltando o olhar para Hinata — Pega as suas coisas e vai Hinata. — mandou na hora da raiva, e a morena mal conseguia reagir diante disso.
— Não Hiashi, está achando que é quem pra mandar minha filha embora da nossa casa? NOSSA! — ressaltou bem a palavra nossa — Essa casa é tão minha quanto sua, portanto, a minha filha, grávida do meu neto, vai ficar, queira você ou não! — Decretou, Hiashi não tinha escolhas além de acatar o que sua esposa disse — E se reclamar quem vai pro olho da rua é você.
— Por isso que ela está assim rebelde e grávida de um filho sem pai! Você pass-
— O Kurama...— ela se pronunciou quase inaudível.
— O que disse filha? — Hikari pergunta, frazindo cenho — Repete…
— O Kurama é o pai do meu bebê — revelou deixando Hiashi ainda mais enfurecido do que ele podia.
— Está vendo isso, Hika, está vendo…? Além de engravidar não soube escolher o pai!
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Dias depois....
Hiashi não queria que sua filha tivesse envolvimento algum com uma das pessoas que ele julgava ser a pior de todas, que a má fama sobre ele circulava dentro e fora da favela. Ali parado diante o tr*f..mais temido pelos arredores, e se brincar, pelo estado inteiro.
— Manda a letra, coroa, qual foi? — Naruto perguntou, encarando o homem parado no QG.
— Vim pedir pra você ficar longe da minha filha — exigiu sem rodeios, Naruto inclinou a sobrancelha.
— E se eu não quiser, tiozão? — se afastar de Hinata nunca foi uma opção pra ele.
— Isso não depende de você Kurama, estou aqui apelando como um pai que se preocupa com os seus. — Hiashi apesar de na hora da raiva ter mandado sua filha embora, não queria o mal dela de forma alguma — O que tem a oferecer a ela e ao meu neto? Além de perigo? — Naruto sabia que o velho tinha razão nessa parte — Você é procurado por outros da sua laia que te matariam sem pensar duas vezes se te vissem e tivessem a oportunidade. E se eles algum dia chegarem até a minha filha, e ao bebê, e se usarem eles pra te atingir?
— Nunca ia deixar um bagulho desses acontecer.
— Você não pode me dar a certeza, Kurama — Ele rebateu — Por isso estou pedindo como pai de família para que se afaste dela…
— Sua filha sabe que tu tá aqui dando ideia errada?
— Não, mas já deixei Hinata decidir demais por ela…deixei tanto que deu no que deu. — suspirou cansado — Se você sente algo por aquele bebê que ela está gerando, vai me entender e irá se afastar por si só, quando entender que é o melhor pra eles. — ele não disse mais nada, apenas saiu.
Deixando Naruto ali com os pensamentos bagunçados, sabendo que de um todo Hiashi não estava errado, se aproximar de Hinata a deixaria em perigo, sua vida era agitada demais para que ela entrasse nela.
Pensando nisso, ele decidiu que se afastaria dela e não se envolveria romanticamente com ela, e assim o fez, durante meses ele a evitou, evitou saber de seu filho, mas sorria bobo e chorava escondido sempre que ela mandava fotos do ultrassom e vídeos do coraçãozinho de seu bebê batendo.
Por muito tempo ele ficou longe, até receber a fotinha do pequeno Boruto, e descobrir que ele havia nascido forte e saudável…
— Oi Kurama. — Hinata sorriu, vendo o Uzumaki parado na porta do quarto da maternidade, enquanto ela amamentava o bebê — Olha filho, o papai veio te ver! — falou baixo como se o bebê pudesse entender algo. Naruto sorriu com a cena a sua frente, seu coração ficava aquecido ao vê-lá.
— Oi Hinatinha, como é que cês tão…?— ele se aproxima acanhado, na intenção de ver o bebê de perto.
— Decidiu aparecer só agora depois de ter deixado a gente por meses, só mandando dinheiro? — disse rancorosa— Agora pergunta se a gente tá bem?
— Foi mal, não vamo tretar, Hinata. Por favor...
— Foi mal? Foi péssimo…— resmungou, e Naruto focou o olhar em seu filho nos braços dela.
— Ele é perfeito…— falou encantado com o bebê de bochechinhas rosadas, sonolento, com a mãozinha no seio da mãe, mamando esfomeado.
— É, é sim. Eu que emprestei o útero — ela brincou dispersando o clima tenso que por pouco não se instala entre eles.
— Brinca muito, mas tá ligada…ele é a minha cara! — falou sorrindo orgulhoso, seus olhos chegavam a brilhar.
— Quer segurar ele?
— Melhor não…se eu deixar ele cair, eu fico doido e…
— Para de complicar, Kurama, é fácil, sei que não vai deixar ele cair, confio em você.
E ali com o auxílio da jovem Hyuuga ele pegou seu filho nos braços pela primeira vez, decidindo que faria seu papel de pai, pois seu instinto paterno falou mais alto, e assim ficaria por perto, os protegeria, mas não se envolveria com Hinata, ela ainda continuava mexendo com ele, e o mesmo comprovou isso ao vê-la pessoalmente depois de meses e ainda sentir seu coração acelerar.
Os meses seguiram e Hinata não escondia o interesse que tinha no pai de seu filho, e se insinuava, Naruto por muitas das vezes quase caiu em tentação mas sempre a cortava e dava gelo até que conheceu Konan, a nova moradora da comunidade, e acabou se envolvendo com ela e a assumindo para afastar Hinata, tudo saiu como o planejado.
Hinata não o esqueceu, mas também não insistiu mais nele, tornando assim a relação deles resumidamente como “amigos” ou pais com uma relação pacífica pelo bem de Boruto.
FLASHBACK OFF]
— Se a minha filha morrer, eu não vou querer saber se você é o chefão do morro — apontou para Naruto — Eu te mato! — Decretou.
— Hiashi! — Hikari tocou o ombro do esposo — Se acalme, nossa filha nunca foi nenhuma santa, ela sabia o que queria quando decidiu se envolver com o Kurama, não adianta procurar culpados onde não tem, o que aconteceu foi uma fatalidade causada por uma psicopata, e eu tenho fé que a minha filha vai sair dessa, agora vamos encerrar a discussão. Vá pegar as chaves do carro, temos que ir pro hospital! — Resmungando, Hiashi foi pegar as chaves, pois no momento ir ver sua filha era o que importava.
— Foi mal aí, dona Hikari…o velho tem razão — suspirou com pesar — Se eu não tivesse me envolvido com a Konan pra afastar a Hina…
— Não tinha como você saber que a Konan era é uma louca, e que ela tentaria isso.
— Eu podia ter evitado essa treta...
— O importante agora é a minha filha sair bem e com vida dessa história, meu rapaz.
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