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História Boku no Hero Academia: Uma Nova Versão - Capítulo 3 - Extra - Tudo isso é tão irritante.


Escrita por: ifboni

Capítulo 6 - Capítulo 3 - Extra - Tudo isso é tão irritante.


POV: Bakugo        

Alguns dias depois do incidente com o vilão, minha vida se tornou um inferno, todos na rua apontavam para mim e cochichavam sobre ser "o menino que foi atacado" e na escola simplesmente ninguém calava a merda da boca com um monte de perguntas idiotas.

Porém aquilo não era nem de longe o que mais me incomodava. Midoriya vinha agindo estranho e de maneira mais irritante do que antes. Ficava sorrindo pro nada com certa esperança nos olhos e murmurando coisas sobre treinos. Queria prensá-la na parede e mandar acordar. Estava tão cheia de si por quase ter matado nós dois? Irritante.

Normalmente continuaria a tentar fazê-la perceber o quão inútil ela era, como um favor, mas toda vez que me preparava para falar algo ou talvez queimar aquela merda de caderno de anotações de novo, acabava parando na metade do caminho, lembrando dela chorando tentando me resgatar. Não era gratidão, e também não era uma raiva descomunal, mas queimava dentro do meu estômago como algo parecido. Tão irritante que preferi só me afastar.  Logo seria o vestibular, era melhor focar em mim mesmo.

Cada mês que passava ficava mais difícil ficar quieto. Midoriya, a nerd de merda de sempre, começou a levar broncas por dormir na sala. Estava mais introspectiva, apesar de manter um sorriso cansado para todo mundo. A sala começou a comentar sobre as mudanças. E também, seu corpo... ela realmente estava treinando. Antes parecia que eu acabaria quebrando ela se pegasse em seu braço. Agora...

Na hora do almoço fui até o terraço com Susumo e Tatsuo. Eles conversavam sobre algo que eu não prestava atenção. A escola seguia uma merda, ainda não tinham esquecido o ataque e as conversas eram tão cansativas que me acostumei a ficar quieto perto de tantos arrombados.

– Você cansou da Midoriya, Bakugou? – perguntou Susumo.

– Verdade, desde o incidente nunca mais vi vocês conversando - Tatsuo levou a mão ao bolso, o desgraçado ia pegar um cigarro, com certeza.

– Aquela inútil não vale meu tempo, preciso me concentrar para o vestibular.

– Então você não se importa se eu chamá-la para sair, né? Cara, ela está cada dia mais gostosa. - Como imaginado Tatsuo tirou um cigarro do bolso e o acendeu.

– Um pessoal do time do basquete disse que esses dias viram ela dormindo na escada do ginásio e dava até para ver a calcinha dela.

– Woow, será que tiraram fotos? Eu adoraria ver.  

Antes que Tatsuo desse a primeira tragada, impulsionei o meu braço pra trás e com o impulso de balançá-lo para frente lancei uma explosão suficiente forte para jogá-los para trás. Saiu um pouco mais forte do que eu esperava. Às vezes a explosão respondia de maneira correlacionada com a raiva que sentia.

– Eu já falei para não fumar do meu lado. – berrei.

Não adiantava, eram dois cuzões sem futuro. Não tinha porque perder tempo com eles. Ambos não falaram nada enquanto eu saia do terraço.

Obviamente levei uma "bronca" do professor:

– Não vou te dar uma advertência formal para não prejudicar sua entrada na U.A., com certeza você terá um futuro brilhante e de qualquer forma Susumo e Tatsuo são problemáticos. Evite fazer isso de novo na escola.          

Ri internamente. Óbvio que eu era incrível demais para me foder por causa deles, até o professor sabia daquilo.

Duas semanas depois, enquanto pegava um café gelado na máquina do pátio, vi Midoriya ir em direção ao ginásio. Ela se arrastava feito um zumbi. Encostei na máquina e comecei a beber meu café lentamente. O sinal tocou, continuei ali parado, peguei mais um café para tomar, mas não cheguei a abri-lo, porque mesmo depois de 15 minutos Midoriya não saiu de lá dentro.

Então agora a nerd de merda matava aula? Era assim que ficava sonhando de entrar na U.A.? 

Andei em direção ao ginásio, não estava na escada, continuei e a encontrei deitada no canto da sala de equipamentos, nos colchonetes. Só de olhar para aquela cara inútil de zumbi, dormindo como se estivesse na própria casa, já tinha vontade de gritar.

– Que ridículo. Você é tão inútil que não sabe nem agir como uma garota.
         Deitada numa sala escura perto de um ginásio cheio de garotos. E se achava capaz de salvar os outros? Só mais um ponto pra minha teoria de sua inutilidade. 

Não era ela que desde pequena falava que não precisava ser salva por mim?

Que ironia.

Peguei um colchonete e coloquei em cima dela. Nem acordou, devia estar morta, daqui a pouco começaria a feder.

Sai dali antes que a acordasse no grito.

Voltei para a sala, tinha perdido o humor de continuar ali. Peguei minhas coisas e também as de Midoriya, o professor só olhou para mim com uma cara de complacente, eu podia fazer o que quiser nessa sala de merda.

Seria uma boa hora de jogar todo o material de cima do terraço. Quase fiz isso, mas afinal, não era muito justo zoar as coisas de alguém dormindo. Era mais legal quando podia ver a cara de choro. Deixei aquela merda toda na porta da sala de equipamentos.

Na hora da saída fiquei no portão da escola. Estava interessado em saber se teria que acordá-la com um pisão, seria até que um pouco gratificante.

Senti alguém esbarrar em mim. Só tinha idiotas ali.

– Desculpe, Kacchan – Olhei, era a inútil das inúteis, então tinha acordado. Ela deveria, além de se desculpar, me agradecer por cuidar de uma garota adormecida. E além do mais, segurava minha latinha de café. Acabei deixando do lado dela quando fui pegar o colchonete.

– Eu até ofereceria, mas já acabou. Café é tão revigorante, não é? – Ela balançou a latinha vazia. Peguei de sua mão e a amassei.

Era salva, tomava meu café e ainda mantinha aquele sorrisinho irritante no rosto.

– Bem, tenho que ir agora. Até depois.

Ela desviou o caminho e foi embora.

Dali pra frente, era cada dia mais irritante olhar para ela.

Até o pessoal da sala começou a falar dela como se fosse grande coisa.

Mas também falavam o óbvio, estava se esforçando pra falhar menos feio no vestibular. Nenhum músculo iria suprir a falta da individualidade.

No dia da prova, a primeira coisa que vi foi ela lá parada olhando pro nada com um sorriso no rosto. Estava mais desleixada que de costume.

– Saia da minha frente, Deku.

Era irritante que não tivesse desistido, com certeza ia se machucar inteira no exame. Seria uma boa oportunidade para salvá-la. Assim ela aceitaria a inevitável verdade de como eu era superior.

– Que façamos nosso melhor hoje, Kacchan. 

– Vá se foder.

Continuei meu caminho ao auditório, nossos lugares eram um do lado do outro. Aparentemente eu estava destinado a conviver com aquele troço.

Quando entrou um herói para explicar como funcionaria, ela começou a murmurar.

– Cale-se.

As explicações continuaram, os candidatos seriam divididos em grupo.

– Eles não estão pretendendo deixar os amigos ou colegas de sala cooperarem, hã? – cochichei irritado. – É provável que seja para eu não acabar com você.

– Pooooxa, Kacchan – olhei para o lado exaltado, que merda de voz era aquela? Me lembrei de quando éramos pequenos – Parece que não foi dessa vez ein, mas não se preocupe, quando a gente for colega de turma, você vai poder tentar acabar comigo quantas vezes conseguir.  

QUE MERDA ERA AQUELA?

Ela colocou a mão em cima da minha. Ela sempre foi uma inútil que se achava melhor que eu, mas essa atitude era completamente nova. Virei sua mão e comecei a apertá-la. Que direito ela tinha de me esnobar? Ela sabia olhar para si própria? Ela tentou resistir, com certeza estava mais forte, mas ainda era insuficiente. Estava prestes a socar a mesa de ódio quando ela parou o que estava fazendo e largou minha mão.

Quando o herói falou sobre atacar os companheiros, Midoriya se aproximou um pouco e soltou um "hehe". Ok, agora eu DESEJAVA do fundo da minha alma que fizéssemos o exame juntos para eu pudesse destruí-la.

Um candidato levantou e começou a cagar pela boca. Inclusive apontou para Midoriya e começou a corrigi-la, fazendo a ficar vermelha como um pimentão.

Esperei ele acabar e me aproximei dela o suficiente para encostar meus lábios em sua orelha.

– Hehe.

Apesar de ter sido um pouco engraçado vê-la passar vergonha, fiquei encarando o cara que se meteu na nossa "discussão". Aparentemente o mundo estava cheio de bostinhas que se achavam.



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