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História Born to Die - Let me kiss you hard in the pouring rain


Escrita por: auswanqueen

Notas do Autor


Oi, amores :(

Capítulo 21 - Let me kiss you hard in the pouring rain


A loira esqueceu os problemas, esqueceu as malas, esqueceu os biquínis, esqueceu tudo e, com um sorriso safado no rosto, seguiu a mulher.

Regina foi na frente, despindo-se e fazendo um rastro com suas roupas pelo chão. Quando chegou ao final do deque, olhou para Emma que vinha atrás, já fazendo o mesmo com as suas roupas. Sorriu para a loira e mergulhou.

— Tá olhando o que? – Regina perguntou quando voltou à superfície.

— A vista. Nerverland é tão lindo que tem até sereias. – Emma já tinha tirado toda sua roupa. Estava parada olhando para a mulher que reluzia na água. – To olhando para uma agora mesmo.

— Melhor que olhar, é tocar. – Regina sorriu e depois fechou os olhos. Emma tinha mergulhado bem próxima a ela. Seu corpo tremeu quando as mãos da esposa lhe abraçaram por trás.

— Deixa eu ver. — Emma sussurrou maliciosamente no ouvido de Regina. Mordeu a pontinha da orelha da fotógrafa e, enquanto uma das mãos prendia o corpo da mulher no seu, a outra desceu até o sexo da fotógrafa. Regina gemeu baixo com o toque de Emma. Levou sua mão à nuca da loira e virou a cabeça de modo que pudesse olhar para ela. — Melhor tocar, você estava certa.

Emma mordeu de leve os lábios de Regina e depois beijou. Segurou firme para que Regina não se virasse para ela. Sua mão percorria lentamente o corpo da fotógrafa, passando pela barriga, seios, ia até o rosto da mulher e descia. Regina roçava o corpo contra o de Emma. Sua respiração estava ofegante quando os lábios da loira passaram a ajudar sua mão nos carinhos em seu corpo. Seu pescoço era o alvo da boca de Emma. Os lábios de esposa beijavam e mordiam levemente, enquanto suas mãos estimulavam com mais força seus seios. Regina gemeu novamente, tentou ficar de frente para Emma, mas a mulher não deixava. Seus corpos roçavam lascivamente, suas mãos tocavam a loira como podiam. Emma invadiu o sexo de Regina e um grito de prazer escapou dos lábios da fotógrafa.

— Emma... — Regina falou baixo. A professora mordeu o pescoço da fotógrafa, enquanto seus dedos entravam e saiam facilmente.

— Fala, meu amor. – Emma sorriu. Regina gemendo em seus braços era o seu maior prazer. Ela esquecia até dela naquele momento. Regina sussurrou no ouvido da esposa e a mesma respondeu com um beijo ardente. Seus movimentos ficaram intensos e mais fortes. Regina gritou de novo e, dessa vez, Emma sentiu o prazer da mulher em seus dedos. – Delícia.

A loira seguiu dando beijos pelo pescoço da fotógrafa, mas agora não impediu a mulher de ficar de frente para ela. Logo seus lábios se encontraram, o beijo suave foi ganhando paixão e agora eram as mãos de Regina que percorriam o corpo da mulher em busca de prazer.

— Regina, volta aqui. – Emma falou rindo, correndo atrás da fotógrafa. O sol estava se pondo e Regina corria nua pela praia. Emma precisou usar as poucas energias que a esposa ainda não havia roubado dela, para correr atrás da mulher e pegá-la.

— Não. – Regina ria, tentava se soltar, mas já estava dominada por Emma. A loira prendia as mãos da mulher na areia e seu corpo segurava Regina no chão.

— E agora, qual o meu prêmio? – Emma mordeu de leve o lábio da mulher.

— Você faz o jantar. – A fotógrafa respondeu sorrindo.

— Esse é o prêmio? – Emma olhava com um misto de alegria e indignação para a mulher. – Se eu te pegasse, antes de você chegar em casa, eu ia ganhar um prêmio, fazer o jantar não me parece um prêmio.

— E o que você achou que era? – Regina tentou novamente se soltar, mas era impossível. Emma era mais forte, tinha mais porte físico, e não estava disposta a soltar Regina, nem por um segundo.

— Do jeito que você falou e a cara que fez, achei que era... — Emma parou diante do sorriso safado de Regina. – Bandida, você só quer me ouvir dizer, né?

— Talvez. – A fotógrafa deu de ombros e mordeu seu lábio inferior. Olhava para a esposa ansiosa pelas palavras. A loira se inclinou sobre o corpo de Regina e levou sua boca ao ouvido da mulher.

— A louça é sua. – Mordeu a pontinha da orelha de Regina, levantou-se e saiu rindo e correndo.

— Safada. – Regina se levantou e foi atrás da esposa. Antes de entrarem em casa, tomaram uma ducha para tirar a areia. Depois Regina entregou um roupão para Emma e, enquanto a morena ficou na cozinha fazendo o jantar, a fotógrafa foi tomar um banho.

— Nossa, amor, como você demorou no banho. Já arrumei a me... — Emma virou-se para olhar a fotógrafa e quase deixou a garrafa de vinho cair no chão. Regina vestia apenas uma camisa branca completamente transparente, deixando a sua lingerie vermelho vivo completamente visível.

— Calma, amor. – Regina se aproximou sedutoramente de Emma. – É só uma roupa. – Mordeu o lábio inferior de Emma e pegou a garrafa das mãos da mulher.

— E agora você quer que eu jante? — Emma olhou Regina saindo da cozinha lentamente. A camisa não cobria absolutamente nada da bunda da mulher, deixando para Emma a visão do fio dental que a fotógrafa usava.

— Eu tou com fome, amor. – Regina falou sorrindo e estendeu a mão para Emma.

— Vou levar flores para a nossa psiquiatra na próxima consulta. – Emma sorriu e segurou a mão de Regina. A mesa que a loira tinha arrumado ficava em uma das grandes sacadas ao redor da casa, até as duas chegarem lá, Emma já tinha soltado a mão da esposa e usado seus lábios para acompanhar a mulher até a mesa.

— Amor... eu tou com fome. – Regina respondeu entre os beijos.

— Eu também. – Emma respondeu ofegante, nem conseguiu terminar o beijo, pois Regina a empurrou na cadeira.

— Guarda essa fome para depois. – A fotógrafa colocou a garrafa na mesa e se sentou de frente para a mulher. – Agora eu quero comida mesmo e quero saber o que você cozinhou.

Emma olhou para Regina, passou a mão no rosto e respirou fundo, recuperando o ar e a sanidade.

— Cozinhei uma coisa mínima já que não tinha tanta coisa assim na cozinha. – Emma tirou a tampa de cima da travessa. – Espaguete ao molho quatro queijos.

— Não tinha? Mas eu liguei e pedi pro caseiro deixar a cozinha abastecida. – Regina estranhou.

— E ele abasteceu, amor, de bebida. Tem cerveja, champanhes, vinhos. Tem queijo também, vários. – Emma pediu o prato de Regina e serviu a esposa. – Ele deve ter abastecido com base das suas últimas visitas.

— Nem começa, dona Emma. A última vez que eu vim aqui foi antes da gente se conhecer. Essa memória dele deve ser da última visita do meu pai, isso sim. – Enquanto Emma servia a comida, Regina servia o vinho e olhou para mulher e sorriu. – Até porque eu não ofereço cerveja para as minhas companhias.

Emma pegou a sua taça e olhou para Regina. A provocação da fotógrafa estava deixando-a louca.

— Vai falando assim que te deixo vestida a noite inteira. – Emma fez o brinde com a fotógrafa. Regina, desnecessariamente, desabotoou um botão da camisa, e sorriu para Emma.

— Deixa?

— Come, meu amor, você não estava com fome? – Emma respondeu e bebeu apenas um gole. – Regina, você nem encheu a minha taça, mais um gole e acaba tudo.

— Lógico, você está tomando remédio controlado, vai querer beber? – A fotógrafa respondeu e começou a comer.

— E a exposição, como ficou? – Emma perguntou depois de um tempo em silêncio.

— Eu cancelei, amor. Não é o momento certo. – Regina bebeu mais uma taça.

— Mas você está trabalhando em algo, não está? – Emma terminou de jantar. – Eu sei, porque você anda levando trabalho para cama, e olhando as mesmas fotos, várias vezes.

— Sim, eu tenho trabalhado em algumas fotos. Estou vendo isso ao certo, você sabe que preciso ter aquela inspiração para montar tudo e fazer uma exposição. Não é assim de um dia para outro, como a Belle pensa.

— Eu sei, amor, você fica martelando em cima das mesmas fotos um milhão de vezes antes de decidir montar alguma coisa. – Emma sorriu, terminou sua taça de vinho somente agora. – Eu lembro.

— Lembra como você me ajudava também? – Regina sorriu. – Na verdade, você dizia que todas as fotos estavam ótimas e queria colocar todas nas exposições.

— Porque é verdade. – Emma trocou de cadeira, ficando do lado de Regina. – Suas fotos são lindas, elas transmitem tantas emoções, é incrível o seu trabalho, muito complicado escolher só algumas. – A loira fez carinho no rosto da mulher.

— Sinto falta de você como minha assistente. – Regina olhava para Emma. Tinha a taça em uma mão e com a outra brincava com os dedos da mulher. – Eu estou acostumada com a Belle e gosto da Mulan também, claro, mas com você era diferente. A gente tinha uma sintonia, eu nem precisava falar, você já sabia o que eu queria, o que eu precisava.

— E eu enlouquecia a Belle. – Emma riu. – Ela ficava possessa de ciúmes com a nossa sintonia.

— E depois ela vinha falar para mim, "Regina a Emma não fez aquilo", "a Emma não terminou o que você pediu". – Regina compartilhou o riso com a mulher.

— Eu amei muito trabalhar com você. Toda aquela vida de arte ali era uma coisa tão mágica, me fazia tão bem.

— Nada te impede de voltar. – Regina falou sem pensar. Depois percebeu que tinha um impedimento, tinha as aulas da filha. Sem Emma ministrando as aulas, a alternativa que a morena iria dar, seria colocar a menina na escola.

— E quem iria dar as aulas para a nossa baixinha? – Emma entrelaçou os dedos com Regina. Sabia que a fotógrafa tinha falado mais por impulso do que por algo concreto.

— Não sei. – Regina respondeu com um sussurro. Ivy estava tão acostumada com o ritmo de Emma, que ela não saberia se outra pessoa conseguiria ensinar a filha, ou se queria isso.

— Nós teríamos que colocá-la em uma escola, senão eu não dou conta das duas funções. – Emma deu um beijo na mão de Regina e olhou para a mulher.

— Melhor eu abrir mão da minha assistente então. – Regina respirou fundo, terminou a taça em um único gole.

— Não acho que seja tão melhor assim. – Emma falou. Regina colocou a taça na mesa e olhou para a loira. Seu olhar era tão compreensível que Regina se sentiu culpada. Culpada por ter sido tão fraca antes e ter se tornado uma refém do medo. Medo de perder a filha, medo da menina sofrer, medo de Emma surtar, medo de não conseguir superar um surto da mulher. Regina era medo. O elo fraco da relação não era Emma. Não era a doença. Era ela.

— Eu tenho medo. – Os olhos da fotógrafa encheram-se de lágrimas. Emma passou a mão no rosto de Regina, secando a lágrima que tinha escapado.

— Eu também. – Emma olhava para Regina. Ela nunca tinha visto a mulher tão frágil assim. Ou talvez, não tivesse reparado, o quanto a fotógrafa tinha se tornado frágil. – Mas é preciso lutar.

— E se eu perder? – Regina não conseguia mais segurar o choro. Maldita Rose. Maldita terapia.

— Você se levanta e luta de novo. – Emma trouxe a mulher para seu colo. Seus rostos ficaram colados enquanto seus corpos se encaixavam no abraço carinhoso. – Porque não tem outra opção válida. E você tem todos os motivos do mundo para lutar.

— A Ivy? – Regina falou com a voz chorosa.

— Claro. Meu amor, ela só tem seis anos. Vamos ter muito tempo para encontrar a casa muito bagunçada. Depois, vamos ter a fase da adolescência, onde nós vamos perceber que estamos nos tornando as nossas mães e a Ivy vai dizer que nos odeia, mesmo amando. E depois vem a época da faculdade, onde vamos perder o sono preocupadas com as festas e as chegadas de madrugada. E céus, vai chegar o dia em que ela vai querer sair de casa. Vamos chorar e nos orgulhar ao mesmo tempo. – Emma ia falando, ao mesmo tempo que se emocionava junto com Regina. – E daí ela vai se apaixonar e vai se casar, e nós vamos ser as avós mais corujas da face da terra, mimando as crianças a ponto de deixar a nossa filha louca. É ou não é o melhor motivo do mundo?

— É o melhor motivo do mundo. – Regina sorriu em meio as suas lágrimas.

— E sabe como fica melhor? – Emma secava as lágrimas de Regina.

— Como?

— Eu vou estar do seu lado o tempo inteiro. – Emma mantinha a testa encostada com Regina.

— Mesmo quando eu chorar por ela dizer que me odeia ou quando ela quiser sair de casa ou quando for se casar? – Regina levou as mãos ao rosto de Emma.

— Mesmo assim eu vou estar do seu lado. – Emma beijou lentamente os lábios de Regina. Ficaram com seus lábios unidos em um beijo doce e apaixonado.

— Eu te amo. – Regina disse quando suas bocas levemente se separaram. – E eu amo mais ainda você assim, toda corajosa e segura de si.

— Você me deixa assim. – Emma deu vários selinhos. Não conseguia manter seus lábios longe dos de Regina. Seu corpo pedia por mais da fotógrafa, era a hora de tirar aquela lingerie.

— Jura? – Os braços da fotógrafa estavam em volta do pescoço de Emma e suas pernas ao redor da cintura.

— Juro. Você é a minha sanidade e... — Emma afastou um pouco e olhou maliciosamente para o corpo de Regina, sorriu. – A minha loucura também.

— Adoro deixar você louca por mim. – Os braços da fotógrafa se soltaram. Se Emma tirasse as mãos das suas costas, ela cairia. Mas a loira não o fez. Manteve Regina segura em seus braços, enquanto a fotógrafa foi lentamente abrindo a camisa. A pele branca de Regina entrava em um contraste perfeito com a lingerie vermelha. Os olhos de Emma desviaram do rosto da mulher, apenas para observar a peça transparente cair no chão. Regina sorriu provocante para Emma. Suas respirações ofegantes entraram em sincronia. Emma firmou as pernas de Regina em sua cintura e se levantou da cadeira. Seus lábios percorriam o torso da fotógrafa, enquanto as pernas levavam as duas para o quarto.

Regina caiu na cama sorrindo. Os olhos de Emma a devoravam. A loira ficou parada na beirada da cama, admirando a fotógrafa. Emma abriu o roupão e o deixou cair de seu corpo. Se ajoelhou na beirada da cama e foi traçando uma trilha de beijos e chupões pelo corpo de Regina, até encontrar sua boca. O beijo foi feroz. Expressou todo o desejo das duas. A fotógrafa virou-se ficando por cima de Emma. Foi sua vez de distribuir beijos e carinhos pelo corpo da loira. Sua boca dava mordidinhas pelo pescoço de Emma, quando a mão lhe tocou o sexo. Regina gemeu de prazer. Emma apenas afastou a calcinha para o lado, e invadiu o corpo da esposa. O quadril de Regina rebolava de encontro aos seus dedos. Os gemidos da fotógrafa eram dados em seu ouvido. Emma apertou a bunda da fotógrafa e seus dedos moveram-se mais rápido. Não demorou muito para Regina chegar ao orgasmo.

Foi só o primeiro da noite. Assim que Regina lhe beijou em agradecimento, Emma virou e voltou a ficar por cima. A lingerie da fotógrafa foi tirada em meio a beijos e gemidos de prazer. Os corpos nus se uniram e se amaram pelas horas seguintes.

— Fecha os olhos. – Emma sussurrou para Regina. A fotógrafa sorriu e obedeceu. Sentiu o frio da noite alcançar seu corpo, quando Emma se afastou. E minutos depois, o corpo da morena voltou a lhe esquentar. – Pode abrir.

Um singelo colar com um pingente em forma de coração coberto de diamantes estava no pescoço de Emma. A pele brilhosa e suada combinava perfeitamente com a peça simples. Regina levou a mão ao pingente e sentiu que era mais pesado do que se podia imaginar. Deslizou seus dedos pela peça e foi surpreendida quando a mesma se abriu, mostrando ser um relicário. Dentro, o nome de Regina e Ivy estavam gravados.

— As mulheres da minha vida. – Emma falou, enquanto Regina admirava a peça com um sorriso bobo nos lábios.

— É lindo. – Regina fechou o relicário e olhou para Emma. – Ficou perfeito em você. – A fotógrafa levantou a cabeça do travesseiro e deu um beijo na mulher. O beijo foi interrompido pelo toque do celular. Era o celular de Regina, mas Emma não se importou, pegou e atendeu sem olhar quem era.

— Alô.

 Emma? Sou eu, filha. – A voz de Mary Margareth era de sono e preocupação.

— Mãe, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com a Ivy? – Tanto Emma quanto Regina se sentaram rapidamente na cama. A morena colocou no viva-voz para a fotógrafa ouvir também.

 Tudo bem sim. Ela não se machucou, nem nada disso. É só que não consigo colocar ela pra dormir. – Mary Margareth pareceu abrir a boca de sono e depois continuou a falar. – O sono vence, ela dorme um pouquinho e acorda chorando. Já tentei abraçar o gato, tomar leite, contar história, ver desenho, contar carneirinho e nada funciona.

— Deixa eu falar com ela, Mary. – Regina pediu. Olhou nervosa para Emma. Conseguiram ouvir um choro ao fundo e logo a voz chorosa da menina era ouvida.

— Mommy, o Peter não consegue dormir.

— E por que o Peter não consegue dormir, meu amor? – Regina perguntou, parou de olhar para Emma, estava nervosa demais, e se sentia culpada.

— Não sei.

— Onde está seu xero?

— Aqui. – Ivy tinha levantado a roupa, como se pudesse mostrar para a mãe.

— E por que você não deita abraçada com o xero e com o Peter? – Regina continuou a falar. Um silêncio ficou por alguns minutos, até que Ivy disse que tinha feito. – Isso, agora fecha os olhos, abraça bem forte o xero...

Emma deixou Regina falando com Ivy e foi até a cozinha pegar água. Eram três horas da manhã, Emma bebeu toda a água gelada que encontrou e respirou fundo. Sabia que tinha o risco de isso acontecer. Ivy nunca tinha passado uma noite inteira longe de Regina. Era natural a menina chorar e querer a mãe perto. Só não podia perder a chance com a fotógrafa. Não estavam ali só para reacender o amor sem culpa delas, era a chance de Regina soltar um pouco mais a filha. Emma pegou um chocolate que encontrou e voltou para o quarto. A fotógrafa já tinha desligado o celular.

— Ela dormiu. E acho que sua mãe também, já que não entendi quase nada que ela falou comigo depois. – Regina sorriu para a mulher.

— Sabia, a voz de sono entregava as duas. – Emma se sentou ao lado da mulher e entregou o chocolate para ela.

— É, foi só manha, eu acho. – Regina comeu o chocolate e olhou para Emma.

— Você acha? – A loira não pode conter o sorriso.

— Tá bom, foi manha da Ivy. Manha que eu coloquei, melhor?

— Tudo bem, amor, é a primeira noite separadas de vocês duas. Normal acontecer essas manhas. Amanhã vai ser melhor. – Emma fez um carinho no rosto de Regina. A fotógrafa sorriu para ela e se deitou no seu peito.

— Sabia que, inconscientemente ou não, quando você voltou a fazer parte das nossas vidas, eu fiquei com medo de que a Ivy fosse se apegar mais a você e me deixar de lado. – Regina olhou com certa vergonha para Emma.

— Meu amor, a Ivy me ama, mas nem em um milhão de anos eu venceria esse grude de vocês duas. Acho que mesmo que eu estivesse desde sempre com ela, seria assim.

— Você acha?

— Bom, algumas coisas seriam diferentes, lógico, mas esse excesso de mimo aí, ia me dar trabalho desde sempre.

— É por isso que você lida tão bem? – Regina levantou a cabeça do peito de Emma e ficou de frente para ela. – É tão lindo ver como você lida com a Ivy, com firmeza e ao mesmo tempo com amor. Eu sei que não sou assim.

— Amor, a Ivy é manhosa e mimada, só isso. Ela não é mal-educada, ela respeita os adultos, é super inteligente, uma boa menina. Não se martirize tanto. A sua situação também contribuiu para esse resultado. – Emma segurou as mãos da mulher. – Nossa filha é maravilhosa.

— Por que a Rose quer falar com ela?

— Faz parte do tratamento, amor. As pessoas mais próximas que estão convivendo diariamente com a gente tendem a ter alguma conversa, se for aprovado pelo paciente, porque elas contribuem diretamente com o resultado do tratamento.

— E você acha que é bom levar a Ivy? – Regina voltou a deitar no peito de Emma, abraçada com a mulher.

— Acho. Querendo ou não, a Ivy é o nosso reflexo, tanto pelo lado bom quanto pelo lado mau. – Emma fazia carinhos nos cabelos da mulher. – Mas a gente não precisa levar ela já, se você não quiser.

— Quero me livrar da Rose, acho que quanto mais cedo eu fizer o que ela fala, mais rápido eu me livro dela. – Regina falou e Emma começou a rir.

— Amor, bem-vinda a terapia. – Emma ria.

Trocaram mais algumas palavras sobre assuntos superficiais, antes do sono vencer e as duas dormirem juntas.

Além do sol invadir o quarto, o som dos pássaros estava por todo lado. Emma acordou primeiro e, por instinto e costume, procurou por Ivy na cama. Sorriu para si mesma e se levantou. Deixou Regina dormindo e foi até a cozinha. Preparou o melhor café que conseguiu com o que tinha na geladeira, e voltou para o quarto.

— Acorda, minha linda. – Emma dava beijos por todo o rosto e pescoço de Regina. Mesmo com os resmungos da mulher, ela não parava.

— Dorme mais um pouquinho, amor, dorme. – Regina falava, tentando se afastar de Emma.

— Não, o dia tá lindo, o café tá pronto. Vamos, acorda.

— Só se você me deixar bater fotos suas hoje. – Regina sorriu com os olhos fechados.

— Ai, céus, tira as fotos que você quiser, meu amor. – Emma revirou os olhos, mas concordou com Regina. Mesmo que fosse tímida, se sentia bem quando era a fotógrafa quem lhe batia as fotos.

— Ótimo. – Regina abriu os olhos e beijou Emma. Tomaram o café da manhã na cama, entre brincadeiras e risadas. Tomaram um banho e colocaram os biquínis. Antes de saírem para conhecer o lugar, Regina quis ligar para a sogra. – Oi, dona Mary Margareth, bom dia.

— Oi, Regina, tudo bem?

— Tudo sim, só liguei para saber como estão as coisas aí e como foi o resto da noite.

— Tudo tranquilo, foi só falar com você que dormiu feito um anjo até agora de manhã. Acordou sozinha, estava meio mau humorada, mas foi só falar na Tinkerbell que já colocou o sorriso no rosto. Acabamos de chegar aqui no calçadão, estamos eu, a Ivy, Ruby, Aurora, Zelena e Belle. A Zelena e as meninas foram passear com a Tinkerbell, o resto está aqui, pegando um sol e descansando.

— Que bom, dona Mary, fico feliz em saber. – Regina sorriu. – Eu e a Emm vamos sair para umas fotos agora e depois a noite a gente liga de novo. A Emma está mandando beijo e falando para diminuir os chocolates da Ivy.

 Aproveitem, namorem muito e fiquem tranquilas que nós cuidamos bem da Ivy. E fala para a Emma que eu vou encher ela de sorvete de chocolate, só para ela querer voltar lá em casa, sempre. – Mary Margareth riu junto com Regina, despediram-se e desligaram os telefones.

— Vamos? – Regina foi na frente, Emma nem tinha andado ainda, e a fotógrafa já havia começado as fotos.

— Não sei por que eu deixei você bater essas fotos. – Tentou esconder o rosto com as mãos, mas Regina não se importou, continuou a bater as fotos da morena.

A trilha que cercava a casa não era tão grande. As duas andavam juntas lentamente, parando para fotos e conversando. Regina tirava fotos de tudo, como se fosse a primeira vez que estivesse naquele lugar, e Emma ia observando a paisagem e a mulher. Quando em um momento a fotógrafa ficou concentrada na busca da luz certa, a mente de Emma viajou para o passado em Nova York.

— Ai, amor, eu morro de vergonha, poxa, você tem essas modelos lindas, por que cismou em bater essas fotos minhas? – Emma falava enquanto terminava o jantar, e Regina arrumava a mesa.

— Porque você é linda, mil vezes mais linda que essas modelos. – Regina se aproximou e virou Emma de frente para ela. Segurou o rosto da loira e aproximou seus corpos. Falou sedutoramente. – E eu quero que você se veja, do jeito que eu te vejo.

— E precisa ser pelada para isso? – Emma estava quase cedendo. Não conseguia resistir aos pedidos de Regina, muito menos quando ela falava daquele jeito e a tocava como se não houvesse mais ninguém no mundo além delas.

— Confia em mim. – Regina sorriu e beijou lentamente Emma. Não precisava dizer mais nada. O sim de Emma estava naquele beijo.

Regina pediu para que Belle montasse o estúdio, porém, dispensou a assistente na hora das fotos. Emma chegou tímida, usava apenas o vestido branco que a fotógrafa havia escolhido.

Bastou o toque de Regina, a simples condução dela e logo a timidez foi passando. Regina seduzia com a câmera nas mãos, tirando de Emma o seu melhor. O vestido caiu do corpo da loira quando a própria quis.

Tendo vencido a timidez de Emma, Regina havia preparado mais uma surpresa. Prendeu a câmera no tripé e tirou a própria roupa. Juntas posaram para as fotos. Entregues de corpo e alma, no amor delas. Acabaram se amando ali mesmo. Diante da câmera, em meio as folhas secas jogadas no chão para o ensaio.

— Eu te amo. – Emma passava a mão no rosto de Regina. Vê-la sorrindo e ofegante após o orgasmo era uma das visões preferidas de Emma.

— Eu te amo, muito. – Regina beijou suavemente os lábios da loira. Parecia um sonho que aquela mulher tão comum tinha mudado completamente a sua vida. Emma sorriu, respirou fundo e as palavras saíram fáceis de sua boca.

— Eu quero ter um filho, nosso.

— Oi? – A afirmação de Emma havia sem dúvidas pegado a fotógrafa de surpresa.

— Eu quero ser mãe, Regina, e eu quero que você seja a mãe desse filho.

— Eu? Mãe? – Regina tentava conter a surpresa, mas era difícil. Nunca tinha pensado em ser mãe. Não era um instinto dela.

— Não vejo melhor pessoa no mundo para isso. – Emma se sentou do lado da fotógrafa. – Ter um filho é o sonho da minha vida e não tem outra pessoa com quem eu queira compartilhar esse sonho que não seja você. – Diante da surpresa da fotógrafa, Emma tentou controlar seu impulso. – Não precisa ser agora, é só...

— Tudo bem meu amor. – Regina colocou os dedos nos lábios de Emma, impedindo que ela continuasse. – Eu só fiquei surpresa porque nunca na minha vida pensei em ser mãe. Mas é lógico que eu quero ser a mãe dos seus filhos. Formar uma família com você seria a definição de sonho virando realidade. Já pensou uma menina assim com o seu rostinho? Que coisa mais linda que vai ser, e claro que eu vou mimar ela muito.

— Ai, Regina, tem que educar também, né? — Emma sorriu. Regina tinha aceitado, ela finalmente seria mãe. Poderia ter a criança que tanto ansiava desde o início do casamento com Killian. E o melhor, era que seria com Regina. Seria com o amor da vida dela. Não tinha como ser mais feliz.

— Você educa, eu mimo. – Regina sorriu. Não conseguia se imaginar como mãe, mas Emma iria estar do seu lado e a loira tinha um jeito com crianças que era de outro mundo, ela faria o seu melhor para ser uma boa mãe, sim. – Uma menina assim, com a sua cara, que eu quero encher ela de vestidos e enfeites no cabelo.

— Boba. – Emma trouxe a fotógrafa para seu colo e ficaram ali perdidas no tempo, conversando sobre a futura criança, que selaria para sempre o amor delas.

— Emma – Regina chamou mais alto. A morena deu um pulo, saindo do estado de transe. – Tudo bem, amor?

— Desculpa, acabei me lembrando de uma coisa aqui e me distrai. – Emma respondeu sorrindo.

— Se distraiu mesmo, falei um monte com você e nem me respondeu. – Regina abraçou a mulher. – Estava pensando em sexo?

— Regina, você que só pensa nisso. – Emma deu um leve tapa no braço da mulher antes de abraçá-la pela cintura. – Não estava pensando nisso não.

— Eu penso nisso, porque você desperta esses pensamentos em mim. – Regina mordeu o lábio de Emma. – E eu estava dizendo para a gente almoçar no iate hoje.

— Você tem um iate?

— É da casa. – Regina deu de ombros. Era fácil para Emma esquecer o quão rica a mulher era, afinal, apesar de gostar sempre das coisas boas e não se importar em gastar o dinheiro, a fotógrafa era simples. – Vamos almoçar lá?

— É lógico que você tem um iate. Não sei nem porque eu me espanto com isso. – Emma riu. – Vamos almoçar sim, mas não é você quem vai dirigir né?

— Não né, amor, o caseiro faz isso. E já vou aproveitar e pegar no pé dele por não ter comprado comida. – Regina segurou a mão de Emma e foram para o deque no qual o iate estava esperando-as.

O iate era gigante. Pelo menos era o maior que Emma já tinha visto e, com certeza, o primeiro em que ela havia pisado. Dava para morar ali dentro e com muito conforto. Logo Regina foi falar com o caseiro, enquanto a morena ficou admirando deslumbrada o veículo.

— Deixa eu te mostrar a vista. – Regina sorriu na porta da cabine, estendeu a mão para a loira. Emma segurou firme a mão da esposa, mas antes de se moverem, deu um beijo na fotógrafa.

— Eu juro que eu esqueço que você é rica e o quanto isso é bom. – Emma riu, assim como a fotógrafa. Viviam com luxo em Nova York, só iam em bons restaurantes, faziam passeios mais caros. E as coisas não eram diferentes agora em Storybrooke. Emma sabia que muita coisa era parte da herança da mãe da fotógrafa.

— Você esquece porque não se importa com dinheiro. – Regina falou enquanto seguia abraçada com Emma para a frente do iate.

— Importar eu me importo, porque é necessário. Só esqueço que você tem tanto dinheiro assim.

— Ter até tenho um pouco, mas essa casa aqui é do meu pai.

— Um pouco, amor? O que você tem alimentaria a minha família por um ano e ainda sobraria.

Regina começou a rir. As duas tiraram as roupas que tinham por cima dos biquínis e se deitaram para tomar sol. Na verdade, passaram o tempo se beijando e conversando, do que tomar sol mesmo. Almoçaram na parte de trás do iate, onde podiam se divertir na sombra, ouvindo uma música que embalava o clima de romance que as duas mantinham.

Regina estendeu o passeio até o litoral da cidade. Pararam para mergulhar em alguns pontos e, na hora do pôr do sol, estavam sentadas na sacada do quarto observando a noite chegar lentamente.

— Sabe o que eu lembrei hoje cedo? – Emma serviu mais uma taça de champanhe para Regina.

— Fala. – A voz já estava arrastada, a champanhe que a fotógrafa havia bebido o dia inteiro começava a fazer efeito.

— Do dia em que eu disse que queria ser mãe. – No braço de Emma, Regina descansava a cabeça olhando para a mulher.

— Eu lembro. Lembro que nós fizemos amor naquele dia, ou seja, você estava pensando em sexo àquela hora. – Regina riu para a Emma.

— E você está ficando bêbada. – Emma tirou a taça das mãos de Regina. Já tinha se arrependido de ter deixado a mulher abrir aquela garrafa.

— Embriagada de amor. – Regina continuou a sorrir, assim como Emma.

— Boba. – Emma deu um beijo em Regina. – Lembro de como você ficou surpresa.

— Claro que fiquei, nunca tínhamos tido aquela conversa e você já foi logo dizendo que queria um filho pra ontem. – A fotógrafa se aproximou mais da esposa.

— Não disse assim.... – Emma parou de falar, Regina beijava seu pescoço.

— Acha que nós devemos ter mais um? – A fotógrafa parou os beijos e olhou para Emma.

— Filho? – Não era a pergunta que ela esperava de Regina, muito menos naquele momento.

— É. Quero mais uma menina. – Regina já estava de pé puxando Emma pela mão.

— Podemos pensar. – Emma sorria. Era melhor do que ela imaginava. Neverland estava fazendo milagres para elas. Regina levou seus lábios até os de Emma.

— Podemos começar praticando agora. – Regina sorriu após o beijo, trazendo Emma para o quarto delas novamente.

— Amor, nós não vamos conseguir um filho dessa forma. – Emma sorriu seguindo Regina.

— Não? Mas vamos tentar mesmo assim. – A fotógrafa lançou seu sorriso mais sexy. Empurrou Emma na cama e lentamente foi tirando o biquíni. Emma se sentou, olhava com paixão a mulher, que sedutoramente ia tirando as peças do seu corpo. Nunca duas peças demoraram tanto para sair de um corpo como as que estavam em Regina. O vento frio da noite invadiu o quarto.

Não foi o suficiente para gelar os corpos das mulheres. Regina terminou de tirar o biquíni e deitou seu corpo sobre o de Emma. Seus beijos percorriam todo o corpo da loira. Propositalmente, Regina deixava passar em branco os seios e o sexo da esposa. A tortura era um misto de prazer e agonia para a  loira. As mãos da fotógrafa tiraram primeiro a parte de cima do biquíni. Seus lábios finalmente chegaram aos seios fartos da esposa. Suas mãos também provocaram. Emma estava ofegante, seus gemidos eram baixos, suas mãos deslizavam pelas costas de Regina, trilhando rastros vermelhos por onde suas unhas passavam.

Regina sorriu, olhou para Emma e foi dando beijos até a calcinha da esposa. Seus olhares não se desprendiam e, com os dentes, a fotógrafa puxou a peça do corpo de Emma. A loira afastou suas pernas, seu corpo pedia por Regina tanto quanto sua alma. Gemeu alto quando sentiu os lábios da mulher em seu sexo. Com carinho e paixão, Regina provocou todo o prazer que podia em Emma, até que o corpo da loira relaxou e o líquido de Emma encheu sua boca.

— Vem cá. – Emma chamou com a voz rouca e a respiração pesada. Quando Regina chegou na altura de seu rosto, os lábios de Emma encontraram os da fotógrafa para o beijo de amor.

— Te amo. – Regina sussurrou no fim do beijo. Já tinha dito tantas vezes aquelas palavras naquele dia, e ainda assim quando falava, parecia que era a primeira vez.

— Também te amo. – Emma virou-se sobre Regina. Sorriram uma para a outra, afinal a noite delas só estava começando.

Após algumas horas de amor, Emma mantinha Regina deitada em seus braços e lhe fazia carinho pelo rosto, enquanto as duas trocavam juras de amor e planos para o futuro. No meio da noite, podiam-se ouvir os barulhos vindos da cozinha.

— Cuidado, Regina, meu Deus, parece uma criança na cozinha. – Emma falou e tentou pegar a frigideira das mãos da fotógrafa.

— Relaxa, amor, eu sei fazer panquecas. – Regina respondeu sorrindo. Tentava virar a panqueca na frigideira para mostrar seu talento para Emma.

— Estou vendo como você sabe. – Emma trancou a respiração quando Regina tentou mais uma vez virar a panqueca e respirou aliviada quando dessa vez a fotógrafa obteve sucesso.

— Viu isso? – Regina ria para Emma.

— Vi sim.

— Ótimo, guarda na memória porque nunca mais vai acontecer. – Regina respondeu rindo, serviu as panquecas nos pratos e encheu de calda de chocolate e sorvete.

— Suponho que você faça isso para a sua filha também. – Emma olhava para o prato cheio de açúcar que tinha em sua frente.

— Na minha tpm, quase sempre. – Regina sorriu culpada. Entre risadas, as duas comeram e depois voltaram para o quarto.

Antes de ir tomar banho com Emma, Regina ligou para Mary Margareth. Era tarde, mas Ivy ainda estava acordada brigando contra o sono. E mais uma noite, Regina colocou a filha para dormir pelo telefone.

— Dormiu? – Emma perguntou, esperando Regina no chuveiro.

— Segundo sua mãe, como um anjinho. – A fotógrafa sorriu e acompanhou a loira no banho.

Os dois dias tinham sido maravilhosos, mas até mesmo Emma já estava morrendo de saudades de casa e de Ivy. Levantou antes de Regina e arrumou as malas. Sabia que quando a fotógrafa acordasse, ela já iria querer partir.

E não foi diferente. Regina acordou e já chamou o helicóptero para buscá-las. Conseguiram tomar o café da manhã tranquilamente antes do veículo chegar. A volta foi tão torturante quanto a ida, e mais uma vez Emma escondeu-se nos braços de Regina, até a chegada na cidade.

— Vou ligar para a minha mãe, avisar que estou com os dois pés no chão. – Emma tomava a água que a fotógrafa a havia entregado, dentro do carro.

— Isso, já mandei mensagem para a Belle, dizendo que vamos pegar a Ivy, e depois para casa. Almoçamos lá né? – Regina sorriu. Não conseguia deixar de achar fofo o medo que a mulher tinha de voar e o quanto aquilo a deixava com um ar de menina.

— Sim, quero almoçar com a minha bichinha. To morrendo de saudades dela. – Emma sorriu.

— Eu também. Tô mortinha de saudades. – Regina sorriu e beijou Emma. – Estamos bem?

— Estamos ótimas. Juntas como sempre tinha que ser. – Emma se deitou no ombro da fotógrafa e foram até o prédio da loira com um sorriso bobo nos lábios das duas.

— Mommy, mama, mommy, mama – Emma e Regina ouviam os chamados da filha de dentro do elevador. Assim que a porta se abriu, Ivy saltou às cegas para os braços de Regina.

— Meu amor, que saudades de você. – Regina, que tinha pegado a menina no susto, ajeitou a pequena em seus braços e a abraçou com toda força. Nem bem tinha soltado Ivy, quando Emma pegou a filha e a encheu de beijos.

— Eu também fiquei com saudades de vocês, e o Peter também. – Ivy falou dos braços de Emma. Segurava a mão de Regina quando as três entraram no apartamento de Mary Margareth.

Tiveram a surpresa de ver Zelena e Belle na sala com Ruby e Mary Margareth. Cumprimentaram as quatro e se sentaram logo após. Ivy pulou para o colo de Regina, segurando a mão de Emma.

— Ontem a vó me levou até em casa pra pegar a Tinkerbell e daí a gente foi brincar com a Tintin lá no calçadão. A tia Zelena que foi caminhar com a gente, porque ninguém mais queria ir. Só a Aurora que foi junto. O Peter ficou em casa dormindo, porque acho que ele não dormiu direito a noite e estava cansado. Depois a gente tomou sorvete e comeu batata-frita. – Ivy desatou a falar sem parar. – E depois tomei água de coco e fui ao mar.

— E quem entrou no mar com você? – Regina perguntou sorrindo. Era visível que a menina estava feliz e, mesmo com os problemas para dormir, tinha conseguido se divertir e muito na casa da avó.

— A tia Zelena e a Aurora. A vó também foi depois, mas ela tinha medo de que a onda derrubasse ela e só ficamos na beirada. – Ivy falou e olhou para Mary Margareth.

— Sorvete e batata-frita, e o que mais você comeu?

— Pizza, salgadinho, chocolate... como é que era o nome do bolo com sorvete? – A menina se virou para Mary Margareth mais uma vez, perguntando.

— Meus Deus, só comeu bobagem, você hein, dona Mary Margareth? – Emma ralhou com a mãe.

— Salada ela come em casa. – Mary forçou um sorriso e deu de ombros. Emma e Regina se olharam sem entender o que acontecia.

— Meu amor, por que você não vai arrumar suas coisas e as do Peter pra gente ir para casa? – Regina falou para Ivy.

— Eu já arrumei, o Peter tá vendo tv lá na outra sala.

— Então vai um pouquinho lá com ele, que nós precisamos ter aquelas conversas chatas de adultos. – Emma falou.

— Vai brigar com a vó por causa da comida? – Ivy olhou séria para Emma.

— Não, meu amor, não vou brigar com ela. – Emma sorriu e deu um beijo na filha. Antes de sair, Ivy deu um abraço nas duas mães, e foi para a sala de tv.

— Então, o que foi que aconteceu que vocês estão com essas caras? – Regina perguntou, não só para Mary Margareth, mas principalmente para Zelena e Belle que não tinham dito nada até o momento.

As duas se olharam e Belle se sentou perto da fotógrafa, pegando as mãos dela, para desgosto de Emma.

— Regina. – Belle respirou fundo. Parecia que tinha ensaiado aquelas palavras por horas, mas agora elas estavam trancadas na sua garganta. – O sócio do seu pai, o seu Dalton, ligou hoje cedo....

— Aconteceu alguma coisa? Fala logo, Belle, você sabe que odeio suspense. – Regina esbravejou. Emma tinha olhado para a irmã e uma reação negativa em seu rosto foi o suficiente para o coração da loira gelar. As palavras trancadas de Belle eram as piores possíveis. Instintivamente, Emma abraçou Regina, antes da assistente da esposa continuar a falar.

— Calma, Regina. – Belle apertou as mãos da amiga. – Aconteceu sim. Seu pai sofreu um acidente de carro ontem à noite. – A morena parou. Olhou para Regina, a expressão da fotógrafa tinha mudado de tensão para pavor.

— Por que ele mesmo não ligou para contar? – As palavras saíram pesadas, arrastadas. Regina tinha medo da resposta. Aquele medo que ela achou que tinha deixado em Neverland, atingiu ela de uma maneira tão forte, que soltou as mãos de Belle e se encostou totalmente no abraço de Emma em busca de segurança, mesmo que seu olhar estivesse com a morena.

— Porque ele não pode. – Belle segurou as lágrimas que tinha. E mesmo que o olhar de Regina já indicasse que ela sabia, ela precisava dizer. – Porque ele morreu na hora.



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