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História Amor Perigoso (KakaSaku) EM REVISÃO - Recomeço Perigoso.


Escrita por: GathaComplicada

Notas do Autor


Olá, gatinhos e gatinhas!
A fic infelizmente foi excluída. (Não por mim.)
Creio que foi por uma “treta” que ocorreu nos comentários de um dos capítulos.
Lado bom: Eu salvei cada capítulo em um arquivo, então, estarei repostando tudo.
Se for sua primeira vez por aqui, seja muito bem-vindo(a).
Vamos lá!

Capítulo 1 - Recomeço Perigoso.


Fanfic / Fanfiction Amor Perigoso (KakaSaku) EM REVISÃO - Recomeço Perigoso.

~ SAKURA ~

 

A claridade começava a adentrar pela minha janela. Já estava amanhecendo e eu continuava sem saber o que fazer. 

Não que eu estivesse buscando formas de enfrentar minha realidade e sair da cama. Era mais fácil e confortável apenas ignorar toda aquela situação constrangedora. No entanto, eu sabia que não poderia fazer isso. Se eu me recusasse a comparecer na escola, com certeza, iriam notificar minha mãe e meu pai, já que os dois disseram ao diretor para fazer isso depois que descobriram minha ausência escolar de quase dois meses no final do ano passado. 

Eu não era má aluna, apenas estava passando por um momento difícil — para não dizer humilhante. O fato era que o ano passado não havia sido o meu melhor ano. Com diversas crises existenciais, problemas familiares, pressão escolar e um relacionamento tóxico eu mal estava conseguindo me manter sã, mas ainda veio a cereja do bolo: um belo par de chifres. 

Encontrar o meu ex e sua amante na cama não foi muito agradável. Ainda conseguia sentir o gosto amargo da traição na minha língua. Foi, literalmente, a pior coisa que Sasuke me fez e não necessariamente por ferir o meu orgulho e partir o meu coração, mas por me fazer passar o mesmo que minha mãe quando ele sabia que esse era o meu maior medo. Era doloroso demais finalmente compreender uma parte das atitudes dela. Era estranho.

Me perguntava se ela havia se sentido tão estúpida quanto eu quando descobriu a traição de meu pai. Se ela também imaginou estar tendo um pesadelo. Se ela também se viu sem chão. Se ela também quis sumir para bem longe e nunca mais voltar. Porém, quando ela ficou sabendo da minha situação, a única coisa que eu lhe disse foi para me deixar sozinha como sempre fez, porque ouvir as respostas das minhas perguntas me deixariam ainda mais vulnerável e eu não conseguiria lidar com isso. 

E o erro foi meu. Eu deveria saber que Sasuke me faria passar por algo assim. Nosso relacionamento era complicado — e doloroso — desde o início. Ele nunca foi bom para mim e mesmo assim eu me senti extremamente insuficiente depois que tudo entre nós acabou. Demorei muito para conseguir me recompor e, antes disso, tive uma sequência de atitudes imaturas. Postei fotos me sexualizando, me embriaguei, flertei com desconhecidos e fiz tudo isso só para tentar provocá-lo. 

Eu queria que ele se arrependesse por me perder, mas como ele poderia se nunca sentiu nada por mim além de uma mera atração carnal? Sasuke parecia gostar de me machucar. Ele e Karin, sua querida amante, fizeram questão de notificar a escola inteira que eu era corna e, não satisfeitos, ainda contaram detalhes pessoais meus que eu só havia confiado a Sasuke.

Fui feita de chacota.

Sasuke foi tão cretino que expôs para todos sobre como eu dependia emocionalmente dele, como eu fazia tudo o que ele mandava e como eu chorei igual uma idiota quando descobri que ele me traiu. Era óbvio para qualquer um que eu estava destruída e a minha única salvação daquele inferno foi me ausentar dele, decidindo por conta própria abandonar a escola nos últimos dois meses.

Eu estava machucada demais.

Lógico que não demorou para notificarem meus pais sobre minha ausência contínua e em um piscar de olhos os dois estavam parados na sala de estar gritando ofensas e ameaças entre si, esquecendo totalmente o motivo de estarem ali, esquecendo mais uma vez de mim e, para evitar entrar em outro inferno — já conhecido —, eu prometi que voltaria a estudar no ano seguinte e eles aceitaram minha barganha, sumindo na mesma velocidade em que surgiram. 

Eu realmente usei daquele tempo em casa para me curar e mesmo que tenha demorado um pouco, eu me recompus. Parei de me sabotar, parei de tentar provar aos outros o meu valor e decidi me valorizar mais. Não estava mais disposta a sofrer pelo que Sasuke ou Karin me causaram. Eu me prometi tentar ser feliz, porque aqueles dois cretinos não eram dignos das minhas lágrimas ou infelicidade. 

Então, respirando fundo, eu me levantei da minha cama e cambaleei para o banheiro. Não poderia e não iria me atrasar para o meu primeiro dia de aula. As férias definitivamente haviam acabado. Estava na hora de enfrentar a minha própria realidade. O prazo de minha autopiedade tinha chegado ao fim!

— Eu não vou dar para trás! — Sussurrei essa promessa olhando diretamente para os meus olhos verdes no reflexo do espelho. 

Tomei um banho de água fria para despertar de vez, escovei meus dentes, penteei meus cabelos e meia hora depois, enrolada em uma toalha branca, eu abria meu guarda-roupas em busca de algo decente para vestir. Precisava de roupas novas urgentemente, mas, por enquanto, teria que me virar com as que tinha. Depois de uma busca detalhada, eu acabei optando por uma blusa branca de alcinha, uma calça jeans clara, tênis branco e um casaco xadrez preto e vermelho amarrado na cintura.

Suspirei vendo meu reflexo no espelho. Por um instante quis desistir e ficar em casa, mas desconsiderei tal ideia rapidamente. Não iria dar para trás. Determinada novamente, peguei minha mochila arrumada desde a madrugada anterior e me dirigi ao andar de baixo, saindo de casa. Não costumava tomar café da manhã pelo meu estômago estar sempre embrulhado durante o período matinal e, caso me desse fome, a escola fornecia café da manhã, almoço e café da tarde.

Já do lado de fora, eu tranquei a porta e verifiquei as janelas. Ficava a maior parte do tempo sozinha depois do divórcio de meus pais e não queria correr o risco de ser assaltada. Com tudo em ordem, comecei a minha caminhada até a escola que ficava há uns vinte minutos da minha casa. 

Eu estudava na Escola Fogo de Konoha. Exclusiva para o Ensino Médio e turmas de supletivo, a escola contava com três prédios — sem contar com o refeitório — dentro do seu campo escolar, sendo dois de dois andares — onde se localizavam as salas de aula — e um de três andares — onde se localizavam a diretoria, enfermaria, auditório e as salas de reuniões. 

Conforme eu me aproximava do imenso portão, já se tornava possível avistar as construções e as bandeiras vermelhas e laranjas com o símbolo da escola que era o emblema de Konoha em chamas. Cumprimentei os guardas do portão rapidamente antes de cruzar a entrada. Um misto de ansiedade, nervosismo e medo começava a se aflorar em meu interior, porém tudo pareceu sumir quando eu as vi: Ino e Hinata, minhas melhores amigas. 

Corri até onde elas estavam e surpreendi as duas com um forte abraço, o qual elas retribuíram assim que perceberam que era eu. Meu coração dissipava a saudade e se enchia de alívio. Acabei me afastando um pouco das meninas quando comecei meu namoro com Sasuke e me distanciei mais ainda quando terminamos. Eu estava envergonhada e não queria envolver elas em meus problemas. Pensei que fosse a minha melhor escolha, mas não foi. 

Felizmente, elas nunca desistiram de mim. Ino e Hinata foram extremamente compreensivas comigo e me visitaram sempre que conseguiam nas férias. Elas ficaram do meu lado sem me julgar, respeitando o meu tempo de dor e cura. Elas me acolheram, me apoiaram e me incentivaram a erguer a cabeça novamente. Eu era muito, muito grata a elas.

— Nós sentimos tanto a sua falta, testa! — Ino confessou, sua voz embargada abafada pelo abraço. 

— Eu também senti falta de vocês! — Foi tudo que consegui dizer antes de começar a soluçar nos braços das meninas e precisar ser acalmada por elas. 

Hinata murmurava palavras consoladoras enquanto Ino me segurava forte em seus braços. Elas só me soltaram quando tiveram certeza de que eu estava bem e eu sorri. Sorri por ter elas comigo. Sorri por ser uma idiota emotiva. Sorri por finalmente me sentir confortável e feliz em um lugar que me machucou tanto. E sorri mais ainda quando elas sorriram para mim. 

Passado esse momento emocional, as meninas começaram a me contar sobre as novidades, como o que fizeram desde o último encontro na minha casa há quase três semanas, fofocas locais e notícias chocantes do mundo artístico. Senti vontade de ter algo interessante para contar a elas, mas eu não estava acompanhando as redes sociais ou saindo de casa ultimamente.

Desviei o olhar das meninas para esconder o meu desconforto repentino e meus olhos foram atraídos quase que automaticamente para uma cabeleira prateada pertencente a um homem. Ele estava encostado em um dos muros que cercavam a escola, distante demais para que eu pudesse ver os seus traços, mas era notável que estava bem vestido.

Sua presença, mesmo que distante, fez o meu corpo inteiro se arrepiar. A sensação era que ele estava me observando também, me vigiando, e algo muito estranho me dizia que eu já o conhecia, que eu já havia sentido essa presença tão marcante antes.

De repente, eu quis muito me aproximar dele, vê-lo de perto, mas antes que me decidisse sobre isso, Ino ofegou como se estivesse se lembrando de alguma coisa importante, como se tivesse uma baita notícia para contar e isso atraiu totalmente a minha atenção.

— Eu preciso contar uma coisa para vocês! — A urgência que ela estava pondo em suas palavras fez um sentimento de preocupação crescer dentro de mim. — Vamos para um lugar mais calmo! — Ino nos puxou sem nos deixar responder nada. Sua pressa era tanta que fez a gente esbarrar em algumas pessoas pelo caminho que ela estava nos puxando. 

Ela só nos soltou quando chegamos em um lugar mais distante das pessoas no gramado da escola. A loira sempre foi escandalosa para contar notícias, então vê-la optando por uma conversa reservada era bem inusitado, talvez até preocupante. Seus olhos azuis brilharam em nossa direção, enquanto seus lábios formavam um belo sorriso. Ela parecia estar estranhamente feliz e isso me causou um alívio, pelo menos não seria uma notícia ruim. 

— Desembucha, Ino! — Pedi, já angustiada com toda aquela demora, e a vi respirar fundo. 

— Vocês lembram do Sai? 

— O secretário do diretor Jiraya? — Perguntei. 

O assunto seria sobre ele? 

— Isso. — A loira confirmou. — Bem, antes das férias de final de ano, a gente conversou em alguns momentos e ele acabou me dando o número dele. Não era para ser nada sério, muito menos romântico. — Ino gesticulava com as mãos como se estivesse nervosa. — No início, eu só gostava de conversar com ele e o via como um amigo, mas recentemente as coisas mudaram e há um mês atrás nós saímos juntos e acabamos nos beijando. — Ela desviou seu olhar do nosso. — Eu pensei que não fosse passar disso, mas então saímos de novo e de novo e... — Ino nos olhou apreensiva e então prosseguiu: — Ele me pediu em namoro ontem e eu aceitei.

Arregalei meus olhos surpresa. Não conseguia falar nada, porque não estava esperando por algo assim. Ino sempre foi paqueradora, mas nunca aprofundou demais as coisas com ninguém, nunca namorou. A parte de se envolver com o secretário do diretor era apenas um detalhe, a real surpresa estava no fato dela ter aceitado o pedido de namoro dele. 

— Meninas, eu sei que devem estar surpresas. — Realmente estávamos. — Peço mil desculpas por não ter contado a vocês antes sobre nossos encontros. — Ino abaixou seu olhar enquanto apertava uma mão na outra, me fazendo franzir o cenho. 

Ela aparentemente achou que nossa surpresa estava direcionada ao fato de ela não ter nos contado e eu senti uma imensa vontade de explicar que não era esse o motivo. Nem para mim, nem para Hinata, que estava a encarando confusa da mesma forma que eu. 

A base da nossa amizade sempre foi a confiança e o respeito com as escolhas de cada uma. Não me sentia nem um pouco incomodada com Ino ter ”escondido” seu envolvimento com Sai e tinha certeza que Hinata se sentia da mesma forma. Olhei para Hina como se confirmasse com os olhos tudo o que estava pensando e ela assentiu. Logo terminamos com a apreensão de Ino a abraçando forte.

— Parabéns, Ino! — Hinata a parabenizou primeiro. 

— Parabéns, porquinha!

— Me desculpem por não ter contado a vocês antes. Sai e eu achamos melhor manter discrição por causa da escola. Me desculpem mesmo! 

— Está tudo bem, Ino. Nós entendemos seus motivos, não precisa se desculpar! Só ficamos surpresas por você finalmente estar namorando alguém. — Tentei tranquilizá-la. 

— Sério mesmo? — Ela perguntou se soltando de nossos braços para conseguir olhar em nossos rostos. 

— Sim. — Sorri. — Só tente não espantar esse, está bem? Nada de pôr pedrinhas na comida dele ou dizer que é filha de bruxa. — A provoquei lembrando de suas artimanhas para afastar seus antigos pretendentes e ri junto de Hinata enquanto Ino me mostrava o dedo do meio.

— Muito engraçado, Sakura. — Debochou. — Agora só falta vocês desencalharem. — Foi sua vez de nos alfinetar. — Hinata precisa falar logo com o Naruto e abrir o jogo e você precisa encontrar um namorado! — Mostrei o dedo do meio para ela enquanto Hinata tentava não transparecer o quanto seu comentário a deixou vermelha.

— Eu não quero e não preciso de ninguém. — Pontuei e a vi revirar os olhos, mas antes que ela pudesse retrucar, eu prossegui: — Agora me fala, quantos anos Sai tem? — Perguntei na tentativa de mudar de assunto. 

— Ele tem 23... — Começou hesitante. — E não é um problema, eu já tenho dezoito. — Ela se justificou após Hinata arregalar os olhos. — Mas não mude de assunto, espertinha. É sério, Sakura. Você precisa dar uma chance as pessoas. 

— Que pessoas? 

— Os alunos novos, que tal? — A loira propôs apontando nada discretamente para alguns alunos vestidos com o uniforme laranja-avermelhado da escola, erro que só os novatos cometiam, pois nós só usávamos o uniforme em situações específicas como gincanas, passeios e apresentações. 

— Esquece, Ino! — Revirei os olhos. 

Embora estivesse nos meus planos tentar me socializar com novas pessoas, eu não admitiria isso a ela. Ino iria levar tudo muito ao pé da letra e eu provavelmente acabaria em situações constrangedoras. 

Fugindo do olhar repreendedor da loira, eu olhei para Hina que já estava quieta há um tempo e a notei distraída olhando para outra direção. Segui o seu olhar e lá estava o loiro do Naruto chegando todo animado e cumprimentando geral com um sorriso largo nos lábios. Sorri da forma como ele parecia estar sempre elétrico demais, mas meu sorriso sumiu ao ver que do seu lado vinha o Sasuke.

Naruto era um garoto legal, muito extrovertido e gentil. Tinha um jeito brincalhão e descontraído que geralmente fazia todo mundo rir e ficar encantado. Hina era uma de suas vítimas. Ela era apaixonada por ele desde o fundamental, mas Naruto nunca pareceu notar os olhares hipnotizados ou a vermelhidão no rosto de Hinata toda vez que ele aparecia. 

Eu nunca tive nada contra o loiro a não ser o fato de que ele e Sasuke eram melhores amigos, o que chegava até a ser irônico quando se comparava as personalidades dos dois. Naruto era doce e amável. Sasuke era amargo e vingativo. Não entendia como podiam ser tão próximos e não tive a chance de perguntar porque Sasuke não permitia que eu sequer conversasse com seus amigos ou vice-versa. 

Quando eu me lembro disso, de tudo que eu me submeti por ele, tenho vontade de vomitar. 

Somos todos do terceiro ano, porém não são todas as aulas que fazemos juntos. Devido a grande quantidade de alunos, o diretor decidiu fazer um "rodízio"; todos os estudantes teriam as mesmas aulas, mas em horários diferentes. Enquanto um grupo estaria tendo filosofia, outro estaria tendo geografia e depois trocava. Como o ano escolar estava começando, ainda não sabia se teria todas as aulas com Naruto e Sasuke, mas já tinha conseguido ver que teria todas com Ino e Hinata, graças aos céus.

— Bom dia, meninas! — Naruto nos cumprimentou sorrindo. 

— Bom dia! — Eu e Ino respondemos de imediato. Hinata não, pelo fato de estar quase babando na beleza do loiro. 

— B-bom dia, Naruto! — Hina respondeu tímida, cuspindo rapidamente as palavras como se só a presença dele a deixasse nervosa. O loiro sorriu e posicionou os braços atrás da cabeça, uma pose habitual, mas que sempre deixava Hinata corada. 

— Bom dia. — Sasuke falou se aproximando e senti vontade de me encolher, mas permaneci imóvel. 

Não poderia dar sinais dos traumas que nosso relacionamento me deixou. Não poderia preocupar minhas amigas. Não poderia deixá-lo perceber que ainda me intimidava. Não poderia ser vista vulnerável. 

— Bom dia! — Hinata o respondeu desatenta, no automático, pois nem sequer havia tirado os olhos de Naruto, e levou uma cotovelada da loira. — O quê? — Perguntou confusa. 

Ino franziu a testa e Hinata pareceu entender perfeitamente ao finalmente notar quem havia se aproximado. 

— Ah! Não é bom dia para você, Sasuke! — Hina falou cruzando os braços e abaixando sua cabeça para esconder seu constrangimento.

Ela não estava acostumada a destratar alguém e eu não queria que fizesse isso, mas depois do meu término com Sasuke, eu passei a ignorá-lo por motivos pessoais e as meninas decidiram fazer o mesmo por conta própria.

— Sai daqui, Sasuke! — Ino falou. Ela já estava quase avançando nele, sua voz estava repleta de raiva e seu olhar transbordava uma mistura de fúria e nojo.  

Me perguntei internamente sobre como ela ficaria se soubesse de toda a verdade, de todas as brigas, de todos os ferimentos, de todo o sangue derramado.

— Ou o quê? — Sasuke arqueou uma sobrancelha. 

— Ou eu vou dar um soco nessa sua cara! 

— Tenta. — Ele desafiou e antes que Ino se aproximasse, Naruto ficou entre os dois com uma mão no peito de Sasuke, impedindo que ele se movimentasse, e outra estendida na direção de Ino, como forma de evitar que ela chegasse mais perto. 

A essa altura eu já estava do lado de Ino, segurando um de seus braços, enquanto Hinata segurava o outro. Não iria deixar ela brigar por minha causa e muito menos com ele. 

— Se acalmem vocês dois! — O loiro pediu. 

— Deixa ela vir. Quero ver do que ela é capaz! — Sasuke falou sorrindo e Ino se remexeu contra os apertos em seus braços, mas não a soltamos. 

— Seu cretino, eu vou quebrar os seus dentes! — A loira ameaçou em um tom de voz alto. 

— Vem! — Ele provocou. 

— Para com isso, Sasuke! — Naruto rosnou. 

— Foi essa louca quem começou! 

— Não importa! Apenas vá embora! — Naruto empurrou seu peito e ambos se fuzilaram pelo olhar. 

Sasuke não iria ir embora, mas ele notou meu olhar em um monitor escolar que estava por perto observando os alunos. Ele sabia que eu não arriscaria deixar ele machucar minhas amigas. Ele sabia que se ficasse ali por mais tempo eu iria chamar aquele senhor. Ele sabia e por isso cedeu. 

— Tsc! — O moreno estalou a língua. — Que seja! 

Ele se afastou indo em uma direção oposta a nossa e eu soltei um suspiro que nem sequer sabia que estava segurando. 

— Como eu odeio aquele babaca! — Ino esbravejou. 

— Não liguem para ele. — Naruto enfiou uma mão no meio dos seus cabelos loiros. — Ele apenas não sabe como tratar belas mulheres. — Olhando diretamente e exclusivamente para Hinata, ele falou.  

Eu e Ino congelamos no lugar. Essa foi a primeira vez que o loiro retribuiu algum sinal de Hinata e a perolada parecia estar em êxtase. 

— Bem, agora eu tenho que ir atrás dele antes que ele arrume mais confusão e mate alguém. — Naruto brincou.

— Eu queria era que alguém matasse ele. — Ino resmungou baixo ao ver o loiro se distanciando e eu apenas assenti, porque esse era o meu desejo também. 

 

[........]

 

Depois de um tempo conversando sobre assuntos aleatórios, fomos nós três para a sala de aula que já estava praticamente cheia. Me sentei na terceira cadeira da primeira fileira — era um ótimo lugar para dormir —, atrás de mim estava a Ino e do meu lado direito, na segunda fileira, estava a Hinata.

As meninas acabaram decidindo ir ao banheiro depois de Ino alegar querer fazer xixi e pedir uma companhia para ir junto. Apoiei a cabeça na parede, entediada, enquanto esperava elas voltarem e, infelizmente, vi a chegada daquela praga.

Usando os óculos habituais, uma saia curta e uma camisa social com a maioria dos botões abertos, Karin, a ruiva safada com quem Sasuke me traiu, apareceu na porta. 

— Bom dia, corninha! — Karin cantarolou vindo em minha direção. A maioria dos alunos conversavam alto, então praticamente ninguém ouviu e eu decidi me fazer de surda também. — Tudo bem com você? — Continuei ignorando, mas já sentia meu sangue fervendo, minha mente revirando cada lembrança dolorosa. — Não vai me responder? Sua chifruda... — Me levantei a interrompendo.

— Chifruda é a sua mãe! — Esbravejei.

— Errou, vaca! Pelo que eu sei, a sua mãe quem é! — Ela riu sarcasticamente.

Senti todo o meu controle se esvair diante ao desaforo e quando notei minha mão já estava acertando o seu rosto em um golpe tão forte que a sua risada escandalosa se calou.

A atenção de todos se voltou para mim e a sala ficou em um absoluto silêncio. Ninguém sequer se mexia e a única coisa que eu conseguia pensar era em acertar o outro lado de seu rosto. 

— O que está acontecendo aqui? — Jogando uma pilha de livros na mesa, um homem desconhecido gritou.

Era alto, cabelos prateados, pele clara. Possuía um corpo musculoso, olhos escuros e uma curiosa cicatriz vertical descendo pela pele de seu olho esquerdo. Ele usava um colete preto e por baixo uma camisa social cinza, a qual ele havia arregaçado as mangas. Uma gravata azul frouxa em seu pescoço, calça social preta e tênis da mesma cor.

Era lindo. Incrivelmente lindo. Porém, meu choque não era dado somente por sua beleza, mas pelo fato de eu o reconhecer.

Era o homem que estava no muro.

Era o homem que estava no bar. 

Encarei seu rosto sentindo uma sequência de memórias turvas me inundarem, todas muito confusas para poder afirmar se eram reais ou não, mas então, como se sentisse o peso do meu olhar, seus olhos se focalizaram nos meus e eu soube. Foi real e foi com ele. 

— Foi a Sakura! — Karin, se aproveitando do meu transe, gritou. — Ela me deu um tapa! — Se vitimizou tocando a pele vermelha de sua bochecha. 

— Não se faça de inocente, Karin! Você sabe muito bem o que fez e falou! Cretina nojenta! — Retruquei, desviando o olhar do homem. Talvez ele não me reconhecesse, certo? Não havia motivo para pânico. 

— Chega! — O homem gritou e embora seu tom fosse rude, seu rosto estava tranquilo, seus olhos nos observando atentamente. — Jiraya me disse que teria trabalho sendo professor dessa turma, mas não pensei que teria que lidar com isso logo no primeiro dia. — Resmungou como se estivesse completamente arrependido de pisar os pés naquela sala, mas isso não parecia totalmente verdade. — Sou Kakashi Hatake, novo professor de História. Agora, quero Karin sentada e Sakura lá fora me aguardando. 

— Mas...  

— Eu falei lá fora, Sakura. — Ele repetiu, me interrompendo.

— Isso não é justo! — Rosnei. Minha mente estava muito atordoada para elaborar uma reposta melhor, então saí batendo o pé e esbarrando de propósito no tal Kakashi que quase não se moveu.

Meus pés mal tocaram o chão do corredor quando eu avistei as meninas voltando do banheiro. 

— A aula já começou? — Ino perguntou ao se aproximar. — Quem é aquele homem? — Interroga, olhando sorrateiramente para dentro da sala. 

— É um professor novo. — Respondi, totalmente incapaz de esconder minha antipatia. — É melhor vocês entrarem, antes que ele as expulsem também. 

— Como assim? O quê aconteceu, Saku...

— Vocês duas aí no corredor! — O homem em questão interrompeu, vindo em direção a porta. — Se forem entrar, façam isso agora. — Pude ver o olhar amedrontado de Hinata, que acenou positivamente com a cabeça de imediato, enquanto Ino apenas arqueou uma sobrancelha, seu olhar curioso. 

— O quê aconteceu, Sakura? — Ela finalizou a pergunta antes interrompida. Seu olhar desafiador sondando o professor que a retribuía com um olhar indiferente.

— Eu conto depois. — Falei, tentando dizer a loira com os olhos para não resistir e não fazer nenhum escândalo. As coisas já estavam complicadas o suficiente. 

Hina assentiu — sua feição ainda assustada com a presença intimidadora de Kakashi — e então puxou a loira que a seguiu hesitantemente. 

— Me espere aqui. — Foi tudo o que o professor falou antes de fechar a porta na minha cara. 

 

[......]

 

Já tinha se passado mais de meia hora e nada do professor aparecer. Conclui que ele estava fazendo isso de propósito e minha raiva voltou, se instalando no fundo do meu peito. Meus pés já estavam doendo de tanto ficar em pé, então, decidi que se era para esperar, pelo menos que eu esperasse no conforto. 

Eu fui para a sala dos professores no fim do corredor. Me sentei em uma daquelas cadeiras estufadas e descansei minha cabeça sobre a mesa de madeira. Conseguiria até tirar um cochilo e estava quase fazendo isso, mas pude ouvir o ranger da porta da sala em que eu estava antes e de lá saía o prateado. 

Ele olhou em volta até conseguir me achar na sala dos professores, o que não foi nada difícil já que a porta estava aberta. Em passos largos ele veio até mim. 

— Quem disse que era para você ficar aqui? — Perguntou, se aproximando após fechar a porta e parando ao lado da cadeira em que eu estava sentada. Notei que sua voz estava um pouco rouca, como a de alguém que havia falado bastante.

— Queria que eu ficasse em pé? Não tem banco lá fora e meus pés estão doendo! — Respondi sem nem olhar para sua figura. 

— Seus pés estão doendo, porque você saiu batendo eles com força no chão! — Ele deu uma breve risada e caminhou para uma mesa encostada na parede, pegando um pouco do café disponível para professores.

— Se você não tivesse me posto para fora injustamente eu não teria feito isso! — Resmunguei baixo comigo mesma. 

— O que disse? — Perguntou ainda de costas para mim, pegando café.

— Nada.

— Se não tem coragem de dizer o que pensa em voz alta, é melhor não dizer nem a si mesma e permanecer calada! — Seu tom de voz se tornou provocativo e o meu sangue voltou a ferver em minhas veias! Bati na mesa fazendo ele se virar e me levantei.

— Você só pegou o fim da briga e nem deixou eu me explicar! Foi muito injusto, tá'? — Retruquei quase gritando. Lágrimas se formaram em meus olhos, mas eu as limpei rapidamente. 

Eu só queria retornar a escola de forma pacífica, conversar com minhas amigas, aprender sobre coisas que eu provavelmente esqueceria no dia seguinte e voltar para casa, mas o dia mal havia começado e eu já tinha me envolvido em uma discussão com Sasuke e agora estava fora de sala por culpa de Karin!

Kakashi começou a caminhar em minha direção com uma xícara de café na mão esquerda e um olhar um tanto inexpressivo. Dei passos para trás até encostar em uma parede fria e não ter mais fuga. De repente, ele já estava na minha frente, não muito próximo, mas o suficiente para fazer minhas mãos suarem. 

— Eu sei que não é a única errada, Sakura! Te coloquei para fora porque pensei que seria mais fácil falar com você do que com a Karin, e também porque a senhorita estava muito zangada e naquele momento foi a melhor opção! Eu li sua ficha, li a dela, e de todos os alunos. Sei o nome de vocês, pais, comportamento, notas, e claro que pude ver a enorme quantidade de elogios que você recebeu dos professores! — A voz rouca dele me causava arrepios, enquanto seu perfume me deixava inebriada. Involuntariamente meu corpo parecia estar respondendo a sua proximidade. — Eu tenho certeza que você não é uma garota má, então, acalme-se, sente-se e vamos conversar! 

Acenei positivamente com a cabeça pelo fato de não ter palavras em mente para respondê-lo. O prateado se afastou de meu corpo, caminhou até uma pequena cômoda, abriu a primeira gaveta, retirou algumas folhas de papéis e andou até a mesa se sentando em uma das várias cadeiras vazias. Com a mão livre ele deu leves batidinhas em uma cadeira a sua esquerda, indicando para eu me sentar ali e assim eu fiz. 

— Então... — Inclinou levemente o corpo para a minha direção. — Quer me contar o que aconteceu?

— Karin me ofendeu e eu dei um tapa no rosto dela. — Confessei rapidamente, o deixando quase que surpreso. 

— Certo... — Ele parecia pensar em como prosseguir aquele diálogo. — Mas o que ela disse exatamente que te ofendeu?

— Chamou a minha mãe de chifruda. — O respondi de imediato e mais uma vez ele me encarou com aquelas lindas orbes pretas.

— Sakura, eu entendo a sua revolta, mas por ter sido uma agressão física eu vou ter que escrever um relatório e... — O interrompi. 

— Ela quem me provocou! Eu estava quieta! Você mesmo disse que leu minha ficha e sabe sobre o meu comportamento! Eu estava quieta! — Me expliquei desesperada. Não podia levar uma suspensão. Meus pais teriam que assinar o papel e eu odiaria receber broncas de qualquer um deles. 

— Eu sei, Sakura. Se me deixasse terminar, teria escutado que não vou deixar nenhuma punição cair sobre você, mas isso significa que Karin também não será repreendida e essa situação não poderá voltar a se repetir. Escreverei o relatório e o levarei a diretoria por ser obrigatório, mas deixarei claro no papel e aqui para você, que no meu ponto de vista ambas estão erradas; ela por te provocar e você por ceder as provocações. 

— Sem suspensão? — Questionei, porque era a única coisa que eu realmente queria saber. 

— Sem suspensão. — Ele confirmou e eu sorri aliviada. — Mas se isso voltar a se repetir, você já sabe, não irei passar a mão por sua cabeça novamente.

— Que pena, eu estava gostando desse carinho. — Resmunguei baixo no automático. 

— O que disse? — Ele me questionou e eu senti minha espinha gelar. Eu e minha mania de falar tudo que vem em minha mente.

Merda, Sakura!

— Di-disse que entendi e q-que isso não vai a-acontecer de novo! — Me enrolei nas palavras, mas antes que ele falasse algo, eu prossegui: — Muito obrigada! De verdade! — Me levantei quase que cambaleando, — Posso retornar para a sala?

— Não, pode se sentar e esperar eu escrever o relatório. — Ele respondeu com um pequeno sorriso nos lábios, estava se divertindo com o meu constrangimento e eu me questionei internamente se ele havia conseguido escutar minhas palavras anteriores. Me sentei evitando olhar em sua direção, mas, como um imã, meu olhar foi atraído para sua direção.

Ele juntou em mãos as folhas que havia pegado anteriormente, as alinhando, olhou para mim, desviou o olhar, soltou as folhas de forma organizada, inclinou o corpo para a frente com a mão direita esticada na direção de um copinho decorado que continha várias canetas para uso dos professores, se endireitou na cadeira e começou a escrever algo em uma das folhas. Eu o observava atentamente, notando cada pequeno detalhe, totalmente hipnotizada. Notei as pequenas cicatrizes nos dorsos de suas mãos, as veias saltadas na mesma região, o jeito como escrevia rápido e movia os olhos na mesma velocidade, as pequenas pausas para verificar o que já havia escrito e a forma que balançava a caneta entre os dedos enquanto fazia essa verificação. Notei os pequenos e baixos suspiros que dava, a forma como seu pomo de adão subia e descia em alguns momentos, o jeito que seu maxilar travava por alguns segundos e a maneira como molhava os lábios distraidamente. 

Senti uma imensa vontade de cruzar as pernas e tentei resistir a ela. Me chamei de carente mentalmente várias vezes, não podia sentir essas coisas por um professor, mas foi só ele arregaçar as mangas já caídas de sua camisa, de um jeito tão sensual, expondo todas aquelas veias, que eu me rendi ao meu próprio desejo impulsivo. Pressionei minhas coxas uma contra a outra e o gesto foi tão necessitado que eu acabei deixando escapar um baixo suspiro de alívio, que para o meu constrangimento, ele ouviu.

Seu olhar caiu sobre mim e eu senti meu rosto queimar de vergonha. Um sorriso travesso traçou seus lábios, enquanto seu olhar malicioso descia devagar pelo meu corpo de forma descarada. Acabei friccionando mais forte uma coxa na outra e o vi engolir em seco. 

— Qual tipo de carinho você está tendo em mente agora, Sakura? — Provocou, enquanto me arqueava uma sobrancelha.

Optei por não o responder, mesmo que meu rosto já estivesse em brasa, a única coisa que fiz foi morder meu lábio inferior lentamente sem romper o contato visual com ele, e desta forma, o jogo "virou". O olhar daquele prateado se fixou na minha boca e involuntariamente o seu corpo se inclinou na minha direção, mas antes que algo a mais acontecesse, ele pareceu sair do próprio transe e pigarreou me tirando do meu também.

Ele se endireitou na cadeira e voltou a escrever sem dizer ou fazer mais nada além disso, e eu voltei a encará-lo, porque mesmo que estivesse super envergonhada, não conseguia parar de olhar para a sua beleza tão única e chamativa. Um verdadeiro imã. Não demorou para ele finalizar as anotações e se virar para minha direção novamente. 

Ele não falou nada, apenas se levantou e eu fiz o mesmo. Estávamos frente à frente, em uma troca de olhares tão intensa que já era impossível negar o interesse de um pelo outro.

— Eu terminei o relatório. Expliquei a situação com base nas informações que você me forneceu e vou levar à diretoria ainda hoje, mas creio que nenhuma medida extrema será tomada, no máximo o diretor chamará vocês duas para uma conversa, então não se preocupe, está bem?

Não consegui respondê-lo, minha atenção estava toda voltada para a sua beleza.

— Sakura? — Ele questionou estranhando meu silêncio. 

— Céus, como você é tão lindo?! — Mais uma vez, soltei o que estava preso em minha garganta de maneira inconsciente e corei logo em seguida. 

Por que eu estava agindo assim? Por que estava tão atraída por ele ao ponto de não conseguir me controlar?

— O que disse? — Ele perguntou e eu poderia jurar que estava fazendo de propósito como nas vezes anteriores.  

— Nada. — Respondi, entrando no joguinho sonso dele.

— Repete! — Seu tom ficou autoritário. 

— Eu não disse nada. — Me mantive firme.

— Sakura... — Com a mão direita ele segurou o meu queixo me fazendo olhar bem no fundo de seus olhos pretos. — Repete! 

Meu coração disparou ao sentir seu toque, mas, enquanto eu parecia uma pimenta de tão vermelha, Kakashi permanecia com seu semblante calmo, observando minhas expressões e esperando por uma resposta.

— Eu disse que... — Comecei hesitante. — Você é muito lindo! 

Ficou um silêncio perturbador. Os olhos daquele prateado estavam fixados em mim e a adrenalina percorria todo o meu corpo que parecia estar em chamas. 

— Você também é muito linda! — Falou em um tom baixo, rouco, hipnotizante.

Fiquei paralisada. Ele tinha mesmo acabado de me elogiar? Quais eram as chances disso ter acontecido de verdade? Toda a minha postura se desmoronou e ele sorriu me vendo quase que surtar.

— Ei! — Tocou minha bochecha com o polegar da mão direita em um gesto carinhoso. — Se acalme! Não vá desmaiar. — Brincou e sorriu fechando os olhos.  — Vamos, você tem dever para fazer! — Seu corpo se afastou do meu, recolheu as folhas do relatório de cima da mesa e caminhou em direção a porta. O observei sair recuperando o ar. — Você vem? — Perguntou já do lado de fora da sala dos professores. 

— Vou! — Respondi rápido com a respiração ainda ofegante. 

Me apressei para conseguir alcançá-lo. Ele andava mais à frente em passos lentos e deu uma breve olhada para trás, como se verificasse se eu realmente estava lá. 

Embora o clima estivesse sob puro tesão acumulado de ambas as partes, eu me sentia estranhamente feliz. Era prazeroso ser desejada por alguém de meu interesse, porque eu também estava o desejando, eu estava querendo por mais...

Céus, mas que professor era esse?  

 

 

 

 

CONTINUA!?


Notas Finais


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