- Todos lá na escola achavam que eu e o Mike tinhamos alguma coisa e as meninas me odiavam porque nós dois eramos muito próximos.
- Ele era popular?
- Não, Mike não era popular, mais ele era lindo e todas as meninas o queriam, ele gostava de ler, sabia tocar e cantar, gostava de esportes e jogava no maior time de futebol da escola.
- E mesmo assim não era popular?
- Não, ele dizia que odiava ser o centro das atenções...
Flashback On
Eu não tinha mais aulas, então eu e o Mike resolvemos ficar na escola mesmo, procuramos um canto pra ficar e achei a mesma árvore que eu e ele passamos o intervalo lá, fomos pra lá e me encostei na árvore e o Mike muito folgado colocou sua cabeça entre minhas pernas e eu fiquei fazendo cafuné em sua cabeça, ele amava quando eu mexia em seu cabelo e eu amava sentir seu cabelo macio, fazia um tempo que estávamos lá, em silêncio, ele estava de olhos fechados e eu o observava, ele é tão lindo, me admira ele ainda não ter namorada.
- Porque você não gosta quando alguém diz que você é popular?
- Porque eu não sou, eu apenas faço o que gosto e detesto ser o centro das atenções.
- Ah ta, Mike?
- Hum...
- Porque eu?
- Como assim? - Ele pergunta olhando pra mim.
- Você podia ser amigo de qualquer pessoa, podia ta agora nesse exato momento com seus amigos se divertindo ou pegando qualquer garota que te desse mole mas não, você ta aqui, comigo, apenas deitado sem fazer nada.
- É divertido ficar aqui baixinha, estou me divertindo só pelo fato de estar do lado da minha melhor amiga, e a partir do momento que eu te vi naquela biblioteca eu sabia que você era diferente. - Ele sorri.
- Diferente bom ou mal?
- Bom né sua boba.
- Porque o que eu tenho de diferente?
- Se fosse qualquer outra garota, ela iria tentar alguma coisa comigo, já você não, está apenas fazendo seu papel de fofa, de melhor amiga, sem fazer nada que nenhuma outra menina faria, elas por exemplo não iriam se contentar em estar mexendo no meu cabelo.
- Ah isso foi tão fofo Mike. - Falo sorrindo.
- Mais não é pra abusar, ta afim de tomar um sorvete?
- Eu não troxe dinheiro hoje.
- Eu pago.
- Claro que não.
- Isso não é uma permissão.
- Eu não vou deixar de Mike.
- Baixinha eu sou o homem da relação, então não discuta comigo. - Ele fala se levantando. - E não aceito um não como resposta, agora vem aqui. - Ele estica sua mão para mim.
- O que eu não faço por você ein Mike? - Falo suspirando derrotada e pegando sua mão dando impulso para me levantar, quando me desequilíbrio e quase caiu, se não fosse por ele que me segurou a tempo.
- Calma ai baixinha, eu sei que você adora comer mais eu prometo que o sorvete não vai fugir de você. - Ele fala rindo.
- Cala a boca idiota. - Bato em seu ombro e saiu andando.
- Espera por mim sua estressadinha. - Ele fala gritando e correndo em minha direção. - Não se esqueça que eu vou pagar o seu sorvete. - Ele fala já do meu lado.
- Você é tão chato Mike.
- Que menina mais birrenta, vem cá vem. - Ele fala me abraçando por trás.
- Sai daqui, não quero olhar na tua cara, muito menos que me toque, você é muito chato. - Falo tentando me soltar dele.
- Eu posso ate ser chato, mais você baixinha é insuportável. - Ele fala me abraçando mais apertado.
- EU SOU O QUE MICHAEL CLIFFORD? - Falo me virando pra ele.
- Isso mesmo que você ouviu. - Ele fala me segurando pela cintura e levantando uma das sombracelhas.
- Me solta agora, não quero mais sorvete.
- Não solto não, porque eu sei que você quer sim, mais você sabe que é insuportável, mais é minha e de bônus é minha baixinha e apenas eu posso te chamar assim. - Ele fala em tom convencido.
- Claro, até porque eu conheço muita gente, não é mesmo? - Falo revirando os olhos.
- Melhor ainda, pelo menos não preciso te dividir com ninguém.
- E se eu arrumar um namorado ?
- Você vai continuar sendo minha.
- E quem te falou que eu sou sua?
- Eu to falando, ei isso machuca sabia?
- Problema seu. - Falo dando de ombros.
- Você fica tão linda com raiva baixinha.
- Para Mike. - Falo cobrindo minhas mãos com o rosto.
- Eu adoro te deixar assim.
- Você gosta é de se aproveitar de mim porque eu sou timida, vamos tomar o sorvete? Eu to com fome.
- Novidade seria se você não estivesse.
- Eu não tenho culpa e outra você que me chamou ué.
- Não precisa esfregar na cara ta?
- Mais eu não to.
- Imagina se tivesse? Mais vamos logo, porque até eu to com fome. - Ele me dá um beijo na testa e começamos a andar até a sorveteria que tinha ali perto da escola, sempre um implicando com o outro, aparecendo duas crianças.
Flashback Off
- Anw amiga vocês eram tão fofos juntos.
- Também achava, eu adorava ter a amizade dele, por mais que nós dois viviamos brigando eu amava aquele idiota.
- Você tava apaixonada?
- Não amiga, eu não me apaixono lembra? Eu amava o Mike, mais como amigo.
- O que é uma pena, porque os dois eram muitos lindos juntos, o que aconteceu quando chegaram na sorveteria?
- Eu pedi de chocolate e ele de flocos...
Flashback On
Quando pegamos nossos sorvetes, sentamos em uma das mesas que tinha ali perto, um do lado do outro.
- Porque veio pra cá?
- Meus pais vivia em uma constante briga, minha mãe descobriu que meu pai a estava traindo e pediu o divórcio, ela ganhou a minha guarda e nos mudamos pra cá. - Falo colocando uma colher de sorvete na boca.
- E porque ela escolheu logo aqui?
- Não faço ideia, acho que é porque ela não ia aguentar ver meu pai com outra mulher, então quis se mudar pra outra cidade, mais e você? Seus pais são separados?
- Minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu tinha 7 anos, eu moro com meu pai. - Ele fala com um meio sorriso.
- Eu sinto muito Mike. - Falo pegando uma de suas mãos e fazendo um carinho nela.
- Ta tudo bem, não tinha como você saber. - Ele fala entrelaçando nossas mãos e dando um beijo na minha.
- Você sente falta dela? - Pergunto olhando pra ele.
- Já faz 10 anos sabe baixinha, eu era muito novo quando isso aconteceu, mais sim, eu sinto falta dela, de uma mãe pra mim.
- Não sei nem o que falar...
- Como eu disse, agora ta tudo bem, sério.
- Hum... Que bom. - Dou um sorriso pra ele e volto a tomar meu sorvete.
- Baixinha?
- Hum... - Quando olhei pra ele, ele suja meu nariz de sorvete e começa a rir feito uma hiena.
- Mike seu idiota. - Sujo ele de volta e começamos a rir feito dois idiotas.
- Acho melhor eu ir, minha mãe ta me esperando pra gente almoçar juntas. - Falo quando recuperei o ar, mas nós sujamos do que tomamos o sorvete.
- Ok, eu te levo em casa. - Concordei com a cabeça. - Baixinha espera.
- O que eu fiz dessa vez?
- Você não sabe tomar sorvete igual uma pessoa civilizada e sua boca ta suja.
- Agora a culpa é minha? Você que começa e eu que levo a culpa?
- Claro que sim, mais como sou um otimo melhor amigo vem aqui, eu limpo. - Ele pega um pedaço de guardanapo e limpa o canto da minha boca.
- Obrigada melhor amigo do mundo. - Falo em tom de ironia.
- De nada amore mio, vamos?
- Sim. - Ele passou seu braço pelo meu ombro e saimos.
- Você já namorou?
- Se eu te falar uma coisa, promete não rir da minha cara?
- Prometo, o que é?
- Eu nunca dei meu primeiro beijo.
- O que? Porque?
- Porque eu acho que preciso sentir algo forte pelo menino.
- Você tem 16 anos e nunca se apaixonou?
- Não, eu sou estranha né?
- Claro que não.
- Claro que sim, porque as meninas na minha idade já deram seu primeiro beijo e já se apaixonaram.
- Eu sabia que você era diferente das outras meninas, sortudo vai ser o cara que te beijar pela primeira vez.
- Porque?
- Porque ele será especial.
- Ele será muito especial. - Sorri pra ele e me aninhei mais em seu abraço.
- Está entregue moça. - Ele fala quando chegamos na varanda da minha casa.
- Obrigada Mike, até amanhã. - Dei um beijo em sua bochecha.
- Até baixinha.
Quando ia abrir a porta pra entrar minha mãe ta saindo.
- Filha? Que bom que já chegou, oi Michael.
- Oi tia.
- Quer almoçar com a gente?
- Adoraria, mais meu pai está me esperando, deixa pra outro dia.
- Tudo bem querido.
- Na verdade eu quase ia me esqueçendo, meu pai pediu pra chamar a senhora e a baixinha pra almoçar lá em casa Domingo, aceitam? - Ele pergunta com um sorriso.
- Ai querido eu não sei...
- Vamos mãe, por favor... - Falei juntando as mãos e ficando de frente pra ela.
- Ai ta bom, nós vamos.
- Oba, obrigada mãe. - Falo dando um beijo em sua bochecha.
- Meu pai vai passar aqui de 10:00 horas, pode ser?
- Ta ótimo.
- Então eu vou indo, a gente se ver amanhã baixinha. - Ele me da um beijo na testa e vai embora
Flashback Off
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.