História As regras do rolê - .as regras do rolê

- Já sabe quais são as regras, né? – Perguntou Lisa para Jisoo, enquanto pegava a chave do carro.

- Que regras? – Olhou confusa para a mais nova.

- A regras do rolê, sua anta. Ninguém vai pra um rolêzinho numa sexta-feira à noite sem saber as regras.

- E o que as regras mudam?

- Tudo!

- Tá, tá, que seja. Enfim, quais são essas regras?

- Ficar bem louco, não ligar pra ex, não ficar grávida, e o mais importante; voltar vivo.

- Isso é sério? Lisa, a gente tá indo pra uma festa do seu primo, não podemos nem chamar de rolê, muito menos seguir essas regras idiotas.

- Primeiro, as festas do meu primo sempre acabam em rolê depois que os tios crentes dele vão embora. Segundo, as regras são a chave pro rolê perfeito, vai por mim.

- Grande merda! Ah, quer saber? Pra mim já deu, vamos logo antes que a gente chegue depois do parabéns!

[...]

- Você viu a Jisoo? – Lisa saiu perguntando para todos os presentes naquela pequena boate.

Como dito antes, a festa de aniversário tinha se tornado um rolê logo depois que os tios crentes foram embora.

A mais nova havia perdido a sua amiga de vista, e, sabendo que ela não ia seguir as regras, estava a procurando feito uma louca para evitar qualquer acidente.

Depois de andar muito, encontrou a garota com uma garrafa na mão, chorando com o telefone em cima da mesa – que parecia estar no vivo a voz – e uma poça de vomito no chão ao seu lado.

- Que porra é essa, Jisoo?!

- É que eu vi uma garota parecida com a Jennie, ai eu liguei pra ela e comecei a chorar... – Falou soluçando.

- Você ligou pra sua ex?!

- É porra, eu liguei! – Se levantou, cambaleando até o balcão.

- Jisoo, vamos embora, já deu por hoje...

- Não! Eu preciso esquecer aquela menina! Eu só vou dar uns pegas naquele menino e já volto... – Disse indo aos tropeços até um garoto que estava no meio da pista de dança, com um copo na mão dançando como se não houvesse amanhã.

- Puta que pariu...

[...]

No dia seguinte, Lalisa acordou com o barulho irritante do seu celular tocando e logo em seguida uma dor de cabeça infernal.

- Quem é? – Perguntou sonolenta, xingando mentalmente a pessoa que havia ligado para si aquela hora da manhã.

- Lisa, eu tô passando mal...

- Puta que pariu Jisoo, é você? Seu projeto de demônio, pra que me ligar uma hora dessas? São cinco horas da manhã!

- Mas eu tô passando mal! Não grita comigo, porra!

- E você sabe pelo menos por que está passando mal?

- Transei sem camisinha...

- Ah não, tá de brincadeira né?!

- Não...

- Eu te falei das regras, Jisoo! Eu te falei! Por que não me ouviu?!

- Porque pra mim não tinha importância! Droga, meu rolê foi uma merda...

- E por que você acha que ele foi uma merda?

- Porque eu não segui as regras...

- A partir de hoje, eu não te levo mais nos rolês! Olha só a merda que você fez!

- Me desculpa...

- Desculpa é o caralho, vai se fuder!

- Lisa...

- Oi Jisoo, oi...

- Você quer ser a madrinha?

E foi assim que Jisoo sempre passou a respeitar e seguir as regras do rolê.