1. Spirit Fanfics >
  2. Andar a cavalo >
  3. Eu estou no comando

História Andar a cavalo - Eu estou no comando


Escrita por: Oh_Sol

Notas do Autor


OLÁ, MEUS PICHULEQUINHOS.
Como toda promessa é dívida, aqui esta mais uma fic de época, que eu fiz com muito carinho.
Espero que vocês gostem dessa pegada, porque tem muitas aqui nas notas do celular kkkkk
Emfim, amo vocês. COISAS MAIS LINDAS.

Espero que goste, boa leitura.

Capítulo 1 - Eu estou no comando


Fanfic / Fanfiction Andar a cavalo - Eu estou no comando

Não era medo de cavalos, os achava criaturas lindas e elegantes, com os olhos profundos e cheios de mistérios. O pelo era macio como a crina, na qual amava passar a escova quando podia.

Tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha ido escondida até os estábulos, somente para olhar os puros sangue, que estavam cada um em sua sela de madeira.

Amava fazer carinho e conversar com as futuras mamães, que ela confessava que eram suas preferidas. Seu medo na verdade, era de altura.

Eles eram enormes e a deixariam a vários palmos do chão caso subisse no menor deles. Eram esbeltos e imponentes, sempre trotando com agilidade e saúde.

Tinha mais medo de cair dali do que de morrer. Se se machucasse, não poderia esconder os ferimentos de sua mãe, que ficaria furiosa por estar novamente indo até os estábulos sujos. Já tinham jogado fora quatro pares de sapatos, por terem ficado cobertos de lama e de fazer de cavalo. As rendinhas que ficavam nas botas de calçado, eram destroçadas pela terra e sujeira.

O estábulo estava sempre bem arrumado e em ordem claro, mas não conseguiam evitar a terra que ficava abaixo de seus pés e muito menos, fazer com que os animais, deixassem de fazer suas necessidades.

Argumentou com sua mãe sobre lhe comprar botas de montaria, para que pudesse cavalgar com mais segurança e conforto. Seu pedido logicamente foi negado, já que cavalgar não era algo para damas, pelo menos não dá maneira que Marinette gostaria de faze-lo.

Moças só cavalgavam na diagonal, com as pernas postas para somente um lado.  Usavam o vestido longo e todos os outros acessórios de beleza que podiam colocar.

Montar a cavalo, para mulheres, era como um show, aonde precisavam ficar bonitas e atraentes. Usavam as luvas e o chapéu cheia de flores e as vezes levavam até o leque para fazer um "charme", o que Marinette, particularmente, achava ridículo.

Queria cavalgar, não desfilar.

Queria segurar as rédias, não uma sombrinha.

E era exatamente aquilo que faria naquele dia, as exatas quatro horas da tarde, em que seu pai tinha ido até a cidade para fechar negócio com distribuidores de produtos e sua mãe, saído para um chá da tarde na casa de uma amiga.

Tinha esperado ansiosamente o momento que ambos entrassem na carruagem, e fossem sumindo da propriedade aos poucos. Quando não podia mais vê-los, correu como uma louca em direção aos estábulos.

O vestido que usava, que tinha a barra levantada para não suja-la com o barro, dificultava um pouco sua corrida. Tentava ser discreta, mas as saias grandes eram tão visíveis quanto sua animação.

Mal tinha dormido aquela noite, olhando o teto do quarto e imaginando o momento exato, em que subiria naquele cavalo esplêndido e deixaria os cabelos voarem com o vento.

Mas agora, que estava de frente para o animal de pelo branco, que era mais especificamente uma égua, parecia muito mais alta do que da última vez que tinha a visto, a três dias atrás.

Não era só ela que parecia diferente, Adrien também estava mudado.

Tinha uma feição diferente de dias atrás, um misto de felicidade e medo, incrivelmente realçadas. O semblante era preocupado, mas os olhos, verdes como uma esmeralda, brilhavam de animação e uma emoção genuína, mesmo que estivesse nervoso.

O loiro trabalhava nos estábulos a cerca de cinco anos, tendo conseguido aquele emprego facilmente. Era jovem e tinha crescido em uma fazenda de cavalos, tendo experiência com os cuidados e treinamentos.

Ele mesmo dava o banho e fazia os partos das fêmeas, e quando precisavam de tosas, Nino, seu amigo, vinha de bom grado ajudá-lo.

-A cela está muito bem presa, você não vai cair, madame. Tenho certeza.-Falou Adrien, com a mão sobre Tifanny, ou Tikki, como a própria azulada tinha a apelidado.

-E se, por um descuido, acabar me desequilibrando e indo ao chão?-Perguntou a garota, segurando firme as peças de roupa em suas mãos, enquanto Adrien tirava do estábulo o cavalo de pelo negro.-E não há necessidade de tantas formalidades comigo, já lhe disse que pode chamar-me apenas de Marinette.

-Perdoe-me, porém sou movido pela força do hábito quando a chamo por este pronome.-Disse o rapaz, um tanto envergonhado.-Me refiro a sua pessoa, desta forma a bastante tempo.

Adrien não falava muito com Marinette antes do começo daquele ano, em que  tinha a visto conversando com um dos cavalos e não conseguiu conter o riso.

"-Sabia que é muito indiscreto de sua parte, espionar-me dessa maneira?"-Perguntou a garota em um tom acusatório, com as bochechas coradas e o nariz empinado.

"-Perdoe-me madame, não estava lhe espionando. Na verdade, trabalho aqui a um tempo e vim somente para cuidar dos cavalos. Hoje é o dia do banho"-Parecia mais envergonhado do que ela, se sentindo deveras indiscreto."- Não quis invadir teu espaço, perdoe-me mais uma vez."

O reencontro de ambos não tardou em acontecer novamente, aonde em uma das fugas de Marinette, o loiro tratou de encoberta-la, quando sua mãe veio procura-la. Era icônico como a garota dava um jeito de se esconder de sua mãe, com a aquela saia bufante e os sapatos de salto.

Notou que depois de duas ou três escapadas, as saias e o número de joias que ela usava, diminuam a cada vez ,tanto que agora- que estava em frente a ele- só usava o fino cordão de ouro no pescoço e nada mais.

E o vestido grande e rodado, repleto de laços e babados- em um tom amarelo- ela logo tiraria e trocaria pelas calças e camisa que Adrien tinha arranjado para si.

Se quisesse cavalgar daquela maneira, não poderia fazer isso de vestido, já que não conseguiria passar as pernas para os dois lados, usando uma anágua e muito menos com creolina.

Sua mãe literalmente a mataria, se a visse usando calças.

Aquilo não tinha perdão e ela não existiria em lhe dar um castigo severo, que iria muito além de gritos e proibições de ir para a cidade ou teatro. Ela a puxaria pelos cabelos e apenas Deus, poderia salva-la de uma boa surra.

Mulheres nunca, nunca mesmo- de maneira nenhuma- usavam calças. Aquilo era somente para homens e nada mais. A regra que Marinette estava prestes a quebrar era tão severa e importante que sua mãe nem imaginaria que ela teria coragem de descumpri-la.

Seria um escanda-lo!

Mas tinha planejado tudo tão bem que sua mãe precisaria de um aviso vindo diretamente do criador do mundo para descobrir

Já seu pai, não tinha a mesma astúcia que a esposa e certamente nem se lembrava que ela já tinha escapado algumas vezes para conversar com os cavalos. Se ele soubesse que ia até os estábulos para ficar mais tempo com Adrien do que com os cavalos, com certeza nunca se esqueceria de seus sumiço. Inclusive, perseguiria o loiro com sua espingarda até encontrá-lo.

E o fato de o conhecer a um tempo e ter uma amizade forte com seu pai desde muito novo, não o impediria de mata-lo por ter desfrutar sua filha, mesmo que nunca tivesse a tocado de maneira mais...íntima.

Tinham uma relação de amizade discreta e mútua em que vinham crescendo aos poucos e se intensificando a cada dia, virando para ambos, secretamente algo mais. Era bom estar próximos e ter alguém com quem conversar.

-Fique de olho...vou trocar minhas roupas.-Falou baixinho, indo depressa em direção ao estábulo. Uma das cabines de cavalo estavam vazias, o que tinha sido providenciado pelo loiro mais cedo.-Digo, fique de olho caso alguém venha, não me espione!

-Jamais faria isso madame...digo, Marinette! A respeito imensamente como já disse.-Tirou o chapéu de  cowboy-feito de couro-  da cabeça, o colocando sobre o peito em um sinal de respeito.

Ele tinha tirado o feno que ficava no chão e limpado qualquer resquício de sujeita, que poderia estragar as roupas da mestiça, que logo estavam sendo tiradas.

Ficou descalça e colocou os sapatos sobre um banquinho que tinha sido deixado ali, justamente para isso. Logo o vestido teve o mesmo destino.

Pegou as anágua e todas as outras peças, as colocou dentro de uma sacola de couro que Adrien também tinha arranjado. Ele era seu salvador.

Ficou apenas com a chemise, camisola branca, e o espartilho apertado. Resolveu não tira-lo, pois seria impossível colocá-lo novamente no corpo a tempo que sua mãe chegasse.

A vergonha de estar naquelas condições era grande. Estava dentro do estábulo e com o loiro, que para ela, era o mais lindo do mundo, logo atrás de si.

Os ombros estavam nus e mesmo ela tendo pedido que ele não se virasse para espiona-la, sentia um desejo estranho. Queria que ele a olhasse. Que a achasse bonita e atraente.

Espantou aquele pensamento o mais rápido o possível, na medida em que colocava aquelas calças largas e abotoava a camiseta branca.

A camiseta tinha ficado excelente e muito bem acentuada, já que pertencia a irmã de Adrien, Chloe. Por ser feminina, tinha ficado bonita em sua cintura e na medida certa em seus ombros. Tinha até mesmo uma renda branca nas mangas, deixando-a atraente.

Também usava as botas de montaria que pertenciam a loira, já que usar as de Adrien estava fora de questão. Não só pelo fato de ficar enorme em seus pés e mais atrapalhar do que ajudar, mas também por ele estar usando-as naquele exato momento.

Mas Chloe, como a maioria das mulheres, não possuía calças, sedo assim, as vestes inferiores que Marinette usava no momento eram as de Adrien, que era bons vinte centímetros mais auto que ela.

Era forte, com os ombros largos e robustos. Tinha uma estrutura bem definida, certamente pelo trabalho feito na fazenda. Já tinha o espionado secretamente pela janela, enquanto cortava lenha em sua propriedade. Usava uma camiseta xadrez, com as mangas levantadas.

Ele era como os Deus da mitologia Grega. Bonito como o amanhecer e com um mistério charmoso, igualmente a noite. Os lábios tinham uma curva perfeita, que se acentuada com mais graça ainda quando ele sorria e mostrava a fileira de dentes brancos e alinhadinhos.

A barba e o bigode, eram o que ela mais gostava. Eram ralos, mas ainda sim o deixam extraordinariamente mais sedutor e convidativo.

Sentiu os fios espetarem sua mão toda vez que ele inclinava o rosto para beija-la, mesmo coberta pela luva de ceda branca. O arrepiou subia no mesmo momento, invadindo seu íntimo de uma maneira estranha.

Saiu do estábulo e foi fitada por ele, que soltou um leve risinho ao ver a calça folgada no corpo esbelto e bonito, que agora ele conseguia ver mais claramente, sem as várias camadas de tecido.

Teve as bochechas tomadas pelo rubor, quando notou as pernas da garota, que agora não estavam mais escondidas por saias e creolinas e camadas e mais camadas de tecido.

-Receio que esta peça esteja a alguns bons números a mais do que o meu ideal.-Riu baixo, segurando a calça com força, não querendo passar pelo momento mais constrangedor de sua existência.

Não usava absolutamente nada por baixo das saias, já que estudos diziam que deixar as partir íntimas livres, era de fato mais saudável.

Ele não disse nada, apenas riu e tirou o próprio sinto. Tinha uma fivela de couro e um emblema prateado, em formato oval no centro. As calças dele nem mesmo se moveram, a fazendo concluir que aquilo era usado somente para acrescentar um ar característico ao seu estilo.

Pediu que ela se aproximasse, gentilmente, tocando em sua mão quando pousou em sua frente. O coração disparou ao sentir o toque, ficando completamente entorpecida e com o rosto ruborizado. 

Ele encostou levemente em sua cintura, com cuidado e toda delicadeza do mundo, quase como se ela fosse porcelana, podendo quebrar a qualquer momento.

-Com sua licença.-Pediu baixo, passando o sinto sobre as aberturas da calça, arrancando um suspiro baixo dela quando o apertou contra seu corpo, fazendo seu peito se chocar com o dele não intencionalmente.

Ela não se afastou, então o loiro, permaneceu aonde estava, sem dar se quer um passo para longe da azulada. Segurou o braço dele com certa força e o olhou bem, tentando conter o sorriso e o suspiro apaixonado quando o viu sorrir aberto, mostrando as covinhas adoráveis que o sobrenome Agreste carregava.

-Aceitaria minha ajuda para subir no cavalo?-Perguntou, quase fazendo Marinette desmaiar. Sua voz era rouca e os dedos ainda repousavam em sua barriga, roçando em sua pele.-Não quero que machuque-se em uma tentativa falha. Não me perdoaria caso caísse e se ferisse por um infortúnio e falta de minha responsabilidade.

Ela apenas assentiu, ainda um pouco desnorteada por conta do toque e do olhar, não conseguindo responde-lo devidamente sem perder o fio da meada. O sentiu guia-la, em direção a égua, que estava calma, comendo da grama que ali cresia.

-É deveras alto.-Ciciou envergonhada, sentindo uma mão forte de Adrien em sua cintura e a outra, segurando sua mão delicadamente.

-Logo se acostumara e esquecerá disso. A sensação é muito boa.-Proferiu, posicionando o pé dela sobre pedaleira e dando força para que subisse, passasse a perna para o outro lado e se sentasse no acento. Tremeu ao olhar pra baixo e notar que a queda dali, certamente a renderia um bom machucado e hematoma.

Ficou o mais imóvel possível, não querendo dar um movimento em falso e morrer, ao bater a cabeça em uma pedra. 

-Quero descer.-Pediu baixinho, se sentindo uma criança medrosa e chorona, ao sentir os olhos se encherem de lágrimas e dar para trás, logo agora que estava tão perto de realizar o que tanto queria.-Me ajude a descer, por favor.

Ele se aproximou novamente, segurando a mão dela em apoio, já pronto para obedecer a seu pedido. 

-Tem certeza?-Perguntou receoso, antes de ver a pequena lágrima escorrer por sua pele alva.-A minútos atrás a senhorita estava tão exultante.

-Sei disso, mas estou receosa de cair.-Mesmo não querendo, Adrien achou a voz de choro de Marinette fofa, mas ainda sim, de partir o coração.

-Não quero ferir sua honra de nenhum modo possível, mas caso faça a senhorita se sentir melhor e mais segura, posso ir junto a ti.-Propôs, sentindo o rosto queimar e vendo o rubor carmim brotar no rosto dela.-Perdoe-me, em momento nenhum tive a intenção de...

-Tudo bem. Eu aceito.-O cortou de imediato, mantendo uma postura receosa e o rosto escondido entre as mãos, quando ele se afastou novamente para guardar Plagg em sua cela.

Voltou minutos depois, subindo sobre o cavalo com uma astúcia impressionante, ficando atrás de Marinette. 

Sentiu o peito dele ficar completamente colado em suas costas e o calor em seu íntimo se intensificar duas vezes mais, quando sentiu os braços dele em volta de sua cintura, segurando-a firme e pegando as rédeas do cavalo.

-De maneira nenhuma.-Falou a azulada, um tanto sem ar, segurando em suas mãos a corda que se prendia ao rosto do cavalo.-Eu quem segurarei. Estou no comando.-Falou firme, ouvindo o risinho soprado sair dos lábios dele.

O ar quente de seus lábios tocou sua nuca e Marinette torceu pra que ele não tivesse sentido seu corpo tremer.

Soltou a corda e acariciou as mãos delas, permanecendo com elas atadas em um carinho tímido.

-Gosto de vê-la no comando.-Falou baixinho, tirando o chapéu de sua cabeça e colocando sobre a dela. Caso algum outro funcionário aparecesse, não reconheceria a filha do patão de imediato, mantendo seu segredo guardado em segurança, somente entre eles e Nino, que trabalhava nas plantações de uva, que ficaria de vigia.-Você imite poder. Combina com você...Marinette.

Nino os daria cobertura e avisaria quando os pais de Marinette voltassem, o que ela imaginava que era somente anoite, tendo boas horas para passar com Adrien, sentindo os músculos  fortes a abraçarem com calor.

Marinette fez o possível para não maliciar o que ficar no comando significava, mas não teve exito algum em sua missão, sentindo tudo tremer dentro de si ao ouvir a sentença e imaginar algo mais íntimo com Adrien.

A égua andou quando ele deu um leve tapinha em sua traseira, indo devagar, como tinha sido treinada. Tiiki era uma excelente corredora, mas a mestiça não estava preparada nem mesmo para andar sozinha, quem dirá provar da velocidade da de pelo branco como a neve.

-Logo ficará grávida.-Falou Adrien, quando já se aproximavam da trilha entre os vinhedos, tendo uma cobertura melhor contra o sol. Reims, era famosa por seus vinhos e champanhes e família Dupain-Cheng era uma grande líder nessa área comercial.

Marinette arregalou os olhos e colocou a mão sobre a boca, olhando para Adrien por cima do ombro, completamente espantada.

-Mas...como? Não pode ser.-Proferiu em um pigarro, ficando completamente ruborizada, tendo um sorriso tímido nos lábios.-Não sei se é a hora certa para tal, talvez seja um pouco cedo de mais...mas me parece uma boa ideia.

-Acho que já está na hora.-Sorriu de volta para ela, mesmo não sabendo o motivo de seu rubor e de sua risadinha tímida e constrangida.-Ela logo ficará velha e ele, igualmente. Não conseguirá mais procriar.

-Como assim, velha?-Perguntou, perdendo o sorriso e o olhando com uma carranca.-Saiba que estou na flor da idade e que com meus vinte anos, sou completamente fértil. Seu grosseiro.-Falou ríspida, se desvencilhando de suas mãos e segurando sozinha as rédeas.

Ele pareceu aturdido, sem entender ao certo o que ela queria dizer, mas segundos depois, o lampejo de esclarecimento surgiu em sua mente e os olhos esbugalhados, a boca em O e as bochechas coradas, mostravam que tinha entendido a quem ela estava se referindo.

-Perdoe-me Mari, mas acho que a senhorita se confundiu.-Falou baixo, colocando a mão sobre seu ombro, o sentindo tenso. Estava zangada.-Tikki, logo ficará gravida.-Esclareceu, vendo o nariz dela se franzir em espanto ao se virar rapidamente para traz, o fitando.

-Oh Cristo.-Sussurrou, completamente envergonhada.-Perdoe-me, não...me confundi. Imaginei outra coisa.-Se explicou rapidamente, virando-se para frente.

-No que pensou, exatamente?-Perguntou, com um sorriso deveras engraçadinho. Tinha a pegado em meio a um de seus devaneios.

-Em nada oras, eu só confundi-me.-Gaguejou, sentindo a vergonha possuir sua alma.-Isso foi sua culpa! Ela não ficara grávida, ficará prenhe.

Ele sorriu, dano uma risada gostosa, percebendo que ela tentava conter a sua. Abraçou novamente sua cintura, mas dessa vez, ficando mais perto ainda, a rodeando completamente.

-Não sabia que já pensava em se casar e ter filho.-Sussurrou em seu ouvido, ouvindo o risinho acompanhado de um suspiro vindo dela.-Ainda mais que pretendia te-los comigo.

-Eu não disse que seriam com você, rapazote.-Seus lábios formaram um bico emburrado, que logo foi desmanchado ao se sentir um pouco mais colada ao mais auto. Como alguém podia ter tantos músculos?

-Quem está chamando de rapazote?-Perguntou, parecendo ofendido e atordoado.-Já sou um homem a um bom tempo e pensei que já tinha lhe provado isso.-Falou, apertando mais sua cintura e a segurando firme.

-Provou?-Perguntou, tombando seu corpo no dele, relaxando contra seu peito esculpido por Hefesto, Deus do fogo. Por deus, aquele homem só podia ser uma escultura ou arma milagrosa.-Não me recordo disso. Quando provastes que já é um homem para mim?

Não disse mais nada, apenas fez.

Subiu sua mão devagar pelo braço dela, sentindo seu corpo roçar contra o seu, por conta dos movimentos do cavalo. Estava enlouquecendo.

Segurou seu pescoço, enfiando os dedos nos fios de seu cabelo ornado em uma trança, que certamente ficaria bagunçada. Acariciou seu pescoço e a puxou para si devagar, pedindo perdão mentalmente por considera-la extremamente sensual usando aquele chapéu.

Se inclino para dar um selar breve em sua bochecha, nariz, testa e por fim, seus lábios que eram tão doces quanto já tinha imaginado e sonhado uma centena de vezes.

Sentiu os lábios dela se abrirem devagar em contentamento, permitindo que seus lábios se encontrassem um pouco mais, podendo agora sentir o gosto e o molhadinho dos labros um do outro.

Deixou que o osculo se aprofundasse devagar, parando o cavalo para que pudesse segura-la com maior intimidade, depois que a sentiu acariciar seu rosto com a mão livre e enluvada.

O calor subiu mais ainda quando ela praticamente se deitou contra seu peito, correndo a mão timidamente por seu peito e por sua camiseta xadrez.

Mas ela se afastou segundos seguintes, o assustando e deixando um tanto perdido. Sentiu falta do gosto adocicado e do frescor de seu perfume, mas logo foi saciado novamente pelos lábios rosados e inchadinhos da mestiça-que lhe deu e um último conjunto de palavras- antes de voltar a beija-lo.

-Eu estou no comando, senhor Adrien.-Disse baixo, o puxando pela gola e aproximando seus rostos timidamente, olhando com o rosto rubro e encantado, para os lábios perfeitos que ele tinha.

Ele colocou os braços para cima, em um claro sinal de rendição e sorriu.

-Então assuma a liderança, meu amor.-Sussurrou contra o rosto dela, levanto o cavalo para um pouco mais longe da trilha a medida que a olhava com intensidade.-Sou completamente seu.

 


Notas Finais


SEGURA PEÃOOOOOO. PEGA FOGO NO CABARÉ;

Então foi isso meus pichulequinhos, espero que tenham gostado.
Em cada fic de época pretendo trazer um pouco mais de curiosidades sobre esse período, nesse caso o das calças e a montaria.

Tô lendo sobre e espero que a qualidade e o realismo estejam do agrado de vocês. Principalmente no linguajar e nos detalhes.

Espero que tenham gostado.
AMO VOCÊS MEUS FAVOS DE MEL.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...