Eu havia perdido a noção do tempo desde que Luffy tinha adormecido sobre mim. Estava bastante distraída enquanto passava os dedos pelos fios de seus cabelos negros, ele tinha suas mãos sobre meus ombros e a cabeça pousada em meu pescoço me causando arrepios várias vezes durante a noite.
Esse era um bom momento para tirar Luffy de cima de mim, não seria bom para ninguém se Sanji ou Zoro nos visse assim, mas logo que fui empurra-lo (dessa vez de verdade) sinto seus braços me puxando para mais perto de si.
— Eer..? O que foi, Luffy? — perguntei enquanto sinto minhas bochechas tomarem uma leve coloração rosada.
— Nami. — ele sussurrou com a voz sonolenta — Obrigado por ontem.
— Não foi nada, não precisa agradecer. — digo sorrindo para o garoto — Luffy?
— Hmm? — perguntou ainda com os olhos semicerrados, roçando o nariz levemente em meu pescoço.
— Nós temos que levantar, — pedi finalmente — daqui a pouco vão vir nos chamar para o café da manhã.
Eu sei que Luffy era inocente demais para ver qualquer problema ou malícia na posição em que estamos, mas seria difícil explicar para os outros sem contar o que havia acontecido na noite anterior. Afinal, o capitão havia pedido segredo.
— Certo. — ele murmurou baixinho, saindo calmamente de cima de mim. — Comer.
O garoto que estava com uma tremenda cara de sono se sentou ao meu lado e eu imediatamente senti falta do calor de seu corpo. Eu não queria admitir, mas talvez estivesse gostando mais do que deveria de tê-lo perto. Isso definitivamente era um problema. Porque isso agora, Nami?
— Podemos comer agora? — Luffy me encarou afastando meus pensamentos confusos — Hein Nami?! — ele perguntou impaciente aproximando nossos rostos a espera de uma resposta minha.
— Claro, — digo enquanto tento ignorar minhas bochechas corando novamente — podemos.
Luffy e eu saímos do quarto em silêncio e fomos direto para a cozinha, como eu imaginava todos já estavam lá tomando seu desjejum da manhã na maior agitação de sempre.
— Oe pessoal! — o capitão os cumprimentou e procurou concentradamente sobre a mesa qualquer coisa que fosse mais parecido com sua amada — Cadê a carne, Sanji? — perguntou manhoso, recebendo olhares risonhos de todos.
— Já está quase pronta, — Sanji disse enquanto depositava um enorme prato com ovos fritos sobre a mesa — Nami-san, como minha deusa passou a noite? — O loiro como sempre tinha corações nos olhos e um largo sorriso caloroso direcionado a mim.
— Err.. Bem. — sorri falsamente para ele, lembrando da noite anterior. Bem, ou talvez melhor que isso. — Dormi bem.
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Já passava das três horas da tarde e finalmente nosso navio com o leão na proa navegava a caminho da próxima ilha com uma tarde ensolarada e o mar pacífico.
Luffy, Usopp e Chopper pulavam animadamente por todo Sunny se perguntando que tipo de coisas iam encontrar na próxima ilha e o que iriam fazer quando chegássemos. Zoro dormia (como sempre) sobre o gramado e Sanji havia acabado de ir para a cozinha pois a arqueóloga comentou que estava com sede, mas ambas sabíamos que era apenas um jeito de manter o cozinheiro amoroso ocupado por alguns minutos.
— Ontem a noite passei por nosso quarto navegadora-san, — Robin comentou e eu engoli em seco — e vi você e Luffy adormecidos. Não quis incomoda-los.
— V-você viu?— gaguejei falhando na tentativa de parecer o mais normal possível — Mas não é nada disso que está pensando! — tratei logo de explicar.
— Eu não estou pensando nada Nami. — ela riu obviamente se divertindo com a situação — Foi apenas um comentário inocente.
Se fosse em outra ocasião eu não me importaria com a situação no geral, mas senti como se estivesse escondendo alguma coisa, mesmo não estando.
— Luffy tinha insônia e estávamos conversando quando acabamos caindo no sono. — disse a verdade, não havia necessidade de mentir já que não tínhamos feito nada errado.
— Não tem de me dar explicações.. — ela falou quase em um sussurro — Fique tranquila, não irei falar para os outros.
— Obrigada. — agradeci e a garota me lança uma piscadela de olho, voltando a atenção ao livro em sua mão como se esse diálogo nunca tivesse existido.
Logo depois Sanji voltou com uma bandeja e alguns copos de suco para todos encerrando de vez o assunto.
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Já era noite. Sunny Go navegava lindamente pelas águas e o céu estava completamente estrelado, a lua cheia era o único vestígio de luz. O clima era agradável contando apenas com um vento fraco.
Franky estava vigiando hoje, então a arqueóloga dormia tranquilamente na cama ao meu lado. Era incrível como Robin conseguia ser magnificamente linda até adormecida, a beleza dela era mesmo invejável.
Eu rolava por toda minha cama e tentei todas as posições possíveis, mas ainda sim não conseguia dormir. Estava estranhamente inquieta e ansiosa, precisava levantar para distrair minha mente.
Decidi ir até a cozinha. Me levantei e coloquei meu roupão por cima da camisola rosa que usava, calcei meus chinelos e logo deixei o quarto em silêncio. Assim que cheguei na cozinha dei de cara com Zoro enquanto comia um sanduíche sentado confortavelmente sobre o balcão.
— Acho que não sou a única a não conseguir dormir. — dou de ombros me sentando ao seu lado.
— Sanji está mais agitado que o normal dormindo, não cala a merda da boca. — ele reclamou enquanto dava uma mordida generosa no sanduíche em sua mão.
A desculpa dele era duvidosa, por que o espadachim conseguia dormir no meio de uma guerra ou tempestade tranquilamente, e de fato ele já havia realmente dormido nessas situações. Mas levei em consideração já que todos no dormitório masculino eram agitados até quando dormiam.
— Quer um pedaço? — ele perguntou enquanto tem a boca cheia e eu concordo com a cabeça.
O espadachim levou o sanduíche até minha boca e eu dei uma mordida. O sabor estava tão bom, que dificilmente havia sido Zoro a faze-lo.
— Isso está muito bom. Você quem fez?
— Claro que não, Sanji deixou pronto. — respondeu debochado e eu revirei os olhos.
Ele me entregou um pote onde estava o sanduíche, nele havia uma etiqueta com meu nome em cima e alguns corações na volta.
— Isso era meu! — indaguei e ele me olhou completamente despreocupado dando de ombros.
— O ero-cook pode fazer outro pra você, é só pedir. — ele disse não parecendo se importar nenhum pouco.
— Não vou acorda-lo. — respirei pesadamente e fui até a geladeira.
Tirei de lá uma jarra de leite e peguei um copo no armário, voltando a me sentar ao lado do espadachim de cabelos verdes que tinha sua cara de poucos amigos, como sempre.
— Você quer? — ofereci e ele concordou com a cabeça.
Levantei e peguei outro copo para Zoro, nos servi e brindamos em seguida.
— Tem certeza que não está com febre? — o provoquei colocando as mãos sobre a testa do espadachim, que logo tratou de afasta-las mau-humorado — Não está com sono quando a pessoa que mais dorme aqui é você.
— Eu já disse, Sanji está fazendo muito barulho. — ele falou irritado arqueando a sobrancelha me fazendo soltar uma gargalhada. — Só pra deixar claro, não pedi sua companhia.
Irritar o espadachim era uma das atividades favoritas de Robin, mas de vez em quando eu também o fazia pelo simples fato que era engraçado vê-lo irritado na maioria das vezes.
— Não estou nem aí. — dou de ombros, ignorando seu comportamento rude.
— Não me enche, mulher. — ele apenas revirou os olhos e deixou a cozinha logo em seguida.
Terminei de beber o leite e voltei para meu quarto. Robin ainda dormia calmamente em sua cama, ela tinha a expressão mais calma do mundo em seu rosto.
Me deitei sobre os lençóis e dessa vez não demorou muito até eu finalmente pegar no sono.
—
Acordei assim que senti algo me balançar impaciente. Meu punho já estava pronto para bater em qualquer um que havia me acordado daquela maneira bruta mas assim que abri os olhos dei de cara com Luffy me encarando.
— Que diabos você quer, Luffy? — perguntei irritada me sentando sobre a cama.
Demorei alguns segundos para voltar ao meu estado normal. Olhei em volta e vi que Robin já havia levantado, a claridade no quarto era mínima sendo iluminado apenas por alguns feixes de luz amarelada.
— Hmm.. — ele suspirou e me lançou um enorme sorriso — Você dormiu demais e todos já terminaram o café da manhã, — pausou e quase pude perceber suas bochechas tomarem um leve tom rosado — então eu trouxe pra você. — ele agora segurava uma bandeja em suas mãos com algumas laranjas e pedaços de queijo com pão — Achei que pudesse ter fome quando acordasse. — o garoto coçou a nuca sem graça e colocou a bandeja ao meu lado na cama.
Não pude deixar de me surpreender por tal atitude cuidadosa do garoto. Agora minhas bochechas se encontravam quase tão vermelhas quanto as deles.
— Obrigado Luffy. — digo com um riso fraco e ele abriu novamente um enorme sorriso.
— Está doente, Nami? — perguntou preocupado colocando as mãos sobre minha testa — está vermelha.
— Claro que não idiota!
— Tem certeza? — o capitão me encarou sério e dessa vez não pude deixar de rir de sua expressão aflita.
Sua ingenuidade por vezes chegava a ser engraçada. O garoto de chapéu de palha estava tão preocupado com a ideia de eu estar doente que não percebeu nossos rostos em uma distância perigosa, eu podia sentir sua respiração e isso me deixou sem reação. Meu corpo simplesmente não me obedeceu quando tentei afasta-lo.
Meus olhos permaneciam fechados por puro instinto. Eu conseguia sentir o seu cheiro, conseguia também ouvir sua respiração quente que batia em minha pele. Mexi a ponta de meus dedos e senti novamente ter poder sobre meu corpo. Eu não podia fazer aquilo. Luffy era apenas meu capitão infantil, que não tinha ideia das sensações esquisitas que causou em mim nos últimos dias. Eu só podia estar enlouquecendo, não havia outra explicação.
Mesmo minha mente já pronta para o que estava por vir, eu apenas coloquei minhas mãos sobre seu peito e o afastei delicadamente.
— Eu não estou doente, Luffy. — disse quase em um sussurro. — Tenho certeza.
Meu coração batia mais rápido que o normal, e os olhos curiosos do garoto de chapéu de palha não ajudavam muito. Minhas bochechas estavam coradas e podia arriscar dizer que gotas de suor se formavam em minha testa em sinal do nervosismo.
— Apenas vá embora. Tenho que me trocar. — digo finalmente e ele concordou com a cabeça — Eu já vou lá pra cima, pode ir.
Ele acenou antes de sair do quarto e eu o lanço um sorriso falso. Luffy fechou a porta e logo desabo na cama.
— Nami, você só pode estar ficando maluca. — murmurei para mim mesma, colocando as mãos sobre o rosto. — Talvez devesse visitar Chopper.
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Eu arriscava a dizer que estávamos nos aproximando da zona climática da próxima ilha, o calor já não era tão intenso e o vento era acompanhado por um leve aroma doce de flores. Ah a primavera.
— Gaivotas idiotas. — Zoro resmungou irritado, voltando a se ajeitar confortavelmente sobre o mastro de madeira em que estava encostado.
Observei os pássaros brancos que nos rodeavam sobre o navio por longos minutos enquanto cantavam desafinadamente.
Uma delas parecia vir em nossa direção carregando algo e em sequência jogando sobre nós um envelope branco.
Abaixo-me e pego o do chão examinando com cuidado. Robin, Sanji e Luffy vieram até mim curiosos ver a carta que a gaivota havia deixado.
— Pode ser uma armadilha... — disse receosa averiguando o papel em minhas mãos, viro do outro lado e com uma letra extremamente delicada estava escrito o nome do capitão:Monkey D. Luffy — Parece que é para você, Luffy.
O capitão abre um enorme sorriso e pega o envelope de minha mão. Sem o menor cuidado ele rasga o papel em volta e tira de lá uma carta parecendo concentrado por alguns instantes enquanto lia o pedaço de papel desbotado em sua mãos. O garoto volta a sorrir e nós o encaramos curiosos.
— É a minha amiga, Hancock shishishi. — ele riu animado — Ela quer me encontrar.
Eu sabia bem quem era Boa Hancock. A imperatriz dos mares, a mulher mais linda do mundo que não fazia questão de esconder o quanto amava nosso capitão de borracha.
Ignorei em minha mente a imagem perfeita da rainha dos piratas, e peguei a carta da mão de Luffy que não se importou.
A letra era incrivelmente linda e caprichada, encarei os outros que estavam na volta do capitão enquanto ele relembrava de quão legal era a garota de cabelos negros e brincos dourados que havia o ajudado a entrar em Impel Down para salvar Ace. Revirei os olhos e voltei a prestar a atenção na carta em minhas mãos.
"Olá Luffy,
Estou indo tratar de um assunto dos shishibukais no Novo Mundo, e acompanhando o Vivre Card que me deu em Sabaody percebi que estão perto da ilha que estou me dirigindo.
Gostaria muito de reencontra-lo para matar a enorme saudade que tenho de você, espero que esteja bem.
Aguardarei ansiosamente nosso encontro dentro de alguns dias.
Ass: Boa Hancock."
Havia uma marca de batom rosa ao lado de sua assinatura que me fez revirar o estômago. Não sei ao certo porque, mas me sinto um tanto incomodada ao pensar na imperatriz ao lado de Luffy, ela nem o conhecia direito.
— Ei, Nami — a voz do capitão me tira do transe de meus pensamentos e percebi que o papel em minha mãos agora estava levemente amassado entre meus dedos — quanto tempo até chegarmos? Estou tão ansioso para ver a Hancock e as outras!
Minha barriga deu um nó e eu enguli em seco.
— Pouco. Uns dois dias no máximo. — sorri falso e ele voltou a pular animadamente, agora acompanhado de Chopper.
Sanji agora tinha seus olhos em formato de coração enquanto gritava o nome da imperatriz o causando um leve sangramento nasal. Todos -com exceção de Zoro que pareceu não se importar muito com a shishibukai ou as piratas Kujas- estavam felizes com a notícia de conhecer a mulher que tanto ajudou o Capitão: Impel Down, Marineford e a morte de Ace.
Senti um aperto em meu peito, ela estava lá todas as vezes em que Luffy precisou de ajuda enquanto eu estava presa em uma maldita ilha no céu sem poder fazer nada para ajudá-lo. Vivenciei novamente a culpa sobre mim por não estar perto do garoto quando ele mais precisava de nós.. Precisava de mim.
O navio repentinamente nos jogou contra a borda e caímos uns sobre os outros. Thousand Sunny balançava sobre as ondas e logo entendemos o que estava havendo.
— É a marinha! — Franky gritou.
— Malditos. — Zoro falou enquanto tirava suas catanas da cintura, já pronto para revidar os ataques com prontidão.
Meus olhos não conseguiam acompanhar a rapidez dos ataques de ambos. Os canhões eram disparados por todos os lados, mal conseguia acompanhar o que estava acontecendo enquanto todos corriam de um lado para o outro para defender o navio.
O espadachim cortava as bolas de canhões ainda no ar enquanto a arqueóloga logo atrás formava uma rede de proteção com seus poderes de Akuma No Mi, evitando danos ao Sunny Go que ainda balançava instável.
Usopp atirava nos marinheiros que tentavam se aproximar do navio nos botes enquanto Sanji o dava cobertura.
— Chopper! — gritei e a rena falante já estava à postos para minhas ordens — Cheque o estoque de cola caso precisarmos usar o Paddle Sunny, rápido!
Luffy esticava seus braços e acertava vários marinheiros no navio que se aproximava cada vez mais do nosso. Ele tinha um sorriso de adrenalina no rosto, assim como todos. Era uma sincronia de dar inveja a qualquer tripulação.
Em uma fração de segundos um gás tomou conta do ar e já não era possível enxergar quase nada. Bomba de fumaça. Outro forte barulho é ouvido e o navio é jogado para o outro lado violentamente de novo.
— Não respirem! — Robin gritou nos alertando — É venenoso, tomem cuidado!
Enquanto tentava virar o leme para escaparmos senti algo vir em minha direção, olhei para o lado e uma enorme bola de canhão aproximava. Luffy se colocou em minha frente me protegendo a jogando para o mar e eu o vi ser arremessado a alguns metros dali ao ser atingido por uma enorme rede de kairoseki.
Corri até ele que tinha seu corpo completamente envolvido pela pedra do mar e tentei afasta-la mas meu esforço foi inútil, era pesado demais. Eu estava começando a ficar tonta, me ajoelhei em sua frente já tão sem forças quanto ele e coloquei minhas mãos sobre sua boca e nariz o impossibilitando de respirar o gás tóxico que tomava conta do ar.
Os olhos de Luffy abriam e fechavam numa velocidade torturante, pedi mentalmente para ele permanecer acordado. Tentei novamente tirar a rede de cima dele mas foi em vão, eu não tinha mais força alguma. Senti meu corpo estremecer e logo estava caída ao lado do capitão, quase que inconsciente.
Eu sentia a movimentação ao meu redor, mas eu não podia pedir ajuda já que todos estavam ocupados lutando para proteger o navio. Eu era um peso morto nesse momento. Só conseguia pensar: que diabo de gás era esse?
Senti a mão gelada de Luffy sobre minha boca, não me deixando ter contato com o ar venenoso e denso. Os olhos do garoto estavam quase que totalmente fechados, mas sua mão permanecia em meu nariz preocupado.
— Nami! Pegue logo! — Franky gritou jogando uma máscara a alguns centímetros de mim ao chão e indo ajudar os outros logo em seguida.
Estiquei meu braço com muita dificuldade e peguei a máscara perto de mim. Coloquei o mais rápido que podia sobre o rosto de Luffy que já parecia estar sem força alguma em minha frente devido a pedra do mar acompanhada daquele gás desconhecido. Minha cabeça latejava, segurei a mão de Luffy e tentei puxa-lo para longe com toda força que restava em meu corpo, mas o garoto nem mesmo se moveu.
Desabei no chão novamente, cai sobre meu braço esquerdo e gemi alto de dor. Senti o garoto apertar forte minha mão antes de Franky aparecer e afastar a rede de kairoseki de cima dele o fazendo levantar quase imediatamente.
— Tire ela daqui, rápido! — o ciborgue falou e segundos depois sumiu de minha vista novamente.
Tudo estava acontecendo na velocidade da luz em minha mente. Meu corpo não se movia, o gás já se alastrava em meu corpo e me senti extremamente fraca. Tossia sem parar, meu pulmão parecia que estava pegando fogo com uma ardência terrível. Não conseguia mexer um só músculo. Eu tentei pedir ajuda, mas minha voz não passou de um sussurro ao meio dos gritos e barulhos extremamente altos.
Antes de meus olhos se fecharem pela última vez, senti algo sobre minha boca e a imagem de Luffy vindo até mim foi a última coisa que vi antes de estar totalmente desacordada.
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