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História Atrito de Ouro e Prata - Quando os corpos falam


Escrita por: loeytopia

Capítulo 14 - Quando os corpos falam


OS CINCO REINOS


⚔ ATRITO DE OURO E PRATA ⚔

14. Quando os corpos falam

 por loeytopia

✶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶✶

TEMPO ATUAL

JARDIM MÁGICO

— Você sabia que os dragões podem voar de um reino ao outro em menos de vinte e quatro horas? Eles são mais rápidos que os duendes, li isso num livro — dizia um Baekhyun muitíssimo contente enquanto ele e Chanyeol voltavam para o castelo de mãos dadas como um perfeito casal apaixonado.

— Isso é muito útil — disse o alfa, dando um sorriso enviesado. — Levarei apenas um dia para sair de Drix e ir te visitar em Veny.

O ômega sentia o coração palpitar sempre que o alfa fazia aquelas insinuações de querer vê-lo futuramente, quando cada um voltasse para seus devidos reinos, famílias e responsabilidades.

— Aguardarei ansiosamente suas visitas, Yeol.

Quando chegaram ao castelo, Venatrix, Dracs e Aerie os esperavam no alto da escadaria de entrada da Ala de Drix. O dragão e a guardiã estavam lado a lado, com a fada sentada na cabeça peluda e fofa de Trix. Era uma visão ao mesmo tempo engraçada e estranha porque Trix, uma pantera negra, era maior e parecia mais ameaçadora que Dracs, um dragão.

As paredes externas do castelo atrás deles realmente parecia ter sido construído com pó de diamantes, porque reluzia e clareava toda a área ao redor.

Aerie veio voando de encontro ao ômega antes mesmo dele pisar no primeiro degrau da escada.

“Vossa Alteza, fiquei preocupada por não encontrá-lo no quarto mais cedo”, disse ela, olhando de seu príncipe para o alfa ao seu lado. “Mas imaginei que estivesse com ele, então fiquei mais tranquila.”

— Tá tudo bem, Eri, só fomos dar uma volta na floresta, Chanyeol cuidou de mim. — Baekhyun tentou não parecer muito bobo ao dizer a última frase.

O alfa sorriu antes de se inclinar para ele e deixar um beijo rápido em sua bochecha que se tornou rosada enquanto o via subir as escadas primeiro para falar com Dracs e Trix, deixando Baekhyun para trás com sua fada.

“E essa flor no seu cabelo, Alteza?” Aerie pairou diante da flor, olhando com bastante interesse para ela. “Parece gostosa, posso comê-la?”

— Não, Eri, eu a ganhei do Chanyeol… — Ela olhou para o ômega com aqueles minúsculos olhos azuis, o rosto pedinte e faminto. Baekhyun suspirou. — Tudo bem, mas só uma pétala.

Logo mais, o ômega subia a escada para se juntar aos outros com uma Aerie muito alegre em seu ombro, mordiscando com vontade a pétala amarela brilhante da flor que era maior do que o rosto dela.

“Vossa Alteza”, cumprimentou Dracs, inclinando a cabeça numa breve reverência ao ômega.

— Estávamos justamente falando de você, Dracs — disse Baekhyun.

“Sobre o quê?”

— Ele disse que você pode viajar de um reino a outro em menos de um dia — explicou Chanyeol ao lado de Venatrix.

“Ah, verdade. Levo em torno de nove horas para sair de um reino e chegar ao Jardim, e mais nove horas do Jardim ao reino seguinte, Alteza.”

— Viu só? Meus livros estavam certos mais uma vez — Baekhyun se gabou para o alfa, que riu.

— Eu nunca disse que não estavam — rebateu ele.

“Dá pra colocar selas em você, Dracs?”, Aerie perguntou após comer toda a pétala da flor, esta que havia deixado seus lábios brilhantes. “Seria mais seguro para uma viagem de tantas horas seguidas sem poder fazer nenhuma pausa.”

— O que ela disse? — Chanyeol perguntou para Baekhyun, que repetiu as palavras da fada enquanto o dragão a respondia.

“Antigamente, sim, os Cavaleiros de Dragões usavam selas para nos montar. Mas depois que todos foram mortos e eu fui o único que restou, os skydrumianos abandonaram esse hábito. Achavam uma coisa chique demais para eles. Então sim, dá para colocar selas em mim.”

— Estava mesmo pensando nisso, vou providenciar quando chegarmos em Drix — disse Chanyeol.

Baekhyun sentiu algo macio encostar em sua perna e, quando baixou os olhos, viu que se tratava de Venatrix. Ele sorriu, se agachando diante dela e acariciando o alto de sua cabeça grande e fofa, os pelos bem macios e sedosos. Ela era um animal grande, portanto, agachado daquele jeito, Baekhyun ficou bem menor que ela — se ambos ficassem de pé, ela equilibrada nas patas traseiras, ainda assim seria muito maior que ele. Ela era realmente uma gatinha que cresceu demais, de pelos macios e garras mortais.

— Oi, Trix. O que foi, está com ciúmes? Eu não vou roubar o Chanyeol de você. — Como resposta, ela abanou o rabo e lambeu a lateral de seu rosto. — Ótimo, agora estou todo babado, essa é sua vingança?

Chanyeol riu ao lado deles, vendo a cena.

— Acho que na verdade ela iria gostar que você roubasse ela de mim.

— É uma boa ideia — disse Baekhyun alegremente, se levantando após bagunçar os pelos macios de Venatrix mais uma vez. — Você agora tem Dracs, deixe Trix pra mim — provocou, encarando o alfa com um sorriso divertido nos lábios.

Foi nesse momento que a guardiã veio por trás do ômega e o empurrou suavemente na direção do alfa, que o pegou pela cintura, os corpos de ambos agora perto o suficiente para haver apenas uma lasca fininha de espaço entre eles, que sorriram um para o outro.

— Podemos dividi-la, ela aprova você — o alfa falou em tom baixo.

— Me aprova? Como o quê, exatamente?

Chanyeol se inclinou até o ouvido dele e sussurrou: — Como meu ômega.

Baekhyun sentiu todo o ar escapar de seus pulmões. Aquela frase soou tão certa, tão convidativa aos seus ouvidos que não soube o que falar em resposta, mas o sorriso que acendeu em seu rosto foi suficiente para Chanyeol.

— Seu?

— Meu.

Então ele o beijou. Foi breve, até porque não estavam sozinhos, mas o bastante para fazer Baekhyun se sentir nas nuvens pelo escasso tempo que durou.

— Vamos, tenho um jantar para fazer. — Chanyeol puxou o ômega pela mão em direção às escadas.

— Eu posso te ajudar — sugeriu Baekhyun, entusiasmado com a ideia.

Dracs, Trix e Aerie seguiram atrás deles.

— Você já cozinhou antes?

— Nunca — admitiu. — Mas eu aprendo rápido.

— Então vamos ver do que você é capaz.

“Sinto que essa é uma péssima ideia, Vossa Alteza”, disse Aerie como se pressentisse o perigo.

— Não seja pessimista, Eri — Baekhyun resmungou com um bico. — Posso acabar descobrindo meus novos talentos.

“Ou incendiar a cozinha…”

Acontece que o talento de Baekhyun na cozinha se provou inexistente, o que divertiu muito os outros quatro — principalmente quando chorou, os olhos caidinhos muito vermelhos e irritados, após Chanyeol tê-lo pedido para picar as cebolas. Aerie se acabou de rir, assim como Chanyeol. Trix e Dracs não estavam muito diferentes, apesar de ambos serem um pouco mais difíceis de decifrar. Quando o alfa pediu para ele escorrer a água quente do macarrão, Baekhyun não só queimou a mão ao tocar sem querer na panela quente como derrubou todo o conteúdo dela no chão, causando um barulho estridente e uma grande bagunça.

No fim, ficou claro que ele mais atrapalhava do que ajudava, portanto Chanyeol o mandou para o quarto para tomar banho enquanto ele terminava de preparar tudo na cozinha. Com um bico inconformado do tamanho do mundo, Baekhyun acatou o pedido que estava mais para uma ordem, levando Aerie a reboque pois ela precisava curar sua queimadura.

No quarto, porém, Baekhyun era o retrato da felicidade. O sorriso insistia em permanecer em seus lábios, a mente e o coração reféns do alfa que ficou na cozinha — e Baekhyun tampouco queria um resgate. Ele se jogou na cama de barriga para cima e fitou o teto fixamente sem de fato vê-lo, segurando entre os dedos a flor que Chanyeol havia colocado em seus cabelos quando estavam na floresta.

Aerie pairou sobre ele, as asas agitadas no ar.

“Vossa Alteza parece muito feliz”, observou ela placidamente.

— Eri, eu tô apaixonado — confessou com um sorriso, o coração batendo forte e as bochechas corando com a própria constatação.

“Pelo alfa que o sequestrou.”

— Isso é só um detalhe bobo — descartou em tom sonhador.

“E o fez cair em Skydrum, o que colocou sua vida em risco.”

— Mas ele salvou minha vida primeiro, e várias vezes. — Aerie começou a rir. Baekhyun franziu o cenho, se sentando na cama sem tirar os olhos dela. — O que foi? Por que está rindo?

“Ouça só você, Alteza”, disse ela, ainda rindo. “Seu discurso mudou de ‘você colocou minha vida em risco em primeiro lugar’, para ‘ele salvou minha vida várias vezes’.”

Baekhyun fez uma careta.

— Você também começou a gostar dele — acusou ele como se quisesse julgá-la por isso. — Não está mais implicando.

“Isso é porque ele o faz feliz, e se você está feliz, eu também estou, Alteza.”

Baekhyun sorriu, levantando-se e indo até o banheiro, deixando a flor dourada na cama. Parou diante do espelho e encarou o próprio reflexo. Seus cabelos claros estavam perfeitamente alinhados, mas as bochechas acentuadas estavam rosadas. Seus olhos, de alguma forma, pareciam ainda mais dourados e vivos.

— Ele me diz coisas tão lindas, Eri — disse com um suspiro.

“Você gosta muito dele, Alteza”, comentou sua fada.

— Gosto…

“Dá pra ver em seus olhos.”

— Eri, eu andei pensando e… — Baekhyun mordeu o lábio inferior, sentindo um misto de nervosismo e ansiedade, seu coração acelerou e seu rosto ficou ainda mais vermelho, se possível. 

“E…?”

— E eu quero… sabe, eu e ele… — A cada palavra que saía de sua boca, Baekhyun ficava mais corado no rosto e embolado nas palavras. — Eu tenho vontade de… hm, fazer amor com ele.

“Vossa Alteza!” Aerie ficou espantada e incrédula, os olhos azuis arregalados tamanha sua descrença.

O ômega se virou de costas para o espelho e a encarou.

— Eu… tenho que me preparar. Preciso de um banho.

Ainda estupefata, a fada balbuciou: “Espera, você quer fazer isso hoje?!”

— É, hoje.

“Está sendo precipitado, Alteza”, ela tentou dissuadi-lo.

— Não estou, tenho certeza do que quero.

Baekhyun vinha pensando naquilo desde o momento que vivenciou com Chanyeol no banquinho do piano na sala de música, naquela tarde. Ali, descobriu que queria aquilo, queria se entregar para ele, ser dele.

“Mas… mas… Vocês nem são casados!”

Baekhyun riu.

— Não preciso estar casado para me deitar com ele, Eri, nunca me foi falado nenhuma regra sobre isso — argumentou ele, sentindo as bochechas ainda rosadas. Embora o fato de nunca ter sido proibido verbalmente de se envolver fisicamente com algum alfa tivesse a ver com o fato de não ser necessário, pois ele viveu a vida inteira dentro do Palácio Real, e não se aventurando pelo reino. Ainda assim, ele e sua fada não costumavam conversar sobre aquele assunto, apesar de saberem na teoria como funcionava. — Você está sendo arcaica.

Ela deu de ombros antes de sorrir com um olhar sonhador.

“É que é mais bonito e mais romântico, Alteza.” Ela rodopiou pelo ar, as asas agitadas e as duas mãos minúsculas sobre o peito. “Imagine só: você se entregando pela primeira vez para seu alfa no dia do seu casamento, em sua noite de núpcias. Você não pode dizer que não é lindo.”

— Meu alfa… — Baekhyun sussurrou, percebendo o quanto gostava daquelas duas palavrinhas, o quão bem elas faziam ao seu coração. Ele sorriu, desejando estar diante de Chanyeol naquele momento para chamá-lo daquele jeitinho e ver o que aquelas palavras fariam com ele. Provavelmente o atacaria com um beijo intenso e fervoroso que o deixaria sem fôlego. — Em todo caso, Eri, quero fazer isso hoje — disse, decidido. Seu semblante, no entanto, se entristeceu logo em seguida. — Temos pouco tempo juntos e eu nem sei quando o verei de novo. Com essa guerra, pode levar meses ou anos, Eri. Quero ter… essa experiência e lembrança com ele antes de seguirmos caminhos separados. Quero… recompensá-lo por ter nos trazido de volta à salvo.

“Se você falar pra ele que quer ‘recompensá-lo’, Alteza, creio que ele não irá tocá-lo e ainda se sentirá ofendido.”

— O que quer dizer?

“Chanyeol não o manteve à salvo todo esse tempo com essas… segundas intenções, ele não queria uma recompensa”, ela explicou sucintamente.

— Tem razão, Eri… — Baekhyun suspirou, pensativo. — Então que tal… agradecê-lo?

“Isso tampouco, Alteza, é a mesma ideia. Ele não vai colocar as mãos em você se pensar que você só quer agradecê-lo ou recompensá-lo. Ele só irá tocá-lo se você quiser ser tocado.”

— Mas eu quero. Muito. — Seu rosto voltou a ficar vermelho. Baekhyun estava ansioso por aquilo, mas também nervoso. Primeiro que não sabia como dizer aquilo para o alfa, e segundo que ele podia recusá-lo, então isso tudo o deixava com os nervos à flor da pele. E se ele o negasse? Se não o quisesse mesmo depois de ter demonstrado e confessado querer tocá-lo? Será que Baekhyun deveria seduzi-lo? Ele não sabia fazer aquilo e isso só o deixava ainda mais ansioso.

“Então deixe essa ideia de lado, basta dizer que quer ele, é o suficiente.”

Assentindo, Baekhyun começou a se despir; precisava de um banho caprichado e bem perfumado. Apesar de estar decidido a respeito do que queria, suas mãos ainda tremiam sutilmente enquanto tirava suas roupas. Ele não estava com medo — talvez um pouquinho —, mas a expectativa do que estava por vir causava tremeliques em todo seu corpo que já estava nervoso até demais.

Aerie enchia a banheira com pétalas perfumadas e sais de banho. A água vinha direto de um dos vários rios do Jardim, então era muito límpida e cristalina. Antes de entrar na banheira, Baekhyun prendeu os cabelos longos num coque frouxo porque não queria molhá-los.

“Vossa Alteza, e se você… hum, engravidar?”

Baekhyun esfregou os braços com as mãos, sentindo um calor no rosto. Ele não havia pensado naquilo, na verdade. Antes de cair em Skydrum e viver as maiores aventuras de sua vida, a ideia de casar não lhe agradava nenhum pouco, sempre fugia quando sua mãe tocava no assunto sobre arranjar um companheiro. Engravidar, porém, aquilo nunca havia se passado por sua cabeça. Não era nem que ele não queria, ele só não havia pensado na ideia mesmo, nunca conheceu nenhum alfa que inspirasse nele o anseio de construir uma família.

— Meu cio ainda está muito longe, Eri, sabe que as maiores chances de eu engravidar é durante ele — Baekhyun conseguiu responder após um momento de ponderação.

“Mas ainda há chances, mesmo que baixas”, insistiu ela.

— É, bem baixas. — Ele corou mais forte e limpou a garganta. — De qualquer forma, basta Chanyeol não… hm… fazer dentro?

Aerie também ficou vermelha com o linguajar cru.

“Acho melhor mudarmos de assunto, Vossa Alteza.”

— Também acho — concordou ele, então ambos começaram a rir.

“Está com medo?”, ela perguntou passado algum tempo, mesmo que tenha sugerido mudar o tópico da conversa enquanto o ômega se banhava.

— Não, na verdade. Só… nervoso — confessou em tom baixo, como se estivesse com vergonha de admitir em voz alta. — E se ele não me quiser?

Aerie riu.

“Mais fácil uma sereia fazer um ato de caridade do que aquele alfa recusá-lo, Vossa Alteza, ele é louco por você.”

— Como você sabe?

“Os olhos dele não mentem.”

Baekhyun ficou satisfeito.

Ele sabia que ela falava a verdade, sabia que Chanyeol o queria tanto quanto ele o queria, mas o seu nervosismo e ansiedade gostavam de lhe pregar peças e enchê-lo de inseguranças. Baekhyun nunca foi tocado antes por nenhum alfa, mas e se Chanyeol preferisse ômegas experientes? Ele mesmo já havia admitido uma vez que frequentava prostíbulos, e nesses lugares só havia ômegas cheios de atitudes e experientes que sabiam o que fazer com o próprio corpo e como dar prazer a um alfa. Baekhyun não era assim. O mais longe que ele já foi com Chanyeol aconteceu há algumas horas, com as mãos dele em suas coxas e a boca dele em seu pescoço na sala de música.

“Vossa Alteza, está ouvindo?”

Baekhyun piscou.

— Desculpe, Eri, o que disse?

Ela sorriu.

“Nada demais, só espero que ele cuide bem de você.”

— Ele vai. — Porque cuidar de Baekhyun é o que Chanyeol tem feito sempre.

Após o banho que acabou demorando um pouco mais porque o ômega queria ficar com o corpo todo macio e cheiroso para o alfa, ele se viu indeciso quanto às roupas que deveria vestir. Era sua primeira vez, portanto ele queria estar perfeito para Chanyeol — não que achasse que ele se importasse muito com o que decidisse usar, mas Baekhyun queria se arrumar para ele. Havia algo de romântico e atraente nisso, em querer estar bonito para ele e surpreendê-lo sabendo que ele o apreciaria.

O baú em que havia achado as roupas comuns mais cedo foi imediatamente descartado. Em vez disso, Baekhyun se viu procurando algo que lhe agradasse entre os muitos hanboks elegantes dispostos ali. Queria algo bonito e sofisticado, mas que não fosse exagerado e chique demais, afinal só ia descer para o jantar, tecnicamente. Chanyeol com certeza acharia estranho se ele aparecesse usando algo muito extravagante. Por sorte encontrou algo que era do seu gosto, que era exatamente a sua cara. A cor do tecido era de um rosinha bem suave, a superfície macia e lisa,  com as mangas dos braços longas e esvoaçantes. Havia pequenas flores delicadas, de cores rosas e vermelhas, bordadas em torno da gola, sobre os ombros e descendo pelo peito. Um fio grosso de cor vermelha servia para amarrar a cintura, acentuando um pouco mais suas curvas. A parte de baixo do hanbok,  também do mesmo tom suave de rosa, era tão solta e esvoaçante quanto suas mangas, dando a impressão de serem saias que chegavam quase até o chão.

“Está deslumbrante, Vossa Alteza”, Aerie elogiou, encantada. “Como sempre fazendo jus à fama de ser o ômega mais lindo dos Cinco Reinos.”

Baekhyun sorriu para ela, se encarando no espelho grande que havia no quarto. Suas bochechas ficaram da mesma cor de suas vestes ao imaginar o que Chanyeol diria ao vê-lo daquele jeito, todo arrumado para ele. Baekhyun era um ômega belo, transmitindo, através da aparência e modo de agir, toda a delicadeza e graciosidade que alguém nos status dele deveria ter. Era um príncipe e sua beleza era etérea, com olhos dourados como o sol, a pele frágil como porcelana e cabelos que pareciam fios de prata caindo harmoniosamente pelas costas.

— Eri, faça nos meus cabelos aquele mesmo penteado de quando caímos em Skydrum.

“É pra já, Vossa Alteza!”

Ela foi atrás da escova e acessórios para realizar o pedido do ômega, que ainda escrutinava a si próprio através do espelho. Sorriu, sabendo que Chanyeol ficaria impressionado.

Aerie voltou com grampos de cabelo feitos de ouro rosé, uma escolha apropriada para combinar com todo o resto. Minutos depois, a parte de cima do cabelo de Baekhyun estava enrolado num pequeno coque elegante preso pelos grampos, deixando o restante das mechas platinadas livres, alcançando até metade das costas. Sua franja estava repartida ao meio, deixando a testa à mostra.

Aerie pairou ao lado dele, parecendo incerta.

“Tem certeza disso?”

Baekhyun respirou fundo.

— Tenho, Eri.

E ele não estava mentindo.

✶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶✶

Quando Chanyeol foi até a Ala de Veny e avistou Baekhyun no topo da escada, prestes a descê-la, todo seu fôlego escapou de seus pulmões. Seus olhos fixaram no ômega que descia os degraus lenta e graciosamente até parar diante dele, e Chanyeol se perguntou mais uma vez se um dia encontraria palavras suficientes que pudessem descrever o quão deslumbrante Baekhyun era. Provavelmente não. Palavra nenhuma poderia sequer chegar perto.

O ômega em sua frente estava vestido como um perfeito príncipe; pequeno, elegante, gracioso, mais lindo do que qualquer pessoa tinha o direito de ser. Os olhos dourados encontravam os seus, um brilho de nervosismo e timidez presente neles.

Chanyeol estendeu a mão para Baekhyun quando ele parou no último degrau.

— Por acaso eu não fui informado de que hoje haverá algum evento especial do qual eu não tenha conhecimento? — perguntou, fazendo um sorrisinho bonito surgir nos lábios rosados do ômega.

Ele colocou a mão pequena e delicada sobre a sua ao descer o degrau que faltava, ficando consideravelmente menor se comparado ao alfa, que não deixou de notar que as bochechas dele estavam ficando rosadas. 

— Sim, mas ainda não é o momento certo pra eu contar a você o que é. 

Chanyeol o olhou de cima a baixo mais uma vez, demorando-se nos detalhes mais encantadores — como o fato de ele parecer um anjo todo rosa que desceu do céu, ou como os olhos pareciam esferas de ouro.

— Você está tão… — Chanyeol ergueu a mão livre, tocando a bochecha macia do ômega como se quisesse se certificar de que ele era real, feito de carne e ossos, e não uma conjuração super-realista de sua mente. — Foda-se, as palavras não são suficientes. 

Baekhyun sorriu, chegando mais perto, inclinando o rosto delicado contra a sua mão como um gatinho em busca de carinho. Ele piscou os olhos caídos, todo bonito daquele jeitinho adorável.

— Você gostou?

— Se eu gostei? Se você soubesse o que se passa na minha cabeça agora, subiria essas escadas de novo e se trancaria no quarto para se proteger.

Dessa vez Baekhyun riu, uma risada baixa, porém sincera, ainda olhando para o alfa com aqueles olhos mascarados de divertimento e falsa inocência.

— Isso é um sim?

Chanyeol não respondeu com palavras, porque a vontade de beijá-lo se tornou insuportável de combater, uma batalha que ele estava muito feliz em perder. Os lábios do ômega se abriram para ele no mesmo instante, como se ele soubesse exatamente o que Chanyeol faria, como se fosse fácil fazê-lo perder o controle. Se tratando de Baekhyun, Chanyeol admitia que era mesmo impossível manter as mãos e a boca só para si. Precisava prová-lo, tocá-lo, cheirá-lo. Sentir o gosto dele, a maciez de sua pele frágil, inspirar o morango que se desprendia de seu corpo pequeno e sinuoso.

Baekhyun ficou na ponta dos pés, segurando o tecido branco da camisa do alfa para que ele não se distanciasse. Deixou que ele o provasse enquanto o provava de volta, sentindo a textura úmida e esponjosa da língua dele indo de encontro à sua. Baekhyun gostava da sensação da mão grande dele em sua nuca o puxando para perto, gostava do quanto isso o fazia derreter contra ele, como se Baekhyun fosse facilmente moldado ao seu bel-prazer. Se sentia tão desejado nesses momentos que era impossível não estar mais certo sobre o que queria naquela noite. Queria sentir na pele o sentimento de pertencer a outro alguém — de pertencer à Chanyeol.

— Sim, isso é um sim — ele disse com a boca ainda contra a sua, roubando alguns selinhos a cada palavra que conseguia dizer antes de sucumbir à vontade de continuar beijando-o pelo resto da noite. — Você está lindo, está deslumbrante, parece um anjo. — Chanyeol respirou fundo, encostando suas testas para que pudessem respirar um pouco. — Eu deveria ter me vestido melhor também.

Depois de preparar o jantar deles, o alfa havia ido tomar um banho também e trocar de roupas. Ele não fazia ideia de que o ômega planejava se vestir tão bonito e formal daquele jeito, por isso só pegou dentro do baú no fundo do armário as roupas mais simples: uma calça preta larga e uma camisa branca de mangas curtas, semelhante à que usava mais cedo. Seus cabelos estavam presos num rabo de cavalo com alguns fios charmosos escapando do lugar.

Baekhyun riu, sem fôlego e com os lábios formigando.

— Não, você está bonito assim também.

— Ainda não vai me contar por que se vestiu tão lindo assim?

Chanyeol teve um selinho roubado, seguido de um risinho travesso por parte do ômega.

— Ainda não, Yeol.

— Mas você queria saber se eu gostei, então… isso tudo é pra mim?

Se Baekhyun já estava vermelhinho pela sessão de beijos de há pouco, então ele corou ainda mais após aquela pergunta, o coração já acostumado a bater forte e rápido no ritmo Chanyeol.

— Sim, é pra você — admitiu, o tom soando muito tímido de repente, o que deixava Chanyeol maluco. Numa hora ele estava todo atrevido e provocante, e na outra ficava todo corado e tímido. Que alfa resiste a um ômega desses? Chanyeol, com toda certeza do mundo, não seria o primeiro.

Ele roubou mais alguns beijos breves daquele boquinha bonita antes de pegar a mão macia do ômega e guiá-lo de volta para a Ala de Drix.

— Cadê a Aerie? — perguntou enquanto subiam as escadas, se dando conta da falta da fada no ombro do ômega.

— Ficou no quarto, queria dormir mais um pouco.

— Ela é uma dorminhoca — disse Chanyeol em um leve quê de acusação.

Baekhyun riu.

— E quanto à Trix e o Dracs, onde estão?

— Na floresta, Trix foi caçar e Dracs quis fazer o mesmo. Provavelmente só voltarão ao amanhecer.

— Então… somos só nós dois?

— É — concordou Chanyeol, levando a mão do ômega que ainda segurava até sua boca, onde plantou um beijo. — Somos só nós dois.

Jantaram no mesmo lugar onde almoçaram horas antes. Dessa vez, porém, havia castiçais com várias velas acesas por todo lugar para manter a claridade, porque a floresta até podia ser mágica e brilhante durante a noite, mas o interior do castelo, não. Somente os lustres tinham os diamantes que brilhavam no escuro, o que fazia a luz branca deles colidir com a luz amarelada das velas e dar um aspecto diferente ao local.

Baekhyun elogiou Chanyeol pela refeição saborosa, aprovando os pratos favoritos dele e típicos do Reino de Drix. A conversa fluía bem, o clima leve, algumas piadinhas e provocações que saíam soltas mesmo que sem querer, como se já estivessem habituados àquilo. Era até estranho pensar que eles estavam matando e lutando por suas vidas no Reino de Skydrum na noite anterior, mas que agora se encontravam dentro daquele castelo no Jardim desfrutando das despreocupações que os acompanharam nos últimos dias, aproveitando o momento tranquilo e em paz, com comida boa e saborosa, com a companhia que passaram a gostar mais do que o recomendado.

Após isso, saíram para o jardim na Ala Comum, o lugar onde se viram pela primeira vez. A árvore no centro do pátio cercado por flores imediatamente lembrou Baekhyun do lugar bonito que viu na floresta com Chanyeol, há poucas horas. As borboletas e vagalumes voavam por toda parte, as plantas eram lindas e de cores diversas, o céu aberto deixava a lua minguante e várias estrelas à vista.

Eles pararam diante da área reservada para as flores mágicas cujas pétalas mudavam de cor e soltavam pós brilhantes para o alto. Há 16 anos, havia cinco delas, flores raras e quase extintas devido às guerras antepassadas. Agora, só havia quatro delas — pois a quinta estava dentro de uma redoma de vidro no quarto de Baekhyun, no Reino de Veny.

— Aqui nos vimos pela primeira vez — murmurou o ômega, a cabeça voltando ao passado onde um garoto lhe contou a história sobre uma flor do amor.

— Aqui nos vimos pela primeira vez — repetiu Chanyeol ao lado dele. — E te vi nos meus sonhos todas as noites desde então.

Baekhyun ergueu os olhos para ele, pego de surpresa pela confissão do alfa. Ele às vezes se sentia culpado por ter esquecido de quando se conheceram, ter esquecido quem havia lhe dado aquela flor guardada com tanto zelo em seu quarto à qual era apegado. No fundo, Baekhyun sempre soube que havia sido de alguém importante para si, senão não sentiria qualquer conexão com a flor, como era o caso.

— Você fica chateado por eu não ter lembrado de você? — perguntou, virando-se de frente para o alfa, que fez o mesmo.

Chanyeol comprimiu os lábios, negando com a cabeça.

— Não, fico chateado quando penso que você estava sendo agredido pelo Jisung enquanto eu estava a apenas alguns metros de distância e não pude fazer nada.

— Não tinha como você saber — Baekhyun salientou em tom suave, pegando as mãos dele nas suas como se quisesse falar para ele não se preocupar com o que havia ficado no passado.

Ele puxou Chanyeol até onde havia um banquinho de madeira ali perto, no meio das flores e de frente para a árvore no centro do local. Se sentaram lado a lado, com os corpos meio virados na direção um do outro.

— Eu… tive a sensação de que algo ruim estava acontecendo, mas ignorei isso, pensei que era coisa da minha cabeça — admitiu ele, parecendo chateado consigo mesmo, o rosto baixo evitando os olhos do ômega. — Se não tivesse deixado pra lá e ido te encontrar de novo, eu…

— Chanyeol — Baekhyun interrompeu, pegando o rosto dele entre suas mãos para fazê-lo encontrar seus olhos —, você era uma criança tanto quanto eu naquela época. Não tinha como você fazer nada.

— Eu poderia ter dado uma surra nele — bradou com veemência.

— Isso iria começar uma guerra.

— Seu pai matou ele e Khann e Veny não entraram em guerra — destacou Chanyeol parecendo emburrado, o que fez Baekhyun rir, achando-o adorável.

— Não é bem assim — discordou, chegando mais perto do alfa. — Khann e Veny têm uma inimizade que dura até hoje, pode-se dizer que estamos numa “guerra fria”.

Com a proximidade, Chanyeol não resistiu em puxar o ômega pela cintura, colocando-o sentado de lado em seu colo. Surpreso pela maneira repentina e firme com que o alfa o moveu, Baekhyun segurou-se nos ombros largos e se ajeitou sobre ele até ficar confortável, gostando de como Chanyeol sempre tinha a necessidade de estar tão juntinho dele, de tocá-lo toda hora. Um braço o abraçando pela cintura, a mão repousada em sua barriga, enquanto a outra estava em sua coxa, e tudo aquilo causava em Baekhyun uma sensação de puro conforto.

Os olhos prateados de Chanyeol, fixados no rosto delicado do ômega, tinham um brilho quase metálico.

— Vou garantir que o Reino de Khann deixe você e Veny em paz, ou eles terão que se ver comigo.

Baekhyun sorriu, chegando o rosto mais perto do alfa até que suas testas encostaram uma na outra. Ele inspirou o suave cheiro de cerejas frescas que desprendia da pele de Chanyeol.

— Faria isso por mim?

— Acho que não tem nada que eu não faria por você.

— Isso é muito perigoso, sabia? — Baekhyun encostou seus lábios nos dele suavemente, mas quando Chanyeol tentou capturá-los, ele se afastou alguns centímetros, rindo de modo atrevido. — Eu poderia te pedir qualquer coisa e você o faria.

— Faria — confirmou Chanyeol, completamente rendido por aquele ômega. — Por que não experimenta pedir algo agora?

— Não sei, eu deveria? — Baekhyun provocou, risonho. Um calor subiu pelo seu corpo quando a mão do alfa localizada em sua coxa apertou o local com força moderada.

— Eu sei que você quer — murmurou, a voz soando rouca de desejo. Baekhyun arrepiou-se, afetado. Eles respiravam o mesmo ar, as bocas quase coladas uma na outra, mas aquele joguinho de provocação persistia quase até Baekhyun ficar tão maluco de desejo quanto Chanyeol.

— Então me beija logo — exigiu, soando demasiado manhoso —, é cruel deixar um ômega esperando, Yeollie.

Chanyeol atacou seus lábios sem pensar em mais nada. Beijou o ômega com tanta fome e intensidade que fez o estômago dele formigar num anseio por mais, muito mais. Baekhyun suspirou, puxando o alfa pela nuca, os dedos enfiados em meio aos fios negros de seus cabelos macios, abrindo a boca para receber a língua dele, gemendo com a sensação gostosa que sempre o acometia quando se beijavam. Era um sentimento que ele não conseguia explicar, mas que fazia todo seu corpo desejar mais de tudo aquilo.

Ainda sentado de lado no colo de Chanyeol, Baekhyun sentiu o momento em que a mão dele em sua coxa deslizou pelo local, subindo e descendo com leves apertadas aqui e ali, mas em momento nenhum ultrapassando um limite invisível que Baekhyun estava doido para que ele ultrapassasse. Sabia que Chanyeol estava apenas sendo respeitoso e apreciava isso, mas ele não queria respeito naquele momento. 

Quando, corajosamente, Baekhyun colocou a mão em cima da de Chanyeol e a conduziu para cima, em direção à sua bunda, ele mordeu seu lábio inferior e o puxou um pouco, para em seguida chupá-lo com avidez. Baekhyun gemeu na boca dele, manhoso, sentindo um aperto forte em uma de suas nádegas. Diferente de tudo que já sentiu antes, aquilo pareceu incendiar todo o corpo de Baekhyun, um desejo cru queimando em suas veias.

— Yeol…

— Você tá querendo me enlouquecer? — A voz rouca causou um estrago na sanidade do ômega.

— Tá funcionando? — perguntou, ofegante. A boca de Chanyeol desceu pelo seu queixo e alcançou seu pescoço, mordendo de leve o local e em seguida o lambendo.

— As coisas que eu quero fazer com você agora… — Ele apertou sua bunda novamente como se fosse um aviso, uma sentença demasiada prazerosa. — Você realmente devia correr e se trancar no quarto.

Baekhyun não tinha certeza, mas tinha a sensação de que estava ficando molhado só com aqueles beijos indecentes e aquelas mãos bobas em seu traseiro. E não só isso como também podia sentir Chanyeol endurecendo sob ele. Ofegou, extasiado por ser o motivo daquilo.

Subitamente, porém, Baekhyun afastou-se de Chanyeol e se levantou do colo dele, deixando-o um pouco atordoado e confuso. Sentindo as bochechas muito quentes, o ômega passou as mãos pelo próprio corpo como se quisesse desamassar os tecidos lisos de suas vestes.

— Venha, vamos para dentro — chamou, estendendo a mão para o alfa, que ainda parecia confuso com seu súbito distanciamento quando ele próprio o havia encorajado a tocá-lo a apenas alguns minutos. Chanyeol se perguntou se havia sido ousado demais, se não foi imaginação o que aconteceu há pouco.

Ele pegou na mão do ômega e também se levantou, o cenho franzido com os pensamentos que lhe atormentavam.

— Tá tudo bem? — perguntou enquanto ambos seguiam de volta para o interior do castelo. — Eu… passei dos limites?

Baekhyun olhou para ele e sorriu.

— Não, nada disso. Eu só fiquei um pouco nervoso — confessou, porque era verdade. Quando percebeu Chanyeol ficando duro sob ele e encostando em suas coxas mesmo que através das roupas, a força do desejo bateu nele com tudo, implacável e feroz. Percebeu que desejava ele tanto que faria as maiores obscenidades com ele ali, naquele banquinho do jardim, por isso achou melhor que eles entrassem no castelo para terem mais privacidade.

Chanyeol, interpretando seu nervosismo de um modo ruim, olhou para ele espantado.

— Posso não tocá-lo mais se você não quiser.

Baekhyun parou de andar e o alfa fez o mesmo. Ambos estavam saindo da Ala Comum e entrando na Ala de Drix.

— Eu quero que você me toque — admitiu, corando forte enquanto olhava no fundo daqueles olhos de prata.

Chanyeol suspirou.

— Você está bagunçando a minha cabeça — resmungou, fazendo Baekhyun rir.

Eles recomeçaram a andar.

— Então quer dizer que eu aparecia em seus sonhos, Yeol? — perguntou num tom divertido, ambos já no topo das escadas da Ala de Drix.

Chanyeol riu, balançando a cabeça como se achasse a situação muito divertida.

— Todas as noites. Eu sabia que não conseguiria esquecê-lo. — Seu tom era galanteador, tornando difícil para o ômega não sorrir o tempo todo, completamente derretido por ele.

— Como você tinha tanta certeza disso?

Chanyeol pegou seu rosto entre as mãos grandes com tanta delicadeza que Baekhyun se sentiu muito frágil, pequeno e vulnerável de repente, mas era uma sensação estranhamente boa. Ele olhou nos olhos dele com intensidade, passando através deles tantos sentimentos e emoções sinceros que deixou o ômega desnorteado.

— Porque quando eu te vi lá naquele jardim pela primeira vez, sozinho admirando todas aquelas flores e sendo todo bonito, eu soube que você seria meu.

— Seu? — Baekhyun arfou, sentindo o corpo esquentar de repente, um calor agradável se alastrando por todo lugar a partir de seu coração sempre que ouvia aquele pronome possessivo saindo da boca dele. — Como você sabe?

Chanyeol sorriu ladino, um dedo deslizando suavemente por sua bochecha.

— Um alfa sempre sabe, lá no fundo, quem é seu verdadeiro ômega.

Baekhyun sorriu de volta antes de sentir os lábios alheios contra os seus, tão cheios e macios quanto ele se lembrava. Ele ficou na ponta dos pés, abraçando Chanyeol pela cintura, as mãos apertando o tecido da camisa dele enquanto suas línguas causavam atritos molhados dentro de suas bocas. Era tão bom que ele não queria parar nunca, nem pela falta de ar que logo chegaria para atrapalhá-los.

Era estranho pensar que seus reinos estavam em guerra naquele momento, que seus pais provavelmente se odiavam enquanto eles estavam ali, cada vez mais apaixonados um pelo outro, mais perdidos naquela miríade de sentimentos que crescia descontroladamente. Baekhyun não se importava, ele nunca mais voltaria para Veny se isso significasse ficar com Chanyeol ali, para sempre. Era um pensamento tolo e precipitado, ele sabia, no entanto, fugir da realidade era o que ele mais gostava de fazer quando tinha os lábios de Chanyeol pressionados contra os seus, as mãos dele em seu rosto, o corpo dele colado junto a si.

Baekhyun subiu as mãos pequenas pelos braços de Chanyeol, sentindo na ponta dos dedos, através do tecido de suas roupas, os músculos proeminentes de seus bíceps. Era algo atraente e muito sexy apertar aquela região do corpo dele, sentir os músculos tão firmes contraindo sob suas palmas, aquilo fazia Baekhyun ser dominado por uma onda de calor tão intensa que o fazia querer choramingar e implorar para o alfa levá-lo para um quarto. Chanyeol desceu uma das mãos pelo seu corpo, pegando sua cintura e o puxando para ele com tanta possessividade que fez o ômega gemer contra sua boca, os lábios vermelhos e o fôlego por um fio.

— Me prove — pediu, a voz sussurrada porque ele quase não encontrou a própria voz.

— Provar o quê?

— O que você acabou de dizer. — Baekhyun subiu os braços e o abraçou pelo pescoço, fitando os olhos prateados dele com a mesma intensidade com que foi encarado há poucos minutos. — Que eu sou seu. Durma comigo esta noite.

Chanyeol ficou levemente surpreso, Baekhyun observou, as sobrancelhas arquearam e ele inspirou fundo como se estivesse sonhando e de repente se deu conta de que era tudo realidade.

— Dormir tipo…?

Baekhyun inevitavelmente enrubesceu, mas não desviou o olhar. Estava com vergonha e se achando muito direto, mas decidido do que queria — e ele queria Chanyeol.

— Tipo fazer comigo essas coisas que você diz querer fazer. 

— Está falando sério? — ainda desacreditado, o alfa perguntou. Baekhyun assentiu, tímido para dizer qualquer coisa. Chanyeol abriu um sorriso de entendimento. — Então essa é a ocasião especial? Você realmente se vestiu assim pra mim? — Novamente, o ômega balançou a cabeça numa afirmativa, corando forte no ato.

— S-só se você me quiser, é claro — balbuciou, mordendo o lábio inferior pelo nervosismo e o medo irreal de ser rejeitado.

— Se eu quiser você? — Chanyeol apertou sua cintura e o empurrou gentilmente para trás até que suas costas ficaram contra a parede. Baekhyun ergueu os olhos para ele, se vendo refletido em suas pupilas dilatadas. Chanyeol tocou seu rosto com delicadeza, como se Baekhyun fosse a coisa mais preciosa para ele, o brilho nos olhos dele deixava isso claro. — Ainda não percebeu que eu sou completamente apaixonado por você?

Seu coração bateu tão forte naquele momento que chegou a doer.

— Chanyeol… — o ômega não sabia o que dizer além do nome dele. O alfa pelo qual estava apaixonado confessou também estar apaixonado por ele, então os sentimentos de euforia, plenitude e excitação crescendo em suas veias eram compreensíveis.

Baekhyun ficou na ponta dos pés, puxou Chanyeol pela nuca e o beijou — um beijo doce e suave, à princípio. Sua língua deslizava sobre a dele com leveza, lentidão, explorando tudo como se já não conhecessem o gosto da boca um do outro de cor. Uma parede às suas costas e um alfa alto e forte em sua frente, Baekhyun parecia pequeno demais naquele momento, se esticando sobre os pés e segurando nos braços e ombros de Chanyeol para conseguir alcançá-lo, retribuir o beijo lento e gostoso que ele mesmo começou. Como sempre, o pensamento de Chanyeol ser daquele jeito, grande e cheio de músculos, deixava Baekhyun insano.

O beijo evoluiu para algo mais intenso em pouco tempo. A urgência por toques cresceu tão rápido quanto a excitação, algo que fervia e borbulhava dentro deles querendo ser liberto. Baekhyun gemeu baixo e manhoso quando o alfa chupou sua língua, algo que até então ele nunca havia feito. Foi diferente de tudo que já sentiu e o fez querer mais, o fez querer fazer aquilo nele também. Sua cintura foi apertada pelas mãos de Chanyeol, pressionando-o mais contra a parede quando os corpos ficaram colados demais um no outro.

Pela falta de ar, Baekhyun se afastou um pouco para respirar, mas a boca de Chanyeol não saiu de sua pele — continuou por sua bochecha, queixo e pescoço, beijando, chupando e lambendo tudo que encontrava no caminho. O ômega suspirou, ofegante, sentindo a mão grande do alfa agarrar uma de suas coxas e erguê-la um pouco, apertando a carne farta da região quando voltou a atacar os lábios de Baekhyun, que gemeu mais uma vez na boca dele. Estava ficando duro e molhado, ele podia sentir. As mãos de Chanyeol em seu corpo, a boca dele em sua pele, o calor, o gosto, o cheiro, tudo aquilo estava fazendo o ômega ficar mais e mais excitado.

Quando Chanyeol puxou a outra coxa dele, Baekhyun não teve escolhas senão entrelaçar suas pernas na cintura dele, usando a parede de apoio mesmo que soubesse que apenas os braços fortes dele seriam suficientes para sustentá-lo — braços cujas mãos agarravam possessivamente sua bunda. O abraçou pelo pescoço, o coração martelando dentro do peito com as mil possibilidades que se passaram por sua cabeça, uma mais obscena que a outra. Baekhyun apertou os ombros do alfa com força, as pernas firmes em torno dele, segurando-o junto a si enquanto seu fôlego se esvaía mais uma vez com a intensidade dos beijos longos que trocavam.

Chanyeol, eventualmente, se afastou um pouco para olhá-lo nos olhos. Baekhyun estava com os lábios inchados e as bochechas vermelhas, nada muito surpreendente, mas uma visão de tirar o pouco fôlego que restou do alfa.

— Lembra de quando estávamos invadindo o primeiro distrito em Skydrum e eu disse que já tinha dormido com outros alfas? — Baekhyun perguntou, a voz arfante, a respiração funda, mas sincero como sempre era. Chanyeol aquiesceu. — Eu menti — confessou. — Nunca fui tocado por nenhum alfa.

O alfa respirava fundo também, medindo o ômega com cautela.

— Eu já sabia — ele admitiu, sorrindo de lado, e Baekhyun não ficou surpreso que ele soubesse mesmo. — Quer que eu pare?

— Apenas quero que saiba — respondeu, corando até as orelhas porque era estranho revelar aquilo em voz alta para ele, mas Baekhyun realmente queria que Chanyeol soubesse. — Quero que esteja ciente de que é o meu primeiro.

— Oh, meu amor, eu pretendo ser seu único — disse ele com total confiança, um sorriso cafajeste pintado no rosto bonito e deixando o ômega arrepiado dos pés à cabeça.

Chanyeol voltou a beijá-lo, agora com mais força, com mais desejo, com o êxtase de saber que aquele ômega tão lindo e sensual queria que ele fosse seu primeiro. As unhas de Baekhyun afundaram de leve na nuca de Chanyeol, puxando-o para ele, as bocas famintas uma pela outra. Sentir as mãos do alfa apertando sua bunda fazia o corpo do ômega zumbir de desejo, querendo mais daquelas sensações de calor exacerbadas que pareciam querer incendiá-lo de dentro para fora.

— Chanyeol, vamos sair daqui… — pediu, ofegante, entre um beijo e outro. Era difícil pensar em algo coerente quando se estava sendo beijado com tanta avidez, mas eles não podiam fazer qualquer coisa ali, no meio do corredor, por mais que o castelo estivesse vazio naquele momento.

Obedecendo-o, o alfa segurou o ômega com mais firmeza em seus braços e começou a andar em direção ao quarto. Baekhyun sorriu para ele, vendo como o desejo transformou a prata de seus olhos em um tom mais escuro.

— Eu sou pesado, me coloque no chão, posso ir andando.

Chanyeol olhou para Baekhyun como se ele fosse o ar que ele precisava para respirar, segurando-o com mais possessividade contra ele.

— Você não pesa nada pra mim — afirmou ele, e com todos aqueles músculos o ômega não duvidou de suas palavras. — Além disso, se você soubesse o quanto eu tenho desejado ter você nos meus braços nos últimos dias, não me pediria para tirá-lo deles só por pena.

Baekhyun riu do seu jeitinho genuíno.

— Você realmente me queria muito, não é?

Chanyeol moveu o ômega em seus braços, apenas um movimento sutil, de modo que Baekhyun pôde sentir algo demasiado duro roçar em sua bunda, algo que o fez arfar e segurar no alfa com mais força e com mais desejo.

— Mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Voltaram a se beijar quase instantaneamente, mas não durou muito, a porta do quarto de Chanyeol estava bem diante deles. Ainda recusando-se a colocar o ômega no chão, ele abriu a porta com apenas uma mão, o outro braço sendo suficiente para sustentá-lo sem dificuldade alguma — isso tudo sem desgrudar sua boca da dele. Quando entraram, Chanyeol tornou a trancar a porta e depois andou em passos cegos em direção à enorme cama entre duas janelas altas na parede direita do cômodo.

Baekhyun só parou de beijá-lo para observar o local com curiosidade. A luz vinha dos castiçais majestosos no teto e luminárias de diamantes nas paredes; as cortinas nas janelas eram de cor vinho, assim como as cobertas e os lençóis que forravam a cama de dossel; as espadas de Chanyeol estavam sobre uma poltrona grande verde-musgo. Havia uma porta no extremo do quarto que Baekhyun desconfiava levar ao banheiro. Com exceção das cores de Drix, não era muito diferente do quarto dele na Ala de Veny, afinal de contas.

Baekhyun voltou sua atenção para o alfa, que o observava silenciosamente durante todo aquele tempo.

— O que foi?

Chanyeol balançou a cabeça como se quisesse dizer que não era nada, e Baekhyun lembrou-se de quando ele disse que apenas gostava de olhá-lo.

— Quero beijar você — Chanyeol admitiu sem vergonha nenhuma.

O ômega tentou morder o lábio inferior para conter o sorriso, mas não adiantou muito.

— Você acabou de fazer isso.

— Quero beijar você inteiro.

Ainda com os braços em torno do pescoço dele, Baekhyun puxou-o para mais perto, roçando seus lábios nos dele.

— Então me beije inteiro. Faça o que quiser comigo, eu sou seu, não sou?

— Você é — disse antes de tomar os lábios do ômega para si. Um beijo que começou lento logo se tornou mais urgente e necessitado, mais faminto e intenso. Baekhyun amoleceu nos braços de Chanyeol, gostando da forma firme e possessiva com que ele o segurava, gostando do cheiro de cerejas dele ter ficado mais forte à medida que o desejo aumentava rápida e gradativamente, gostando de como ele chupava sua língua e lábio e o fazia gemer manhoso na boca dele, resultado de todas as sensações exultantes que dominavam seu corpo naquele momento.

Chanyeol deu mais alguns passos até suas pernas baterem na cama, onde ele deitou Baekhyun com cuidado e se colocou sobre ele, incapaz de abandonar aqueles lábios viciantes que ele tinha. Entre as pernas dele, Chanyeol desceu com os beijos pelo pescoço dele, sentindo a maciez, o gosto doce em sua boca quando o lambia e chupava.

— Yeol… — Baekhyun arfou, gemendo sem fôlego. Ter Chanyeol em cima dele, todo grande e forte, era uma coisa que Baekhyun percebeu que amava. O peso dele em cima de si fazia-o tirar da cabeça qualquer chance de tudo aquilo não passar de um sonho que se tornava cada vez mais erótico. Era real, mesmo através das roupas, o calor da pele dele era real e Baekhyun amava isso.

A sensibilidade no pescoço com os beijos do alfa logo ganhou resultado: estava duro e molhado, a lubrificação natural umedecendo sua entrada cada vez mais; não demoraria muito para estar escorrendo com o aumento da excitação se Chanyeol continuasse o estimulando daquele jeito.

O alfa sentiu o pau duro do ômega roçando em sua barriga, sentiu o cheiro de morangos ficando cada vez mais forte, sentiu ele segurando seus cabelos negros com força apenas para ter onde descontar. Os gemidos que ele soltava, tão manhosos e ainda baixos e tímidos, estavam enlouquecendo Chanyeol, que nunca se sentiu tão duro em sua vida como naquele momento, por causa daquele ômega. As pernas dele ainda presas em sua cintura causavam uma fricção entre seus corpos, ambos inevitavelmente sentindo a ereção um do outro.

Quando Chanyeol tornou a subir a boca de encontro à do ômega, Baekhyun recebeu-o com um gemido dengoso, aprofundando o beijo com volúpia e tornando tudo uma bagunça de salivas e línguas. Baekhyun desceu as mãos pelas laterais do corpo de Chanyeol até chegar à barra da camisa branca que ele usava, puxando-a para cima num pedido silencioso que o alfa entendeu bem. Ele interrompeu os beijos sedentos que trocavam e se ergueu, ficando de joelhos na cama, entre as pernas do ômega.

Baekhyun se apoiou nos cotovelos para ver melhor, fazendo Chanyeol rir um pouco antes de puxar a camisa para fora do corpo, jogando-a no chão do quarto. As bochechas do ômega ficaram mais coradas, mas ele não desviou o foco de seu escrutínio, observando o alfa agora parcialmente despido. Percebeu que ainda era capaz de se surpreender com a visão. Os ombros eram largos, assim como o peitoral definido e bem marcado, os mamilos de um tom mais escuro de vermelho. Os braços eram musculosos e com veias destacadas que chegavam até as mãos grandes e calejadas, e isso era muito atraente na visão de Baekhyun. Como um guerreiro — o melhor que ele já viu —, não era surpresa que o abdômen de Chanyeol fosse todo trincado, mas ainda causou no ômega uma avalanche de emoções abrasadoras, mesmo que não fosse a primeira vez que o via sem camisa. As cicatrizes que ele tinha distribuídas pelo corpo não o deixavam menos perfeito, eram sinais de sua valentia e coragem, de sua força e resistência. Baekhyun beijaria cada uma delas quando tivesse a oportunidade. 

O pensamento de que aquele alfa era todo seu cruzou a mente do ômega, e ele se sentiu ficando mais molhado atrás, o corrimento manchando sua roupa íntima e encharcando tudo. Era vergonhoso e excitante ao mesmo tempo, Chanyeol o veria assim e ele sequer havia feito algo mais do que beijá-lo. Baekhyun tentou fechar as pernas, mas o alfa estava entre elas, tornando a missão impossível. Seus olhos se encontraram e, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo, Chanyeol sorriu do modo mais cafajeste que o ômega já viu. Ele se arrepiou inteiro, afetado, o tesão correndo em suas veias.

— Você vestiu essas roupas bonitas para mim, eu gostei — disse ele, segurando em ambas as coxas de Baekhyun para mantê-las abertas. — Mas está na hora de tirá-las, não vamos precisar delas agora, não é mesmo? — O ômega engoliu em seco, formigando sob a pele. Ele ergueu a mão em direção ao fio vermelho em sua cintura pronto para desatá-lo, mas Chanyeol segurou seu pulso suavemente para impedi-lo. — Não, eu faço isso.

Em seguida ele saiu da cama, ficando de pé no chão, apenas com a calça no corpo muito alto e musculoso, depois estendeu a mão para Baekhyun para que ele também se levantasse. Quando ficou de pé, o ômega teve que erguer a cabeça para olhar o alfa nos olhos, como sempre gostando da discrepância entre suas alturas, físicos e todo o resto que os tornavam, de certa forma, opostos. Chanyeol sempre o fazia se sentir pequeno, mas também vulnerável e protegido, e Baekhyun gostava daquilo, sabia que podia confiar nele com sua vida.

Ainda olhando-o nos olhos como se o analisasse, o alfa deslizou um dedo em sua bochecha vermelha de forma delicada e carinhosa, seu olhar era amável.

— Você ainda quer isso? — quis se certificar uma última vez, porque queria evitar ter que parar depois que começasse.

Baekhyun pegou as mãos dele e as levou até o cordão vermelho em sua cintura sem desviar seus olhos dos prateados do alfa para que passasse a firmeza de suas palavras.

— Quero que me faça seu ômega, aqui e agora.

Chanyeol sorriu, os olhos carregados de desejos e vontades impudicas. Ele puxou o fio e o nó desatou. Baekhyun respirou fundo, ansioso e nervoso pelo que estava por vir enquanto o alfa tirava suas roupas com lentidão e zelo, como se apreciasse ao máximo cada porção de pele que ficava exposta. O amontoado rosa florido caiu aos seus pés, apenas a parte de cima de suas vestes. Agora, assim como Chanyeol, ele só tinha a calça no corpo, mas ele sabia que não era por muito tempo.

Baekhyun observou Chanyeol observá-lo e apreciá-lo — adorá-lo. Um arrepio desceu por sua coluna quando os dedos do alfa tocaram sua cintura agora nua, subindo e descendo por suas curvas até ele decidir subi-los um pouco mais, movendo-os para frente até alcançar o peito do ômega. Os olhos de Chanyeol estavam fascinados,  ora admirando a exposição de seu corpo,  ora encontrando seu olhar por breves segundos e passando, através deles, o quanto o desejava. Os polegares dele contornaram seus mamilos, dois botões rosados, e quando tocou num deles, Baekhyun estremeceu, arfando sonoramente, as pernas bambas de repente. Eram muitas sensações e emoções para processar. Seu corpo voltou a formigar, incendiar, a zumbir de tesão, agora mais forte do que antes — isso tudo com apenas um toque.

Observando sua reação, Chanyeol sorriu um sorriso obsceno.

— Você é sensível aqui — afirmou ele, tocando no outro mamilo com o dedo, rodeando a auréola rosada em provocação. — Isso é ótimo, vou chupá-los daqui a pouco — prometeu, segurando o botão entre os dedos e fazendo o ômega engasgar com um gemido antes mesmo que tivesse a oportunidade de morder o lábio para conter o som. Baekhyun estremeceu, fechando os olhos por um segundo (e tudo que ele viu foi a imagem pecaminosa dos lábios de Chanyeol ao redor de seus mamilos, chupando-os como disse que faria enquanto mantinha contato visual consigo,  tão dominante que faria o ômega desfalecer entre gemidos naquela cama).

Baekhyun agora estava encharcado dentro das calças — e tinha certeza que Chanyeol podia sentir o cheiro de sua excitação.

— Você precisa mesmo dizer… essas coisas? — perguntou depois de ter certeza que não gaguejaria. Seu rosto estava em chamas, embora o corpo inteiro não estivesse muito diferente. Chanyeol havia acendido dentro dele uma fogueira cujas labaredas de tesão lambiam sua pele e o consumiam de dentro para fora. Seu mamilo ainda preso entre os dedos dele lhe causavam arrepios e formigamentos insistentes.

O alfa voltou a sorrir daquele jeito cafajeste, típico dele.

— Uma das formas de aumentar o prazer e o tesão são as palavras, e quanto mais chulas, melhor.

— Você é um pervertido incurável — acusou, o tom saindo bastante afetado.

Chanyeol somente riu, divertindo-se com o estado em que deixava o pequeno ômega.

— Como eu já disse no outro dia: nunca neguei. — E com uma piscadela, ele desceu as mãos pelo corpo de Baekhyun, deslizando lentamente pela barriga lisa dele antes de alcançar a barra da calça. Ele inspirou fundo e, para surpresa do ômega, se ajoelhou diante dele, ficando com o rosto perto demais de sua região pélvica. Baekhyun estremeceu com as palavras seguintes que saíram de sua boca: — Mas você também é um pequeno devasso, não é? Já está tão molhado aqui embaixo e eu mal o toquei direito ainda. — Chanyeol ergueu os olhos para ele e sorriu. — Posso sentir o cheiro da sua luxúria daqui, amor.

— Chanyeol — repreendeu, mas o tom saiu afetado demais, sem firmeza alguma.

Ainda com aquele sorriso irritante, o alfa inclinou a cabeça para frente e beijou a barriga nua do ômega, bem abaixo do umbigo, antes de começar a remover as calças dele. Baekhyun nem sabia como reagir, como se sentir ou onde pôr as mãos. Estava sendo despido na frente um alfa, por ele, e isso era algo totalmente novo para si. O nervosismo e ansiedade atacou-o novamente, mas junto de uma expectativa e excitação que ele não estava esperando.

Suas roupas inferiores foram removidas de forma lenta, porque, novamente, Chanyeol parecia querer apreciar e gravar cada mínimo detalhe à medida que mais pele de seu corpo ficava exposta. Baekhyun mordeu o lábio inferior e fechou os olhos de vergonha quando a sensibilidade o fez sentir ar fresco tocar sua região íntima após esta ficar nua bem diante do olhar analítico de Chanyeol. Seu primeiro impulso foi puxar as calças de volta ou se jogar na cama para se esconder debaixo dos lençóis, mas não fez uma coisa e nem outra, sabia que o alfa o impediria.

Quando tomou coragem para abrir os olhos, Chanyeol o olhava de volta como se quisesse jogá-lo na cama e fazer as coisas mais obscenas com seu corpo. Era um olhar concupiscente, lascivo, algo que prometia prazer e insanidade, adoração e depravação. O rosto dele estava a poucos centímetros do pau babado e ereto do ômega, pulsando como se tivesse vida própria. Baekhyun sentiu o próprio rosto corando forte, em especial quando se deu conta de que aquela visão que tinha do alfa era estranhamente atraente e fez sua lubrificação escorrer entre as nádegas — e o fato de saber que Chanyeol podia sentir o cheiro de sua excitação só o fazia ficar mais excitado ainda.

Chanyeol não disse nada, mas seu sorriso enviou faíscas de eletricidade pelo corpo do ômega. Ele estremeceu quando suas roupas caíram no chão, se juntando às outras, e as mãos grandes dele fizeram seu caminho em direção às suas coxas grossas, nuas e macias. Chanyeol apertou a parte interna delas, e Baekhyun teve que se apoiar nos ombros dele por sentir as pernas fracas de repente, sua respiração oscilando. Quando ele inclinou para beijar uma de suas coxas, Baekhyun pensou que seria o seu fim. Não sabia que era extremamente sensível até aquele momento, ou se Chanyeol apenas tinha o dom de empurrá-lo para o limite com uma grande facilidade porque, sinceramente, havia sido só um beijo na coxa!

Mas depois houve mais. Chanyeol distribuiu vários beijos e pequenas mordidas na coxa de Baekhyun antes de partir para a outra e fazer o mesmo, selos molhados revestindo sua pele e chegando cada vez mais perto de onde o pau babado dele ainda pulsava, mas ele o ignorava por hora, as mãos subindo por seu corpo, chegando atrás e segurando em sua bunda com vontade.

— Yeol, eu… — gemeu manhoso, sem saber direito o que dizer, sua cabeça parecia tão cheia e tão vazia ao mesmo tempo.

Chanyeol se afastou alguns centímetros de sua pele, ergueu a cabeça para encontrar seus olhos e então sorriu, algo que bagunçou ainda mais os pensamentos já desconexos do ômega. 

— Vire de costas — pediu ou mandou, Baekhyun levou um momento para processar a frase.

— O quê?

— Vira pra mim. — Percebendo sua óbvia hesitação, o alfa sorriu para tranquilizá-lo. — Quero ver você, vou fazê-lo se sentir bem, confie em mim.

Baekhyun suspirou, virando-se como foi pedido. Era um pouco constrangedor, mas não era ruim; estranho e inédito, apenas, nunca havia feito nada daquilo com outra pessoa, mas Chanyeol o fazia se sentir bem,  confortável e, principalmente, desejado. Se tinha uma coisa da qual Baekhyun tinha certeza era que Chanyeol o desejava como nunca desejou nada na vida, o olhar dele entregava, então não custava nada fazer o que ele pedia, pois, afinal, confiava nele.

De costas para o alfa, Baekhyun não sabia o que fazer com as próprias mãos. Não iria se apoiar na cama que batia um pouco acima de seus joelhos, isso o faria ficar inclinado para frente e um pouco empinado na direção de Chanyeol (embora alguma coisa lhe dizia que ele gostaria disso). Meio sem jeito, deixou as mãos ao lado do corpo mesmo, mordendo o lábio inferior enquanto ficava curioso para ver que expressão Chanyeol fazia, mas incapaz de checar por cima do ombro, sua vergonha e timidez ainda eram maiores.

Chanyeol, por outro, parecia estar vendo o paraíso. Baekhyun tinha nádegas cheias e firmes, branquinhas e macias, com várias pintinhas adoráveis espalhadas pelas bandas leitosas e suculentas. Era lindo e fodidamente sensual, apenas a visão fez seu pau contorcer dentro das calças. Suas mãos, ansiosas, subiram pelas coxas fartas e agarraram as nádegas dele, onde viu a umidade escapando por entre as bandas. O cheiro de morangos estava mais e mais forte. Baekhyun lubrificava tanto e isso era tão erótico que Chanyeol sentiu a vontade quase irresistível de enterrar o rosto no meio da bunda dele para lambê-lo e chupá-lo inteiro, mas sabia que isso o assustaria se o fizesse tão de repente, então se conteve. Iria devagar e aproveitaria cada segundo, faria Baekhyun aproveitar todo o prazer que Chanyeol se certificaria de lhe dar.

— Tão molhado, Bae…

O ômega arfou ao sentir um beijo em sua nádega, seguido de um aperto forte na outra, as mãos tocando-o com possessividade como se Baekhyun fosse somente dele para ser tocado. Um gemido ficou entalado em sua garganta, as sensações extasiantes dominando seu corpo, assim como os beijos de adoração que Chanyeol distribuia em sua tez como se estivesse endeusando sua bunda. O pensamento, de alguma forma, fez Baekhyun se sentir muito bem, desejado, amado.

— Deita na cama — pediu de repente, a voz grossa como se praxe, mas carregada com o peso do tesão inconfundível.

Baekhyun obedeceu ao seu comando, tomado pelo instinto submisso típico de um ômega, por mais que, verdade seja dita, ele fosse alguém bastante desobediente. Mas não tinha como ir contra, Chanyeol tinha uma aura dominadora demais que o fazia querer fazer tudo que ele ordenasse; ele era um alfa que sabia se impor, sua presença era intimidadora e Baekhyun achava isso tão sexy que ele podia se sentir ficando mais molhado, tanto na frente quanto atrás.

Ele subiu na cama, o colchão muito macio e fofo afundando sob seu peso. Deitou de barriga para cima, apenas para poder olhar para Chanyeol e observar suas expressões. Seu coração batia com força e, como consequência, seu pau ficava mais duro e melado, vergonhosamente exposto aos olhos prateados do alfa, este que o olhava como se ele fosse um prato suculento de carne que ele estava querendo muito devorar. O estômago do ômega se contorceu sob seu escrutínio, desejando que Chanyeol agisse logo ao invés de simplesmente ficar ali parado o observando. Os olhos dele vagaram por seu corpo pequeno, subindo pelas pernas fechadas (Baekhyun estava com vergonha demais para abri-las agora que estava nu), passando pelas coxas, pélvis, as curvas tentadoras dos quadris largos em contraste com a cintura fina, então alcançando o peito alvo que subia e descia pelas respirações pesadas até enfim chegar ao rosto todo corado, os lindos olhos dourados brilhando como se estivessem prestes a lacrimejar.

— Está nervoso? — perguntou, colocando o joelho na cama e levando as mãos às pernas do ômega na intenção de abri-las para si, mas sem fazê-lo. Ainda não.

— Você sabe que sim — ele respondeu, a voz soando manhosa e vulnerável. 

Seu ômega estava tão bonitinho, todo pequeno e tímido daquele jeitinho, e tão vermelho que Chanyeol só queria beijá-lo até seus pulmões explodirem por falta de ar. E foi o que fez. Colocou cada joelho de cada lado das pernas bonitas de Baekhyun e engatinhou sobre ele até ficar com o rosto rente ao dele. Suas respirações se chocaram, seus olhares se prenderam um no outro como sempre faziam. Chanyeol viu o desejo, a necessidade, o “por favor” gritando naqueles orbes de ouro — e ele não poderia dizer não.

Chanyeol tomou os lábios dele para si, beijando-o com força, com vontade, a delicadeza deixada de lado quando os corpos de ambos estavam fervendo, ansiando por mais um do outro. Baekhyun gemeu em sua boca, manhoso como só ele era, as mãos pequenas o segurando pela nuca e o puxando para mais perto como se ele não suportasse que Chanyeol ficasse tão longe, mesmo quando estava colado nele. A paixão emanando deles era tão quente que derretia a prata e o ouro, mesclando ambos num corpo só. O alfa chupou o lábio inferior de Baekhyun, que choramingou, esfregando as coxas uma na outra para causar uma fricção e alívio entre suas pernas. Estava tão molhado que já sentia sua lubrificação pingar nos lençóis da cama. A necessidade de ser tocado lá só aumentava com o passar dos minutos, a cada provocação do alfa que o empurrava ao limite.

— Chanyeol — gemeu, afundando suas unhas na nuca e nos bíceps contraídos dos braço musculoso dele, arrastando os dedos por toda pele levemente suada e bronzeada onde suas mãos alcançavam, porque ele precisava ter onde descontar tudo o que sentia, gemer não parecia o bastante, tinha que arranhar e,  quem sabe, morder também.

O alfa também gemeu, um gemido baixo e rouco ao ser arranhado com força daquele jeito, já que o ômega tinha unhas um pouco grandinhas. Era uma ardência prazerosa, uma dor leve e até sensual, Chanyeol gostou, queria que Baekhyun o marcasse tanto quanto ele o marcaria. Queria se olhar no espelho no dia seguinte, olhar para aquelas marcas vermelhas de arranhões em seu corpo e lembrar quem os fez.

Baekhyun suspirou embaixo dele quando seus lábios desceram por seu pescoço, chupando a pele clara e a tingindo de vermelho. Ali, com o rosto enfiado na garganta dele, Chanyeol sentia o cheiro de morangos mais forte que nunca, entorpecendo todos os seus sentidos que quase o faziam sentir o sabor da fruta direto em sua língua quando a usava para lamber a pele dele. Era insano o quanto seu pau estava duro e babado dentro das calças só por causa disso — e dos gemidos tão manhosos que o ômega soltava aqui e ali, tão sensível, tão delicioso e tão seu. Chanyeol mal via a hora de estar dentro dele, fodê-lo tão bem e fazê-lo chorar de prazer naquela cama, fazê-lo clamar por seu nome — e Chanyeol se certificaria de ser o único nome que ele gemeria a partir daquele dia.

— Oh meu Deus! — Baekhyun exclamou, extasiado, quando o alfa tocou seu mamilo com a ponta da língua, uma única lambida de gatinho que fez picos de excitação eclodir em todo seu corpo. — Chanyeol!

Ele se afastou e riu de modo pretensioso, lambendo os lábios sugestivamente.

— Eu disse que iria chupá-los — contou ele, parecendo contente demais para o gosto do ômega. Chanyeol se apoiou em apenas um braço ao lado do rosto vermelho dele abaixo, usando o outro para segurar o mamilo e torcê-lo entre os dedos. Baekhyun choramingou, pressionando as coxas juntas mais uma vez para tentar evitar fazer uma bagunça maior; já sentia que estava ensopado o suficiente com o tanto que estava molhado, o pau tão duro que ficava completamente em pé, quase tocando na barriga do alfa em cima dele. — Você nunca se tocou aqui antes? — perguntou, ainda brincando com o botão rosa do ômega, que estava devidamente corado e excitado, a respiração saindo entre arfadas. Ele sentia que estava muito perto de explodir de tesão.

— E-eu… — balbuciou, a garganta travando com os gemidos que queriam sair. — Não…

Chanyeol arqueou uma das sobrancelhas em dúvida. Ele parecia desacreditado.

— Mas você já se tocou alguma vez, não é? Sozinho no seu quarto.

— Meu primeiro cio foi aos dezesseis anos! — disse com impetuosidade, os olhos dourados repentinamente acesos como se fossem dois minúsculos sóis.  — É claro que já me toquei!

O alfa sorriu, gostando que ele estava deixando a vergonha de lado e o achando adorável por isso.

— Mas aqui não — insistiu, rodeando os dedos em torno do mamilo dele, tão bonitinho e rosado que Chanyeol só queria chupá-lo até deixá-lo vermelho e inchado.

— Aí não — concordou, estremecendo por estar tão afetado por algo tão simples quanto ser tocado nos mamilos.

— Precisamos mudar isso, não acha? Você é muito sensível aqui, é um desperdício não tocá-los.

Baekhyun mordeu o lábio inferior, desconcertado.

— Você sabe que pode fazer o que quiser comigo.

Chanyeol não esperou mais nenhum segundo para capturar um daqueles botões na boca. Eram tão pequenos e macios, perfeitos para chupar e morder até cansar. O ômega gemeu sob ele, refém da sensibilidade extrema que o fazia se contorcer de prazer naquela cama. A língua de Chanyeol girava em torno da auréola, molhando com saliva e vez ou outra o prendendo entre os dentes e o puxando de leve, misturando dor e prazer de um modo que estava deixando Baekhyun maluco. Aquilo era uma provação. Sentia que podia gozar a qualquer momento. Cada lambida e chupada e mordida o empurrava mais e mais nos braços da devassidão. Aquilo era tão bom que ele se viu puxando o alfa pela nuca, pressionando o rosto dele contra seu peito para que ele não ousasse se afastar e tirar dele aquelas sensação de puro êxtase e plenitude.

Quando seu mamilo já estava extrasensível, vermelho e intumescido, Chanyeol abandonou-o e deu atenção ao outro que havia ficado intocado até o momento. Baekhyun quase gritou de prazer, a língua úmida do alfa causando estragos nele, em sua sanidade que já não era muita. Os gemidos ficaram descontrolados, um fio de baba escorrendo  pela lateral da boca porque ele não conseguia mantê-la fechada por muito tempo. Baekhyun nunca imaginou que fosse tão sensível ali, que fosse possível sentir um misto de prazeres em um lugar só. Se arrependeu de nunca tê-los tocado antes. Aquilo era bom e Chanyeol estava o fazendo delirar por isso, ele já não podia fazer mais nada para evitar derramar cada vez mais lubrificação natural, estava vazando tanto que o sentimento inicial de vergonha foi embora, o tesão e excitação extremas se tornando predominantes, assim como a necessidade pura e crua de ter Chanyeol dentro dele o mais rápido possível.

Baekhyun se sentiu torturado pelo alfa nos minutos seguintes, da melhor e mais gostosa maneira possível. Os toques dele eram enlouquecedores, a boca e as mãos implacáveis na missão de dar prazer ao ômega. Enquanto chupava um de seus mamilos, ele torcia o outro entre os dedos, ficando nessa brincadeirinha de alternar entre chupadas, lambidas e mordidas, provocações estas que estavam deixando Baekhyun insano. Seus gemidos já estavam se transformando em choro, implorando por algum alívio que Chanyeol não parecia apressado em lhe dar.

— Yeol, por favor — choramingou, apertando os braços dele com força e se sentindo muito sensível com qualquer mínima coisinha que ele fizesse.

Chanyeol parou o que fazia e subiu o rosto em direção ao do ômega, ficando a menos de cinco centímetros de distância dele. Seus olhos com pupilas dilatadas se encontraram, os de Baekhyun já marejados e pedintes, amolecendo o coração do alfa e endurecendo o pau. Chanyeol beijou a bochecha dele e depois o canto da boca, ouvindo-o suspirar e apertá-lo mais forte entre os dedos finos e delicados.

— Me diga o que você quer — sussurrou, a voz tão grave e rouca que fez Baekhyun gemer, afetado e manhoso.

— Você sabe o que eu quero — resmungou.

— Então me diga — insistiu, beijando o outro canto da boca do ômega, que tentou capturar seus lábios num beijo, mas Chanyeol foi mais rápido ao sair de seu alcance. Um sorriso malicioso e provocativo dançava em seu rosto bonito, os olhos prateados olhando-o de cima como se Baekhyun fosse adorável todo necessitado daquele jeito, perdendo as estribeiras e sendo consumido pelo calor do tesão. — Eu sei que você está duro pra caralho e muito molhado, então peça com jeitinho, sim?

Baekhyun queria gritar com ele para parar de provocá-lo, de dizer aquelas coisas explícitas como se estivesse falando da cor do céu, mas tudo o que saiu de sua boca foi um gemido arrastado — e necessitado demais para ignorar. Ele tinha um alfa grande e musculoso em cima dele, parecia um sacrilégio não ser tocado por aquelas mãos rudes ou se esfregar nele até atingir o ápice.

— Eu… Me toque… por favor…

Chanyeol abriu um sorriso lascivo.

— Onde? Aqui? — Ele beijou seu pescoço e Baekhyun fechou os olhos e gemeu, sensível. — Talvez aqui? — Ele desceu mais um pouco e beijou delicadamente um de seus mamilos como se minutos atrás ele não os tivesse chupado até o rosa deles se tornar vermelho. — Ou quem sabe… aqui? — Ele agarrou o pau melado do ômega com uma das mãos, uma pegada firme e segura que fez Baekhyun estremecer embaixo dele, os olhos se enchendo de lágrimas e o corpo, de prazer. — Ah, é aqui, não é? — provocou, observando suas reações sem parar de mover a mão em sua ereção, esfregando a cabecinha vermelha e melada com o polegar. — Meu ômega é tão sensível, olhe só pra você: chorando de tesão só porque coloquei a mão no seu pau. Quem era o pervertido aqui mesmo, me diz?

Baekhyun nem ao menos conseguia entender o que ele dizia, não havia espaço para pensamentos coesos em sua cabeça já tão entorpecida pela luxúria. Chanyeol estava mais uma vez provocando-o, incitando-o, e Baekhyun ainda não sabia se isso o deixava irritado ou excitado — quiçá um pouco de ambos, era enervante.

Chanyeol agora estava com o rosto bem próximo da ereção do ômega, o olhar fascinado enquanto subia e descia a mão nele, melando sua palma com pré-gozo espesso e abundante, vez ou outra erguendo os olhos para observar as expressões dele, ver as mãos pequenas agora apertando os lençóis sob elas para descontar tudo o que Chanyeol lhe provocava. Seus gemidos eram doces, arrastados e carregados de manha, a razão por trás do pau dele já estar quase tão babado quanto o de Baekhyun, ainda preso dentro das calças, esperando, ansioso, pelo momento certo que logo viria, pois, afinal, Chanyeol não era de ferro, havia um limite do que ele podia suportar.

Chanyeol largou a ereção do ômega por um instante e se arrastou pela cama numa outra posição, segurando os tornozelos dele para abrir suas pernas para que ele pudesse se encaixar entre elas. Baekhyun as mantinha fechadas, as coxas fartas pressionadas uma na outra para causar um atrito prazeroso em seu pau e para evitar que sua lubrificação vazasse demais e fizesse uma bagunça nos lençóis. Então, quando o alfa abriu suas pernas, ele tomou um pequeno susto, seu rosto vermelho se tornando ainda mais corado por saber exatamente para onde Chanyeol estava olhando depois que ele o abriu todo e sua área mais íntima ficou completamente exposta. O ar frio bateu ali e Baekhyun se arrepiou com a sensação gélida, porém estranhamente agradável. Ele estava vergonhosamente molhado, tão encharcado que chegava a fazer uma poça nos lençóis abaixo, e Chanyeol ficou encarando sem nem mesmo disfarçar, quase como se estivesse hipnotizado.

— P-pare de olhar — resmungou, tentando fechar as pernas, mas as mãos dele ainda em seus tornozelos o impediam.

Baekhyun estremeceu, afetado, quando o viu lamber os lábios pouco antes de desviar os olhos luxuriosos para seu rosto. A prata de suas íris eram densas, tomadas pela luxúria, e suas pupilas dilatadas tornavam seu olhar ainda mais escuro pelo calor do desejo.

— Porra, você é tão gostoso! — disse ele num tom definitivo. Baekhyun estremeceu, o coração acelerado e a respiração entrecortada. — Não sei nem por onde começar.

Ignorando o fato de que Chanyeol já tinha começado, Baekhyun murmurou: — Você disse que ia me beijar inteiro.

— Tem razão, meu amor.

O ômega pensou que Chanyeol voltaria a beijá-lo na boca, mas os lábios dele tocaram seu tornozelo onde suas mãos ainda o seguravam, mantendo suas pernas abertas para ele. Baekhyun arfou, sentindo mais beijos serem depositados em sua pele macia como se ele estivesse sendo adorado pelos lábios de Chanyeol. Eram beijos cálidos que começaram em seus pés e subiram por suas pernas, alternando entre as duas. Quando chegou nas coxas, os toques se tornaram mais molhados, as mãos o apertavam com mais força, tanto que as marcas dos dedos dele ficavam marcados por alguns minutos em sua pele pálida antes de desbotar. Sempre que um beijo ou uma mordida era deixada na parte interna de suas coxas, o ômega vazava mais um pouco, o pau pulsando como um coração batendo. Ele estava tão melado que era até vergonhoso, embora soubesse que, para o alfa, aquilo era a coisa mais excitante e sensual que ele já viu, principalmente porque era por causa dele que Baekhyun estava naquele estado.

Chanyeol subiu com os beijos pelo corpo do ômega até estar novamente com o rosto próximo da ereção dele, vendo o quão duro e melado ele estava. Não houve provocação dessa vez, no entanto. Parecia maldade vendo-o tão necessitado daquele jeito, soltando choramingos e gemidos como se implorasse por alívio. Chanyeol o aliviaria, faria o que ele quisesse, e foi por isso que o abocanhou de uma vez, capturando a cabecinha vermelha e intumescida onde sua língua brincou por alguns segundos. Embaixo dele, Baekhyun gemeu mais alto, o corpo sofrendo espasmos pela enxurrada de prazer que o acometeu ao sentir a boca quentinha do alfa ao redor de sua ereção. Era algo totalmente novo para ele, e tão gostoso que se viu gemendo e chamando por Chanyeol quase como se fosse um mantra, enlouquecendo quando a língua dele lambia sua glande antes de chupá-la, para então abocanhá-lo por completo, o nariz dele chegando a tocar sua pélvis lisinha.

Chanyeol sorvia cada gota de pré-porra que saía da fenda do pau de Baekhyun, saboreava a textura, a maciez, o gosto agridoce que ele tinha. Era o ômega mais gostoso que ele já provou em sua vida, até o sabor dele em paladar era algo que deixava Chanyeol duro feito concreto dentro das calças. Os gemidos manhosos que ele soltava eram o ápice, enlouquecia o alfa mais do que qualquer outra coisa, ele queria ouvir aqueles sons para o resto de sua vida.

— Yeol, eu… tô quase… — gemeu esganiçado, mal conseguindo formular palavras que fizessem sentido. — Eu vou… 

Chanyeol sabia o que ele estava querendo dizer, mas não ousou parar. Pelo contrário, abriu mais as pernas dele, se acomodou melhor entre elas e continuou a chupá-lo. Gostava de ter o ar cortado quando ele batia no fundo de sua garganta, gostava do quão quente e gostoso ele era — e Chanyeol nem sabia que gozo poderia ser tão gostoso assim até provar Baekhyun. Estava empenhado, apertando os quadris largos dele para deixá-lo imóvel enquanto continuava seus movimentos de subir e descer com a boca no pau dele. Foi ficando perceptível quando Baekhyun estava se aproximando do ápice — seus gemidos ficaram mais descontrolados e seu corpo começou a tremer mais com espasmos intermitentes de prazer.

Dando atenção também aos testículos cheios, Chanyeol continuou a enlouquecê-lo pelos minutos seguintes. Baekhyun nem sabia que era possível suportar tanto prazer por tanto tempo sem gozar, mas o alfa lhe mostrava que sim. Ele o abocanhava com devoção, lambia sua glande vermelha e sensível e também chupava suas bolas, sempre alternando e levando o ômega ao limite. Sempre quando Baekhyun chegava perto demais, ele diminuía o ritmo numa provocação que fez o sangue do ômega ferver. No entanto, quando Chanyeol moveu a cabeça um pouco mais baixo, a língua habilidosa lambendo sua entrada encharcada, Baekhyun não aguentou mais — gozou com força.

Foi mais forte do que ele pensava, um meio grito escapando de sua garganta enquanto seu corpo sucumbia em espasmos de prazer implacáveis. Bastou um único toque de Chanyeol naquela região para Baekhyun gozar, o pau tremendo ao liberar sua porra na própria barriga e um pouco no queixo do alfa, que se afastou apenas para observá-lo, lambendo os lábios melado com sua lubrificação natural coletada de sua entrada. Os olhos dilatados dele pareciam estar vendo a coisa mais espetacular do mundo: Baekhyun todo bagunçado e choroso naquela cama ao gozar pela primeira vez em suas mãos, sob seus cuidados. Saber que ele era mais sensível do que pensava fez Chanyeol ficar ainda mais excitado, começando a sentir os indícios de incômodo por ainda estar preso dentro das calças.

Ele pegou entre os dedos parte da porra do ômega que atingiu seu queixo e levou-os à própria boca, chupando-os sob o escrutínio de Baekhyun, que choramingou, sensível e afetado. Ele estava esparramado na cama, melado com a própria porra, as pernas abertas deixando visível para o alfa o caminho do paraíso. Sua respiração era forte e pesada, o pescoço e o rosto avermelhados e suados pelo calor, os olhos dourados densos e os cabelos brancos espalhados ao redor da cabeça.

— Você gostou? — quis saber, vendo ômega respirar fundo mais uma vez como se buscasse energia para falar. Tão cansado e eles ainda nem haviam chegado na parte crucial.

— Gostei.

— Que bom — murmurou, sorrindo de modo pretensioso —, porque ainda não terminamos. Espero que tenha guardado energia suficiente para gozar mais uma vez.

Baekhyun se contorceu de vergonha na cama, cobrindo o rosto com as mãos, não mais surpreso com o palavreado chulo do alfa. Ele sempre foi um sem-vergonha mesmo.

— Chanyeol? — chamou quando tomou coragem, descobrindo o rosto corado mais uma vez.

— Hm?

Baekhyun tomou fôlego e, mesmo fraco, se apoiou nos cotovelos para erguer um pouco seu tronco.

— Eu posso…? — Ele mordeu o lábio inferior num ato tímido e envergonhado. — Eu quero… fazer isso em você também.

— Fazer o quê? — só porque gostava de provocar, Chanyeol perguntou com um sorriso sacana nos lábios. Era divertido bagunçar Baekhyun mais do que ele já estava bagunçado. Como resposta, ele baixou os olhos tímidos, porém ansiosos, para a região pélvica do alfa onde a ereção dele ainda guardada fazia uma elevação óbvia sob os tecidos. Chanyeol entreabriu a boca, fingindo surpresa. — Ah, você quer dizer me chupar? — O ômega balançou a cabeça para cima e para baixo, e o sorriso enviesado do alfa aumentou. — Que danadinho você, Bae, sua mãe não vai gostar de saber que você chupou o pau do inimigo.

— Chanyeol! — Baekhyun choramingou, se sentindo depravado por se excitar com as palavras alheias. — Não precisa dizer essas coisas!

Ele riu, divertindo-se.

— Mas essa é uma das melhores partes. — Ele deu de ombros. — Além disso, pensei que você fosse mais inocente. De onde veio essa vontade de me chupar, hein?

Baekhyun crispou os lábios, mas havia um resquício de timidez em seus olhos.

— Inocência e inexperiência são duas coisas totalmente diferentes — respondeu como se fosse óbvio. — E eu não sou inocente. E também eu lia… — Seu rosto se tornou mais rubro —... alguns livros…

Chanyeol gargalhou de repente, deixando Baekhyun ainda mais vermelho.

— Está me dizendo que você lia livros eróticos? Sabia que você não passava o dia todo na sua biblioteca pra estudar história e seres mágicos, tsc, tsc, você é mesmo uma coisinha muito adorável.

Emburrado, o ômega sentou-se no colchão, ficando de joelhos e rastejando até o alfa, jogando os braços sobre os ombros dele e o puxando para si, gostando de sentir a tez quente dele contra a sua. Ambos estavam sem camisa, só havia pele com pele ali, era uma sensação boa.

Os braços musculosos de Chanyeol automaticamente seguraram Baekhyun pela cintura nua, ambos de joelhos sobre a cama, entrelaçados nos braços um do outro. Seus olhos estavam conectados, seus corações batiam no mesmo ritmo como se fossem um só. A mão delicada do ômega puxou o alfa pela nuca até seus lábios estarem colados, deslizando a outra mão pelo braço dele, agarrando os bíceps fortes e cobertos por uma fina camada de suor enquanto suas línguas brincavam uma com a outra. Chanyeol não ficou parado, as mãos eram viciadas demais em explorar o corpo pequeno daquele ômega que arruinou sua cabeça. As palmas grandes se encheram com a carne farta da bunda de Baekhyun, puxando-o e pressionando-o contra o próprio corpo, as ereções se chocando entre eles, pois Baekhyun já estava começando a endurecer novamente mesmo naquele curto espaço de tempo. Ele gemeu contra a boca de Chanyeol, que engoliu com prazer todos os sons dengosos que ele soltava, gostando de ter as mãos alheias abusando de seu corpo como se fosse dele — não era como se Baekhyun se importasse em se doar para Chanyeol, gostava da ideia de pertencer unicamente a ele e ele pertencer a si também.

A mão curiosa do ômega continuou a descer pelo corpo gostoso e suado do alfa, traçando os músculos dos braços cheios de veias, do peitoral firme e do abdômen bem definido, sentindo cada elevação dos gominhos sob sua palma. Quando seus dedos alcançaram a barra da calça dele, Chanyeol desceu os lábios pelo seu pescoço e chupou toda a área com força suficiente para deixar marcas até o dia seguinte. Baekhyun gemeu manhoso, perdendo os movimentos das mãos por um segundo enquanto estava afetado demais por ter a garganta abusada pela boca pecaminosa do alfa. Ele já se sentia pulsando, podia sentir o pau dele roçando no seu, tão, tão duro que devia estar doendo por não receber nenhuma atenção até o momento.

— Se você quer isso, então vá em frente — ele o incentivou, a voz rouca carregada de desejo.

Baekhyun não perdeu tempo, enfiando a mão dentro das calças do alfa e agarrando o pau dele, gemendo necessitado só de sentir o quão quente e molhado ele estava, e tão grosso que seus dedos mal fechavam em torno dele.

— Porra! — Chanyeol grunhiu, apertando a bunda do ômega com mais força somente de sentir a mão dele em seu pau.

Dava para notar a inexperiência dele, o modo como ele o segurava sem muita firmeza, sem muita força, mas com uma delicadeza que era como se pensasse que poderia machucar Chanyeol se apertasse mais forte. Era bonitinho da parte dele, mas não era do que Chanyeol precisava.

— Pode apertar, eu não vou quebrar — pediu, subindo a boca até a orelha dele e mordiscando seu lóbulo. Baekhyun estremeceu, fazendo o que ele disse. A pressão em torno de Chanyeol aumentou, a pequena mão do ômega subindo e descendo ainda de modo hesitante, como se ele ainda não tivesse pegado o jeito da coisa. Chanyeol pulsou duro na mão dele só de lembrar que era a primeira vez que ele pegava num pau que não era o dele próprio. — Sabe por que ele está tão duro assim? — perguntou no ouvido dele, apertando sua cintura com uma mão, pressionando seus corpos o quanto dava com a mão de Baekhyun entre eles, enfiada dentro de suas calças.

Baekhyun, que estava com a testa apoiada no ombro do alfa, gemeu baixo, sentindo sua lubrificação escorrer por suas coxas agora que estava de joelhos naquela cama.

— Por minha causa.

— Por sua causa — confirmou Chanyeol, deixando um beijo na lateral do pescoço cheiroso dele, o vendo ficar arrepiado pela sensibilidade. — Por saber que meu pau vai ser o único que você vai tocar em sua vida. Por saber que meu nome vai ser o único que você vai gemer. E por saber que você é exclusivamente meu.

— Só seu — Baekhyun afirmou de forma contundente, erguendo a cabeça para alcançar os lábios de Chanyeol para um novo beijo. Foi molhado, lascivo, apaixonado, necessitado, sem calma alguma. Baekhyun gemeu ao ter a língua e o lábio chupados, apertando o pau melado mais forte entre seus dedos, subindo e descendo devagar por toda sua extensão, percebendo, mesmo ainda sem ver, o quanto ele era grande. Era gostoso e excitante demais ouvir ele gemer rouco em sua boca quando o acariciava na glande babada, fazia Baekhyun ficar mais duro e molhado, seu corpo clamando pelo dele.

Seus lábios se separaram pela falta de ar, e foi esse o momento que Baekhyun decidiu agir, largando a ereção rija do alfa e puxando a mão de volta. Sua cabeça estava bagunçada com diversas imagens depravadas de sua boca no pau dele, chegava até a salivar para saber como seria a sensação, o gosto, a textura. E o fato dele ainda estar usando calças já estava o irritando profundamente.

— Tira isso — exigiu, a boca inchada e vermelha pelos beijos, a respiração desregulada, o peito subindo e descendo com força, mas ainda soando incisivo e impaciente.

Chanyeol riu, beijando o bico fofo em seus lábios antes de acatar seu pedido. Ficou de pé fora da cama e puxou as calças para baixo, o alívio o atingindo de imediato ao ter o pau extremamente duro liberto. Sentia o olhar do ômega em cima dele quando chutou a roupa para longe, e ao erguer os olhos para encontrá-lo, abriu um sorriso lascivo ao pegar a nota de fascínio, curiosidade e uma leve surpresa nos orbes dourados. Baekhyun conseguia ser muito transparente às vezes, o que era ótimo para Chanyeol, que tinha facilidade em lê-lo. E Baekhyun, naquele momento, estava excitado, necessitado e sedento.

Subiu de volta na cama, passando pelo ômega e deitando de barriga para cima, com a cabeça apoiada nos travesseiros. Baekhyun o seguiu com os olhos, parecendo nervoso e ansioso igualmente. Lá estava Chanyeol todo estirado na cama, nu com veio ao mundo, o corpo grande e definido, o tom de pele levemente bronzeado, os músculos todos contraídos e o pau duro e babado todo ereto, grande e grosso de um jeito que fez a boca do ômega encher de água.

— Eu sou todo seu, amor. — Ele dobrou o braço esquerdo embaixo da cabeça para servir de apoio, os músculos ali quase saltando enquanto ele olhava para Baekhyun com a cara mais cafajeste do mundo.

Engolindo saliva, o ômega engatinhou até ficar entre as pernas abertas dele. Apoiou as mãos nas coxas torneadas e encarou, como se estivesse fascinado, a ereção orgulhosa dele, tão dura e pulsante que tinha algumas veias saltadas em sua extensão, a cabeça toda vermelhinha e melada, as bolas mais escuras parecendo pesadas e macias. Baekhyun não ficou exatamente surpreso com o tamanho dele (Chanyeol era um alfa todo enorme mesmo, ali não poderia ser muito diferente), mas ficou um pouco intimidado, sua entrada molhada contraindo com a ideia de ter tudo aquilo enterrado lá.

Ele ergueu os olhos para o alfa, que o encarava também fascinado, observando todas as expressões e reações do ômega.

— Você sabe que eu nunca fiz isso, não é? — perguntou retoricamente. — Me instrua. Me mostre como você gosta, como quer que eu faça.

As palavras do ômega deixaram Chanyeol insano. Ainda era um sonho que seria o primeiro — e único — dele, que nenhum outro alfa nunca o tocou e jamais tocará.

Então, Chanyeol o guiou. Disse como fazer, como gostava, o que não podia, e Baekhyun ouvia atentamente, seguindo as instruções melhor do que o alfa imaginou. Ele realmente aprendia rápido. A primeira coisa que Baekhyun fez foi lamber de forma tímida a glande vermelha e melada, sentindo o sabor agridoce dele se espalhar por todo seu paladar. Ganhou como recompensa um gemido rouco de Chanyeol e um incentivo para ele continuar.

— Agora faça movimentos circulares com a língua na cabecinha e depois chupe ela. — Baekhyun fez aquilo, gostando do quão macia e lisa a glande era, a fenda ali liberando pré-gozo que logo ele chupou, fechando os lábios em torno da ponta túrgida e fazendo sucções como se quisesse coletar mais da lubrificação do alfa. — Isso, muito bem — gemeu Chanyeol, extasiado e excitado para caralho com a visão que tinha do ômega: pelado entre suas pernas enquanto chupava seu pau com a inexperiência mais gostosa do mundo.

Baekhyun aprendia rápido e aos poucos pegava o jeito, dando atenção também aos testículos pesados e lotados de porra, chupando eles e os acariciando, gostando do quão macios eles eram, não fazendo ideia de como isso enlouquecia o alfa, que só ficava mais duro com o passar dos minutos.

— Tente colocá-lo na boca agora — Chanyeol pediu, o pau pulsando com vontade de se enterrar na boquinha bonita do ômega.

— Não vai caber. — Baekhyun arregalou os olhos.

Chanyeol sorriu de modo compreensivo, achando-o adorável apesar de tudo.

— Não precisa ser tudo, vai até onde você aguentar, aos poucos você se acostuma e vai pegando mais.

Assentindo, Baekhyun se inclinou na direção do pau em riste e o abocanhou até a ponta atingir sua garganta, seu fôlego cortado na hora e a ânsia dominando-o por alguns segundos antes dele puxar a cabeça para cima até soltá-lo com um ploc audível. Ele ouviu Chanyeol dizendo um “devagar”, mas Baekhyun não deu muita atenção, tomando fôlego para tentar de novo. Segurou o pau duro pela base e começou a chupar só a cabecinha porque ele gostou de fazer aquilo, era estranhamente gostoso. Ele masturbava o alfa com uma mão, subindo e descendo devagar, sentindo as veias sob seu tato, enquanto com a outra ele acariciava as bolas pesadas dele, tudo isso sem parar de girar a língua em torno da glande sensível, ganhando gemidos roucos do alfa como incentivo.

Aos poucos ele ia mergulhando a cabeça um pouco mais na extensão dura, engolindo mais dele até senti-lo tocar sua garganta mais uma vez, mas não recuou de imediato, por mais que sentisse os olhos enchendo de lágrimas. Tentou controlar a respiração e sua ânsia de vômito antes de subir um pouco e em seguida descer de novo, tornando a repetir os movimentos e conseguindo chegar um pouco mais longe toda vez, mas ainda tinha que masturbar o resto com a mão porque parecia impossível colocá-lo inteiro na boca. Se fosse questão de prática, um dia ele conseguiria, mas não era hoje.

Com a visão um pouco embaçada pelas lágrimas, o ômega tirou-o da boca e distribuiu beijos e lambidas nas laterais, os gemidos de Chanyeol soando graves e definitivamente causando formigamento em todo o corpo de Baekhyun, que já estava tão duro e molhado apenas por estar chupando-o com cuidado e devoção da mesma forma que ele o tratou há poucos minutos.

— Porra, chega! — Chanyeol grunhiu quando Baekhyun voltou a sugar apenas sua glande sensível, sentindo que gozaria a qualquer instante e ele não queria isso ainda. Baekhyun ergueu os olhos dourados para ele sem tirar a boca de seu pau, e Chanyeol teve que dar tudo de si para não fodê-la até encher a garganta dele com sua porra. — Caralho, você realmente gostou disso, não é?

Baekhyun massageou sua ereção com as mãos, lambendo a cabecinha vermelha que não parava de liberar pré-gozo.

— É bom.

Chanyeol se sentou na cama, o corpo formigando de prazer.

— Vem cá, eu vou te mostrar o que é bom.

Atiçado, Baekhyun o obedeceu. Deu uma última chupada no pau de Chanyeol antes de subir no colo dele, as pernas bambas e o corpo mole. Jogou os braços em cima dos ombros largos e se encaixou ali, gemendo ao sentir a rigidez dele encaixada entre suas bandas macias. A boca de Chanyeol alcançou seu pescoço, chupando a área e subindo até chegar no queixo. Impaciente, Baekhyun segurou seu rosto e atacou seus lábios com um beijo voluptuoso, urgente e apaixonado. As mãos de Chanyeol em sua bunda só serviam como combustível para o fogo que o consumia de dentro para fora. Era insano o quanto precisava dele naquele momento.

— Yeol, vamos logo com isso, por favor — choramingou, os quadris movendo-se para frente e para trás como se eles tivessem vida própria, rebolando no colo do alfa, bem em cima do pau dele, para fazê-lo perder o restante de controle que ainda tinha e comê-lo de uma vez.

— Ainda não, amor. — O alfa quase enlouqueceu com os movimentos sensuais de Baekhyun, as bandas macias pareciam estar masturbando seu pau entre elas. Pensar que bastava um empurrãozinho para estar dentro dele não fez bem para o autocontrole de Chanyeol. — Tenho que te preparar primeiro.

Baekhyun choramingou ao lembrar desse detalhe crucial. Estava tão duro, a cabeça nublada com nuvens de luxúria e tesão, que sentia que não duraria muito mais tempo.

Como se lesse os pensamentos do ômega, Chanyeol pegou-o pelo quadril e os moveu com agilidade e destreza na cama espaçosa, de modo que agora Baekhyun estava deitado de bruços e com as pernas abertas para acomodar o alfa entre elas. Ele pegou um dos travesseiros com os braços e o abraçou, sentindo o rosto quente quando Chanyeol apalpou suas bandas e abriu-as, expondo sua área íntima. Baekhyun gemeu, envergonhado, enterrando seu rosto no travesseiro enquanto sentia as mãos grandes do alfa amassarem suas nádegas com vontade, beijando elas e deixando algumas mordidas como se quisesse deixar algumas marcas para mostrar à quem Baekhyun pertencia.

— Yeol, por favor.

— Você sabia que tem seis pintas aqui na bunda? — ele perguntou, mas Baekhyun só soube choramingar e se contorcer em ansiedade por mais. — Elas são adoráveis, amor. Tem quatro aqui… — Ele deixou quatro beijos em sua nádega esquerda, Baekhyun supôs que em cima de cada pintinha. — E mais duas aqui. — Um beijo foi plantado na parte inferior da banda direita, quase na coxa, enquanto o outro (e Baekhyun soltou um gemido dengoso e esganiçado por isso) foi na parte interna, bem do lado de sua entrada que não parava de contrair e liberar lubrificação demasiadamente. — Acho que essa é minha favorita — disse com um sorriso cafajeste, beijando o lugar mais uma vez.

— Yeol…

— Brincadeira, amor, minha favorita sempre vai ser essa pinta sexy que você tem em cima dessa sua boquinha irresistível. Ela me deixa louco.

— Chanyeol!

Soltando um último riso junto de um tapa um pouco forte em sua bunda, o alfa resolveu atender aos seus apelos e, sem o ômega estar preparado, caiu de boca na entrada dele. Baekhyun estava completamente encharcado, então Chanyeol teve muito o que lamber e chupar, sujando toda a boca e a área em torno dela com a doce lubrificação que ele liberava em demasia. Era delicioso, Chanyeol não conseguia parar de provar mais e mais dele, se dedicando totalmente ao ouvir os gemidos manhosos que o ômega soltava, seu nome saindo em meio às súplicas por mais. Quando enfiou a ponta da língua nele, Baekhyun teve que morder a fronha do travesseiro para não gritar.

— Oh meu Deus!

Chanyeol não parou, sentindo a resistência do interior alheio ao tentar introduzir mais de sua língua nele, a lubrificação excessiva facilitando suas tentativas de alargá-lo. Quando não pareceu suficiente, afastou o rosto e inseriu um dedo nele, a pressão praticamente o esmagando lá dentro, mas era tudo tão liso e molhado que deslizou até o fim. Baekhyun sentiu o leve incômodo, mas estava perdido demais no prazer para se importar, os olhos úmidos pelas lágrimas e o corpo tão quente que parecia que ele estava dentro de uma fornalha.

O alfa beijava suas nádegas enquanto puxava e enfiava o dedo dentro do ômega, caçando um lugar específico, imaginando como seria sentir toda aquela pressão ao redor de seu pau, como seria fazer Baekhyun chorar de prazer naquela cama enquanto o comia do jeitinho que ele merecia.

Quando inseriu o segundo dedo, a pressão aumentou e a dor também, fazendo o ômega se remexer desconfortavelmente. A sensação não era exatamente nova para ele, Baekhyun já se tocou ali sozinho em seus períodos de cio, já sabia como era, o que deveria esperar. No entanto, ele nunca colocou mais que dois dedos dentro da própria bunda, e os de Chanyeol não só eram maiores, como também mais grossos, então o desconforto foi maior, por mais que ainda houvesse resquícios de prazer ali causado pelo entra e sai constante, tocando suas paredes internas muito sensíveis e provocando ocasionais picos de êxtase por todo seu corpo.

— Mova seu quadril — veio a voz rouca de Chanyeol.

Baekhyun pensou ter ouvido errado.

— O quê?

— Seu quadril, mova ele.

O ômega obedeceu, mesmo que parecesse difícil com o corpo tão mole, sem forças e com dois dedos dele enfiados em sua bunda. Sequer sabia como deveria fazer aquilo, mover os quadris — então percebeu que ele provavelmente estava pedindo para ele rebolar nos dedos dele. Oh, Deus! Era vergonhoso, mas algo na ideia o atraía de alguma forma, o incitava, o instingava. Então ele o fez — moveu os quadris um pouco para frente antes de empurrar para trás, repetindo os movimentos mais vezes e sentindo os dedos de Chanyeol saindo e entrando devagar, o som molhado causado pelo seu excesso de lubrificação soando cada vez mais erótico.

Baekhyun gemeu um pouco incomodado quando sentiu Chanyeol colocar o terceiro dedo dentro seu canal, três dedos grossos o alargando enquanto sentia beijos sendo espalhados pelas suas nádegas e coxas, Chanyeol sussurrando elogios sobre o quão apertado e gostoso ele era e que não via a hora de estar dentro dele, o comendo como ninguém nunca comeu e jamais comeria.

— Por favor! — Baekhyun se viu implorando, excitado demais com aquelas palavras sujas e atraentes, a dor da intrusão novamente indo embora e sendo substituída pela necessidade de ter algo maior dentro dele. Foi nesse momento que os dedos do alfa tocaram um lugarzinho especial e seu corpo perdeu as forças, estremecendo com a onda de prazer que o abateu de forma implacável. Seu pau pulsou e sua entrada contraiu em torno dos dedos que giravam em busca de sua próstata novamente. Baekhyun não aguentaria mais. — Por favor, Yeol… Eu quero você dentro de mim.

Chanyeol empurrou os dedos mais fundo em Baekhyun, pressionando seu ponto sensível e o desmontando por inteiro. Ele choramingou, sem forças para nada além de gemer.

— Tão necessitado, Bae — Chanyeol falou, finalmente retirando os dedos da entrada sensível e virando o ômega de barriga para cima com grande facilidade, como se ele fosse uma bonequinha em suas mãos. — Quer que eu te foda logo, é isso? — Ele abriu as pernas de Baekhyun e se enfiou no meio delas, suas ereções se chocando e ganhando um choramingo como consequência. O rosto do alfa pairou em cima do ômega, analisando suas bochechas muito coradas, olhos molhados e lábios inchados, a expressão tão acabada que só deixou Chanyeol mais duro e ansioso para tomá-lo de uma vez. — Diz pra mim, amor. Você quer meu pau dentro de você ou não?

Baekhyun só queria gritar de frustração porque Chanyeol estava brincando com ele, com sua sanidade, mas tudo que saiu de sua boca foi um gemido muito manhoso. Piorou ao sentir a boca de Chanyeol em seu pescoço, beijando sua lateral como se quisesse deixá-lo ainda mais bagunçado. Baekhyun entrelaçou as pernas na cintura dele e sentiu o atrito entre seus membros rijos. Isso não o parou, uma mão apertando o braço musculoso dele apoiado perto de seu rosto enquanto a outra o puxava pela nuca até seus lábios se chocarem num beijo desajeitado e duro, com muita saliva e línguas no meio.

— Eu quero seu pau dentro de mim, Chanyeol, por favor.

— Porra… — Chanyeol grunhiu, excitado, finalmente levando a mão para o próprio pau e o encaixando na entrada molhada e dilatada do ômega, enfiando a cabecinha e instantaneamente sentindo uma pressão absurda. Aos poucos ele foi metendo mais, observando as expressões do ômega retorcida em dor, as unhas dele afundando em sua pele. Chanyeol teve que se controlar e não deixar muito óbvio o quanto aquilo estava sendo gostoso para si, sentir o quão apertado e quente Baekhyun era em torno de seu pau, porque ele claramente estava com dor naquele momento sendo invadido daquele jeito, por mais cuidadoso que o alfa estivesse sendo. A expressão contorcida dele, os olhos cheios de lágrimas que não eram de prazer, mas que logo se tornariam.

Chanyeol parou de se mover na metade com o objetivo de pegar o pau negligenciado do ômega entre eles e masturbá-lo, trazendo um pouco de prazer a ele em meio à dor. Dizendo palavras doces no ouvido dele de que aquilo logo passaria, que só haveria prazer depois, Chanyeol não parava de tocá-lo, girando o polegar em sua glande sensível e fazendo o ômega gemer por isso. Aos poucos a pressão das unhas dele em sua carne diminuiu.

— Pode continuar — pediu, sôfrego.

O alfa enfiou o resto de uma vez, gemendo rouco porque aquilo era gostoso demais, Baekhyun era gostoso demais. Tão deliciosamente apertado que Chanyeol poderia gozar só com aquilo, só pela dádiva de estar dentro dele. Quando finalmente chegou ao fim, Chanyeol distraiu-o com um beijo sem parar de bater uma para ele, chupando sua língua do jeitinho que percebeu que ele gostava. Baekhyun gemeu em sua boca, manhoso como só ele era, arrastando as mãos pequenas por suas costas largas e apertando-o entre suas pernas.

Ao senti-lo remexer o quadril de encontro ao seu, Chanyeol parou de tocá-lo para que ele não gozasse muito cedo quando puxou o pau grosso de dentro dele, deixando só a cabecinha conectando-os antes de empurrar de volta para o calor apertadinho, gemendo rouco com o prazer que aquilo lhe trouxe. Baekhyun, por mais que a dor ainda fosse presente, também sentiu alguns lapsos gostosos, gemendo enquanto enterrava o rosto no pescoço do alfa, mordendo ele sem muita força ao sentir novamente o entra e sai em sua entrada, dor e prazer se mesclando de uma forma tão gostosa que ele não imaginava que fosse real, seus gemidos e choramingos soando abafados por estar babando no pescoço de Chanyeol.

— Porra, você é tão apertado, amor — ele gemeu em seu ouvido, deixando o ômega ainda mais fraco sob ele, sensível e se sentindo cada vez mais bem com os movimentos dele dentro de si. A dor diminuía tanto até não existir mais, somente o prazer, a excitação eufórica, a emoção de plenitude, os gemidos e súplicas por mais. Baekhyun o queria mais fundo, mais forte, mais rápido. Suas unhas desceram pelas costas musculosas e suadas de Chanyeol enquanto seus lábios beijavam o pescoço dele, subindo em direção à boca para exigir mais beijos. Era tão prazeroso sentir o corpo enorme do alfa em cima dele, fazia Baekhyun parecer tão pequeno e frágil em comparação; as peles suadas deslizando uma na outra, o calor aumentando, o ritmo das estocadas acelerando. Chanyeol era grande, mas de alguma forma Baekhyun se adaptou àquilo como se fosse para ser, como se seu corpo tivesse se moldado ao dele.

O pau do ômega, encaixado entre seus corpos colados, melava a ambos com sua lubrificação, o atrito de peles deixando-o muito sensível e liberando muito pré-gozo. Baekhyun lubrificava muito, o que era surpreendente e excitante para Chanyeol, considerando que ele não estava no cio — era só o tesão dele que o fazia soltar seus fluidos, tanto que, a cada investida do pau de Chanyeol dentro dele, um som molhado e erótico reverberava pelo quarto, tão obsceno quanto os gemidos chorosos que o ômega soltava. Era enlouquecedor, Chanyeol, que sempre foi muito resistente, achava que poderia esporrar naquele interior quente e molhado e deliciosamente apertado a qualquer momento.

Por isso, diminuiu o ritmo. Baekhyun protestou, choramingando por mais, mas Chanyeol não queria que acabasse tão rápido, queria aproveitar mais, sentir-se acolhido dentro dele por mais tempo, aproveitar o cheiro, a pele, os gemidos, o corpo de Baekhyun por inteiro.

— Por favor, Yeol, eu quero tanto…

— Shhh. — O alfa beijou seus lábios e engoliu suas súplicas. — Apenas aproveite, amor.

— Mas…

Chanyeol tornou a acelerar suas estocadas, acabando com qualquer coisa que Baekhyun estivesse prestes a proferir. Gemidos irromperam de sua garganta quando o ritmo acelerou repentinamente e, no meio disso tudo, o pau de Chanyeol bateu naquele lugar prazeroso dentro dele. E então de novo e mais uma vez, estocadas certeiras em sua próstata que fizeram do ômega uma bagunça chorosa e corada, tomado pelas sensações exultantes. Quaisquer pensamentos que rodeavam a cabeça de Baekhyun naquele momento ficaram em branco enquanto o prazer chovia sobre ele como uma tempestade avassaladora.

— I-isso é tão bom… Não pare nunca!

Como se Chanyeol sequer fosse capaz de tal coisa. Baekhyun o acolhia tão bem, era tão molhado e macio que seu pau deslizava para dentro e para fora com extrema facilidade, o som erótico de suas peles se chocando em cada estocada ecoando pelo quarto. Era delicioso, nenhum ômega era como Baekhyun, tão responsivo, tão manhoso, tão exigente. Saber que era o primeiro alfa (e seria o único também) a estar dentro dele só deixava Chanyeol mais empenhado em dar a ele a melhor noite de sua vida. E por mais que fosse gostoso meter nele enquanto o cobria com o próprio corpo, ter aquelas pernas bonitas ao redor e quadril e poder beijar aquela boquinha rosa dele a todo momento, Chanyeol também queria testar outras posições.

Baekhyun estava prestes a atingir o ápice quando sentiu o alfa deslizar para fora dele.

— Chanyeol, coloca de volta! — mandou, sem muita firmeza pois estava praticamente choramingando.

Sorrindo maliciosamente, o alfa beijou seus lábios inchados e saiu de cima dele, para consternação do ômega que só queria se sentir preenchido de novo. Parecendo despreocupado, Chanyeol pegou Baekhyun pela cintura como se ele não pesasse nada e o colocou deitado de bruços antes de puxar o quadril dele para cima, deixando-o bem exposto e aberto para si. A entrada estava dilatada e avermelhada pelo uso, melada de lubrificação natural e pré-gozo de Chanyeol. Era uma visão linda para caralho, na opinião de Chanyeol, pois para Baekhyun era vergonhoso, embora houvesse um quê de excitação presente em seu corpo por saber que estava totalmente exposto e à mercê do alfa.

As mãos grandes dele o seguraram pelos quadris, deslizando pelas nádegas e as apertando antes de separá-las, encaixando seu pau entre as bandas macias e durinhas. Baekhyun estremeceu, enterrando o rosto no travesseiro em sua frente e gemendo contra ele, se sentindo torturado com o deslizar lento da ereção do alfa entre suas nádegas ameaçando penetrar, mas nunca o fazendo.

— Por favor! — teve que implorar, necessitado demais por um pau para um príncipe da realeza como ele. — Coloca dentro…

E Chanyeol parecia tão necessitado quanto Baekhyun, pois logo estava metendo nele novamente, gemendo em êxtase pelo calor e pressão o cobrindo por inteiro ao enfiar tudo de uma vez, puxando para fora antes de empurrar de volta obstinadamente, repetindo os movimentos e aumentando o ritmo de forma gradual. Baekhyun desmoronou feliz diante dele, não conseguindo evitar rebolar os quadris mesmo que estivesse sem forças para nada, mas era tão bom que ele já estava babando no travesseiro, a boca meio aberta por onde os gemidos manhosos escapavam. Chanyeol metia tão gostoso, surrava sua próstata com tanta força que o prazer fez do corpo do ômega sua moradia. As mãos firmes em seus quadris, os gemidos e grunhidos do alfa, as estocadas fortes e tão certeiras, as sensações implacáveis que o deixavam absorto foram demais para que Baekhyun pudesse continuar suportando. Ele já estava no limite. Não aguentaria mais nenhum segundo.

— Goza pra mim, amor.

Foi como apertar um botão, como se Baekhyun estivesse apenas esperando a permissão de seu alfa. Bastou apenas mais uma investida direto em sua próstata para que o ômega gozasse intocado. O gemido que soltou foi quase um grito. Seu corpo pequeno estremeceu dos pés à cabeça, espasmos dominando-o enquanto jatos de esperma saíam livres de seu pau, gozando com força e da melhor maneira possível. Foi mais forte que o anterior, uma sensação única de plenitude, êxtase e euforia — e poder sentir o pau duro de Chanyeol dentro de si tornou tudo ainda mais perfeito, por mais que estivesse extremamente sensível naquele momento.

Chanyeol não demorou muito tempo depois daquilo — e como poderia com Baekhyun contraindo sem parar em torno dele, o apertando com tanta intensidade que parecia querer espremer a porra de seu pau à força. Foi a melhor sensação que já sentiu na vida. Gozou fundo dentro daquele calor apertadinho, se juntando à sinfonia de gemidos de deleite de Baekhyun, que só mantinha os quadris erguidos porque o alfa o segurava — do contrário, desabaria na cama, fraco, mole acabado. Chanyeol ainda estocou mais algumas vezes para prolongar o prazer, gostando que sua porra vazava lascivamente daquele canal estreito. Quando se deu por satisfeito, puxou o pau já meio flácido para fora, ganhando um gemido dengoso do ômega por estar muito sensível.

Chanyeol deitou Baekhyun com cuidado na cama, o corpo todo avermelhado e sujo de seus fluidos, os cabelos bagunçados e os olhos úmidos.

— Você tá bem? — perguntou, deitando ao lado dele e secando seu rosto manchado de lágrimas.

Baekhyun sorriu, respirando pesadamente e parecendo muitíssimo cansado, porém muitíssimo feliz.

— Muito bem.

Chanyeol se inclinou para beijar a testa dele.

— Ótimo. Fique aqui, vou preparar um banho para nós — disse, já saindo da cama mesmo que sob os protestos do ômega, que resmungou estar exausto demais para se levantar. — Você tem um alfa forte pra te carregar por aí, Alteza — foi o que disse antes de entrar no banheiro, ouvindo apenas uma risadinha cansada como resposta.

Ele colocou a banheira para encher, em seguida pegou uma toalha de rosto e a molhou antes de torcê-la para tirar o excesso de água. Quando voltou ao quarto, Baekhyun continuava na mesma posição em que o deixou sobre os lençóis bagunçados e sujos que precisavam ser trocados, mas com a diferença que ele encarava o teto do quarto enquanto deslizava a mão sobre a própria barriga lisinha e melada com o próprio esperma.

— No que está pensando? — perguntou ao se juntar a ele na cama, usando a toalha para limpá-lo entre as pernas onde sua porra ainda escorria lentamente de sua entrada dilatada. Baekhyun soltou um gemido baixo pela sensibilidade quando Chanyeol passou o pano úmido no local onde há apenas alguns minutos ele metia sem dó.

— Você fez dentro… E se eu engravidar? — sua pergunta saiu com uma nota de pânico presente em sua voz.

Chanyeol passou o pano no membro flácido do ômega antes de subir para a barriga dele, tirando a mão delicada de cima para que pudesse limpar.

— Aí seremos papais.

Baekhyun bateu no ombro dele, emburrado.

— Estou falando sério! — disse, se agarrando no pescoço do alfa quando ele o pegou nos braços para levá-lo ao banheiro. — Nem somos casados, minha mãe vai me matar.

— Não vai, não. Se você estiver com medo, pode vir morar em Drix comigo — disse em tom brincalhão, mas que sugeria algo mais. Baekhyun revirou os olhos por não estar sendo levado a sério.

— Você vai me sequestrar de novo? — perguntou em tom de provocação.

Chanyeol gargalhou enquanto os ajeitava na banheira cheia de água e sais de banho. Encaixou o ômega entre suas pernas, as costas pequenas dele pressionadas contra seu peito, suas mãos envolvendo a cintura dele por trás.

— Eu não precisaria te sequestrar, sabe por quê?

Mesmo que soubesse que aquilo era uma armadilha, que Chanyeol estava tirando uma com a sua cara, Baekhyun perguntou:

— Por quê?

O alfa se aproximou do ouvido do ômega onde sussurrou sedutoramente: — Porque você iria vir atrás de mim por conta própria por estar morrendo de saudade do meu pau.

— Park Chanyeol!




Notas Finais


⚠️ No capítulo anterior eu citei que o Jongin iria chegar em dois dias para buscar o Baekhyun, mas na verdade são três (um dia pro duende levar o recado do Jardim até o Jongin em Veny, e dois dias pro Jongin ir de Veny ao Jardim), portanto desculpe o errinho, já corrigi e tô passando aqui pra avisar. ⚠️

Agora sim, DESCULPA A DEMORA!!!! 😭 mil bloqueios nesse capítulo, juro! Aliás desculpa também os errinhos, revisei o capítulo bem por cima pois estava morrendo de vergonha (e preguiça!!).

Enfim, queria agradecer todos os comentários lindos que amo ficar relendo e também os +200 favoritos!! Não imaginei que uma fic de FANTASIA alcançaria tudo isso, obrigada mesmo a todos, espero que continuam até o fim comigo nessa jornada (faltam mais 6 capítulos agora para o fim) 🥺🩷🩷🩷

O X/Twitter caiu, mas se quiserem falar comigo, saber de spoilers sobre a fic, amigar ou qualquer coisa me encontrem no bluesky: https://bsky.app/profile/loeytopia.bsky.social

🚨 Refiz a thread de curiosidades sobre a fic na borboletinha azul, se quiserem dar uma olhada: https://bsky.app/profile/loeytopia.bsky.social/post/3l45omj7egv2b

Até mais!! ♥️


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