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História .bookstore (rafe cameron) - hiatus - .capther one


Escrita por: stwrkey

Notas do Autor


oi <3

— avisos
01 — Apenas Catherine King e sua família pertencem a mim. Entretanto, as personalidades dos diversos personagens oriundos de Outer Banks poderão sofrer alterações para melhor encaixe;
02 — Apesar de ser do mesmo universo, BOOKSTORE não seguirá o enredo da série, ou seja, não haverá caça ao tesouro e os crimes cometidos por Rafe não se repetirão aqui;
03 — Essa fanfic abordará conteúdos maduros com possíveis gatilhos que serão escritos da maneira mais sensível que eu conseguir — o que sempre será avisado no inicio do capítulo;
04 — Minha escrita não é, nem de longe, profissional. Adianto minhas desculpas pelos eventuais erros;
05 — Sintam-se à vontade para comentar, é algo que eu gosto bastante! Porém, toda e qualquer forma de preconceito não será aceita. Por favor, seja gentil e consciente!

p.s (17.11.2021) — eu não abandonei a história!! sei que faz muito tempo desde a publicação e não houve nenhuma atualização, mas isso se dá pelo fato do terrível ENEM existir. logo, logo eu volto <3

boa leitura!
com amor, aemi <3

Capítulo 1 - .capther one


Fanfic / Fanfiction .bookstore (rafe cameron) - hiatus - .capther one

CATHERINE KING

O SOM AMBIENTE da Ocean Bookstore misturado com o vozerio dos mais diversos clientes já me é extremamente familiar, assim como o cheiro de café, dos livros sendo abertos e do farfalhar das árvores lá fora. As paredes num tom bege que emolduram as enormes vidraças que dão visão para a rua de pouco movimento me trazem um sentimento de paz e aconchego. As dezenas de estantes marrons de dois metros nas quais estão localizadas por todo o estabelecimento, com algumas poltronas e cadeiras colocadas em lugares estratégicos, me fazem querer nunca sair daqui. Entretanto, o barulho estridente dos degraus que levam à cafeteria no mezanino não é música para os meus ouvidos.

Havia conseguido, há dois verões, um trabalho de meio período na única livraria de Outer Banks, também conhecida como um dos meus lugares favoritos do universo. Durante anos, quase todos os dias, depois da escola, eu atravessava a cidade afim de ficar o resto do dia lendo as centenas de histórias que aqui estão. Essa era a única forma de conseguir ler algo novo sem precisar gastar dinheiro.

A minha paixão pela leitura começou ainda bem pequena, quando obrigava mamãe a ler gibis infantis ou contos de fadas todas as noites, sem exceção. Aos dez anos de idade, já tinha lido e relido várias vezes a singela biblioteca particular que Sheryll trouxe consigo após ter sido deserdada de sua família — ao que parece, meus amáveis avós maternos não reagiram muito bem com a gravidez totalmente inesperada de sua brilhante filha com um mero peixeiro. Peixeiro esse que eu chamo carinhosamente de pai.

Diferente de mamãe, Donald King sempre fora cem porcento pogue, o que, obviamente, não o torna um ser indigno de respeito ou admiração. Para falar a verdade, papai é um guerreiro. Donny trabalha arduamente desde criança para a família de seu parceiro de infância, Bobby, que hoje em dia é o proprietário da Heyward’s Seafood e pai do cara mais incrível de Outer Banks.

Pope Heyward.

Nós dois fomos criados praticamente juntos devido à grande amizade de nossos pais e foi ele o motivo de eu descobrir que, infelizmente, minha missão nessa terra é sofrer por homens. Porém, contrariando seus possíveis pensamentos, nunca rolou nada entre nós e eu nunca nem me declarei. Afinal, ele, JJ Maybank — ou espanca útero, como ridiculamente se autodenomina —, John Booker Routledge e Kiara Carrera são meus melhores amigos do mundo inteirinho e, com isso, vem a clássica regra: pogue não se pegam (ok, posso ser sincera para admitir amarguradamente que já a desrespeitei uma vez com JJ, com quem tive meu drástico primeiro beijo e é um segredo que juramos levar para o caixão)!

Ah, além do nosso mantra, é clara a queda gigantesca que Pope tem por Kie, o que me faz concluir que estou numa fodida friendzone há uma década. Garota sortuda essa tal de Catherine, eu sei!

— Cath? Ei, acorda!

Sou despertada dos meus devaneios ao ouvir a voz e o estalo dos dedos da mais nova dos Cameron, que demonstra, através do finco entre as sobrancelhas, confusão em seu rosto, enquanto sua mão esquerda repousa sobre um livro um tanto quanto fino, de capa colorida, que está no balcão. Seus cabelos longos estão soltos e caem pelo macacão preto que usa.

— Wheezie, oi, boa tarde! Estava viajando, foi mal — sorrio sem graça, apertando o rabo de cavalo que prendia alguns dos curtos fios lisos e castanhos recém-tingidos no topo da minha cabeça. — O que temos para a sua próxima leitura? Nada de fantasias dessa vez?

A baixinha, assim como eu, é uma devoradora nata de livros e, por muitas vezes, perdemos horas trocando nossas experiências literárias, mas essa é a única semelhança que temos. Sua família é uma das mais ricas e influentes de OBX e, particularmente, ela é a única dessa seita que eu consigo suportar por mais de cinco minutos.

— Não — suspira derrotada. — Essa semana o clube do livro decidiu por Capitães da Areia, do Jorge Amado. É um romance comunista clássico da literatura brasileira, pelo que eu sei. E você? Já terminou de reler a saga Crepúsculo pela quinquagésima vez?

— Quase —dou risada digitando o código de barras no computador ultrapassado da livraria. — Faltam alguns poucos capítulos de Amanhecer, mas é que esses dias não estou tendo muito tempo, sabe?

— Ah, sim, sei! Você e seus amigos loucos estão revirando a ilha de cabeça pra baixo ultimamente.

Contenho uma gargalhada mordendo meu lábio inferior, sentindo o gosto do meu inseparável gloss de melancia. Realmente estamos aproveitando bastante os primeiros dias das férias, para o desespero dos nossos pais e da xerife Peterkin.

— Um pouco. Um dia eu te levo pra desbravar a ilha com a gente — ela sorri animada e eu faço careta, embalando o livro. — Custa dez dólares o seu romance comunista, vai ser só isso mesmo? — pergunto ao mesmo tempo que reviro uma gaveta procurando um marca-página que combine. Acho um exatamente das mesmas cores da capa: verde e amarelo.

A menina assente, me entregando uma única cédula e pegando a sacola de papel.

— Tenho que ir, estão me esperando no carro — se aproxima tocando sua palma na minha para um high five.

— Tudo bem, Wheeze, divirta-se!

Antes mesmo de Wheezie dar seu quinto passo, ela gira seus calcanhares para me encarar e parece travar uma batalha interna. Arqueio a sobrancelha e tombo a cabeça para a esquerda, incentivando-a a falar ou fazer o que quer que seja.

— Não sei se eu devia estar dando uma de pombo-correio porque sei que é pra te irritar, mas meu irmão te mandou um beijo, Cath — diz lentamente, levando o indicador no meio dos óculos de grau e revirando suas íris. — Bom, até mais!

E ela vai embora, assim como o meu bom humor.

Seu irmão, Rafe Cameron, é, aparentemente, o castigo que foi me enviado por ter pregado chiclete na cruz numa vida passada. Não sei ao certo quando meu ódio por ele começou, mas é tão antigo quanto minha paixão por Pope e tão intenso que um simples “te mandou um beijo” me faz soltar fumaça pelo nariz e ouvidos, como nos desenhos animados. E o bastardo sabe que tem esse poder sobre mim.

Quando mais novos, JJ e John B. viviam cheios de machucados devido às inúmeras brigas que eles se mentiam com o kook e seus capangas, sendo eu, Kie ou a outra Cameron, Sarah, o motivo da maioria delas. Atualmente, nada mudou. Inclusive, um tempo atrás Topper Thornton só não matou John afogado graças à ideia inteligentíssima de Maybank de tirar uma arma não sei de onde e desferir tiros no céu.

Antes de ter a vontade de arrancar aqueles cabelos ensebados de gel do irritante filho mais velho de Ward intensificada, meu celular vibra no meu bolso traseiro da calça mom jeans que usava e, no ecrã um pouco arranhado, o sms de Kiara pairava abaixo das horas.

| “Venha para O Castelo assim que sair do trabalho. SOS!”

O Castelo é, nada mais nada menos, a casa velha de Routledge que usamos como batcaverna até mesmo quando Big John, seu pai, ainda estava na cidade. Assim que o relógio marcou as cinco horas da tarde, despedi-me dos meus colegas e parti em direção aos meus amigos de bicicleta — ainda não havia carro próprio e nem tenho previsão de ganhar algum.

O trajeto não é demorado devido às rápidas pedaladas que dou. Cerca de 15 minutos depois já estou jogando a bike ao lado do galinheiro com certa pressa, o que fez com que vários cocoricós fossem ouvidos em todo o planeta Terra. Sem bater e como um furacão, abro a porta da casa bruscamente, mas paro ainda na entrada, com a mão na maçaneta, quando tenho a visão dos quatro idiotas esparramados entre o sofá e o chão, onde latas vazias de cerveja barata estão espalhadas por toda a superfície de madeira.

Eles gritam de alegria para saudar minha chegada. Reviro os olhos com tanta força que tenho a sensação de que nunca mais voltaria a enxergar. Fecho a porta, tentando andar por aquele campo minado.

— Fala sério! Qual era a emergência, Carrera filha da puta?

— Estamos bêbados demais pra buscarmos mais cerveja na geladeira —meio embolado, JJ responde por Kie —, então decidimos esperar por você. Nossa salvadora!

Solto ar de riso pelo nariz enquanto maneio a cabeça em descrença. Caminho até à cozinha e pressiono cinco latinhas contra meu peito coberto pela camisa branca do uniforme do meu trabalho com o fito de equilibrá-las, arrepiando-me devido ao metal trincando de gelado. Jogo as bebidas para cada um, me divertindo com as tentativas falhas de pegá-las no ar.

— Que vida a boa a de vocês! Enquanto eu estou batalhando pelo meu ganha-pão, os princesos desfrutam da mordomia — reclamo abrindo o lacre e dando um gole generoso do líquido meio amargo e aguado. Como eu disse, cerveja barata. — Chega pra lá, JB, preciso deitar — peço ao moreno que está com sua inseparável bandana cobrindo os olhos e ele me dá espaço no sofá, mesmo resmungando.

— Catherine, todos nós sabemos que trabalhar na Ocean não é nenhum sofrimento pra você, então pode ir parando de graça — argumenta minha melhor amiga, sentando-se com as costas apoiadas no móvel macio.

— Ela tem um ponto — é a vez de Pope concordar, logo direcionando seu olhar para mim. — Como foi seu dia hoje, Cath?

Se eu não soubesse controlar minhas expressões faciais, meu sorriso estaria prestes a rasgar meu rosto de tão grande que ele seria. Eu amo a forma de Pope ser tão atencioso comigo (realidade: ele é atencioso com todas as pessoas, mas, por favor, não precisamos desse fato).

— Foi tranquilo — apoio a lata na perna. Agora que o sangue esfriou, sinto uma dor insuportável nos meus membros inferiores. Isso entrega que eu sou um pouco sedentária? — Não consegui acordar cedo pra vir surfar, desculpa, inclusive. Já fui levantando da cama para trabalhar e, como todas as terças-feiras, foi bem monótono. Troquei mais de cinco palavras apenas com Wheezie Cameron.

— Cameron? — John B., que estava calado até agora, indaga de supetão, retirando o pano azul do rosto. Assinto, confusa. — E, hm, ela estava sozinha?

— Na loja, sim, estava. Por quê?

— Curiosidade — responde monossilábico.

Troco olhares com Kiara, que também me olhava desconfiada. Esquisito. Já fazia algumas semanas que ele não agia como uma pessoa normal e isso está matando a fofoqueira que habita dentro de mim, mas deixo isso para lá quando Pope chama minha atenção novamente.


Notas Finais


espero que tenha gostado <3

p.s (17.11.2021) — eu não abandonei a história!! sei que faz muito tempo desde a publicação e não houve nenhuma atualização, mas isso se dá pelo fato do terrível ENEM existir. logo, logo eu volto <3


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