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História Beijo Acidental - Fire Force (Oneshot) - Capítulo Único


Escrita por: Foxy_Resonance

Notas do Autor


Aviso:

A One Shot contém alguns spoilers do mangá, que ainda não foram animadas para a segunda ou futuras temporadas, então se você já leu o mangá e sabe de algumas referências ditas nesse capítulo, você está salvo dos spoilers;

Se você não leu o mangá, sinto muito, recomendo que acompanhe o mangá primeiro;

Se você não viu o mangá mas mesmo assim quer os Spoilers, fique por sua conta e risco.

Sem ataque de ódio nós comentários abaixo, caso você não shippa 'Shinra X Íris'.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Beijo Acidental - Fire Force (Oneshot) - Capítulo Único

-Eu nunca queimei a minha família.- Dizia um loiro com um pequeno rabo de cabelo em cima da cabeça, onde conversava (ou melhor, brincava) de 'Eu Nunca' com seus quatro companheiros.


-Vai se fuder, Arthur.- Responde o moreno de olhos vermelhos e dentes afiados. - É muito óbvio que apenas eu "queimei" a minha mãe e meu irmão. - Shinra faz um sinal de aspas com os dedos, afinal, foi um Infernal (sua mãe) que queimou a casa, e não ele.


-Arthur, o objetivo é dizer o que reconhecermos, e não o óbvio. - Maki, a bombeira musculosa, comenta.


-Hmpf. Que adianta não falar o que uma pessoa saiba se os outros não sabem também se já fizeram ou não?


-Essa frase não fez sentido algum. - Tamaki, mexendo em suas Marias Chiquinhas, mexe negativamente a sua cabeça. - Quem é o próximo?


-Eu. - Viktor assume. - Eu nunca… - Pensa. - Paguei um enorme mico em público.


Maki e Tamaki na hora engolem saliva ao ouvirem isso.


-Minha "sorte" já é um mico, que causei praticamente em todo lugar…- Tamaki desanima e faz biquinho.


-Uma vez, no colegial, eu recebi um bilhete de um garoto muito bonito, que eu gostava muito, na sala de aula. Fiquei apaixonada ao ler 'Quer sair comigo?'- Desanima também a musculosa.


-E depois?- Pergunta Shinra.


-"Maki, entregue para a Kireina, por favor?". Nunca senti tanta vergonha na minha vida. - Bota as mãos no rosto, de tão vermelha que ficou.


-Fico até imaginando a situação. - Viktor diz.


-Eu tinha sonhado até com meu casamento com ele…- Chacoalha sua cabeça. - Shinra, sua vez.


-Ok. - Afirma. - Eu nunca…


-Estão fazendo o que? Conversando no meio do serviço? - Interrompe o líder deles, Obi, não feliz com o que via.


-Ah, Capitão Obi. Estamos brincando de 'Eu Nunca', quer participar? - Pergunta Tamaki sorrindo.


-Felizmente não. Não tenho tempo ou vontade para brincar disso. É idiota.


-Ah, capitão. Não é idiota. É legal. - Tamaki faz biquinho.


-É sim porque, basicamente, descobrimos uns segredos proibidos sobre nós mesmos. Alguns até que não podemos contar para ninguém. - O Capitão pega uma xícara de café.


-Tipo o que? - Pergunta Arthur.


-Você é burro ou finge ser? - Pergunta Shinra, com sarcasmo.


-Ok. Já que é assim, lá vai. - O adulto bebe o seu café. - Eu nunca deixo uma enorme pilha de papéis em minha mesa, prestes a caírem.


-Droga. - Diz Shinra, Tamaki e Arthur, em uníssono, assim que vêem a pilha de 3 metros de Shinra cair no chão.


-Terminem logo essa brincadeira e voltem ao trabalho. - Ordena Obi indo pegar mais café.


-Ok. Shinra sua vez, ainda. - Menciona Maki.


-Ok. - Sorri. - Vejamos… - Começa a pensar com sabedoria. - Eu nunca… - Pensa mais um pouco. - beijei alguém. - Comenta e ainda cora, de arrependimento.


Silêncio na sala.


Até o Capitão Obi parou para olhar os outros colegas.


-Eu nunca. - Tamaki.


-Eu nunca. - Maki.


-Eu já. - Arthur.


-Beijo da mãe não vale, idiota. - Shinra retruca, e Arthur mostra a língua.


-Meio que foi um acidente. - Viktor?! Ok, chamou a atenção de todos naquela sala. - Em minha defesa, foi um desafio proposto por umas meninas na sexta série.


-Ooooh. Um desafio adolescente. - Maki deixa os olhos brilharem.


-Sim. Uma dessas meninas desafiaram ela a me beijar na bochecha.


-Espera… Seria na bochecha?! - Tamaki começa a ficar animada.


-Seria. Se eu não tivesse virado o rosto para perguntar por quê ela estava respirando em minha orelha. - Viktor fica corado. 


-AAAAAAAAAAAAAAAAH!!! - Maki e Tamaki gritam felizes, parecendo duas crianças vendo o lendário Papai Noel numa escola.


-Fomos obrigados a ouvir as musiquinhas sobre a gente que fizeram. - Viktor cobre o rosto com a camisa listrada. - E ela tinha que arranjar um namorado para essa história terminar.


-É foda, Viktor. É foda. - Comenta Shinra.


-Ok. Eu estou chocado também com isso, jamais pensei que o Licht poderia ganhar o primeiro beijo assim. - Obi bebe seu café. - Agora voltem ao trabalho.


-Sim, senhor. - O quinteto volta a fazer suas obrigações. E Shinra começa a recolher todos os papéis que caíram de dia pilha.


Nesse meio tempo, a jovem e inocente Irmã Íris entra na sala, com uma prancheta. E conversa com o capitão.


-O Tenente Hinawa pediu para te entregar isso, capitão. - Ela entrega sorrindo.


Seu sorriso era belo, de acordo com Shinra.


-Ah. Obrigado, Irmã. - Agradece e começa a ler os papéis da prancheta.


Íris percebe que Shinra estava recolhendo todos os seus papéis, e resolve se aproximar dele.


A loira santinha se agacha e fica lado a lado com o bombeiro, sem ele perceber.


Shinra pega um dos papéis e começa a ler, enquanto segura um pouco do que recolheu.


-Quer que eu te ajude a pegar os papéis, Shinra? - Pergunta com toda a inocência do mundo, e pegando um pouco dos papéis.


-Não precisa não, Irmã. Eu já estou terminando de recolh…- Ele vira o rosto, e sem querer seus lábios fechados se encontram com os dela.


Shinra decolou na hora. Seus pés entraram no modo foguete, e o decolou com toda sua força até a parede e de costas, não só se machucando, como também queimando um pouco dos papéis e espalhando pela sala inteira. Uma verdadeira chuva.


Íris apenas ficou perplexa com isso, e Shinra encarava nervosamente a freira. Ele estava com o seu sorriso demoníaco ativado.


Todos da sala também olhavam para o que acabou de acontecer, do nada. Obi ficava em choque com a quantidade de papel que chovia.


-ARGH! - O moreno tapa a sua boca. - Me desculpe, Irmã! Me desculpa, sério mesmo!


-Que você aprontou, Kusakabe? - Pergunta Tamaki, ameaçando.


-Ah! Nada não, Tamaki. Foi apenas um… acidente. Eu sem querer...assustei o Shinra e ele… decolou até a parede. - A freira, com as bochechas vermelhas, responde nervosa e balançando as mãos rápidas, com os papéis.


-Ok…? - Tamaki concorda, porém ainda com dúvidas.


-Huh? Ah! Os papéis! - Shinra se levanta e começa a recolher com toda a vontade e velocidade a papelada que deixou jogada. - Capitão Obi, me perdoe! Irei ficar até tarde preenchendo toda a papelada! - Explica e continua correndo.


-Ok…? - Obi cumpre a mesma dúvida e concordância, assim como Tamaki.


Dito e feito, Shinra continuou na sala fazendo a papelada.


Antes ele acumulava 34 papéis. Agora faltam preencher 10.


O moreno lia e escrevia basicamente cada letra de seus papéis e cumpria seu dever.


-Café? - Pergunta Obi, entrando na sala e colocando uma xícara na frente do garoto.


-Vou precisar, obrigado. - Shinra abandona a caneta e começa a beber.


-De nada, garoto. É o mínimo que merece por realmente você cumprir essa tarefa. Depois de um mico desses não duvido de mais nada. - Ri.


-Pois é. - Shinra concorda, porém não muito agradável.


-Aliás, garoto, que diabos deu em você antes? Você de repente voou até a parede assim que olhou para a Irmã. - Pergunta.


Aquilo congelou o garoto. Como ele poderia explicar isso? 


"Eu quase beijei uma freira, capitão", seria perfeito agora.


-Bem…- Não trava não, moleque. - acontece que eu… me assustei com a Irmã chegando de repente… - Coça a nuca. Mentira tem perna curta, Kusakabe. - Assim, eu pensei que ela estivesse olhando para mim, de pé. Não imaginei que ela estivesse do meu lado… por isso me… assustei e decolei até a parede.


-Hm. - As únicas palavras de Obi foram essas, enquanto bebia seu café. - Se foi um acidente e um susto, tudo bem. Só não repitam isso de novo. - O homem, sorrindo, passa as mãos sobre os cabelos de Shinra, os bagunçando mais ainda.


-Heh. Pode deixar, capitão. - Shinra sorri também. Capitão Obi era um pai que ele nunca teve em sua vida.


Shinra bebeu seu café e voltou ao trabalho. Porém, ele ficava apenas com esse "Beijo" e a Irmã na cabeça.


"Por que eu estou pensando nisso?! Foi apenas um pequeno acidente! Foco, Shinra! Foco!", O moreno começa a pensar e chacoalhar sua cabeça, para tirar a freira de seus pensamentos. "Ela é uma irmã, seu amaldiçoado! Uma freira, desgraçado!"


Seus pensamentos foram destruídos quando ouviu um alerta vindo de um gramofone. Um incêndio.


-Shinra! Dois infernais estão atacando a cidade! Vem logo! - Ordenou o seu Tenente, Hinawa.


-Salvo por dois infernais. - Murmura.


E apenas o normal para o esquadrão. Todos de uniforme, entrando na Matchbox, localizando onde era a "briga", e decidindo os planos.


Shinra nesse momento observava a Irmã conversando com Maki e Tamaki sobre, alguma coisa, ele não sabia do que se tratava.


Íris olhou rapidinho para Shinra, que mudou a direção de seus olhos para Arthur, assim que ele percebeu que a loira começou a encarar. Ele não viu, mas a loira corou um pouco nas bochechas.


Daqui para frente eles chegaram no centro, houve batalha com esses infernais, e a reza de Tamaki e Íris, para eles poderem descansar em paz.


'A Chama é a respiração da alma,

A fumaça negra é a libertação da alma,

Das cinzas às cinzas, que a sua alma,

Retorne para a grande chama do Fogo.

Látom'.


E mais um dia salvo com sucesso. Até quando esses Infernais causarão problemas nessa cidade e no mundo? Até quando?


O pessoal voltou ao oitavo batalhão e voltaram a seus afazeres, e Shinra à sua papelada. Assim que guardou seu uniforme, ele começou a andar pelos corredores indo em direção ao escritório.


Para seu azar, ele encontrou uma certa Loira regando flores, e cantarolando.


"Merda", diz, corado e nervoso.


-Hm? - Ela olhou para o lado e viu apenas Shinra encarando ela. - Ah! Oi, Shinra. - Acena, feliz para o garoto. E começa a caminhar até ele.


"Corre!". E se obedeceu, e foi a um outro corredor que tinha a sua esquerda.


-Ué? - Ela estranhou e chegou ao outro corredor, que não tinha saída. O garoto havia sumido do mapa. - Meu Deus do Céu…


Íris saiu do corredor e caminhou para outro. Shinra desce do telhado e suspira aliviado de ter escapado dessa. Por algum motivo, seu coração estava batendo muito rápido e estava com o rosto quente. Será que está com febre? Pode até ser. Mas o que significa o coração acelerado até demais? Ele não sabia.


Mas isso não impediu ele de continuar seu trabalho com a papelada, e voltou para o escritório. Porém ele ainda se sentiu mal, afinal, ele fugiu da Irmã Íris. A pessoa mais fofa e gentil do Batalhão. Tudo isso por causa de um acidente. Mas ele sabia que tinha que dar um tempo para poder esquecer esse episódio de suas vidas.


Shinra na verdade admira a irmã, até demais. O único problema é que ela mexe com ele, de uma forma não literal. Ela era uma luz para o túnel escuro, que vivia.


Ele ama ela. 


Ele se sente feliz com ela, e se sente responsável em proteger ela.


A Íris fazia seu coração bater rápido, e ele gostava muito de estar do lado dela.


Mas agora, ele quer se evitar dela por um tempo. Precisava esfriar a cabeça depois do acidente que teve.


E assim foi em diante. Shinra começou a fugir da Irmã Íris. Nesses dez dias.


A cada momento que eles se encontravam, Shinra conseguia fugir de um jeito bom, inusitado ou escondido. E deixava a loira sempre confusa sobre suas fugas.


No décimo segundo dia, Íris nem ligava mais para Shinra fugir dela. Na verdade ela estava começando a ficar meio que chateada pelo seu colega estar a evitando.


No décimo terceiro dia, ela quase conseguiu sua atenção.


Shinra estava com Obi testando umas novas invenções de Vulcan: Granadas de Extintor.


Os dois testam em diversos manequins velhos e vestidos de infernais.


-As granadas funcionam muito bem, certo, Shinra?


-Sim, capitão. Porém acho que seria incrível se as granadas pudessem explodir na hora que encostar no infernal. - Joga outra granada.


Os dois continuaram a testar as granadas.


Era sua chance, Íris.


A menina entra na sala e caminha até os rapazes. Shinra se arrepiou assim que ela entrou na sala.


-Realmente funciona, capitão. Avisa pro Vulcan sobre a minha sugestão. Tchau, capitão. - Entrega a granada e acelera o passo.


-Shinra espera…- Diz a freira caminhando até ele, porém o rapaz voa com o fogo de seus pés sobre ela, e corre até a porta. - Shinra por favor…- Íris pega a manga do uniforme que usa.


-Não tenho tempo para conversar. Eu tenho que ir treinar com o Arthur. - O rapaz tenta escapar da freira, mas ela estava puxando sua manga.


Shinra não tinha escolha. Ele esticou os braços, e se soltou. Está correndo sem camisa pelo corredor, desesperado.


Tamaki viu ele correndo sem camisa.


-BOTA UMA CAMISA, KUSAKABE!! - Grita a bombeira felina, tapando os olhos.


Nesse momento a irmã segurava a camisa laranja de Shinra e se desanima olhando para o chão.


-Ele escapou de novo…


-Está tudo bem, irmã? - Pergunta Obi, curioso com o que acabou de acontecer.


-Eu estou… - Ela continua olhando e segurando a camisa de Shinra, e assoa o nariz com as mãos. - Apenas o Shinra fugiu de mim… de novo. E eu não sei por quê isso acontece. - Íris deixa o capitão segurar a camisa de Shinra, e ela sai no maior desânimo do mundo.


O sol estava ficando nublado.


Obi ficou muito preocupado com a irmã do batalhão, e concluiu que tinha que conversar com Shinra.


20:34


Todos os membros já haviam jantado e voltados a suas hobbies, exceto Shinra que ficou no escritório fazendo alguns papéis.


Papéis esses que pertenciam ao Arthur, mas ele nunca terminou.


Obi percebe o garoto cuidando dos papéis de Arthur, e decide conversar com ele.


-Ei, Shinra. - Cumprimenta com toda educação, por mais que ele queria algumas explicações. 


-Hm? Ah! Oi, Capitão. Estou terminando de preencher a papelada do Arthur, que ele deixou de fazer, para treinar com a Maki. - Revira os olhos, de tão sarcástico que estava.


-Entendi. Bom, eu vou falar amanhã com ele, de qualquer forma. Porém, o assunto é outro, e com você.- Shinra olha para o seu líder, que expressava meio que ameaçador.


-Ehhh… diga? - Pergunta, largando a caneta sobre os papéis.


-Poderia me dizer que escândalo foi esse que causou hoje a tarde, com a Irmã Íris? - Pergunta, sentando numa das cadeiras da sala. - Por que tem evitado ela nesses últimos treze dias?


Como você escaparia agora, Shinra? Talvez virar um dos Capuzes Brancos não seja uma má idéia. Seu irmãozinho mais novo está lá, e ele, Shinra, é o 4° pilar.


-Bem… - Shinra começa a gaguejar e suar frio. O que ele vai responder. - Eu… estou evitando ela… pelo susto que… que ela me deu…


-A treze dias? Você tem evitado ela por treze dias por causa do susto que você ganhou? - O homem levanta a sobrancelha enquanto encarava o garoto. - Esperava mais de você, Shinra.


O moreno apenas suspira de derrota, bota as duas mãos na face, e apoia os cotovelos na mesa, e seus dedos passam seus cabelos.


-Eu me assustei por outro motivo…


-De novo essa história de susto?


-Dessa vez é verdade. - Se defende. - Lembra de quando estávamos jogando 'Eu Nunca'?


-Hm.


-E de quando o Licht contou como ele conseguiu seu primeiro beijo? - Shinra tirou as mãos e encarou o capitão.


-Sim…?


-Naquela hora eu não tinha percebido que a Irmã estava do meu lado. E eu virei meu rosto.


Obi esbugalhou os olhos e parou de funcionar por meio segundo.


-Você e a Irmã Íris se beijaram?!


Shinra, além de nervoso, estava com o rosto todo vermelho.


-...Não exatamente. - Cobre o rosto de novo. - Meus lábios fechados se encontraram com os dela, também fechados. Como se fosse um selinho de portas…


A sala ficou silenciosa de novo. Obi, com a mão no queixo, raciocinava o quão de sentido agora essa história tinha.


E Shinra apenas estava tentando afundar a cara na sua mesa.


-Bom, mas, por que mentiram sobre isso?


-Além de 'Demônio' o senhor quer que eu seja chamado de 'Pecador'? Fora que a Tamaki não deve muito gostar de mim, e é capaz dela, junto com a Maki, me esmurrar até eu ficar roxo.


-Hm. - Assente. - Bom, agora que eu sei sobre a verdadeira história, eu acho que você deve se desculpar com a irmã por tudo que fez nesses treze dias.


-Eu quero, mas… eu não consigo ter coragem…


-Qual a dificuldade de chegar em uma freira e dizer "Desculpas"?


Shinra fica mais vermelho do que já estava.


-É que…


Obi arqueia mais uma vez a sobrancelha para o que Shinra for responder.


-... - Não sabia como responder. - Eu meio que quero terminar o que quase aconteceu. - Esconde o rosto na mesa.


Obi levanta suas sobrancelhas ao ouvir isso, e encara o garoto.


-Você quer beijar a irmã?!


Ainda com a cabeça na mesa, Shinra acena positivamente.


-Nossa… - Obi coçava a nuca, tentando descobrir as palavras certas para comentar o assunto para Shinra. - Você está realmente em um corredor sem saída.


-Eu sei… - Encara o teto. - Se beijar ela, eu viro um pecador. Se não beijar, só ficarei pensando nela, mais do que o normal.


-Huh? "Mais do que o normal"? - Obi começa a estranhar. - O que quer dizer com isso, Shinra?


O bombeiro, com cara de "É o seguinte", olha para seu capitão perplexo.


-Capitão… eu gosto muito da Irmã Íris…


Obi fica congelado por completo. E Shinra apenas, fica nervoso, vermelho, suando, e encarando o capitão, provavelmente sem alma.


-Realmente você ganharia um apelido de pecador…- Obi comenta, pondo a mão sobre a boca. - Bom… como e desde quando, você sente isso pela Irmã?


Shinra segura no peito, onde seu coração bate rápido.


-Eu amo ela, na verdade. E eu não sei como e quando eu me apaixonei por ela. Mas eu acho que foi desde o dia que eu salvei ela no Metrô… ou quando eu salvei ela no 5° Batalhão… não sei. Apenas enxergo ela como a luz.


-Luz?


-A luz da escuridão sem fim que eu vivia durante esses 12 anos. Ela me encanta de um jeito que nunca vi, não liga se eu "já fui" um demônio, e ela é muito gentil comigo. - Shinra responde, pensando nela e como ela é.


Obi estava impressionado com as palavras de seu bombeiro. Ele consegue descrever de uma forma bela e cativante a Irmã.


-E quando vocês quase se beijaram, você começou a evitar-la por causa dos seus sentimentos, que aumentaram depressa, e começou a enxergar ela como outra pessoa.


-Exatamente. - Shinra começa a desenhar corações nos papéis, de Arthur.


-Entendi agora.


-Capitão, eu realmente estou indeciso sobre isso. Eu não sei exatamente o que fazer. Eu tenho um enorme medo de beijar ela.


-Você não precisa realmente beijar ela. Na verdade, em meu ponto de vista, nem deveria. Acho que apenas um pedido de desculpas para ela é o suficiente. E tentem conversar mais sobre isso.


Shinra se desanimou, mas logo percebeu que seu capitão estava certo. Era melhor pedir perdão e conversar com ela, do que ser chamado de 'Pecador' por beijar uma freira. Por mais que ele queria sentir os lábios dela nos seus, o que seu capitão sugeriu era a única coisa certa.


-Obrigado, capitão. - Shinra se levanta. - A Irmã está aonde?


-Acho que no telhado.


-No telhado?


-Sim. Uma vez Hinawa flagrou ela no telhado, observando as estrelas. Ela deve estar lá.


-Entendi. Muito obrigado. - O garoto começa a andar, e chegando em direção a porta, ele direciona o olhar para um vaso com uma única flor.


Íris.


Ele pega a flor e sai da sala.


Shinra começa a caminhar pelo corredor inteiro, em busca da freira.


-... Acreditem em mim, vocês não gostariam de terem ele como irmão. Ele é completamente chato com as coisas e decisões que faço. - Diz Maki conversando com Tamaki, Arthur, Vulcan, Hinawa e Lisa, na sala de pesos do capitão Obi.


-Takigi é, com certeza, difícil de lidar. - Argumenta Hinawa bebendo um pouco de refrigerante.


-Ué? Você não tem medo dele, Tenente? - Tamaki, confusa, pergunta.


-Eu tenho medo do pai, e não do irmão. - Responde o tenente, tremendo e ajeitando seu boné escrito "Cadela Sensual". Maki até ri da situação.


Shinra passa por eles.


-Ah! Shinra, vem conversar com a gente… - Tamaki o chama.


-Não dá. Tô indo conversar com ela. - Shinra interrompe, continua andando e segurando a flor.


Todos que conversavam ficaram até confusos sobre o que acabou de acontecer. Porém perceberam do que se tratava após falar 'Ela'.


Irmã Íris.


O garoto chega ao telhado, e de fato Obi estava certo. Ela está ali. Olhando as estrelas.


O coração de Shinra batia muito rápido, estava quase saindo pela boca do rapaz. Ele não sabia se voltava ou ficava e conversasse logo com ela.


"VAI LOGO, SEU AMALDIÇOADO!!", gritou mentalmente para si mesmo.


Shinra começou a caminhar até a freira, e escondeu a flor em suas costas. Ele parou do lado dela, e começou a olhar junto as estrelas.


Íris percebeu, mas logo se desanima e volta a olhar as estrelas. Shinra notou. Ele suspirou e começa a conversar.


-Eu… vim me desculpar com você. - Shinra diz, escondendo o rosto, puxando a gola de seu uniforme.


A Irmã nota a atitude de Shinra, com um pouquinho de surpresa. 


-Pode tirar a gola do rosto, por favor?


Shinra obedece, e mostra o rosto todo corado para a freira. Ela até fica muito preocupada com isso. Põe a mão na testa dele, e Shinra cora mais ainda com a ação dela.


-Você está bem, Shinra? Parece que está com febre.


A inocência dela é algo belo.


-Ehhh… - Não minta, Shinra. Não minta, Shinra. Não minta, Shinra. Não minta, Shinra. - Não… eu… estou corado…


-Huh? Corado por quem?


Shinra mostra a sua mão, rápido, mostrando a flor Íris para a Irmã. Que cora um pouco as bochechas.


Shinra virou um tomate.


-Irmã Íris! Me desculpa por eu ter te evitado durante treze dias! - Diz o moleque, escondendo o rosto vermelho, de novo, na gola do uniforme.


O silêncio tomou os dois, durante dois minutos.


Shinra tira a cabeça, escondida, do uniforme, para apenas ver se a irmã ainda estava em sua frente.


Ela estava, e segurando a Íris que ele deu.


A loira estava com as bochechas vermelhas, e confusa sobre o que responder.


-Uuuuuh… - Ela inicia uma conversa. Ou tenta. - Muito obrigada pela flor, Shinra…


Shinra sorri um pouco. Fraco, porém aceitável.


-Mas eu ainda não posso te perdoar por isso.


O sorriso virou de cabeça para baixo.


-O que? Por… por que?


-Porque eu meio que… estou me sentindo culpada por você ter se evitado de mim. E eu sei exatamente o que fiz para você, mas, eu é que devia me desculpar por isso.


-O que? - Shinra se estranha. - Não. Irmã, entenda que não foi sua culpa. Eu que fui o errado da história. 


-Mas eu te assustei naquele dia…


-Me assustei por você ter brotado, assim do nada. - "E também porque nossos lábios quase se tocaram por completo".


-Mas por que me evitou?


Shinra cora na hora. Mas ele tinha que falar a verdade.


-Me assustei na verdade… porque a gente… - Shinra cora, fecha os olhos, vira de lado e infla as bochechas. - Eu quase te beijei, Irmã Íris! - Responde o garoto, segurando os braços dela, e encarando o belo rosto e os olhos azuis dela.


Íris não sabia o que fazer ou responder. Ela apenas é segurada por Shinra, e olhando o seu rosto vermelho, sua sobrancelha enrolada, seus olhos escarlates, e o seu sorriso "demoníaco".


-Mas… por causa de um pequeno acidente… você resolve se afastar de mim? - Ela fica um pouquinho triste.


-Eu tinha medo de ser chamado de 'Pecador', ou de me zoarem por quase beijar uma freira. - O bombeiro solta ela.


Íris entendia agora o motivo dele, e com certeza, ou não, ele tinha toda razão para se assustar ou se preocupar.


Mas mesmo assim, ela sentia que Shinra a evitava por outros motivos.


-Isso… poderíamos manter em segredo. Poderíamos conversar sobre isso. Não precisava se esconder de mim por causa disso.


-Eu sei. Mas eu não conseguia porque…


Ele parou ali mesmo. Sua vergonha aumentou muito e impediu de falar simplesmente o que ele pensava da Irmã.


-Porque? - Ela perguntou.


-... - Responda, animal!


Íris suspira e começa a andar até a porta, desanimada e passando pelo bombeiro.


-Realmente me desculpe, Shin… - Ela sente um toque em seu braço direito.


Shinra estava segurando ela, e ainda com a cabeça para o chão.


Ele olhou para ela, com as bochechas vermelhas começando a desaparecer. 


Os seus olhos escarlates encarava os olhos marinhos dela.


-Eu gosto muito de você, Íris.


Palavras suficientes para deixar o rosto dela todo vermelho.


Ela ouviu isso mesmo? Shinra gosta dela? O que? Quando? Como?


Por que?


-O...O que…?


Shinra vira e se aproxima dela. Ele estava com uma expressão morta, porém confiante com as palavras. Ele solta o braço da freira e fala:


-Irmã Íris, eu não sei desde quando me apaixonei por você, apenas foi o suficiente para perceber que você é a minha salvadora. Você é a luz que veio me tirar da minha escuridão, que vivia depois da "morte" do Sho e da minha mãe.


Íris também se vira e começa a ouvir.


-De alguma forma, você… faz o meu mundo girar. Meu coração bate sempre rápido quando te vejo. Tão rápido que parece que vai sair pela minha garganta. Dias e dias eu imaginava você sempre ao meu lado, num belo jardim.


O rosto dela voltava ao normal, mas as suas bochechas continuavam vermelhas.


-Um jardim cheio de Girassóis, pois como eu te disse uma vez: 'Sua existência para o Oitavo Batalhão é como a de um Girassol', e para mim sua existência preenche o meu vazio. Sinto me mais forte quando penso em você, e quero muito te proteger, e me preocupo muito com você no futuro.


Os olhos dela não piscavam.


-E aquele beijo que quase tivemos, foi um choque para mim. Como eu gosto muito de você, meus sentimentos a você ficavam muito fortes e incontroláveis. Eu pensava em você toda hora, e de como seria se realmente tivéssemos nos beijado.


Íris senta em um banquinho que tinha, e encara a flor, ainda toda corada e cheia de muitas dúvidas.


-Foi burrice de minha parte me afastar de você por conta de um acidente bobo. Mas eu realmente estava com os meus sentimentos, a você, crescendo cada vez mais, e eu ficava mais confuso a cada hora. Por isso, lhe peço desculpas pelo que causei a você, e do meu pecado: me apaixonar por você.


Íris havia parado de funcionar.


Ela não sabia o que responder. Nunca havia recebido uma declaração de amor. Bom, se isso era uma declaração, ela não sabia.


De alguma forma, ela estava envergonhada. Seu coração também estava batendo rápido. Por quê? Ela não devia sentir isso. 


Após um longo silêncio. Shinra, ainda corado, encarava Íris, sentada e olhando para a flor que recebeu.


-Eu… não sei o que responder…


Shinra dá um suspiro, desanimado, e começa a caminhar para a porta.


-Aguardo resposta. Obrigado. - Sai do telhado.


Shinra estava para baixo.


Passando pelos corredores ele encontra o seu capitão, com uma caneca e uma escova de dentes.


-E aí, garoto. Como foi? - Shinra, sem vida, passa por ele.


-Sei lá. - Frio e morto.


Obi estranhou, mas respeitou. Porém ficou preocupado com seu soldado, e com a freira.


O que aconteceu?


2:44


Shinra se mexe para lá e para cá em sua cama. Põe e tira o edredom de seu corpo. Abre e fecha os olhos.


Estava sem sono, obviamente.


Não conseguia tirar a irmã de seus pensamentos. Se antes ele sonhava com sua mãe, seu irmão, um unicórnio, uma menina loira com um rapaz de cabelos brancos - que pode virar uma foice -, ou até mesmo a própria Amaterasu - algumas vezes -, agora ele apenas tinha a santa loira em seus sonhos.


Ele se levanta e vai em direção a cozinha, procurar alguma coisa para beber e voltar a dormir.


Shinra usava uma camisa preta com uma estampa de uma alma azul com um sorriso afiado, e uma bermuda cinza com listras azul escura.


Assim que entra na cozinha, ele se depara com uma loira usando um vestido pijama rosa claro com detalhes rosa choque.


Íris.


Ela estava encarando o fogão fervendo uma jarra de água. Do lado tinha uma caixinha de chá e uma xícara.


"Que azar, Shinra.", pensa o bombeiro, tremendo os dedos e com os olhos arregalados. E, óbvio, com as bochechas vermelhas 


A irmã olha para Shinra, e o próprio se arrepia todo por inteiro quando ela o nota.


-Oi, Shinra. - Cumprimenta com toda educação, e desânimo.


-Oi, irmã. - Faz a mesma coisa, e logo se aproxima dela. - Também está sem sono?


-Sim. Eu fiquei com Insônia e resolvi fazer um chá para poder me acalmar e voltar a dormir.


-Entendi. Bem, eu só vim pegar alguma coisa para beber e voltar a dormir também, mas, aceito um chá também. Se não se incomodar. - Pega uma xícara, e fica sem jeito.


E claro, corado.


-Não, não me importo. - Afirma e volta a olhar a jarra fervendo.


E também corando as bochechas.


Os dois ficam quietos e encarando a jarra.


O único som que ouviam eram os roncos de Vulcan e poucos carros passando pela rua.


Tinha vezes que um olhava para o outro, e trocavam de direção quando um notava. 


-Precisamos conversar. - Os dois falam, em uníssono. - Você primeiro. Não. Eu não, você primeiro. - A situação estava confusa. Quem tinha falar primeiro?


-Irmã, vou deixar você falar primeiro. - Shinra com toda educação, e também um pouquinho do cavalheirismo do Arthur, se oferece para deixar a freira falar.


-Tudo bem. - Ainda envergonhada, ela agradece. - Precisamos conversar sobre o que aconteceu, no telhado e sobre… - Pausa. Ainda era difícil para ela. - … o beijo.


Shinra está prestes a virar um tomate.


-Eu também quero conversar sobre isso.


Os dois finalmente se encaram.


A jarra ainda está fervendo.


-Então, o que eu falei lá no telhado, sobre eu gostar muito de você…


-Shinra. Isso não tem problema, eu entendo você me amar. Afinal, fui eu quem roubou seu coração. - Cora.


-Sim, mas, n-não foi a sua culpa. Apenas… aconteceu.


Os dois ficam em silêncio mais uma vez.


-Desde quando você me ama?


-... - Olha para a loira, e cobre o seu sorriso (demoníaco) com a suas mãos. - Não sei desde quando. Talvez desde quando eu cheguei no oitavo batalhão, ou desde que te salvei da Capitã Hibana, não sei. Mas, só sei que desde sempre que eu gosto muito de você. 


-Entendi…


-O único problema é que eu me apaixonei por uma freira. Não que eu ache horrível ou esquisito isso, é que, obviamente, uma freira não pode responder sentimentos de paixão de pessoas.


-...


-E, eu quero realmente, tentar seguir em frente e te enxergar como você é. Mas, eu não consigo porque eu me apaixonei por você. 


A jarra começa a mostrar algumas fumaças brancas.


-E quando quase nos beijamos, os seus sentimentos se despertaram mais?


-E eu não parava de pensar em você, dia e noite.


-Shinra… - Ela não sabia exatamente o que responder. - Eu também fiquei pensando nisso.


-...


-E em você, também.


Que?!


Shinra ouviu direito? A Irmã Íris também estava pensando nele?


-O… o que?


-Eu também estava pensando em você… - a freira começa a apresentar sinais de uma possível transformação para um Tomate. - Pensava muito, tanto que era por isso que eu queria também conversar com você. Não apenas para saber o que eu lhe fiz para você me evitar, mas sim porque… eu estava querendo muito… terminar o assunto que começamos…


-Você quer dizer… - Alerta Vermelho! Alerta Vermelho! Shinra está criando uma nova cor relacionada ao vermelho em seu rosto. Ele esconde mais o seu sorriso demoníaco com os dois braços, tremendo. - … continuar aquele beijo?


-Sim... - Responde de uma forma surpresa, e tremendo as mãos, que cruzavam seus braços.


Shinra não sabia o que fazer. Ele pensava em, apenas, pegar o rosto da freira e tacar um enorme beijo de língua sem parar.


Mas ele pensou apenas num futuro apelido:


Pecador.


Ou de como iriam olharam torto para a irmã.


Se todos soubessem que um bombeiro, chamado de Diabo por anos, beijou uma freira, da maior igreja do mundo. Seria um verdadeiro desastre. Além de uma vergonha, também. 


Por isso então, ele pensou melhor nem relar nela.


Suas bochechas foram perdendo o brilho avermelhado. Ele foi se acalmando, parando de tremer, e o seu sorriso demoníaco foi desaparecendo.


Ninguém vai mesmo cuidar dessa jarra de água fervendo? Eles estão realmente vendo que está aparecendo fumaça na cozinha?


-Eu até poderia terminar o que quase começamos, irmã. Mas, a possibilidade de ter diversos olhares maldosos sobre nossas costas, me preocupa muito.


Íris encara mais uma vez o garoto, que observava o chão.


Ela toca no rosto de Shinra, e o aproxima de seu rosto.


-Eu entendo a sua preocupação e seus medos. Mas isso ninguém saberá, se não tiver testemunha ou alguém para contar.


-O que… - Shinra é interrompido assim que a freira junta seus lábios com os dele.


Um beijo.


Íris estava beijando Shinra. Shinra estava sendo beijado por Íris. Que tipo de sonho ele estava vivendo?


A loira, com os olhos fechados, tinha os lábios macios e doces para o bombeiro.


Após um minuto, o garoto também fecha os olhos e retribui o beijo da freira.


Sem sombra de dúvidas eles estão gostando desse beijo. Era uma sensação bela, maravilhosa e fascinante.


Literalmente um calor acontecia com eles na cozinha. Tanto que Shinra estava tentando tirar sua camisa, mas logo percebeu duas coisas: Por que ele vai tirar a camisa enquanto beija Íris? E, é claro...


-A JARRA! - Shinra afasta seu rosto da loira ao se lembrar do chá que a irmã fazia.


A cozinha estava infestada de fumaça.


-AH MEU SOL! O CHÁ! - Íris se desespera e desliga o fogão e Shinra abre as janelas para tirar a fumaça da cozinha. 


Quem podia imaginar que quase aconteceu um incêndio num batalhão de bombeiros.


-A fumaça já está sumindo. Mais um pouquinho e acaba logo. - Diz Shinra se enxugando por uma quantidade de suor feita pelo calor da cozinha.


-Ainda bem que não ocorreu nada grave. Imagina se fosse outra coisa nesse fogão. - Dizia, feliz e segurando a jarra com uma luva de cozinha (provavelmente do Hinawa), a inocente Irmã Íris.


Ele ama essa garota.


-Irmã, pode voltar a dormir. Eu cuido daqui para você. - Shinra se oferece, com toda educação do mundo. 


-Huh? Não. Não se preocupe, eu guardo as coisas…


Shinra se aproxima e dá um beijo na bochecha dela.


-Por favor.


Íris estava com as bochechas coradas, e sorriu de novo para o moreno.


-Então, tudo bem. - Deixa a jarra sobre a mesa. - Obrigada, Shinra. - Beija a bochecha dele, também. - Obrigada. - Sai da cozinha cantarolando.


-De nada. - Ele quer, se desse, se casar com essa garota.


Shinra e Íris voltaram a se falar depois desse dia. Acabou as evitações, junto com os beijos, pois era um pecado um bombeiro, demoníaco ainda, beijando uma freira.


No dia seguinte, Arthur chega, junto com Maki, Hinawa, Tamaki e Shinra, cuidarem da papelada. Arthur até estranhou a montanha dele ter sumido, mas não ligou.


Até agora.


-Quem fez um monte de corações no meu papel?


Shinra sabia que estava esquecendo de alguma coisa. E ele lembrou.


Apagar os desenhos.


Mas que se foda aquilo, ele estava apaixonado definitivamente pela Irmã Íris, que entra na sala distribuindo café para os colegas.


Os dois se encaram, quando ela entrega o café para o garoto, e avermelham as bochechas, porém era normal para dois pombinhos.


 Se não fosse pela brincadeira do 'Eu Nunca', junto com a pilha de 3 metros dos papéis de Shinra, as coisas teriam sido diferente.


Fim


~ Látom


Notas Finais


Espero que tenham gostado! ❤️


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