– Você não, Regina. Nossa sessão vai começar agora. – Rose disse e acompanhou Emma para fora. A loira olhou sobre o ombro para a fotógrafa, a mulher parecia uma criança sendo abandonada. O mesmo olhar que Ivy tinha na aula de balé antes de começar. Emma sorriu para a esposa. Teve vontade de voltar até ela e abraçá-la, dizer que tudo estava bem, afinal, era só uma sessão, porém não conseguiu, Rose fechou a porta atrás dela.
Regina se sentou novamente. Contou até dez mentalmente. Ela estava ali por Emma, não iria decepcionar a mulher.
— Vamos começar? – Rose perguntou ao voltar para sua poltrona.
— Eu tenho escolha? – Regina respondeu fria. Sentia-se marcada pela psiquiatra desde a primeira sessão. Afinal, ela tinha ido apenas como companhia e apoio para Emma e a médica havia praticamente lhe imposto sessões individuais agora.
— Você se sente obrigada vindo aqui? – A médica começou suas perguntas.
— Emma devia ser a paciente... quer dizer, nós viemos aqui por ela, por causa dos remédios, porque ela fica melhor com eles. Eu não sei por que você resolveu me chamar para sessões.
— Porque você precisa, tanto ou até mais que a Emma. – Rose respondeu séria para Regina. – Mas essa é a minha opinião, você é livre para discordar e não vir até aqui.
— Você disse que ajudaria a Emma. – A fotógrafa respondeu nervosa. Livre para não ir, ela não era, afinal, a médica tinha dito na frente de Emma e agora a loira contava com isso. Apertava os dedos com tamanha força que sentia as unhas entrando na palma de sua mão.
— Eu disse que ajudaria as duas. – Rose olhou para as mãos de Regina e se levantou. Pegou uma caixa de lenço e a colocou na frente da fotógrafa. – Com que frequência você faz isso? – Apontou para as mãos de Regina. A fotógrafa abriu as mãos. Tinha machucado sua pele, mas não o suficiente para sangrar.
— Pouca. – Regina esfregava as mãos, tentava aliviar a tensão que sentia. – Quase nunca nos últimos meses.
— Desde que a Emma voltou?
— É, acho que desde que ela voltou. – A fotógrafa olhou para a médica. As duas se encaravam.
— E a Ivy, tem alguma mania?
— Não. – Regina falou rápido demais. Claro que Ivy tinha, mas ela não iria admitir para a médica.
— Nenhuma? – Rose sorriu. – Ela é realmente uma criança especial, praticamente todas as crianças têm, é natural.
— Ela tem algumas. – Regina acabou cedendo. Não era fácil admitir as manias da filha, já que ela não só tinha dado algumas, como incentivado outras. – Ela tem um xero para dormir, ela sempre vem para a nossa cama dormir comigo, ela não gosta de dormir sozinha. Ela não gosta que outras pessoas sequem o cabelo dela, nem de comer sozinha. Eu só lembro dessas agora.
— Ela dorme com vocês? – Rose perguntou.
— Ela vai de madrugada para a nossa cama. Se bem que essa noite ela não foi. Ficou na cama dela, com os mascotes.
— Mascotes?
— Um gato e uma cachorra. Nós demos de presente no aniversário dela. Sexta passada.
— Ótimo. – Rose sorriu. – Essa noite então ela dormiu sozinha?
— Dormiu. Em partes, já que quando chegamos no quarto dela, ela dormia abraçada com a cachorra. – Regina sorriu ao lembrar da cena.
— Suponho que se ela vai ou ia para a cama de vocês, a porta ficava aberta. – Era uma conclusão. Regina olhou envergonhada. Sabia o que a médica estava falando. Será que terapia era isso? Um estranho jogar na sua cara a cada cinco segundos todos os seus erros. Não era mais nervosismo que a fotógrafa sentia e sim raiva.
— Sim. – Regina olhou rápido pela sala. Nenhum relógio. Não tinha como saber o tempo que estava ali. – Ela viu eu a Emma, na noite do aniversário dela.
— No dia em que a Emma te bateu?
— Perdeu o controle. – Regina corrigiu a médica. – Sim. Ela me perguntou por que a Emma tinha feito aquilo e eu disse que ela não tinha me machucado, que era uma brincadeira, coisa de adultos. Só que ontem ela viu meus machucados e a Emma disse que tinha ficado doente nesse dia, e me machucou. Ela ficou um pouco confusa, mas entendeu.
— Jura? – Rose não só usou o tom descrente, como também tinha a mesma expressão. — Nem eu entendi ainda, Regina. Não entendi por que você fica negando que apanhou da Emma. Você gostou e tem vergonha de dizer isso ou tem vergonha de admitir que a Emma sim, pode ser violenta, e que ao contrário do que você frisou, ela pode machucar tanto você quanto a Ivy.
— Eu não tenho vergonha de nada. O que eu e a Emma fizemos na cama, só diz respeito a nós. E ela nunca machucaria, nem a mim e nem a Ivy.
— De propósito, talvez não. Mas ela perdeu o controle naquela sexta-feira, podemos dizer que ela não estava ciente do que fazia e foi um perigo para você.
— Ela perdeu o peso da mão. Só isso. Nós já fizemos isso antes e é impossível eu não acordar marcada, com essa pele translúcida que eu tenho.
— Tudo bem. – Rose concordou. Regina ainda não estava pronta para aquela conversa e a médica teria que ir devagar com aquele assunto. – Voltamos a Ivy então e ao súbito entendimento dela.
Regina respirou fundo. Era uma sessão de treinamento de paciência, só podia. Agora ela entendia a resistência de Emma para voltar a terapia. E até mesmo ao nervoso que ela ficava durante aqueles longos minutos. Regina estava o que parecia um século respondendo aquelas perguntas, que brincavam com a sua sanidade.
Emma andava pelo consultório com o celular na mão. Estava conversando com Ruby e já aproveitando para marcar o final de semana. Sabia que a família, principalmente a mãe, ficaria feliz em poder passar mais tempo com a menina. Afinal, no pouco tempo em que Emma tinha reatado com a Regina, a filha ainda não tinha o que se podia chamar de convivência familiar com o lado dela.
— Emma. – Rose estava na porta do consultório chamando pela mulher. Emma desligou o celular e foi ao encontro da médica. Quando entrou, Regina estava numa luta tentando secar suas lágrimas e chorar ao mesmo tempo.
Emma se sentou do lado da fotógrafa e a abraçou. Não precisava saber o que tinham falado. Ficou um tempo em silêncio com a mulher em seus braços. Nem mesmo Rose interrompeu. Esperou pelo choro da fotógrafa cessar um pouco antes de continuar.
— Bom, a Regina não concordou muito com a sua presença agora, Emma. – Rose falou para a loira. – Mas ela também não concordou com muita coisa que eu disse, enfim... ela precisava de você.
— Eu posso sair agora. – Emma falou enquanto fazia carinhos nos cabelos da fotógrafa e a mesma escondia seu rosto em seu peito.
— Não. – Regina resmungou e olhou para Emma. Os olhos estavam vermelhos, a voz ainda embargada.
— Tudo bem, não precisamos continuar de onde paramos. Até porque você vai brigar comigo de novo. – Rose sorriu e Emma também. No fundo ela queria ver a sessão da mulher. No mínimo seria divertido ver Regina brigar com a médica para fugir das perguntas. Diante de nenhuma reação da fotógrafa, Rose continuou. – Eu queria conversar com a Ivy.
— O que? Por quê? – Regina se afastou do corpo de Emma, mesmo com a voz de choro, ela conseguiu expressar o descontentamento de ouvir aquilo.
— Assim, tão cedo? – Emma perguntou. Segurou forte a mão da mulher.
— Geralmente não seria necessário assim tão cedo, mas diante do que temos aqui, eu só quero conhecer ela. – Rose respondeu, olhava para as duas enquanto falava.
— Eu te mostro uma foto dela. – Regina nem deixou Rose terminar de falar direito. Tanto a médica quanto Emma riram da resposta da fotógrafa.
— Fazemos assim, vocês conversam em casa sobre isso. Se trouxerem a Ivy, não precisa marcar mais uma hora, eu tiro um tempinho da consulta de cada uma, senão vamos deixar mais para frente. – Rose sorriu. – E não se esqueçam da minha tarefa.
Regina secou as lágrimas novamente, saiu do consultório brava com a médica e de mãos dadas com Emma. Ficaram em silêncio por um longo tempo, até que a fotógrafa percebeu que não estavam fazendo o caminho de volta para o estúdio.
— Onde estamos indo? – Regina perguntou.
— Quando eu saía das consultas, assim como você está agora, eu vinha para esse lugar pensar, resolver minhas confusões internas. – Emma olhou de relance para a mulher e sorriu. – E às vezes eu vinha só para xingar a Fiona. – Dessa vez, nem Regina conseguiu não sorrir.
O lugar de Emma era um canto de uma praia, um pouco mais afastada, era calmo e deserto. Tinha duas ou três pessoas na areia. Ninguém na água. Era o local ideal para pensar. Emma desceu do carro descalça e andou de mãos dadas com Regina até metade da areia. Sentaram-se no chão, sem nenhum problema.
Ficaram em silêncio olhando para o mar, com as mãos entrelaçadas. Emma morria de curiosidade de saber o que Rose tinha dito para a fotógrafa que a tinha feito cair no choro daquela maneira. Mas a voz da razão dentro de si gritava que seria melhor não saber. Talvez fosse ela o motivo do choro. A morena olhou para a fotógrafa. Nem tudo é sua culpa Emma, nem tudo é sua culpa. Repetiu o mantra em sua cabeça algumas vezes, quando percebeu o olhar diferente de Regina e começou a sorrir.
— Que foi? – Regina perguntou. Somente agora tinha notado que Emma estava olhando para ela.
— Você está louca para cair na água. – Emma sorriu com a sua constatação. Regina vivia na piscina da academia em Nova York. Morria de saudades da praia, sempre falava para Emma. Quando viajaram para Los Angeles, passaram mais tempo na praia do que em qualquer outro lugar.
— Eu penso melhor com a cabeça embaixo d'água. – Regina sorriu. Era verdade, estava louca para mergulhar.
— Então vai, dá um mergulho, tem uma toalha no carro. – Emma deu um beijo nos lábios de Regina.
A fotógrafa levou as mãos na barra da sua blusa, quando Emma a impediu olhando séria.
— Vai de roupa, né, Regina.
— Amor, não tem ninguém aqui. – A fotógrafa sorriu. Emma olhou para trás, onde de fato, havia duas pessoas sentadas em suas cadeiras, conversando. A loira voltou a encarar Regina. – Tá bem. – A fotógrafa deu um rápido selinho em Emma. Saiu correndo para a água como a filha fazia, só que diferente da menina, Regina tirou a roupa e mergulhou só de lingerie.
Emma fez que não com a cabeça. O casal que estava conversando, assim permaneceu, não dando atenção ao que acontecia ao seu redor. A loira foi até o carro, pegou a toalha, andou pela areia recolhendo as roupas da mulher e ficou na beirada do mar, esperando a fotógrafa sair. Era impossível não notar a beleza de Regina em meio às águas. A mulher se iluminava, exatamente da mesma maneira que ficava quando tinha uma câmera nas mãos. Emma ficou admirando Regina, até que a mesma veio em sua direção lentamente.
— Você está querendo me matar? – Emma abraçou Regina em volta da toalha. Recebeu um beijo em troca. Um beijo quente, onde suas línguas exploravam suas bocas e se provocavam. O ar precisou faltar para que elas se largassem. Regina fazia carinho no rosto de Emma.
— Já sei exatamente onde vou te levar para a tarefa daquela maluca. – O sorriso sapeca apareceu nos lábios da fotógrafa.
— Eu já sei que você vai dizer que é surpresa, mesmo assim eu vou perguntar, porque eu sou curiosa, onde? – Emma sorriu. Regina mordeu os lábios. Deu outro beijo em Emma e sussurrou.
— Surpresa. – Começou a rir e segurou a mão de Emma. Foram andando e rindo até o carro. Regina olhou para Emma e sorriu. – Não quero ir para casa agora.
— E onde você quer ir? – Emma nem tinha ligado o carro. Olhou para Regina e sorriu de volta.
— Para um lugar onde eu não tenha que me preocupar com trancas. – A fotógrafa mordeu seu lábio inferior. Seu olhar safado acertou Emma em cheio. Ela sabia, aquele andar na hora de sair do mar, o beijo depois, Regina estava provocando.
— Não vou vender aquele apartamento tão cedo. – Emma sorriu. Dirigiu até seu apartamento do outro lado da cidade.
As duas subiram discretas, corriam o risco de encontrarem Mary Margareth ou até mesmo a tia de Emma, que eram as pessoas que ficavam em casa no decorrer do dia. Regina tinha colocado a saia de volta e subiu enrolada com toalha na parte superior. Entraram no apartamento de Emma e nem bem a loira tinha acabado de trancar a porta, Regina já estava beijando a esposa.
A fotógrafa tirou a roupa de Emma com rapidez. A mesma agilidade que a morena demonstrou ao tirar sua saia e sua lingerie molhada. Os beijos eram longos e tórridos, não se largaram até que seus pulmões implorassem por ar. Não chegaram a ir para o quarto. Emma deitou Regina no sofá mesmo, o espaço era pequeno para elas, ainda assim, permaneceram ali. As mãos de Regina percorriam as costas de Emma, deixando rastros vermelhos por onde suas unhas marcavam. As mãos de Emma massageavam os seios da fotógrafa. Suas bocas soltavam seus gemidos entre seus beijos. Regina abriu as pernas e Emma se encaixou entre elas. Continuou a estimular os seios da fotógrafa, enquanto sua boca percorreu toda a extensão do corpo da mesma, até alcançar o sexo. Regina gemeu alto quando a boca de Emma lhe alcançou o centro do prazer. Sua mão puxava suavemente os cabelos da loira, enquanto sua outra mão apertava a mão de Emma em seu seio. A boca da mulher foi lentamente explorando cada centímetro do sexo da fotógrafa. Os gemidos de Regina iam crescendo, Emma desceu uma de suas mãos para o sexo da esposa, manteve sua boca brincando com o clitóris de Regina enquanto seus dedos invadiram fortemente a mulher. Regina mexia o quadril de encontro aos dedos de Emma. Não demorou muito para seu corpo se contrair e a fotógrafa relaxar nos braços da amada. Emma tirou seus dedos lentamente de dentro de Regina e fez o caminho inverso até os lábios da mulher. Beijaram-se extasiadas.
Seguiam trocando carinhos e carícias quando ouviram um barulho dentro do apartamento de Emma. As duas se olharam, Emma levantou se apoiando nos braços para ver além do sofá. E logo suas bochechas coraram.
— De... desculpa, dona Emma, mas... eu preciso ir fazer o jantar... — Granny estava mais vermelha que Emma. Tentou vir até a sala e sair mais cedo, mas era impossível. Não quis atrapalhar e ficou no quarto de solteiro do apartamento, esperando que as duas saíssem da sala. Como não aconteceu, Granny teve que ir até a sala.
— Granny... Claro. Eu não sabia... — Emma puxou a manta e jogou em volta do seu corpo e de Regina.
— Tudo bem, dona Emma, eu não vi nada. – Granny disse e saiu correndo do apartamento.
Quando Emma olhou para Regina, a fotógrafa ria incontrolavelmente. A loira levou as mãos na cabeça, ainda estava morrendo de vergonha.
— Esqueci que ainda pago para ela vir aqui limpar. – Emma também sorriu.
— Olha pelo lado positivo, amor, dessa vez, nós não precisamos explicar o que estamos fazendo. – Regina não conseguia parar de rir.
— Você ri, né, bandida? – Emma deu uma tapa leve em Regina e voltou a beijá-la.
— Claro, não fiz nada de errado. – Regina passou os braços em volta do pescoço de Emma. Foram entre os beijos para o banho.
Emma tinha pensado em aproveitar que estavam ali e irem falar com Mary Margareth sobre o final de semana, porém, com o incidente de Granny, era melhor ligar para mãe outro dia. Depois do banho, voltaram para casa e foram recebidas por uma tremenda bagunça na cozinha.
— Zelena... só Deus sabe o sobrenome, eu vou te matar. – Emma falou levando as mãos na cabeça.
A cozinha estava um completo caos. A pia estava cheia de panelas e bacias., havia trigo e forminhas pequenas para todos os lados. Até mesmo Tinker, que andava lambendo todo o chão, estava suja de massa de bolo. Ivy tinha chocolate no rosto, nas mãos, nas roupas e nos cabelos. E Zelena, a adulta responsável, não estava diferente da menina.
— O que é que vocês estão fazendo? – Regina olhava incrédula para a cena.
— Eu tou fazendo cupcake, a tia Zelena, bagunça. – Ivy respondeu sorrindo.
— Valeu, MM. – Zelena sujou o rosto de Ivy de mais chocolate e olhou para Emma e Regina que estavam sérias. – Bom, a Belle estava com um humor do cão e brigou com a Ivy, então eu a trouxe pra cá e a gente ficou com vontade de comer cupcake, mas essa coisa é mais difícil de fazer do que eu imaginava, e bem... — Zelena olhou pela cozinha, e para Ivy. – Deu para sujar um pouquinho.
— A gente está na terceira vez no forno. Essa é a da sorte. – Ivy sorriu sapeca.
— A cachorra está lambendo trigo. – Regina apontou para a filhote, que estava com o focinho todo branco.
— Regina, ela mordeu um sapato da Belle e não morreu, não vai ser um pouco de trigo que vai fazer mal. – Zelena respondeu rindo. Apesar de Belle ter brigado com Ivy, foi hilário ver o surto da morena quando viu Tinkerbell com o sapato na boca.
Emma começou a rir. Não sabia se era pelo pavor de ver a cozinha virada numa bagunça ou se da cara de criança levada pega no flagra que Zelena e Ivy faziam. Regina olhou para Emma e acabou rindo junto. Pegou Tinker no colo e acabou se sujando também.
— Céus, terceira fornada e vocês ainda não acertaram os bolos? – Emma perguntou entrando de vez naquela bagunça.
— Qual a parte do "isso é mais difícil do que eu imaginava", você não entendeu?
— A primeira queimou, a segunda virou pedra, a terceira vai dar certo, mama. – Ivy respondeu para Emma, mas foi Regina que pegou a menina pelo braço.
— Vem me ajudar a limpar a Tinker e depois você vem ajudar a limpar a cozinha. – Regina ia saindo com Ivy.
— Mas e o Peter? – Ela apontou para a banqueta no canto embaixo do armário, coberta de trigo. Regina olhou e só então percebeu que o gato estava coberto de trigo também. – Eu o coloquei no cantinho para ficar longe da comida, como a tia Zelena disse, mas daí eu tive que pegar o trigo e ele estava aberto, e quando eu puxei, caiu na minha cabeça e no Peter.
Regina e Emma olharam para Zelena, que tentava conter o sorriso.
— Em minha defesa, ela não caiu da cadeira.
— Pega o Peter. – Regina ordenou. Ela e Ivy saíram da cozinha com os animais. Deixando Emma e Zelena para trás. A morena apontou para a lavanderia. Zelena começaria a limpeza do chão, enquanto Emma organizava o resto.
Regina lavou a cachorrinha no balde e depois a soltou para correr pelo gramado e se secar. Já o gato, passou escova e um pano úmido. Demorou um pouco mais para que a cor cinza voltasse a brilhar no animal, que permaneceu o tempo inteiro ronronando no colo de Ivy.
Passou uma água no rosto e nas mãos da filha e voltaram para a cozinha.
— Deu certo? – Ivy foi até a mesa, que já estava limpa, onde Emma colocava os cupcakes.
— Deu, só colocar a cobertura agora. – Emma respondeu sorrindo.
— A tia Zelena estava fazendo a cobertura. – Ivy apontou para o fogão.
— A tia Zelena queimou a cobertura. – Emma riu. – Deixa que a mama faz outra. Vai ali ajudar a secar a louça.
Regina entregou uma toalha para a filha e as duas começaram a secar a louça. Foi rápido e logo as quatro já tinham limpado toda a cozinha, e Emma fez a cobertura tranquilamente. A loira ajudava Ivy a decorar seus cupcakes, enquanto Regina e Zelena demonstravam toda a sua falta de dotes culinários.
Depois de todo aquele empenho e toda aquela bagunça, as quatro se sentaram em volta da mesa e comeram tranquilamente os cupcakes, que tinham ficado gostosos no fim das contas.
— Isso é o jantar? – Belle perguntou com desdém quando chegou na cozinha.
— Minha morena encrenca, não faça essa cara para os meus cupcakes. Fiz com tanto carinho. – Zelena sorriu e pegou um para Belle.
— É, tia Belle, tá gostoso.
— Você já contou para as suas mães que elas me devem um sapato novo, que o seu saco de pulgas comeu? – A morena ignorou o bolo nas mãos de Zelena, e foi até a geladeira.
— Belle, aquele sapato era horrível, você deveria agradecer a Tinkerbell. – Zelena piscou para Ivy, que começou a rir. A porta da geladeira bateu com força e Belle fuzilou Zelena pelas costas.
— Dorme com a cachorra essa noite. – Belle ia saindo, mas não sem antes perder a resposta de Zelena.
— Ela deve me morder menos que você.
— Zelena, olha a boca, pô. – Emma ria e tampou os ouvidos de Ivy. Belle saiu bufando. Deixando as quatro rindo sozinhas na cozinha.
— Bom, eu vou tomar banho e amansar a minha fera, que hoje tá soltando fogo pelos olhos, para não dizer outra coisa, melhor assim, Emm? – Zelena deu um beijo em Ivy, sorriu para as amigas e foi para o quarto.
— E além dessa bagunça na cozinha, o que mais você fez? – Regina perguntou para Ivy, enquanto Emma guardava a louça, recém lavada.
— Eu fiz ioga com a tia Zelena, e corri com a Tintin no gramado.
— Ioga é? Você gostou de fazer isso, não é? – Emma perguntou.
— É bem legal, tem umas posições divertidas. – Ivy desceu do colo de Regina e mostrou para as mães.
— Nossa, acho que eu me quebro todinha se fizer isso. – Emma riu. Ivy voltou para o seu colo dessa vez. – Noite passada você ficou na sua cama, dormiu bem?
— Dormi, eu acordei, mas daí a Tinkerbell pulou na minha cama e se deitou do meu lado. – Ivy olhou para Regina. – Ficou triste, mommy?
— Não, meu amor, a mommy tem a mama que não me deixa sentir medo. Só que eu não quero que você fique triste ou com medo. Porque você andou chorando de novo e nós estamos preocupadas. – Regina segurou na mão da menina.
— É sonho ruim. – Ivy respondeu se escondendo no colo de Emma.
— E que sonho é esse? – Emma perguntou.
— Não lembro. – Ivy falou baixo.
— Sabe, quando eu tenho um sonho ruim, eu já vou logo falando dele, que é para ver se ele me larga e não volta mais. – Emma insistiu. Ivy olhou de Emma para Regina e abaixou a cabeça. Ficou brincando com a mão de Regina. Tentou descer do colo de Emma, mas as mãos da loira a mantinham bem firme ali. Ivy respirou fundo, vencida pelas mães.
— As meninas me batem e quando eu chego em casa não tem ninguém, nem a Tinker e nem o Peter pra cuidar de mim. – Uma lágrima escapou no rosto da menina. Emma apertou mais a filha em seu colo.
— Oh, meu amor, isso não vai mais acontecer. – Regina falava, secando a lágrima da filha. – Ninguém vai bater em você. Você não está conhecendo as meninas da aula de balé? Elas não são legais? – Diante das afirmações positivas de Ivy, a fotógrafa continuou. – Então, elas não vão machucar você. E se alguma coisa acontecer, vai estar todo mundo aqui para cuidar de você. Eu, sua mama, a tia Belle, a tia Zelena, a Tinkerbell, o Peter, a sua avó, sua tia Ruby, até a Aurora. – Regina sorriu e Ivy foi para os seus braços.
Emma sorria para a cena. Mais feliz ainda por Regina ter colocado sua família na lista que fez a Ivy. Beijou a cabeça da filha e se levantou levando as duas junto com ela para a cama. Regina deu banho em Ivy primeiro e depois contou com a ajuda de Emma para secar os cabelos.
— Céus, por que todo esse trabalho para secar os cabelos? – Emma perguntou para Ivy, enquanto Regina passava o secador.
— Porque dói, mama. É quente. – Ivy reclamou e Regina revirou os olhos. Emma vestiu a filha e a mesma correu para a cama delas, acompanhada da sua fiel escudeira Tinkerbell. Regina espiou a filha da porta do banheiro, e começou a tirar sua roupa.
— A cachorra está na cama. – Regina sorriu e entrou no chuveiro junto com Emma. A morena olhou sorrindo para a fotógrafa.
— Vou mandá-la pro adestramento mais cedo. – Emma abraçou Regina e a beijou.
Não era só Tinkerbell que estava na cama delas, Peter estava no seu lugar de sempre, em cima da cabeça de Ivy. Tão pouco tempo e os animais estavam tão acostumados a menina, quanto a menina estava com eles. Os três dormiam tranquilamente, alheios ao barulho que a televisão fazia.
Regina bem que tentou argumentar com Emma, mas só conseguiu bater algumas fotos da cena e depois, viu a mulher levar a filha e os animais para o quarto dela. Quando a loira voltou para o quarto, no seu lado da cama, tinha um cartão de crédito e um cartão de visitas.
— O que é isso? – Emma pegou os cartões. O do banco tinha o seu nome.
— Seu cartão de crédito e débito, assim você não precisa mais andar com dinheiro por aí. – Regina sorriu.
— Mas, amor, eu nem tenho conta no banco. Cancelei tudo por causa dos surtos, é perigoso.
— Emma, você não está em risco disso e a conta é conjunta. Como a gente tinha em Nova...
— Passado. – Emma impediu Regina de continuar.
— Vamos pensar no futuro. Não gosto de você andando com dinheiro na bolsa, pode vir um louco e te assaltar. Assim, se você quiser, pode manter um valor baixo na carteira e usar o cartão para o resto. E pode passar a conta para a escola depositar o seu salário.
— Não vou nem discutir, porque não vai adiantar, não é? – Emma sorriu para a fotógrafa. – E esse aqui? – Mostrou o cartão de visitas.
— Esse aí é o cartão de visitas da moça que me atendeu na joalheria, quero que você vá até lá e escolha um colar para você.
— Amor, você sabe... — Emma começou, mas a fotógrafa colocou o dedo nos lábios da esposa.
— Sem passado. Eu ia escolher outra ocasião, mas já que vamos ter uma viagem romântica, ele entra na surpresa. – Regina mordeu o lábio. – Escolhe e depois você me mostra, junto com a surpresa que estou preparando.
— Você e suas surpresas. – Emma sorriu. Nem mesmo tinha visto os colares, mas já sabia que iria amar. Beijou docemente Regina.
— Mas olha, uma coisa eu posso te adiantar. – Regina sorriu entre o beijo.
— E o que é? – Emma a olhou curiosa. Seu semblante era de uma criança, esperando a resposta que tanto queria.
— Nós vamos voar. – Regina começou a rir e se deitou.
— Como assim voar? Amor? – Emma perguntou, mas Regina se escondeu debaixo dos lençóis. – Faz isso comigo não, amor. Regina!
Emma tentou, de todas as formas, de todos os jeitos, fazer com que Regina falasse alguma coisa. Voar foi a última palavra da fotógrafa da noite, para seu total desespero.
E assim seguiu o resto da semana. Até Ivy, Emma tentou usar para saber da sua surpresa. Acabou tendo o jogo virado por Regina e a menina passou a ajudar a fotógrafa na surpresa de Emma. A única coisa que fez foi as malas e a compra do colar que Regina tinha pedido.
Combinaram de ir almoçar com Mary Margareth em sua casa na sexta-feira e depois do almoço partiriam para a viagem delas. Ivy estava mais manhosa do que nunca quando a sexta-feira chegou. Como o apartamento de Mary Margareth era pequeno e com muitos objetos, Emma não deixou a filha levar Tinker. Foi em lágrimas que ela pediu para Zelena cuidar da cachorrinha, enquanto ela ficava na avó. Lágrimas que cortaram o coração de Regina, que estava quase levando a cachorra junto com elas e se não fosse pelo pulso firme de Emma, era o que teria acontecido.
— Oi, meu Deus, o que houve? – Mary Margareth abriu a porta sorrindo, mas logo mudou a expressão ao ver Ivy chorando no colo da fotógrafa.
— A mama não deixou a Tinkerbell vir comigo pra cá. – Ivy respondeu em lágrimas do colo de Regina.
— Meu amor, nós já conversamos. – Regina cumprimentou a sogra e entrou. Mary Margareth deu um beijo rápido em Regina e Ivy, e olhou para a filha que entrava.
— Quem não veio? – Mary Margareth perguntou depois do beijo de Emma.
— A Tinkerbell, mãe, a cachorra.
— E aquilo que ela tem nos braços, não está vivo também?
— Aquele é o Peter, o gato. Por favor, mantenha as janelas fechadas. – Emma levantou as mãos implorando para a mãe. As duas se aproximaram de onde Regina conversava com Ivy.
— Oh, meu amorzinho, fica assim não, amanhã a gente vai lá ver a Tinkerbell. – Mary Margareth se sentou ao lado de Regina e falou com Ivy. – E essa bolinha de pelos que você tá segurando, quem é?
— Esse é o Peter. – Ivy respondeu entre as lágrimas. Levantou o gato e mostrou para a avó. – Ele é bem dorminhoco, mas eu o amo. – Ela trouxe o gato de volta aos seus braços, sem sair do colo de Regina. – Nós vamos ver a Tinkerbell mesmo?
— Ele é lindo. – Mary Margareth fez um carinho no gato. – Claro que sim, amanhã vamos lá buscar ela para andar na praia com a gente, o que você acha?
— Viu só, nem vai dar tempo de a Tinker sentir saudades de você. Até porque a tia Zelena prometeu que ela ia cuidar bem dela, não prometeu? – Emma ficou na frente da filha. Aos poucos o choro ia sumindo.
— Então, não precisa chorar, meu amor. – Regina deu um beijo na filha. – Logo a mommy e a mama estão de volta e a gente vai fazer o piquenique que combinou, certo?
— Mas e se o Peter chorar de saudades? – Ivy olhou para Regina. Quem quase chorou agora foi Regina. A fotógrafa sentiu o coração apertar, mas tinha prometido à Emma. Uma noite fora, no máximo voltariam no sábado se ficasse muito ruim para Ivy, mas uma noite, elas iriam tentar.
— Se o Peter chorar de saudades, você me liga e eu converso com ele. – Regina respondeu e Ivy se encolheu em seu colo. Emma sorriu para a mulher, e deu um beijo na filha.
— Hey, você não está reconhecendo esse cheiro não? – Emma perguntou à filha. Ivy tentou cheirar, mas não conseguiu. – Isso é bolo de chocolate, aposto que para essa tarde.
Ivy olhou na direção da cozinha. Agora conseguia reconhecer o cheiro da massa quente saindo do forno. Ela sorriu um pouco.
— Mas só para quem comer tudo no almoço, né, vó? – Emma olhou séria para Mary Margareth. Se ela mimava Aurora com doces, a morena sabia que não seria diferente com Ivy, ainda mais que ela estava se aproximando da menina agora.
— Lógico, por isso que eu pedi pra Granny fazer o almoço especial. – Mary Margareth sorriu para Ivy. – Hambúrguer com batata-frita. – A mulher piscou para Ivy, que finalmente abriu o sorriso característico dos Mills.
Regina sorriu também, já que Emma levou as mãos à cabeça. O almoço foi tranquilo, apesar de Emma ter ficado vermelha ao encontrar Granny. Nem Regina e nem a empregada se incomodaram, somente Emma era um tomate na mesa. A tia de Emma, Elsa, acabou vindo para o almoço, e percebendo a coloração do rosto da sobrinha, não pôde deixar de comentar, criando assim um ambiente bem descontraído para o almoço.
A hora da despedida foi a pior parte. Ivy começou a chorar antes mesmo das mães falarem que estavam indo e depois se agarrou ao pescoço de Regina não querendo soltar por nada. Foi um exercício de paciência para Emma, que usou muito além de sua lábia para conseguir, não só que Ivy aceitasse, mas também para que Regina não cedesse para a filha. A fotógrafa não conseguiu falar, apenas deixou que Emma conversasse com Ivy. Se ela falasse, corria o risco de chorar e acabar com tudo. Quando Ivy finalmente se deu por vencida, soltou a fotógrafa e deu um longo abraço em Emma, antes de ir para o colo de Elsa.
As lágrimas da menina não perduraram por muito tempo. Logo Ruby chegou com Aurora e agora a companhia da prima já distraía a criança da falta das mães por perto.
— Gente, fiquei admirada com a maestria que a Emma teve para driblar as duas, né? Porque se fosse pela Regina, a menina ia junto. – Elsa comentou quando as três mulheres ficaram sozinhas.
— Realmente, a minha filha deu um show. Não me lembro de ver a Emma tão segura assim, nem mesmo antes de tudo acontecer.
— Ela está com o amor da vida dela, com a filha que ela sempre desejou ter, o tratamento ao que parece está dando certo, é natural que ela se sinta segura. – Ruby falou.
— E que seja só alegrias daqui para frente. – Elsa disse se levantando. – Eu vou lá esmagar a Ivy, porque eu tenho uma vontade de apertar aquela menina que olha, é muita fofura para uma criança só. – A mulher foi falando, deixando Mary Margareth e Ruby rindo para trás.
(...)
— Tá mais calma? – Emma perguntou dando um beijo no rosto de Regina. Estavam com o motorista da fotógrafa e passaram o tempo todo em que saíram da casa de Mary Margareth em silêncio.
— Se não fosse você, eu tinha cedido. Estou sem coração agora. – Regina falava olhando para frente. Não queria chorar. – Metade dele ficou com ela e a outra metade você carrega.
— Mas, meu Deus, como é que a minha filha não ia sair dramática? Olha para isso. – Emma ria, enchendo a mulher de beijos. – Se eu carrego metade do seu coração, você carrega o meu, então você tem sim um coração e trate de cuidar dele.
Regina sorriu para Emma. Levou sua mão ao rosto da morena e a beijou com todo carinho.
— Te amo, muito. – A fotógrafa sorriu.
— Também te amo e preciso de você calminha, porque eu me lembro bem que a senhora disse que tinha uma surpresa para mim, que envolvia voar e você sabe que eu morro de medo de voar.
— Eu vou segurar sua mão o tempo inteiro. – Regina sorria e já segurava a mão de Emma, que só de mencionar em voar, suava frio.
— Ou a gente podia ir de carro, namorando no banco de trás. – Emma abriu o melhor sorriso que pode.
— Tentador, mas não vai rolar. – Regina mordeu de leve o lábio de Emma. Logo chegaram e, para piorar o temor de Emma, era um heliporto.
— Por favor, não me diga que é um helicóptero. – Emma levou a mão no coração e começou a respirar fundo.
— Não é um helicóptero. – Regina sorriu ao falar e pegou a mão de Emma. – Vamos.
— Posso voltar para a Ivy agora? – Emma falou enquanto Regina a arrastava para o helicóptero. Levaram alguns minutos para decolar, que para Emma, era uma eternidade. O veículo nem tinha saído do chão e a loira já tinha tomado duas garrafas de água.
Regina sentiu que precisava de mais mãos naquela viagem, Emma escondeu o rosto em seu peito e apertou tanto suas mãos, que chegaram a ficar dormentes. A fotógrafa aproveitou para se distrair com a vista privilegiada que tinha da cidade, naquele curto espaço de tempo.
— Amor? – Regina deu um beijo na cabeça de Emma. – Chegamos.
— Graças a Deus. – Emma tirou os fones e saltou do helicóptero quase correndo. Assim que se afastou um pouco, sentiu a mão de Regina segurando a sua e a guiando, já que ela não tinha ideia de onde estavam.
— Bem-vinda à Neverland, meu amor. – Regina sorriu e abriu os braços. Emma, mais calma agora que estava no chão, olhou ao redor. Era mar por todos os lados, criando uma vista perfeita para onde se olhasse. A casa que Regina mostrava conseguia ser mais linda que a delas em Storybrooke. E, sem dúvidas, era maior também. Regina levava Emma pela mão para todos os cantos da casa, até o quarto principal. – E esse é o nosso quarto. – A fotógrafa mordeu o lábio.
— Regina, é lindo. – O quarto era maravilhoso. Tinha uma cama enorme, janelas que davam para o deque e para a área externa da casa, até mesmo uma mesa para as refeições tinha no quarto.
— Sempre tive vontade de trazer você aqui, mas nunca tivemos a oportunidade. – Regina passou os braços em volta da cintura de Emma. – Gostou?
— Não, eu amei. – Emma beijou a fotógrafa. – Tudo aqui é lindo, meu amor.
— Tem mais coisas para você ver ainda. – A fotógrafa sorriu. – Só que por enquanto, vamos dar um mergulho, relaxar da viagem. – Regina mordeu o próprio lábio.
— Vamos. – Emma abraçou a fotógrafa mais perto de si e a beijou. – Onde estão as malas?
— Devem ter deixado lá na sala. Não tem problema, não vamos precisar de roupa. – Regina soltou-se dos braços de Emma e começou a tirar a roupa.
— Como não, Regina, e os biquínis? – Emma perguntou na dúvida se ia até a sala ou se admirava a esposa.
— E quem disse que nós precisamos de biquíni? – Regina soltou o sutiã e jogou para Emma.
A loira esqueceu os problemas, esqueceu as malas, esqueceu os biquínis, esqueceu tudo, e com um sorriso safado no rosto seguiu a mulher.
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