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História Arquivos (Dancae) - O quarto de Dan Heng


Escrita por: Takt

Notas do Autor


Eu pensei em escrever algo diferente do costume para driblar meu bloqueio criativo, com novos personagens e uma nova categoria.

E vejam só, deu certo! :D

Então, essa é a minha segunda história de Star Rail que posto aqui (a primeira se não achar, possa ser que eu tenha apagado). Se este tipo de conteúdo não agrada algum leitor, eu sugiro que não leia, ouviu!

Para os que pretendem ficar, tenham uma boa leitura, vejo vocês nas notas finais.

Capítulo 1 - O quarto de Dan Heng


Caelus teve um sonho estranho, um do qual não se lembra exatamente de como aconteceu, mas havia uma voz feminina dentro da cabeça, falando com um tom doce e arrastado: "Quando tiver a chance de fazer uma escolha, faça da qual não vai se arrepender…”. Após ouvir a mensagem, teve certeza que era Kafka conversando com ele.

Depois disso, a mente esteve mergulhada em um mar de escuridão. Mesmo olhando para os lados, não encontrava nada além de um breu extenso. Chegou a cogitar que tivesse morrido, vagando no abismo imenso do cosmo, mas o que seria morrer para alguém como ele? Que carrega o Stellaron?

Diante do lapso temporal, as perguntas parecem aumentar e as respostas apenas diminuem. Nesse meio caótico, o corpo registra um toque peculiar, bastante terno, puxando a consciência de Caelus para a realidade de volta, arrancando o jovem do estado absorto que não parecia ter fim.

Era um toque demorado e bom, de uma textura aveludada e delicada, com movimentos circulares, repetitivos. Havia uma lufada de ar prensada nos pulmões, até que algo macio, semelhante a uma língua encostar levemente na boca…

Espere, na boca?

Assustado, Caelus acorda do sono, levantando de onde quer que esteja deitado, sentindo o coração batendo a mil — não necessariamente. 

Os olhos demoram a se ajustar na iluminação do ambiente, no entanto. Ao ter noção de que estava nos arquivos do Expresso Astral, captou cada um dos objetos ao redor e notou que estava em cima do colchão de dormir de Dan Heng.

— Bem, você finalmente acordou. Está tudo bem contigo? — Dan está agachado ao lado dele, sério como de costume, mas um pouco preocupado pelo estado atual do amigo. — Você se lembra do que aconteceu mais cedo? Eu o vi mexendo no banco de dados e do nada desmaiou no chão. 

— Heng…? — Caelus toca a testa para fazer uma massagem de leve. A sensação de dor martelando na cabeça talvez seja passageira. — Ah, sim, eu… não me lembro direito do que aconteceu, apenas sei que me senti fraco na hora e depois tudo ficou escuro.

— Eu te peguei no colo e o coloquei deitado, seus batimentos estavam lentos e o pulso fraco. — Ele pensa se deixou alguma informação extra passar, embora tenha parado de falar por ali mesmo.

As sobrancelhas de Caelus se franzem pelo receio, que rompe os pensamentos em uma avalanche. Seria bobo questionar as decisões de Heng depois de chegar à conclusão de que ia funcionar fazer uma respiração com a boca nele para acordá-lo? 

— Sim. Você acordou, não foi? — Dan lê o outro homem feito um livro aberto e o vê mostrar uma expressão de surpresa. Ele tenta evitar de sorrir por achar a reação de Caelus muito fofa. — Então, isso funcionou. Podemos te levar até a clínica da doutora Natasha se a dor piorar. Mas se quiser, pode descansar aqui até melhorar.

Ao terminar de informar, Heng apoia a mão sobre o joelho e se levanta do lugar, pronto para voltar ao trabalho de administrar o banco de dados do trem. Havia bastante serviço para ser terminado.

— Espere, eu não contei o sonho que tive antes de acordar. A Kafka falou comigo… Uh… Não me recordo direito para dizer a verdade. — Caelus relata aquela experiência desacordado, enquanto encara as mãos abertas. Os olhos estão estreitos pela tontura, dado a um motivo desconhecido que ele nem saberia explicar. — Ainda me sinto meio tonto e com uma dor no peito, não sei o porquê.

— Você disse que falou com Kafka? — Dan para de andar e olha por cima dos olhos, interessado no assunto. Caelus acena em confirmação com a cabeça. — Entendo, os caçadores de Stellaron são capazes de muitas coisas, talvez eu deva avaliá-lo para ter certeza de que está tudo bem contigo. 

— Me avaliar? — Caelus pigarreou, vendo que ele se aproxima com um tom firme e uma pitada de determinação na língua.

— Isso mesmo, me diga onde fica o Stellaron em você. — Heng empurra o jovem e insiste para que ele deitar de novo. Caelus obedece a ordem por educação.

— Não sei, no peito talvez? Pode ser que… A-Ah, Dan! — Não teve espaço para terminar a frase, porque dedos curiosos alisaram o peito, coberto pela roupa, como se fosse achar a localização do Stellaron tão facilmente, e parou quando ouviu o pedido.

— Desculpe, não quis te assustar. Posso continuar a procurá-lo? — Foi direto ao ponto, com o olhar gentil para transmitir confiança. — Não farei nada que te deixe desconfortável. Pode me impedir a qualquer momento.

O moreno está atencioso na voz.

— Tudo bem, mas não acho que vá encontrá-lo, ou senti-lo dentro de mim. — Por estar cansado, Caelus acenou com a cabeça em confirmação.

— Talvez eu só precise de tempo para achá-lo.

A expressão serena não é abalada. 

Caelus gosta da companhia dele. Dan sempre foi um cara bonito e interessante, reservado nas conversas, sério na maior parte do tempo, nunca falando do passado, o que criou um ar misterioso ao redor daquela aura pacífica. Para ser sincero, são tantas características que o atraem, que se estiver gostando daquele moreno, não seria novidade.

— Espero que não se importe. — As mãos cálidas tocam a cintura de Caelus, cautelosas no contato e sobem pela região da barriga, friccionando na derme. Elas puxam a camisa para cima, o que contribui para um certo formigamento vir à tona na área. 

— Tá tudo bem… Ooh, calma! Olha onde você toca, eu sinto cócegas! — Caelus teve uma crise de gargalhadas, acompanhado pelo sorriso nada disfarçado do Inominado. — Você está fazendo de propósito!

— Não estou, fica quieto — ele mente, conforme levanta a camisa na altura da clavícula, expondo o torso dele completamente.

As bochechas de Caelus ficam vermelhas, por se sentir exposto, até parar de rir. Os pensamentos sujos chegam na consciência e culminam para um remorso, por pensar em sujeira, enquanto Heng aparenta estar focado no objetivo: o Stellaron.

Tendo uma visão ampla do tórax e abdômen, ele tateia a região acima do estômago, vez ou outra, pressionando os dedos em lugares que são mais específicos, em busca do que procura realmente achar, sempre atento às reações de Caelus, que podem dar uma pista da possível localização.

Por outro lado, Caelus está flutuando nas nuvens pela massagem. É estranhamente bom ser tocado por outra pessoa, ainda mais se for alguém em que confia de olhos fechados, mas ele se sente deslocado pela falta de intimidade entre eles, pois nunca fizeram nada antes que os levasse a ter contato físico… assim.

Distraído por um minuto, Caelus desata um som, sem ter a intenção, sendo característico ao sentir o polegar de Heng rolando no mamilo direito. 

— Você gosta quando toco aqui? — Ele repete os movimentos anteriores, vendo a caixa torácica do corpo engatar em resposta. 

O corpo esquenta com a dose de estímulos, um alerta de pane sobe no cérebro, caído como uma luva nas tentações, quando as mãos acariciam a área sensível até ficar endurecida.

— H-Hm, o que está fazendo? — Caelus fica sem voz, digerindo as novas sensações, que são boas.

— Não encontrei o Stellaron, mas você disse que não está bem, estou fazendo com que se sinta melhor. — Heng, então, inclina-se para perto do rosto corado e o encara de um jeito sugestivo.

Caelus não é idiota, é uma provocação. 

Uma mão afundou no colchão, ao lado da cabeça dele, enquanto a outra de Dan desce para segurar a cintura exposta de uma maneira possessiva. A turbulência que varre as íris verdes contrasta com a suavidade na expressão do moreno.

Caelus desvia o olhar, envergonhado por admirar o homem além da conta, por ser tão adorável, alimentando um sorriso satisfeito no causador de tudo.

— Faça… o que quiser comigo… — murmurou, como se estivesse zangado com a situação, o que claramente não é o caso.

— Devia tomar cuidado com o que diz. — Heng aproveita para trocar uma parcela de olhares intensos com a reação tímida que Caelus teve ao escutar o último aviso, antes de se curvar para poder beijá-lo finalmente.

Os lábios de Caelus retribuem, desajeitados. A falta de dinâmica chama a atenção de Dan, que imagina que fosse a primeira vez dele beijando alguém, por isso, resolve ser paciente e guiá-lo com um progresso lento.

Heng segura o rosto de Caelus pela lateral para tomar as rédeas e ditar os primeiros movimentos. Aos poucos, estabeleceram um ritmo congruente. Os estalos esporádicos e os sons molhados das bocas, chocando-se uma na outra, instigam uma combustão na virilha de Caelus, que fica ansioso com o andar demorado da carruagem e começa a empurrar a mandíbula contra a boca alheia.

Ligeiramente surpreso, Dan foi recebido por uma língua no meio do caminho, apressada para se enroscar em outra. O pedido é correspondido em seguida. Heng lambe os lábios como se quisesse devorá-lo por inteiro, amando ouvir os choros de prazer que foram abafados em seguida.

A porta de saída dos arquivos não está trancada, então qualquer pessoa que entrar ali, seja Março ou o Pom-Pom, ia se deparar com a cena dos dois deitados no colchão, e não haverá desculpas ou chances para explicações.

— O que você falou, sobre me avaliar, era uma desculpa? — A dúvida de Caelus veio logo que se separaram, ofegantes.

— Não exatamente — ele explica. — Você havia mencionado o nome de um caçador que viu nos sonhos e a dor na região do peito, queria checar seu corpo mesmo assim.

— Estava preocupado comigo?

— Sim… — Ao afirmar isto, esconde o rosto na curvatura de clavícula do desbravador, causando uma risada genuína de Caelus, que conclui que ele ficou retraído ao dizer aquilo. 

Às vezes, tem o vago pensamento de que aquela camada sólida e fria da personalidade do moreno é uma mera fachada para esconder as reais emoções que ele guarda no coração. E tem horas que ele não consegue disfarçar o que sente. 

— Você sabe ser gentil quando quer — confessa a Dan. Uma palma atenciosa descansa nas costas largas dele, já a outra propôs um afago carinhoso nos fios de cabelo escuros, na intenção de abraçá-lo e o deixar mais perto. 

— É bom não se acostumar. — Heng é levado pelo calor do momento e beija aquele pescoço, mordendo com os dentes, adorando os suspiros que ouviu em retribuição.

A essa altura, os dois apenas se importam em tirar proveito da oportunidade, transbordando os desejos que guardam a sete chaves. 

Estando de mau jeito, Dan redireciona a posição para ficar por cima, encaixado entre as pernas que se afastam para acolhê-lo. O estômago de Caelus embrulha ao sentir que um par de mãos atentas estão descendo para desfazer as amarras do seu cinto.

— Não precisa fazer isso. — Caelus levanta rápido para empurrar o ombro de Dan, impedindo-o de seguir com a ação.

— Está tudo bem, não estou me forçando a isso. Quero te agradar. — Ele dá um sorriso carinhoso, admirando aqueles lábios castigados do último beijo.

Uma hesitação pinta a expressão de Caelus por não ter a intenção de dar trabalho ao parceiro, embora ele tenha permitido continuar, ao separar timidamente as pernas.

— Vai devagar…

— Como quiser.

Ao ter ciência da confirmação, Heng ainda dá um prazo de tempo para ele se acalmar perante a situação, deixando um selinho demorado nos lábios do desbravador.

Naquele silêncio momentâneo, era possível ouvir a música que vem do fonógrafo do vagão de convívio, intitulada "Take the journey". Himeko e Welt devem estar papeando na mesa, Pom-Pom varrendo o chão com a vassourinha de palha e a Março na janela, admirando as estrelas. Já os dois nos arquivos, bem, não tinham noção do perigo, só queriam desfrutar da ocasião juntos.

Heng abaixa a cabeça para prestar atenção no que faria a seguir. Ele abre as vestes de Caelus e envolve entre os dedos aquela intimidade ereta, pressionando a base contra a palma da mão. 

A princípio, Caelus solta um gemido com o toque e fica chocado por se sentir sensível na região. Era a primeira vez que era tocado, tão abertamente. É estranho, peculiar. 

Dan está cuidadoso ao limitar os movimentos no início, indo e vindo, vagarosamente na extensão, porém, um sentimento corrói a pele de Caelus para que ele seja mais ágil, mesmo que signifique chegar ao limite logo. 

Preso no transe caótico, as pernas se separaram ainda mais, levado pela onda de prazer. Não deu para pensar bem, mas a mente se mantém lúcida para sentir as estocadas. Ele já está ficando louco com tão pouco.

Uma fração do equilíbrio quase é perdida quando a língua de Heng lambe sutilmente a ponta, em um círculo instigante, repetindo várias vezes, sem parar, como se soubesse exatamente o que fazer naquela parte específica para que ele se sinta bem e deixá-lo em êxtase. 

Em sequência, Dan se mostra disposto a ir mais longe e afunda a boca no comprimento, ainda que tenha relaxado a garganta para recebê-lo por completo. A língua áspera passeia por toda a área coberta, e Caelus adora demais, gemendo feito uma sinfonia para os ouvidos dele.

A cabeça cai no travesseiro, o quadril arqueado pelo reflexo, os dedos enrolando com a chegada do limite. A descarga eletrizante mescla com a tensão dos músculos. A vergonha para no espaço e a visão borra em consequência. Dan gemeu com a sensação de ter os cabelos puxados e ser recepcionado pelo sêmen derramado na boca.

Ao atingir o ápice, ele desaba no colchão, aliviado de alguma forma. Heng tira a boca dele e levanta a cabeça para respirar, desorientado. A mandíbula dói de cansaço. Os lábios inchados, as bochechas coradas em um rosa bonito, o penteado todo desorganizado e a respiração fora de curso. Uma bagunça totalmente linda na visão de Caelus, que recobra os sentidos a tempo de cobrir o rosto de vergonha.

— Você está me testando, não é? — Heng ofega em um tom rígido, o olhar predatório intimidando o rapaz.

— E-Eu não… 

O homem interrompe a linha de raciocínio com um beijo agitado dessa vez, a língua afogando na boca, fazendo com que derreta em um gemido submisso. 

Apesar de estar louco para entrar nele, Heng é paciente e termina de puxar as calças de Caelus, que, mesmo tímido por ficar completamente nu da cintura para baixo, não pode negar que está ansioso para senti-lo dentro de si.

Um frasco de cor transparente é retirado do inventário por Dan. O líquido denso balançando no recipiente é espalhado nos dedos com certa prática, para depois ele focar em prepará-lo com calma. Heng conduz a mão entre as coxas macias do companheiro, abrindo um caminho um tanto apertado pela entrada tímida entre as nádegas, com o indicador coberto da substância oleosa. 

Dan vibra ao começar a espalhá-lo por dentro. No início, as paredes internas reprimiram a invasão do dígito intrusivo, que, após começar a entrar e sair entre os intervalos consecutivos, consegue fazer com que os músculos do interior passem a operar para sugar instintivamente o tamanho do dedo e preenchê-lo com o tempo.

— Me diga se isso for demais para você.

— Tô bem, eu posso suportar… talvez. — Caelus bufa a seguir, tentando soar no mínimo normal, dada a penetração repentina.

Dan presta atenção nas feições inabaláveis dele e aposta na ideia de adicionar dois dedos, além do primeiro, como um desafio, vendo que o parceiro franze as sobrancelhas pela pontada de dor que veio ao ser esticado demais. Os três dedos agora massageiam com tanta intensidade, o estímulo ininterrupto sendo ardente, mas estranhamente prazeroso.

— Urgh, seja gentil comigo — grunhiu, apertando os olhos e descontando a pressão imposta em si ao agarrar o lençol.

O sorriso traiçoeiro de Heng denuncia o quanto estava se divertindo com as reações, além do fato de requisitar leveza. Quando Caelus parecia se acostumar com a penetração e estabilizar toda a respiração, foi a deixa ele para retirar os dedos, sobrando nada menos do que um breve vazio.

Caelus inclina o pescoço para vê-lo desfazer as amarras da própria calça em um gesto metódico, mas antes de abaixar a vestimenta e revelar o que havia ali, ele para de se mexer no meio da ação. Teve que erguer o olhar para entender que Dan estava constrangido de ser visto.

— Não olhe pra cá. 

— Ah, tá. Certo. Entendi.

Numa tosse seca e sem graça, atropela as frases e redireciona o rosto para o terminal, ao ter notado que agia igual um descarado. Por mais que tenha esse lado estóico e fechado, isso não o impede de preferir ser discreto até mesmo em situações mais íntimas. 

A sombra de Heng paira sobre ele para puxá-lo do rodízio de devaneios sem fim. O moreno deixa a cabeça cair no ombro do parceiro, com a boca rastejando para o ouvido, dizendo as seguintes palavras em um sussurro aliciante: "vou entrar". Caelus engole seco, esperando pelo o que vem pela frente.

A ponta do membro alinha na entrada e esfrega na superfície como uma provocação que surte um efeito ansioso em Caelus. Houve uma pressão bem maior dessa vez, tendo a sensação de ser lentamente invadido por uma matéria rígida, diferente dos dedos compridos, com dificuldade para escorregar para dentro. Os dois arfam ao mesmo tempo para aceitar um ao outro, mas os gemidos de Dan estavam a um passo de tirá-lo do sério. 

Bastou uns segundos parados, estabilizados, para Heng começar a mover o quadril em busca de atrito no aperto. Os impulsos são demorados no começo, pouco a pouco indo rápido à medida que abria uma passagem ampla no interior de Caelus e batia contra as nádegas cada vez mais fortes.

— Hmm. — O corpo estremece debaixo de Dan, flexionando os músculos para amenizar a pressão de ter sido invadido, que diminuía ao passo que os golpes vão mais fundo e eram mais intensos. 

O membro que desliza até a borda o deixa cheio, para depois retirar quase que tudo e empurrar de volta, repetindo os movimentos com força, até chegar no limite. 

Heng muda a posição em algum momento e o impulso dos quadris atinge um ponto específico, que faz as pernas de Caelus tremerem, gemendo alto e os olhos revirando de prazer. 

— Dan, isso é… hah… — As coxas envolvem ao redor da cintura, puxando Dan para mais perto, para continuar acertando naquele ângulo.

— Isso é bom? Você gosta quando eu acerto aqui, é isso? — Ele sorri, sussurrando palavras sujas no ouvido. Heng alcança a zona de novo e de novo, até ficar satisfeito com o estado acabado dele.

Até que Caelus se transforma em uma poça de soluços e gemidos, entregue aos espasmos do orgasmo atingido na companhia de um bem-estar que inundava o corpo. Ele enxerga estrelas, ao ter chegado no limite ali mesmo, apertando ao redor do membro, saindo e entrando sem parar, com a mente perdida em um nevoeiro denso de êxtase. 

Dan devolve um gemido pela pressão prazerosa, agarrando a cintura do outro com precisão, forte o suficiente para deixar hematomas que fossem sair após dias e fodeu a entrada molhada até perder o último fôlego, não demorando muito para chegar ao clímax também, recheando Caelus com o fluído quente. 

— Desculpe, eu perdi meu controle. — Dan ofega bastante quando ergue a cabeça e nota que ele está muito exausto. — Eu te machuquei?

— Não, eu tô bem, só cansado — Caelus admite no pensamento que o moreno tenha sido um pouco agressivo no final. Não que tenha odiado, pelo contrário, havia gostado e muito. Mas lidará com as consequências mais tarde, e essa parte não precisa ser comentada para ele.

— Da próxima vez tentarei ser mais gentil. 

'Da próxima vez.'

Caelus congela com o sorriso de Dan.

[...]

Um chiado soa na cabine dos passageiros, a voz doce de Pom-Pom dando indícios de que irá se pronunciar pelo rádio comunicador da central do Expresso Astral.

— Hm, alô, alô? — anuncia a criatura, testando a qualidade de som do microfone. Houve uma tosse antecipada antes de continuar a falar. — Atenção, desbravadores, peço encarecidamente que todos compareçam ao vagão de convívio para uma reunião importante a pedido de Himeko sobre a nossa próxima parada! É isso, agora venham logo!

Um "treck", do som sendo desligado, veio antes da voz de Pom-Pom desaparecer. O barulho faz as pálpebras de Caelus tremerem antes de abrirem por completo. Os olhos ficaram turvos devido à claridade do cômodo, havia acabado de acordar.

A imagem de uma jovem de cabelos claros fica nítida e próxima do rosto, era a Março, como um sorriso amigável.

— Ele acordou! Ele acordou, olha Dan! — ela exclama, toda alegre para ele. — Finalmente, né seu dorminhoco. Quer me matar do coração, por acaso? Dan veio me contar que estava futucando o banco de dados e do nada desmaiou no chão. Eu fiquei preocupada contigo!

Março joga uma enxurrada de informação sobre o amigo que acaba de despertar, ou que parece ter acordado.

— Deixe ele acordar direito. — Heng belisca feio a bochecha da garota que começa a choramingar pela maldade do Sr. Insensível.

— Aí! Aí! Parou, seu chatonildo! — ela reclama.

Caelus levanta, escutando a discussão dos dois no fundo e o cobertor caindo para o lado. Ainda está nos Arquivos, deitado na cama dele. A bunda dói ao sentar, ele se esforça muito para não gemer. 

— Quanto tempo dormi? — indagou, ao tossir.

Ambos pararam a briga e o olharam, quietos.

— Faz umas horas — ele responde, impassível.

— Sim! Eu estava indo visitá-lo no seu quarto para tirarmos umas fotos, quando esbarrei com o Dan no corredor e ele me explicou que havia dormido até agora aqui! Preguiçoso! Está muito tarde pra você ficar dormindo! — Março gesticula com as mãos serelepes, surpresa pelo ocorrido. Porque normalmente, ela é a última a levantar da cama. 

Caelus olha curiosamente para o moreno. A julgar pela expressão firme no semblante, Heng tentou inventar uma desculpa para Março não visitá-lo durante as horas dormindo, mas acabou falhando e ela veio mesmo assim.

— Que bom que você está melhor. — A jovem parte para um abraço apertado em Caelus, que fica sem reação inicialmente, todavia, retribui um cafuné na cabeça dela. 

Não se conhecem a tanto tempo, mas considera Março uma amiga importante e está feliz que ela se preocupe com ele.

— Você só quer um pretexto para se aproximar dele — Dan resmunga passivamente, porque sabe que ele gosta de ser chegada igual um chiclete nas pessoas.

— Para de ser ciumento, ele é meu amigo.

A garota fez uma cara brava e engraçada, dando a língua para ele igual uma criança. Dan continua todo cético. Havia o vislumbre do raio eletrizante entre a troca de olhares, uma rixa sem fim. Caelus não aguentou e começou a rir.

— Eu não vou avisar de novo, venham de uma vez! — Pom-Pom atinge ensurdecedoramente os ouvidos de todos os atrasados presentes através do rádio e corta a conversa fiada.

Os três partem para uma nova aventura.


Notas Finais


A história segue sem betagem por preguiça da autora, perdão por qualquer erro. A quem chegou até aqui e tenha gostado da história, obrigado por ler. Um abraço e até a próxima!

Agradecimentos ao capista @Alkharad por ser paciente e ter feito uma capa bonita para a fanfic.


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