As onze da noite todos estavam ansiosos para a operação. Os seis que estariam encarregados em ficar na festa e os seis que ficariam na rua se dividiam na cidade.
-NÃO! gritou.
-kurapika saia! gritou kuroro ao lado de machi, hisoka, phinx e shizuco. -você é o único que ainda não se trocou!
-eu não vou sair! repetiu. -isso é humilhante!
-estamos perdendo tempo! lembre-se!
-isso vai ser pra hoje ou tá difícil? perguntou hisoka impaciente. – já que esperava a mais de quinze minutos.
-vocês vão na frente. Ordenou kuroro.
-ah mais por quê? Perguntou shizuco.
-vamos levantar suspeitas se formos todos juntos, vão em carros separados e esperem o sinal.
-sim líder. Responderam todos em um uníssono antes de saírem.
-pronto kurapika. Falou. -pode sair não tem mais ninguém além de mim aqui. De repente pôde ouvir o trinco da fechadura abrir, e em alguns instantes podia ver uma figura aparecendo por trás da porta.
-não ria. Disse kurapika saindo do cômodo de cabeça baixa deixando kuroro boquiaberto. Um belo vestido azul rodado com mangas caídas desciam pelos ombros e no meio do busto uma linda pedra vermelha estava encrustada, o vestido era colado em sua cintura lhe deixando com curvas desejáveis, saltos e brincos também acompanhavam seu look, seu cabelo estava devidamente escovado para dar certo volume. Pela vergonha suas bochechas estavam vermelhas e em seus lábios tinham um pouco de batom.
-você está lindo. Disse o moreno de boca aberta.
-não brinque comigo kuroro. Pediu manhoso.
-acho que já é hora de irmos. Disse kuroro tentando de todo modo repuxar a blusa para baixo.
-ah por mim tudo bem. Respondeu kurapika.
12:00 tudo ocorrendo como planejado, a maior parte da sociedade ativa de york estava na "pequena festa de congratulação da família nostrad. Os becos da cidade estavam desertos nem sombra de movimentos nas ruas. Uma festa dessa ocorrendo tarde da noite seria uma demonstração de poder?
-O QUÊ!? indagou kurapika.
-shi...silêncio.
-verdade que festas assim são orgias? Murmurou surpreso.
-não é uma orgia logo de cara, mas um jeito de dizer "olha quanto poder eu tenho" bailes assim tendem a ter o nome de "beneficentes" mas a verdade é que não beneficiam em nada, acontece que a maior parte da sociedade rica está aqui então algumas famílias mandam suas filhas e filhos pra cá para se relacionarem com algumas dessas pessoas, para conseguirem o que querem.
-ah entendo.
-continue fingindo que está gostando de dançar até recebermos o sinal. Ordenou kuroro.
-sim.
-senhorita, me concede esta dança? Perguntou um senhor a kurapika, que estava ao lado de kuroro.
-me desculpe, mas já tenho um par. Respondeu tentando não gritar.
-o cavalheiro já está cansado. Falou ele. -é só uma dança isso não significa que teremos de nos casar. Disse o homem sendo irônico na tentativa de quebrar o clima tenso.
-ah... Murmurou kurapika antes de ser puxado por kuroro para ter uma conversa silenciosa.
-kurapika o que pensa que está fazendo?
-esse velho está dando em cima de mim! Quase gritou.
-entre no jogo dele! tente descobrir qualquer coisa útil pra nós!
-o velho mal se aguenta em pé!
-seduza-o se precisar! agora vai! Falou o empurrando.
No centro da cidade, especificamente na usina elétrica de york, shounark esperava sua deixa. Quando em seu relógio deu 01:00 Da amanhã pronto! o sinal por dois segundos desligou a energia da cidade e ligou novamente isso sucessivamente por duas vezes.
-o sinal. Murmurou baixinho para kurapika.
-oh o que está acontecendo? um possível blackout?
-uma falha na energia? Murmuravam.
-não se incomodem voltem a dançar. Todos diziam.
-senhorita. Chamou o senhor de meia idade.
-não quero mais dançar! Resmungou kurapika para o velho.
-mas vai dançar! até que a festa termine!
-não! Gritou enquanto estava sendo puxado pelo velho. -me solta eu quero ficar aqui! com meu "MARIDO"! gritou puxando com força as mangas da camisa de kuroro.
-guardas prendam os dois! Ordenou o velho. De repente as luzes se apagaram completamente.
-vamos! falou kuroro puxando kurapika como uma boneca de pano.
-como vai saber pra onde temos que ir neste escuro?
-assim que você saiu dei uma olhada na mansão. Respondeu. -por aqui. Disse ele correndo pelos corredores escuros.
-ah. Gemeu de dor.
-o que foi?
-nada de mais, topei na mesinha.
-imagina.
-tá tentando dizer que eu sou burro?
-ali. Apontou. -silêncio tem uns guardas vindo em nossa direção!
-ai o que a gente faz!? Perguntou kurapika nervoso.
York shin 01:00 am.
-pronto já terminei o meu trabalho. Falou shounrk observando alguns guardas e operadores caídos e nocauteados. O resto da aranha que estavam nas ruas aproveitaram para roubar tudo o que estivesse pela frente, bancos, joalherias, tudo o que desse dinheiro, toda york estava um caos! vidros e janelas quebradas e estilhaços voavam por todas as partes. Todos pareciam se divertir roubando cautelosamente.
-vem. Disse kuroro empurrando kurapika na parede o beijando de forma rápida e ardente.
-hey vocês! Gritou um guarda com uma lanterna.
-baka! Indagou o outro guarda surrando outro. -não vê que é falta de educação atrapalhar os pegas dos outros?
-ai e como é que eu ia saber disso?
-ah quer saber!? eu devia estar fazendo o mesmo! não nasci pra ficar trabalhando aqui! provavelmente isso tudo foi arranjado! cadê a cerveja? MERDA! Praguejou um dos guardas antes de descer as escadas bufando de raiva.
-UFA! essa foi por pouco não kurapika?
-MALDITO! vociferou ele com um olhar mortal. -nunca mais faça isso!. Disse o socando.
-AI! kurapika! o cofre da casa já esta perto. Disse. -ali no corredor da direita. Apontou. -eu não sou muito bom em decifrar combinações, mas pode se virar?
-pra quê?
-no três corre.
-mas...
-três! gritou kuroro correndo na mesma velocidade de uma bala.
-maldito! você tinha de contar o um e o dois primeiro!
-desculpa não ia dar tempo.
-por quê diabos você tinha de usar dinamite para abrir o cofre!?
-por quê era a única coisa que eu tinha! ah quer saber pegue logo esse saco e encha com essas porcarias! Disse jogando um dos sacos para o outro. Depois de encherem correram Pelas escadas o mais rápido que puderam.
-kuroro lá vem mais guardas! o que faremos?
-coloca isso ai em baixo. Falou deixando os sacos de dinheiro debaixo da auréola da saia do vestido.
-ah que merda é essa que você está fazendo kuroro?
-calma, não se altere. Disse antes de lhe morder o pescoço. Kurapika se sentiu tão desnorteado que com o impacto da mordida apenas gemeu e fechou os olhos.
-ah mal... Não conseguiu formular a frase antes que kuroro colocasse seus três dedos em sua boca fazendo quase entalar de surpresa.
-ALI! ALI! tem duas pessoas. Disse um dos guardas.
-capitão! são as pessoas que eu e o recruta vimos antes!
-merda! O que estão fazendo aqui? não ouviram o barulho? podem ter ladrões aqui! O guarda mais velho os repreenderam.
-se a realmente ladrões aqui, por quê estão aqui parados? indagou kuroro. -ah essa hora eles já podem ter fugido.
-merda, isso é verdade. Disse o capitão antes de sair correndo feito um louco. -vê se vão para um quarto por favor! ninguém é obrigado a ficar vendo essa pouca vergonha. Disse a eles.
-kurapika me des...-foi interrompido pelo loiro antes de falar.
-não fale comigo por um mês. Disse saindo arrastando por debaixo do vestido os sacos de dinheiro e objetos de valor.
-kurapika desculpa. Disse sorrindo da atitude do outro.
Os ventos leves da noite faziam com que a madrugada de york se tornasse cada vez mais escura, a guarda fazia sua ronda e nunca pensariam em um lugar tão obvio que a aranha se encontrava. Todos contentes com seu sucesso e o de toda aranha.
-todos reunidos? perguntou kuroro. -certo não falta ninguém. Primeiramente tenho que parabeniza-los pelo sucesso da operação, e em segundo. Indagou sentando-se em uma pedra que estava por perto. -quero informar que já temos um substituto para o numero do uvolgin.
-ah? Murmurou nobunaga.
-pode se apresentar. Disse kuroro a uma menina que se ocultava entre as sombras.
-olá, meu nome é kalluto. Se apresentou a menina cobrindo metade do rosto com um leque deixando-o com um ar sombrio.
-da pra perceber que kalluto não é de muitas palavras, então ela vai passar um dia com cada dupla de vocês.
-então quer dize que seremos babás dessa pirralha!? Perguntou machi.
-é mais ou menos isso, mas ela não precisa de babá tenho a mais pura certeza disso, e já que você parece tão animada com a ideia você e nobunaaga serão os primeiros.
-ahhhh? por quê não os outros? indagou machi.
-vocês serão os sortudos. Bem acho melhor procurarem um lugar pra dormir por hoje.
-ah que bom. falaram se retirando.
-phinx onde vai? Perguntou feitan.
-vou dar uma volta pra esfriar a cabeça.
-posso ir com você?
-é melhor você ficar aqui. Disse saindo sozinho.
-ah ótimo. Respondeu olhando para trás, vendo que ninguém além de um loiro desconfiado estava lá.
-e você?
-ah eu? Perguntou kurapika.
-está vendo alguém além de você?
-ah...
-onde você vai descansar? Perguntou.
-ah não sei. Respondeu coçando a cabeça.
-quer ir em um lugar aqui perto?
-ah você está me convidando? Perguntou desconfiado.
-tem algum outro loiro burro por aqui? Disse grosseiro. -por que se tiver eu troco você por ele, aja burrice maior que a sua hein.
-não precisa ser rude. Retrucou um pouco envergonhado.
-então vai ou não vai?
-sim.
-então ande rápido. Dentro de algumas quadras era possível perceber que a policia fazia uma ronda desesperadora. -kurapika...esse é seu nome não é?
-sim feitan. O moreno arregalou os olhos perplexo ao saber que o outro pronunciava seu nome de uma forma tão segura.
-por quê está na aranha? você não nos considerava como inimigos?
-não sei... acho que por destino, as vezes temos que subir no muro pra entender o lado do vizinho. Disse em uma parábola estranha.
-bem chegamos. Disse a frente de um botequim de quinta.
-pensei que a gente ia dormir em um hotel decente.
-você é louco? praticamente a metade de york esta bloqueada por policiais. Se fazermos reservas com nossos nomes verdadeiros seriamos decapitados por nossa própria burrice.
-ah entendi.
-você não duraria duas noites sozinho no lado negro de york sabia?
-hey feitan. Chamou uma mulher.
-paky! Falou feitan com um sorriso imenso.
-faz um tempão que não o vejo! Parou de me visitar de repente? Indagou a loira o abraçando. -ah trouxe esse ai com você?
-sim. Respondeu. -Kurapika lembra da paky?
-sim a moça que saiu da aranha logo assim que eu entrei.
-é depois de sair da aranha ela trabalha nesse "suposto botequim" para ajudar uns amigos que estão sendo procurados pela justiça, a se esconderem por um tempo.
-vamos ficar escondidos por aqui? Perguntou com cara de nojo.
-por noite sim.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.