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História Born to Die - The road's long, we carry on


Escrita por: auswanqueen

Capítulo 18 - The road's long, we carry on


— Mas que cena patética. – A voz conhecida veio como um banho de água fria. O beijo foi interrompido e as duas olharam com a cara feia para a direção da voz.

— Você não tinha um avião para o inferno para pegar? – Regina falou. Por instinto, Emma ficou na frente da fotógrafa, quebrando o contato direto entre pai e filha.

— Então vai ser assim daqui para frente? – Henry nem se dignou a olhar para Emma.

— Enquanto você agir feito um idiota, vai. – A fotógrafa respondeu. Abriu o carro e puxou Emma para ir embora.

— Eu só quero o melhor para você, Regina. – O homem disse. A voz séria tinha quebrado um pouco. A reação violenta da fotógrafa o deixou chocado até o momento. Foi preciso ver a filha com a mulher, para então conseguir reagir de alguma forma.

— Eu sei o que é melhor para mim. – Regina respondeu ríspida. Entrou no carro e saiu dirigindo de forma brusca.

— Da próxima vez que você ficar nervosa, eu dirijo. – Emma falou. Era a terceira vez que Regina desviava de uma batida por pouco.

— Desculpa. – A fotógrafa tirou o pé e olhou de relance para Emma.

— Desde que você não dirija assim com a Ivy no carro... — Emma levou a mão a nuca de Regina, fazendo carinho na esposa.

— Não. É só que meu pai, poxa, ele nunca foi assim, nunca se incomodou com a minha sexualidade, minha profissão e agora está dando uma de louco.

— Ele deve achar que eu vou machucar você de novo. Talvez ele....

— Ele não precisa de defesa, Emma, muito menos sua. – Regina cortou a mulher. – Vamos para casa e esquecer isso, já temos problemas suficientes.

— Podemos conversar com a Ivy. – Emma resolveu mudar de assunto. Ela sabia que a mulher e o pai tinham uma relação delicada, qualquer coisinha era motivo de incêndio. Mas eles se reconciliavam, pelo menos era o que a loira esperava.

— Sobre o balé, né? Você falou que tinha visto mais alguma coisa.... – Regina tentou esquecer. Mas a raiva ainda estava ali. Ela apertava o volante e ia respirando fundo. A mão de Emma em sua nuca a ajudava relaxar.

— Vi sim. Alguns outros tipos de danças e tem as atividades da escola que ela pode fazer também. – Emma sorriu para Regina. Foi uma vitória ter convencido a mulher a deixar ela falar para Ivy sobre essas atividades, era um grande passo que a fotógrafa estava dando e que iria ajudar muito a filha.

— Amor, talvez você não deva ficar tão empolgada. – Regina olhou para Emma, quando pararam no sinal. – Ano passado, depois que eu voltei de uma exposição, a Belle me convenceu a colocar a Ivy em uma escola. Eles tiveram que colocar ela numa turma adiantada, porque ela estava muito na frente das crianças da idade dela. – O carro voltou a andar. Emma ouvia em silêncio, era a primeira vez que Regina falava disso. – Então, ela foi para a escola. No terceiro dia, ela apareceu com umas manchas roxas nas pernas e nos braços. Ela me disse que as meninas tinham derrubado ela na aula de ginástica. Eu falei com a professora e ela disse que aquilo acontecia, mas que ficaria de olho. Dois dias depois, a escola me liga. A Ivy tinha brigado. Quando eu chego lá, ela está com a boca machucada, o olho roxo, a roupa imunda. A diretora me disse que a Ivy bateu primeiro e as meninas, sim, umas três meninas foram para cima dela. Quando eu perguntei por que ela tinha batido na menina, ela me disse que era porque eles ficavam chamando ela de filha de sapatão. – Regina olhou de relance para Emma. Estacionou o carro. – Eu não mandei mais ela para escola. Eu sei me defender, Emma, eu sei lidar com o preconceito, mas ela é só uma criança. E crianças sabem ser cruéis.

— Eu sei, meu amor. – Emma pegou a mão de Regina. – E a última coisa que eu quero é que a minha filha sofra pelas minhas escolhas, pelo que eu sou. Mas, por mais tentador que seja, não dá para viver com ela isolada do mundo. Ela precisa desse contato social. – A morena beijou a mão da mulher. – Vamos começar com a dança, depois pensamos na escola, ok?

A fotógrafa concordou com a cabeça. Deu um selinho em Emma e foram até a farmácia comprar os remédios da loira. Seguiram logo após, para uma parada especial.

— E desde quando local de trabalho é lugar para namorar? – Emma chegou falando alto e chamando a atenção do casal que estava abraçado próximo ao balcão.

— Privilégios para quem é marido da dona. – Killian respondeu sorrindo para Emma. Os quatro se cumprimentaram, sorrindo.

— Mas que bons ventos trazem vocês aqui? – Milah perguntou.

— Comida. – Emma riu.

— Não só isso, na verdade, Milah, nós estávamos pensando em a Ivy fazer algumas atividades extras. E ela sempre gostou de música, eu queria ver quais aulas para a idade dela vocês têm. – Regina falou, enquanto Killian tinha levado Emma para a cozinha.

— Isso é ótimo, Regina. Bom, ela tem seis anos e agora eu ainda tenho vaga para as aulas de piano, violão e flauta.

— À tarde? Porque a Emma costuma dar as aulas para ela de manhã e de tarde elas fazem passeios, projetos de ciências, essas coisas.

— Tem sim, pra idade dela nem tem turma de manhã. – Milah respondeu, já anotando os horários para Regina. – Regina, deixa eu te perguntar, você tem interesse em dar aulas?

— Eu? Nossa, nunca parei para pensar nisso, Milah, mas acho que seria um desafio bem interessante. – A fotógrafa sorriu. Tinha ensinado Mulan a fotografar e até mesmo Emma. Chegou até mesmo dar palestras em Londres e Madri, nunca nada além disso.

— Ótimo, ano que vem vamos aumentar o espaço aqui e quero trazer umas aulas novas, e seria uma imensa honra ter Regina Mills no quadro de professores.

— Mas olha só, vai virar professora, meu amor? – Emma chegou, trazia nas mãos a torta de frango que havia pegado com Killian.

— A Milah fez a proposta, eu vou pensar. – Regina sorriu e abraçou Emma ao vê-la.

— Isso é ótimo, quem sabe assim a gente consegue ver mais vocês. – Killian falou.

— Olha isso, tá me cobrando que não saímos mais. – Emma falou para Regina.

— A gente fica preso na correria do dia a dia e nunca marca nada. – O chef insistiu. – Hoje mesmo, trabalhando em pleno sábado de sol.

— Para não ficar nessa de vamos marcar e nunca dar certo, amanhã à noite, vamos jantar? – Regina disse olhando para os outros três. Todos concordaram. Jogaram mais um pouco de conversa fora e voltaram para casa.

— Mommy. – Ivy foi correndo para os braços de Regina. Estava com o rosto vermelho e toda suada. – Adivinha o que eu fiz? – A fotógrafa estava com a filha no colo. Emma passou e roubou um beijo da menina, seguindo para a cozinha.

— Você acordou suas tias fazendo bagunça? – Regina perguntou já sorrindo. Tinha seguido Emma.

— Também, eu e a Tinker acordamos elas e cantamos Let It Go e depois comemos bolo na cama da tia Belle.

— Fizeram sujeira na minha cama, você quer dizer, né? – Belle estava separando os pratos para levar para a área de fora e olhou tentando parecer brava com Ivy.

— Só um bocadinho, tia Belle. – Ivy parou de contar para Regina e respondeu sorrindo para Belle. – E depois a tia Zelena me ensinou a fazer ioga e eu ganhei um apelido. – A menina terminou a frase feliz da vida.

— Tenho até medo de perguntar, mas que apelido? – Regina olhou para Emma que ria também.

— Primeiro foi pequeno gafanhoto, mas a tia Belle disse que era horrível – Enquanto Ivy ia falando, Regina levava a filha para a área da piscina, onde Belle e Zelena já esperavam por elas. – Então a tia Zelena escolheu MM.

— Vai usar o slogan do estúdio da sua mãe? – Emma perguntou sorrindo.

— É de mini Mills, mama, é muito amor por M nessa casa.

As duas caíram na gargalhada. Passaram um resto de dia tranquilo. Emma iniciou com os medicamentos no mesmo dia. Não era o que ela realmente queria. Detestava os remédios, mas sabia que precisava deles. Toda vez que olhava para Regina, tinha o sentimento de culpa a consumindo. Se tivesse a medicação correta, ela não teria machucado a mulher. Naquela noite, quando colocaram Ivy na cama, foram ter a conversa.

— Vem cá, minha mini Mills. – Emma falou sorrindo, colocando a filha sentada na cama. Regina tinha sentado do lado oposto, as duas estavam de frente para Ivy. – Sua mãe e eu conversamos muito e a gente quer muito que você faça uma atividade extra. Então além das nossas aulas regulares, você terá mais uma aula, uma oportunidade de fazer uma dança, um esporte ou até mesmo uma aula de música.

— Não posso bater foto? – Ivy olhou com receio para as mães. Sabia que não estava ganhando um convite, e sim uma ordem.

— Pode, mas além disso seria legal se você fizesse mais alguma coisa. – Regina segurou as mãos de Ivy. – Sua mama me contou que você ficou curiosa com as meninas do balé, não gostaria de tentar?

— Não, quero só bater foto com você. – Ivy olhou direto para Regina. O ponto fraco dessa decisão era aquela mãe. Ela sabia, lembrava bem de como a fotógrafa jurou que não mandaria mais Ivy para uma escola, depois do que tinha acontecido no ano passado.

— Meu amor. – Emma começou, tentou fazer com que a menina olhasse para ela, mas só conseguiu com que Ivy pulasse para o colo de Regina. – Olha só, nem todas as meninas são malvadas. Você gosta da Aurora, não gosta? – Diante da afirmação positiva da filha, a morena continuou. – E gostou de brincar com ela e com a amiga dela, não é? Então, meu amor, tem muitas meninas legais, como a Aurora e a amiga dela.

— Violet. – Ivy resmungou olhando para Emma.

— Como a Aurora e a Violet. Você sabia que a Aurora tem as amigas da escola e as amigas do cursinho de idiomas dela? São todas muito legais. Você também pode ter amigas assim.

— Eu tenho a Jasmine, a Mulan e a Aurora, elas são minhas amigas. – Diante da resposta da filha, Emma olhou para Regina em pedido de socorro.

Entre a cruz e a espada. Apoiar Ivy era o que a fotógrafa queria fazer, não achava que poderia ser diferente em Storybrooke do que havia acontecido em Nova York. Temia pela filha mais do que temia um novo surto de Emma. E ali estava a mulher, lhe implorando ajuda. Ela só estava tentando ajudar Ivy, assim como Regina queria protegê-la. Ela tinha que escolher.

— E se você perguntar para a Aurora uma atividade legal para você fazer? – Ela escolheu o meio termo. – Aposto que ela conhece um lugar, com um monte de meninas legais.

— Isso, amanhã a gente chama ela para almoçar, tomar um banho de piscina e perguntamos para ela. – Emma sorriu, nada feliz com a atitude de Regina.

— Tá bem, pode ser. – Ivy respondeu. Regina deitou a filha na cama e ficou lendo com a menina até ela adormecer. Quando chegou no quarto, Emma andava de um lado para o outro.

— Emma? – Regina estava deixando a porta entreaberta, mas diante do que via, fechou por completo.

— Pensei que nós tínhamos conversado, que estávamos juntas nessa, mas não, você deu pra trás, que porra foi aquela? – Emma esbravejou.

— Que isso? Não dá para forçar a menina fazer uma coisa que ela não quer.

— A única coisa que estávamos exigindo dela era que ela escolhesse uma atividade, Regina. – Emma falava e andava rapidamente. – Ninguém estava forçando ela a fazer uma coisa que não quisesse.

— Ela disse que não queria, Emma. Que só queria bater foto, qualquer coisa que fosse dita...

— Bobagem. – Emma interrompeu a fotógrafa. – Ela usou das fotos para dobrar você e conseguiu. Se você tivesse insistido comigo, ela teria dito que sim.

— Emma, ela ficou com medo, será que você não vê isso? – Regina gritou com a mulher.

— E será que você não vê que você apoia esse medo? Que toda vez que você ajuda ela a se esconder dentro dessa casa, você só colabora para isso fica pior. – Emma se aproximou da fotógrafa. – Quando vocês foram me buscar, você me acusou de passar para a Ivy que as coisas só valiam a pena quando iam bem. E você tá passando o que para ela agora? – Emma saiu do quarto. Deixou a porta aberta. Sabia que não teria uma surpresa ao ver Ivy na cama delas quando voltasse. Foi até a cozinha e tomou toda a água que conseguiu. – É água. Não preciso de babá. – Ela sentiu a presença da fotógrafa em suas costas. Quando se virou, Regina chorava incontrolavelmente, deixando Emma sem ação.

— Eu pensei que não ia conseguir. Eu fiquei sozinha, eu tinha que ir todo dia naquela delegacia. Todo mundo me olhava como se eu fosse a culpada. Eles pararam de procurar você com vida, eles queriam um corpo. Fiquei horas no interrogatório, ameaçaram tirar a Ivy de mim se eu não contasse o que tinha feito com você. – Regina falava gaguejando com o choro. – Eu me senti aliviada quando soube que você estava em Storybrooke. Depois eu quis matar você. Por tudo que me fez passar, por tudo que a Ivy, tão pequena, já estava passando. Me deixaram na cadeia uma noite e mandaram a Ivy para uma casa estranha, porque nem a Belle pode ficar com ela. Tinha um monte de crianças lá. Ela estava chorando quando eu fui buscar. Então eu peguei ela nos meus braços e jurei que nunca mais ia soltar. Porque quando eu solto ela, ela se machuca. Ela é minha filha, é o pedaço seu que ficou comigo, é o meu bebê, eu não posso soltá-la nunca.

Quanto mais Regina se abria com ela, mais a culpa de Emma aumentava. Ela ficou em tratamento por anos, mas a fotógrafa nunca procurou essa ajuda. Regina, a forte e indomável que Emma conheceu, era muito mais frágil do que se imaginava. Emma tinha deixado Regina assim. Era culpa dela o que a fotógrafa fazia com Ivy. A dor delas, era culpa dela. Diante das lágrimas que molhavam seu rosto, Emma abraçou a fotógrafa com toda força. Os braços de Regina envolveram a morena. As duas choravam juntas.

Emma levou Regina até o sofá. Lhe deu água e deitou um pouco com a mulher ali. Os carinhos que fazia em Regina, a respiração pesada da esposa contra seu peito, as duas adormeceram ali mesmo. E quando a manhã chegou, latidos e miados acordaram as duas. A fotógrafa levou a mão em suas costas, mas não encontrou Ivy.

— Ivy? – Regina chamou. Emma estava mais alerta. Em cima das duas, apenas os animais. Tinkerbell estava provocando o gato, que soltava seus miados de vez em quando. – Ivy? – Regina levantou. Ela odiava quando acontecia aquilo. Tinker saiu correndo para a cozinha e as duas olharam na mesma direção.

— Tintin, não pula. – Ivy falava para uma cachorra desobediente. A bandeja vinha balançando nas mãos da menina. – Mas já acordaram? Que sem graça.

— O que você está fazendo? – Emma perguntou tirando a bandeja das mãos de Ivy e uma fruta quase caiu em seu colo. Regina puxou a filha para seus braços, e abraçou com força.

— Eu fiz o café da manhã e ia acordar vocês. – Ivy disse do colo da fotógrafa. Emma colocou a bandeja na mesa de centro. Frutas, bolachas, iogurte e três xícaras de chocolate estavam na bandeja. Emma olhou para a filha sorrindo, deu um beijo longo nela.

— Só você mesmo, coisinha. – Regina falou apertando Ivy e olhou sorrindo para a mulher. A fotógrafa deu um beijo em Emma. A discussão da noite passada, tinha ficado na noite passada.

— Eu pensei. – Ivy começou a falar quando Emma entregou a xícara de chocolate para ela. – E eu quero fazer balé. – Ela olhou para as duas.

— Que ótimo, amor. – Emma sorriu. – Nós vamos procurar uma escola bem legal para você dançar, tá?

— Eu fico feliz, meu amor. E se você não gostar, não tem problema, você pode tentar outra coisa. – Regina falou para a filha.

— Tá bem, mas eu ainda quero chamar a Aurora para tomar banho de piscina. – Ivy disse e Emma concordou sorrindo. Terminaram o café e a menina foi com Emma até a casa de Ruby, buscar a prima.

— Regina, estou desde sexta querendo falar com você, mas ficou difícil de ver você sozinha. – Belle chegou no estúdio. Regina estava separando umas fotos.

— Fala, Belle.

— O gerente da galeria de Milão ligou. Eles querem fazer a sua exposição. E é para logo. – Belle sentou na frente de Regina.

— Logo, quando? – Regina perguntou. Logo daqui a dois meses, ela conseguiria preparar a Emma, logo semana seguinte, ela teria que recusar.

— Mês que vem.

— Ai meu Deus. – Regina levou a mão na cabeça. – A Emma recém iniciou o tratamento, tem toda aquela fase de teste. A Ivy vai começar com essas aulas de balé. Ele disse quanto tempo?

— Umas duas semanas, no mínimo. – Belle respondeu. Entendia o receio de Regina. Exposições assim em cima da hora eram complicadas antes, quando só tinha a Ivy. Agora tinha a Emma e todo o seu problema. Mas não podia deixar a fotógrafa perder essa chance. – Mas eu acho que a Emm não vai surtar para acompanhar você não.

— Não é só isso, Belle. Se eu tiver que ficar mais tempo, são mais sessões perdidas. E se o remédio falhar? Olha, do jeito que as coisas estão indo, daqui a pouco eu surto.

— Eu acho que você podia esperar pela próxima. – Zelena chegou e se intrometeu na conversa. Sabia que não era só de Emma que Belle estava fugindo para falar com Regina. A modelo se aproximou e passou o braço em volta dos ombros da fotógrafa. – Sua exposição aqui na cidade foi um sucesso, ninguém vai esquecer tão cedo. Portanto, você pode esperar até as coisas se estabilizarem e depois pensar em algo novo.

— Mas ela já tem as fotos prontas para essa exposição. – A morena rebateu no lugar de Regina.

— Tire fotos novas, use o tempo para inovar. Regina, você é uma artista, explore ao máximo o seu talento. Fica perdendo tempo com essas exposições esporádicas que aparecem não. – Zelena sorriu e piscou para a fotógrafa.

— Que isso? Alô, a assistente aqui sou eu. E estamos falando de uma exposição em Milão e não ali na esquina. – Belle brigou com Zelena.

— Milão, esquina, tudo a mesma coisa. – Zelena respondeu rindo. Belle deu um leve tapa em Zelena e Regina deixou as duas se provocando sozinhas. Não demorou muito para Emma voltar com as meninas. E a festa na piscina foi completa. Sol, almoço leve, sorvete de sobremesa. Ivy e Aurora brincaram com a cachorra, brincaram na piscina. Regina ficou com uma saída de praia o tempo inteiro. Tinha os hematomas pelo corpo para esconder. Com culpa, Emma ficou ao lado da mulher e resistiu aos convites para entrar na piscina.

Depois de deixar Aurora em casa, a loira voltava com Ivy, quase adormecida no banco de trás. Nos braços da menina, estavam Tinker e Peter, que dormiam tranquilamente.

— Vamos levar a Ivy junto? – Emma perguntou para Regina. A fotógrafa estava se arrumando para o jantar com os amigos.

— A Zelena e a Belle saíram, pensei na Jasmine. – Regina respondeu.

— A gente pode deixar ela na minha mãe. O Killian e a Milah, também moram por perto, vamos a um restaurante lá mesmo e depois dormimos no meu apartamento. Minha mãe vai adorar ser a babá da Ivy. – Emma abraçou a esposa e a beijou.

— Pode ser. – Regina passou os braços em volta do pescoço de Emma. – Vamos ver se aquela cama lá é tão forte quanto essa. – A fotógrafa mordeu seu lábio inferior, sorrindo maliciosamente para Emma. O beijo que veio em seguida foi quente e longo. As mãos da loira trouxeram o corpo de Regina para mais perto dela. As pernas de Emma levaram as duas até o closet. Regina encostou na parede, subiu sua perna na altura da cintura de Emma. A mão da mulher lhe acariciou a perna. Emma ainda estava de biquíni e as mãos da fotógrafa foram ágeis em tirar as peças.

O corpo nu de Emma roçava em Regina. Os beijos da fotógrafa percorriam o pescoço da loira. Regina empurrou Emma contra a parede oposta. Fechou a porta do closet e se ajoelhou na frente da mulher.

— Não faça barulho, meu amor. – Regina olhava lascivamente para Emma. A perna esquerda da loira foi apoiada em seu ombro e a boca da fotógrafa foi de encontro ao sexo da mulher.

Emma abafou um gemido. Olhava para Regina. A boca da fotógrafa lhe consumia. A língua percorria seu sexo com maestria. Suas pernas estavam bambas, seus gemidos baixos, a respiração ofegante. A loira entrelaçou seus dedos nos cabelos da fotógrafa. Seu quadril rebolava contra a boca de Regina. Emma soltou um gemido mais alto quando sentiu a língua da fotógrafa lhe invadir. Seus olhos fecharam, a cabeça caiu para trás. Regina intensificou seus movimentos. Emma empurrava seu sexo contra a boca dela. A fotógrafa arranhou a bunda da mulher. Emma gemeu alto novamente e seu sabor invadiu a boca de Regina. As duas se olharam. Regina passou a língua nos lábios, provocando Emma.

— Vem aqui. – Emma trouxe a boca de Regina aos seus lábios. Beijaram-se até o ar faltar. Estavam sorrindo, com as testas coladas quando ouviram a batida na porta do closet.

— Você não sabe ficar quieta, amor, olha só o que acontece. – Regina sussurrou e mordeu o lábio de Emma. A loira pegou um roupão e vestiu rapidamente, enquanto Regina se ajeitava e abria a porta do closet. – Oi, minha pequena. – A fotógrafa pegou a filha no colo.

— Tá tudo bem? Ouvi barulho estranho. – Ivy perguntou com a voz de sono. Sentiu o beijo de Emma em seu rosto.

— Tudo bem, amor, a mama só estava se enrolando para ir pro banho e tive que brigar um pouquinho com ela. – Regina sorriu e piscou para Emma, que entrava no banheiro.

— Não brigou muito, né?

— Não. – A fotógrafa sorriu. – Nós vamos sair e sabe com quem você vai ficar?

— Não posso ir junto? – Ivy fez um beicinho.

— Não, meu amor, nós vamos sair com outro casal de amigos, noite de adultos. – Regina sentou com a filha na cama. – Mas você vai ter uma noite legal com a sua avó. – A fotógrafa deitou Ivy em seu peito. Nem tinha terminado de falar com a menina e ela já havia adormecido novamente.

Emma tomou um banho gelado e saiu em direção ao closet. Regina falava ao telefone com sua mãe e entregava seu celular para ela. Killian tinha mandado mensagens. Várias. As duas estavam atrasadas. A morena respondeu ao amigo, já passando o nome do restaurante e se arrumou o mais rápido que pode. Como sabia que Regina queria esticar a noite delas. Colocou uma lingerie vermelha e um vestido que marcava suas curvas.

— Estou pronta, amor. Vamos? – Emma chamou Regina. A fotógrafa olhou para a mulher de cima abaixo.

— Mas você quer sair? Tem certeza? – Regina falou sorrindo e mordendo os lábios para Emma.

— Regina, se controla. – Emma sussurrou e deu um beijo rápido na mulher. – Falou com minha mãe?

— Falei, ela já está esperando a gente. – A fotógrafa pegou Ivy no colo. As duas foram até o quarto da filha, pegar as coisas dela.

— Mas olha só isso. – Emma apontou para Regina. Tinker dormia enrolada na manta que Ivy tinha dado para ela. Peter estava no travesseiro da menina. – Ela não deixa eles no cercado mesmo.

— Não, mas pelo menos a cachorra dorme no chão. Já pensou se ela se acostuma na cama, daqui a pouco a Ivy vai precisar de uma cama de casal. – Regina falou. Colocou o xero nos braços da filha, que afundou o rosto no tecido. Emma pegou umas roupas da menina e guardou na mochila.

— Vou nem pensar, essa cachorra vai ficar enorme. – Tiveram pressa para sair de casa. Como Regina iria beber, Emma foi dirigindo. Aproveitando que a filha dormia pesado, a fotógrafa ficou provocando Emma todo o caminho.

— Se ela acordar e chorar, tenta dar o cheiro. Às vezes ele acalma ela. Qualquer coisa, é só ligar que a gente vem correndo. – Emma falava com Mary Margareth. Regina tinha colocado Ivy na cama da sogra.

— Pode ficar tranquila, minha filha, vão se divertir. – Mary Margareth respondeu com paciência. Emma falava que Regina mimava muito a filha, mas ela fazia a mesma coisa.

— Quando a gente voltar, a gente vem buscar ela. Ela costuma vir pra nossa cama no meio da noite, pode ter problema se ela não encontrar a gente.

— Podem deixar ela aqui a noite inteira. – Mary Margareth foi empurrando as duas para fora do quarto. Era assim, ou acabariam levando a menina dormindo para o jantar. – Não se preocupem, por mais chocante que possa parecer, eu sei cuidar de criança.

— Mãe, não é.... – Emma começou a falar, mas já estavam fora do apartamento da mãe.

— Boa noite. – Mary Margareth fechou a porta na cara das duas.

— Ela liga, não liga? – Regina falou, olhando para a porta.

— Liga. – Emma estava do mesmo jeito. A porta não se abriu novamente. Por fim, as duas foram para o jantar. Ficaram esperando o casal na entrada. Regina deu alguns beijos pelo ombro e pescoço de Emma. – Desse jeito eu vou precisar de um extintor para apagar esse fogo.

— Você, nua, na minha cama, resolve esse problema rapidinho. – Regina sussurrou no ouvido de Emma.

— Regina, se comporta. – Emma fingiu estar brava, mas no fundo estava louca para que Killian e Milah não viessem.

Infelizmente seus desejos não foram atendidos, em partes. Killian apareceu sozinho. Cumprimentou as duas naturalmente.

— E a Milah? – Regina perguntou antes de Emma.

— Nós brigamos e ela não quis vir. – Killian respondeu e deu de ombros.

Os três entraram, escolheram a mesa e a comida. A conversa fluía sem problemas. Apenas Regina e Killian bebiam o vinho escolhido. Emma tinha ficado com a água e não apresentava problemas com isso. Até que o celular do homem começou a tocar e ele não atender. As mensagens chegavam direto, e o celular foi desligado. O assunto da política foi trocado por histórias antigas de Killian e Emma. As taças de Regina se esvaziavam mais rápido. Quando o homem pegou na mão da morena, a fotógrafa não ficou mais calada.

— Vamos pedir a conta. Nós temos que buscar a Ivy ainda. – Ela falou séria para Emma, cortando o assunto. A loira não entendeu a atitude de Regina. Pagaram a conta e, na saída, Killian deu um abraço apertado em Emma. Tentou se despedir de Regina, mas a fotógrafa foi fria como gelo.

— O que aconteceu? – Emma perguntou quando as duas ficaram sozinhas.

— Por que ele não cancelou o jantar? Que ridículo deixar a mulher em casa e ir para um jantar de casal sozinho. – Regina respondeu. Checava o celular para ver se tinha perdido alguma ligação da sogra.

— Sei lá. Problema deles. – Emma seguia com o carro. – Mas não foi só isso que te incomodou.

— Eu me incomodar? Imagina. – Regina ficou com medo de ligar para Mary Margareth. Ficou batendo o celular na mão, impaciente. – Por que eu me incomodaria com o ex-marido da minha mulher revivendo histórias dos dois? Que pessoa em sã consciência se incomodaria com algo assim?

— Por favor, Regina, nem tem cabimento o que você está falando. – Emma tentou falar, mas era tarde. O ciúme já tinha consumido a fotógrafa.

— Não me venha com por favor, Emma. Falta de respeito. Com a mulher dele e comigo. Porra, eu não quero saber dessas histórias. E tem mais, porque ele tinha que ficar tocando em você a toda hora? – Regina desceu do carro e bateu a porta. Emma correu atrás da mulher e não deixou ela apertar o botão do elevador para o andar de Mary Margareth.

— Para com isso, você não vai buscar a Ivy até a gente resolver isso. – Emma segurava as duas mãos da fotógrafa. – Regina, ele não tocou em mim, só na hora de ir embora.

— Ele nem largava você. E você também nem fez nada. – Regina soltou suas mãos. Entrou apressada no apartamento da loira.

— Regina, ele é meu amigo. Me abraçou como amigo. Por favor, você está vendo coisa onde não tem.

— Eu, Emma? – Regina olhou para mulher. – Eu também vi coisa onde não tinha com a Fiona, não vi?

— Pelo amor de Deus, Regina, você acha que eu sou assim tão irresistível que cada um que chegar perto vai querer dormir comigo?

— Quão amigos vocês ficaram depois da sua doença? Aliás, como foi que ele voltou para a sua vida, em primeiro lugar? – Regina bufava. Emma respirou fundo e sentou no sofá.

— Minha mãe pediu ajuda para ele, porque eu estava triste e ela em negação com a minha sexualidade. Ele veio como amigo, e somente como amigo, aos poucos ele foi me ajudando. Ele me achou quando eu surtei. Ele me visitou na clínica. Ele me apoiou quando eu disse que queria você de volta e que iria lutar por isso. – Emma explicou pacientemente. – A-M-I-G-O.

— Amigos não ficam falando do passado daquele jeito. – A fotógrafa cruzou os braços. Olhava de lado para Emma, quase convencida.

— Não teve jeito nenhum, meu amor. Ele bebeu demais, provavelmente por causa da briga com a Milah. – Emma se aproximou de Regina. A guarda estava baixa. – Poxa, não fica assim, eu só quero você. Eu só me interesso por você. – Emma abraçou Regina pelas costas. – Eu só amo você. – Sussurrou no ouvido da mulher.

Regina fechou os olhos. Deixou seu pescoço exposto. Os lábios de Emma começaram a beijar da pontinha da sua orelha, até o pescoço. A fotógrafa respirou fundo. Virou-se para Emma. Não disse mais nada, apenas beijou a loira com voracidade. Foram em direção ao quarto de Emma, aos beijos. As mãos de Regina tiravam o vestido da mulher e quando chegaram no local, Emma caiu na cama, enquanto a fotógrafa admirava seu corpo.

— Você é irresistível, para mim. – Regina sorriu. Tirou seu vestido, ficando apenas com a calcinha no corpo. Emma observava a mulher, em meio ao desejo, a pontada de culpa apareceu. O corpo da fotógrafa ainda tinha as marcas fortes da última noite delas.

Regina se aproximou de Emma e foi beijando seu corpo. Sua boca, foi sem pressa, distribuindo beijos e chupões até chegar na boca de Emma. Seus corpos se uniram, as mãos da mulher tocavam com carinho Regina. Os beijos da fotógrafa ficaram mais urgentes, mais quentes. Regina despiu o sutiã de Emma. Provocou seus seios, até arrancar gemidos altos da mulher. Emma roçou seu quadril contra a fotógrafa. As mãos de Regina tiraram sua calcinha. Sua boca foi até o sexo da loira. Emma chamou seu nome, puxou seu cabelo. Regina sorriu. Virou a mesma de bruços e se dedicou a beijar as costas da mulher. As mãos da fotógrafa percorriam o corpo de Emma, os gemidos ficaram mais altos, as respirações mais pesadas. A urgência do toque era sentida pelos seus corpos.

— Regina... — Emma gemeu mais uma vez. O sexo da fotógrafa roçava contra a bunda da mulher. Seus dedos invadiam seu sexo. Seus corpos eram um só. Moviam-se como um. As duas gemeram alto quando o orgasmo chegou.

Emma virou-se de frente para a esposa. Beijou a fotógrafa com todo o amor que sentia. Aconchegou Regina em seus braços. Fazia carinho em suas costas, sob os machucados que ela mesma tinha provocado.

— Me dói tanto. – Emma falou depois de um tempo.

— Não fala assim. – Regina olhou para a esposa. – O que dói mesmo é ficar sem você. Isso não é nada.

— Eu prometi não te machucar e olha o que eu fiz. – Uma lágrima escapou. Regina rapidamente secou aquela lágrima.

— Emma, para com isso. Me machuca mais você se remoer nessa culpa. – Regina olhava para a esposa. – Por favor, meu amor.

— Desculpas nunca serão o suficiente. – Emma respondeu, como se as palavras da fotógrafa não lhe tivessem nenhum efeito.

— Você é o suficiente. – Regina beijou os lábios da loira. Foi o suficiente para aquela hora. Para aquele momento. Emma estava frágil, Regina também. As duas buscavam desesperadamente forças uma na outra para seguir em frente. E em alguns momentos, parecia que nenhuma delas estava conseguindo aquilo que precisava.

Os corpos cansados levaram as mulheres ao sono. Regina sentiu frio, buscou o lençol e se encolheu. Mas não adiantou. Passou a mão ao lado procurando por Emma e só encontrou a fonte do seu frio. A fotógrafa levantou assustada. Olhou pelo quarto e nem sinal da esposa.

— Amor? – A voz saiu com um certo tom de pânico. Não teve resposta. Emma parecia Ivy, levava horas para respondê-la só deixando seu coração mais apertado. Regina foi até o banheiro e nada. Saiu correndo do quarto. – Emma. – Chamou mais alto.

Nada. A cozinha estava vazia, assim como o resto do apartamento. Regina foi hesitante até a porta, girou a maçaneta. Não estava trancada. A porta estava aberta, no meio da noite. Emma havia sumido.



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