História Boliche - Jikook (One shot) - Seu pai trabalha na horta?

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~Em algum lugar no mundo~ 22:16 hrs 

 sexta-feira

— Strike! – uma voz robótica sai da televisão onde marca os pontos acima da pista de boliche.

Respiro fundo e me sento no sofá onde os outros meninos estão enquanto Yoongi levanta pegando uma bola na esteira de bolas e vai em direção a pista para arremessar a mesma em direção aos pinos.

— Vou ser sincero! – respiro fundo – Estou no tédio, jogar boliche já ficou chato pra caralho, depois que eu peguei o jeito e comecei a acertar todas, ficou sem graça, nunca erro nenhuma.

— Concordo – Namjoon diz –, já faz anos que sempre jogamos boliche. Devemos encontrar outras coisas pra fazermos juntos, como jogar futebol ou até mesmo nadar, boliche já enjoou! – todos concordam.

Yoongi depois de fazer um strike volta a se sentar no sofá junto comigo, Namjoon, Taehyung e Seokjin.

— E acrescentando que a gente sempre vêm aqui por causa do ruivinho e do loirinho – Yoongi pega sua cerveja que estava em uma mesinha pequena na frente do sofá e começa a bebericar a bebida.

— Verdade! Qual é Jungkook e Yoongi?! Já faz anos que vocês ficam secando aqueles dois garotos e só sabem o nome dos guri por causa do crachá deles, está na hora de tomarem uma atitude logo, não aguento mais jogar boliche quase todos os dias. - Seokjin diz.

Namjoon e Taehyung concordam, fazendo eu e Yoongi ficarmos pensativos. Já faz uns três anos que eu gosto do balconista daqui desse boliche e Yoongi gosta do faxineiro que vive limpando as pistas de boliche e quase sempre escorregando pelas pistas serem lisas demais.

— Tive uma idéia! – digo chamando a atenção dos meus quatro amigos – Se Taehyung conseguir fazer um strike hoje, eu e Yoongi vamos pedir o números daqueles meninos, caso Taehyung não conseguir, não sei o Yoongi mas eu esqueço o balconista e parto pra outro – depois de dizer isso vejo a expressão de irônico do Taehyung.

— Moleza – Taehyung já levanta do sofá começando a estralar os dedos da mão com um sorriso sarcástico se achando o fodão– já preparem o celular para anotar o número deles então! – ele pega uma bola e vai em frente a pista.

— Irei te dar apenas três chances em Taehyung – aviso e começo a rir.

— Essa eu quero só ver – Yoongi, Namjoon e Seokjin dizem juntos e nós quatro pegamos nossas bebidas começando a assistir Taehyung se preparar para tacar a bola.

Mesmo com anos sempre nós cinco vindo jogar boliche toda semana, Taehyung é horrível no boliche, nunca acerta e quando faz um strike a cada um ano, ele se gaba disso por meses.

Ele ataca a primeira bola e obviamente ela vai para o lado passando longe dos pinos fazendo todos nós rirmos.

— Calma meninos, essa foi só a primeira – ele ajeita as mangas de sua blusa e pega outra bola – vocês dois aí – com a outra mão ele aponta pra mim e para Yoongi – vão desencalhar hoje, só esperem pra ver.

Ele volta em direção a pista e respira fundo logo atacando a bola, dessa vez acertando os pinos mas apenas um pino fica de pé. Eu e os meninos começamos a rir mas todos ficam sério quando do nada uma voz sai da televisão "STRIKE!", todos abismados olham para o final da pista e o último pino tinha caído.

— Estão vendo, não precisou nem de uma terceira tentativa – ele se gaba.

— Pronto, agora ele vai encher nosso saco durante semanas se achando o fodão por ter feito um strike – Seokjin revira os olhos enquanto eu e Yoongi ficávamos se encarando com os olhos arregalados e Namjoon rindo da situação.

— Vão lá crianças, e voltem com o número daqueles rapazes e um encontro marcado já por favor – Taehyung diz e logo vejo Yoongi levantando tranquilamente e indo em direção ao banheiro masculino onde o faxineiro Hoseok estava lavando.

— Como ele consegue ser tão neutro assim? – eu pergunto mas logo recebo um belisco de Seokjin.

— Vai logo porra, para de ser arregão Jungkook, você só vai pedir o número do garoto, não está pedindo ele em casamento não – Seokjin diz começando a me empurrar para ficar de pé – se você não for, eu conto pra ele que você vive entupindo o vaso de casa seu cagão, então vai logo.

Respiro fundo e pego meu celular, olho pra trás dó sofá onde um pouco longe fica o balcão e logo vejo o loirinho atendendo umas pessoas. Começo a andar em direção ao balcão e meu coração estava acelerado, e eu não entendia o porque de seu estar tão nervoso assim, só sabia que eu estava nervoso demais.

Chego perto do balcão e logo as pessoas que o loirinho estava atendendo entram para o salão de boliche e o loirinho se vira pra mim.

— Olá Senhor Jungkook, precisa de alguma coisa? Alguma ajuda? – ele diz com o mesmo sorriso de sempre e os aqueles lábios grossos que só de observar eu já estava quase babando.

— Seu pai trabalha na horta? – Você não vai fazer isso né Jeikey? - meu subconsciente dizia pra mim - Não passe esse mico Jeikey, por favor.

— Trabalha sim, como Senhor sabia? – ele disse na maior inocência- ufa, aproveita essa e dá a volta por cima, me usa pelo menos uma vez na vida seu trouxa - meu subconsciente continua dizendo.

— Haa...... Escutei alguém dizendo. Minha mãe quer plantar uns pepino na casa dela, aí vim perguntar quanto que é a mão de obra do seu pai  — Isso Jeikey, isso aí garoto, tá indo bem, melhor que o Neymar no futebol.

— Eu não sei quanto ele cobra não Senhor Jeon, mas eu posso te passar o número dele e vocês conversam – ele pegou um post-it que tinha por perto, pegou uma caneta e começou a anotar um número.

— Mas também tem outra coisa......– se eu voltar com o número do pai dele, como eu vou explicar para os meninos? Eles vão rir da minha cara e vão zombar de mim até não querer mais.

— Pode dizer – ele volta a me encarar enquanto eu estava tão nervoso que encarar qualquer coisa como um bebedouro era melhor que encarar os olhos perfeito do loirinho.

— Cê é gay? – pergunto rapidamente com medo da sua reação e de levar um fora.

— Não mano, cê que deixa – ele começa a rir e eu não entendo nada – muito bom esse meme, o senhor tem ótimo gosto pra memes – ele diz ainda rindo então para descontrair eu começo a rir também pegando o post-it com o número do pai dele o mais rápido possível.

— Muito obrigado Jimin, era só isso mesmo – dou um sorriso e ele apenas concorda e eu saio o mais rápido dali voltando para o sofá e começo a chorar.