Bellwood. A Cidade mais Normal da Terra. É o que diz a placa na entrada da Cidade de Bellwood, além de destacar o número de 26.000 habitantes embaixo. Muitos conhecem essa pequena cidade por conta de suas atrações turísticas mais famosas: O Senhor Sorvete, o Museu de História Natural e o Grande Shopping de Bellwood. Contudo, essa pacata cidade esconde muitos segredos, segredos esses que se estendem muito além de onde podemos enxergar.
Mas dentre esses segredos, existem coisas óbvias. Como por exemplo...
Um garoto num skate, se não tomar cuidado, pode se meter numa baita de uma fria. Kenneth Tennyson, 15 anos, um rapaz de pele parda, cabelos castanho-escuro e olhos verdes, estudante do Colégio de Bellwood. Agora, o mesmo não está na escola, mas na praça de skate de Bellwood, fazendo manobras com um grupo de garotos. E sim, ele está matando aula.
–Olha só isso pessoal! Eu chamo essa aqui... De Arraia a Jato!—Ken exclamou, deslizando com o Skate em alta velocidade em direção a uma rampa curvada para cima, pulando do skate e abrindo os braços em T pose, voando por alguns segundos antes de pousar de novo no skate. Os garotos bateram palmas e comemoraram, Ken sorrindo orgulhoso.—É isso aí! Eu sou o cara!
–É um nome bem maneiro pra algo tão bobo.—Falou um rapaz de pele clara e cabelos negros, sentado com um skate do lado. Esse é Devlin Levin. 15 anos.—E aí? Acha que já deram nossa falta lá na escola?
—Nah, com certeza não.—Ken respondeu, ajeitando seu casaco verde por cima de sua blusa branca com uma lista preta no meio, e usando um jeans escuro. Ele pisou no Skate com os tênis pretos, o jogando pra cima. —Além de que a gente tem que treinar pro campeonato de skate né? Já é esse fim de semana...
–KENNETH GREEN TENNYSON!
A Voz que gritou veio de um carro preto, um homem estando na janela. Tirando o fato de ser mais velho, ter cabelo castanho, ter uma pele um pouco mais clara, e também uma barba, ele era a cara de Ken. Este é seu pai Benjamin Tennyson. E ele não parece nada feliz. Ken sentiu um arrepio na espinha ao ouvir a voz do pai, tremendo de medo ao ver seu olhar zangado. Devlin olhou preocupado para Ken.
–Acho que a gente só se vê amanhã então?–Devlin perguntou.
–Se eu sobreviver até amanhã.–Ken respondeu, subindo no skate.–Meu pai vai me matar.
–Eu não me preocuparia com seu pai, mas com sua mãe.
Kai Tennyson, esposa de Ben. Uma mulher de ascendência indígena, com pele escura e longos cabelos negros, estava sentada no banco do carona. E ela também parecia tão zangada quanto Ben. Em outras palavras…
Ken estava encrencado.
ENQUANTO ISSO…
ESPAÇO SIDERAL
ÓRBITA DE JÚPITER
Uma espaçonave voava pelas estrelas. Não um disco voador genérico, mas uma grande nave esverdeada, semelhante a um avião. Atrás dela estava uma nave muito maior, com uma coloração marrom e laranja, além de uma grande fenda em seu centro. A nave lançou da fenda um raio de energia, atingindo a nave menor. Dentro da nave maior, seres pequenos de armadura escura olhavam para um painel.
—Os Escudos da Nave foram destruídos.—Falou um dos seres, olhando pra uma figura enorme sentada na cadeira do capitão.—Só precisamos acertar os propulsores agora.
—Então façam isso logo.—Uma voz profunda falou da cadeira. Logo, vemos um ser não humano. Um alienígena. Sua pele é verde, seus olhos são vermelhos seus cabelos e barba são na verdade tentáculos. A figura tinha um corpo magro mas gigantesco, com braços e pernas finas, além de mãos com 4 dedos e pés com 2. Suas roupas eram semelhantes a um colante de corpo inteiro, com ombreiras espinhentas. E um detalhe a mais, é que ele não tem nariz.—Muito em breve, o Omnitrix será finalmente meu!
A Nave gigantesca atirou contra a nave menor outra vez. De repente, a nave menor brilhou em verde por um segundo, antes de lançar um raio esverdeado na direção da nave maior, explodindo a torre onde ficava a cabine de comando.
—Eles estão num contra ataque!—Exclamou uma das tropas.
—Peguem essa nave e destruam-na!—O Alienígena ordenou, se segurando na cadeira.—Mas não destruam o Omnitrix. Ele é meu!
A nave maior lançou um raio de energia contra a nave menor, a puxando pra perto o suficiente da sala de comando. De repente, a nave menor brilhou fortemente em verde, explodindo perto da sala de comando. Uma das partes da nave voou para longe da nave maior, lançando algo no espaço. O algo foi se aproximando em alta velocidade da Terra…
BELLWOOD
HORÁRIO DA NOITE
—De castigo?! Não podem fazer isso!—Ken exclamou, olhando pra seus pais com indignação.—Eu entendo me deixar sem tecnologia, vocês são velhos e tal, mas me deixar sem competir no torneio de skate?
—Você tem matado aula nos últimos 3 dias somente por causa dessa competição.—Ben destacou, apontando para Ken.—Precisa aprender a ter responsabilidade. E quando não se aprende no amor, tem que aprender com a dor.
—Além de que você tem muito dever de casa acumulado, mocinho.—Kai completou, indicando os cadernos na mesa.—Se não fosse a sua irmã você nem teria a chance de salvar suas notas. Quando você vai aprender?
—Eu já tô cansado dessa baboseira de escola, de coisas normais… É tudo tão chato aqui em Bellwood! Pai, você fala o tempo todo da viagem que você fez com o Vô Max.
—Nas férias de verão. E não vem com esse Papinho de aventura pra cima de mim. Você tem que estudar. A vida não é só aventuras ou praças de skate. Temos responsabilidades. A nossa é fazer o nosso trabalho e a sua é estudar pra ser alguém na vida.
—Mas se vocês não deixam, como é que eu vou ser?! Essa é a oportunidade da minha vida!
—Sim, pode ser uma oportunidade. Mas também pode não ser a oportunidade certa!
—E quando vai ser?! Nunca! Porque vocês não deixam eu ser feliz!
Ben e Kai se calaram, mas eles estavam impassíveis em suas expressões. Não importava o que Ken dissesse, eles ainda estavam chateados, e ele ainda estava de castigo. Ken abriu a porta da cozinha da casa, indo até o quintal. Ben e Kai se olharam, suspirando. É melhor deixar ele sozinho.
No quintal dos Tennyson, há uma Casa na Árvore. Foi feita por Ben, Ken e sua irmã Wendolyn quando eles eram crianças. Agora, era como se fosse o refúgio de Ken quando ele se sentia mal com seus pais. Mesmo sendo bons pais, os pais de Ken eram rígidos e protetores, além de caseiros, de forma que as viagens ao exterior ou simplesmente pra fora de Bellwood eram poucas, mesmo ganhando bem. Ken muitas vezes só queria ir além.
Enquanto olhava pela janela da casa na árvore para o céu estrelado, Ken viu uma estrela cadente. Contudo, logo a estrela começou a crescer, voando no céu noturno em direção a floresta atrás da casa de Ken, até virar uma enorme bola de fogo e atingir a floresta. O chão tremeu um pouco, pássaros voando.
—Um meteoro?—Ken murmurou, descendo da casa da árvore.—O que será que é isso?
A floresta atrás da casa de Ken era um lugar que ele e seu pai já visitaram antes. Contudo, agora havia um rastro de árvores queimadas e uma enorme cratera no chão, uma esfera de metal no local do impacto. Quando Ken se aproximou, a esfera se abriu, uma luz verde saindo de dentro dela.
—Isso… não é desse mundo né?—Ken indagou, olhando pra dentro da esfera.—O que é isso?
Dentro da esfera, havia um bracelete muito similar a um relógio. Era preto com linhas brancas, com um símbolo de ampulheta no meio. A luz vinha do símbolo, que brilhava em verde.
—É um… Relógio?
Ken estendeu a mão na direção do relógio, curioso. De repente, o relógio se desprendeu da esfera, saltando na direção de Ken e pousando em seu pulso direito, Ken gritando em susto enquanto sentia o relógio se fechar em seu pulso, o garoto tropeçando e caindo de bunda no chão. Um raio de luz verde emergiu do mesmo, enquanto ele se ajustava pra uma forma que se assemelhava a um relógio de pulso mais moderno. Ken se sentou, olhando pra o relógio. Ele tentou o tirar, mas não tinha trava. Parecia encaixado perfeitamente em seu pulso.
–Bem que disseram que eu era o mais propenso a ver um alienígena no anuário do ano passado…–Ken comentou, o relógio apitando por um segundo antes de saltar no pulso de Ken.–Eita!
O Relógio ergueu sua parte central, o símbolo de ampulheta se abrindo. Na tela abaixo do símbolo, apareceu uma silhueta. Ken olha para a silhueta, curioso. Parecia…
Que ela estava em chamas.
CONTINUA…
NO PRÓXIMO EPISÓDIO
ENTÃO ERAM 10
Ken descobre coisas peculiares sobre seu novo relógio e decide se tornar um herói. Enquanto isso, Vilgax envia um de seus soldados pra recuperar o Omnitrix.
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