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História Bully (BakuDeku) - Bully - Side A


Escrita por: tortapi

Notas do Autor


Bem-vindos a um projeto que tenho desenvolvido já há algum tempo! Espero que gostem, pois vou dar meu melhor pra trazer updates sempre que puder. Fico muito feliz se receber qualquer tipo de apoio!
A previsão é de pelo menos 10 capítulos, sendo os dois primeiros parte do mesmo "evento".
edit de 3 anos depois: Muito obrigada pelos 500 favoritos! Mesmo depois da fanfic terminada, estou muito feliz de ainda receber leitores novos. Sejam bem-vindos a uma fanfic q literalmente levou 3 anos pra ser concluída. kkkk

Capítulo 1 - Bully - Side A


Fanfic / Fanfiction Bully (BakuDeku) - Bully - Side A

    Izuku entendia muito bem o quanto era difícil passar na estimada escola privada UA, especialmente como bolsista. Mesmo assim, ele fez seu máximo na prova de aplicação.

    Se tem uma coisa que se deve saber sobre Izuku Midoriya, é que ele é um estudante exemplar. Notas altas, comportamento bom, amigável e gentil… Estudar em uma escola como a UA é perfeito para suas ambições, mas existe algo mais importante que isso.

    Sobreviver na sua escola pública atual é um verdadeiro inferno, especialmente por causa dele.

 

    - Ei, viadinho. O que você trouxe pra mim hoje?

    Bakugou sempre o esperava na entrada, no intervalo e na saída. O intimidava de todas as formas possíveis desde quando eram crianças, mas hoje isso não importa. Hoje é seu último dia naquela escola.

    - K-Kacchan. Eu não tenho absolutamente nad-

    Antes que pudesse terminar, Bakugou puxou sua mochila e despejou todo seu material no chão.

    - Então isso é o quê, merdinha? - Prosseguiu a comer o sanduíche feito a mão que tirou de sua mochila. Percebeu que Deku estava a ponto de chorar.

    - D-Devolve…

“Minha mãe que fez pra mim.” Izuku pensou em dizer, mas daria ainda mais motivos para zoar com ele.

- O que foi, o sanduíche era seu único amigo? Poxa... Depois que sair eu te devolvo, bostinha.

    Bakugou empurrou o garoto contra o chão enquanto ria como um maníaco, e foi embora se encontrar com seu grupo de delinquentes.

 

    Era conhecido como o “pior de todos eles”, ou por “Satanás em pessoa.” Temido, respeitado e até mesmo admirado por tipos tão ruins ou até piores do que ele, e não tinha medo algum de absolutamente nada ou ninguém. Existem boatos sobre ele fazer parte de gangues, mandar rivais pro hospital, e até mesmo ter matado alguém. Este último provavelmente é mentira. (Provavelmente.)

 

    Izuku queria se sentir um pouco melhor agora que pôde finalmente se afastar de seu bully, mas tinha algo que machucava muito mais que as ações cruéis contra ele; a frieza das pessoas. Ninguém se oferecia para ajudar a juntar suas coisas, na verdade, costumavam fingir que não viam toda vez que acontecia algo assim. Todos tinham medo de serem os próximos.

    Não ter nenhum apoio, e nem mesmo amigos, era o que realmente deixava seus dias muito mais difíceis.

 

    A sala de aula era um pouco melhor. Ser um aluno exemplar certamente o fazia o favorito dos professores. Provavelmente era uma das coisas que irritava os outros alunos que se esforçavam muito menos do que ele…

Em geral, aquela não era uma escola especialmente atenciosa com o que estava acontecendo dentro dela. A regra geral era cada um por si. Justamente por este motivo, assim que o sinal tocava, era hora de ficar atento de novo.

    Correu o mais rápido que pôde em direção a saída, assim que ouviu o barulho que o libertaria. Desta vez, não só por hoje, mas por toda a eternidade!

    Por não ter sido incomodado durante o intervalo, pensou que talvez Bakugou estava satisfeito. Mal podia esperar para chegar em casa e ver se o e-mail de aceitação tinha chegado, sonhava com o dia que estaria rodeado de alunos tão focados quanto ele mesmo.

    Assim que pôs o primeiro pé para fora da escola, a atmosfera mudou completamente. Izuku entrou em choque.

 

    Não era apenas Bakugou. Sua fama como delinquente implacável atraiu fãs o bastante para colecionar uma horda de “amigos”, que na verdade seriam como seguidores fiéis, fazendo absolutamente tudo o que ele manda. Três desses seguidores estavam esperando Izuku, o cercando por todos os lados.

    - Eu ouvi que você aplicou praquela escolinha de playboy, é?

    A voz grossa de Bakugou ecoou dentro da cabeça do rapaz, que mal conseguiu olhá-lo nos olhos. Por algum motivo, sentia que o havia magoado, e estava prestes a ser punido por isso. É um pensamento muito idiota , especialmente quando se está prestes a apanhar.

- Kacchan… - Talvez fosse melhor recuar. Sabia que o deixaria em paz depois de uma sessão de intimidação, se ficasse calado e fosse embora. Mas naquele dia, justamente naquele dia, só conseguia pensar no e-mail de aceite. Só conseguia pensar na UA, em uma vida nova. “Só por hoje eu vou reagir”, Izuku pensou. Sabia que pagaria um preço por isso.

 

    - Sai da frente, Kacchan.

    - … Quê?

    O rapaz mais magro mantinha uma expressão séria. Apesar de sua estatura menor, pela primeira vez na vida, exalava uma aura de intimidação e coragem surpreendentes. Todos os garotos estavam surpresos, e por um momento, esqueceram que estavam lidando com aquele carinha idiota com o qual zoavam todos os dias.

    Mas logo iriam lembrar.

    - Eu disse… Sai da frente. Eu preciso voltar pra casa. - Tentou aproveitar o momento de choque para passar por entre eles, mas não durou mais de poucos segundos antes que sentisse o braço de Bakugou contra seu peito, parando-no no meio do caminho.

    - O que você disse? Quer morrer?

 

    Raiva parecia ser o sentimento mais comum na face e no coração de Bakugou, mas o que ele exibiu naquela hora foi muito mais do que raiva.

    Ódio puro.

    

    Aquilo paralisou Izuku em seus eixos, só por um momento, mas antes que conseguisse dizer alguma coisa, o punho de Bakugou já estava cravado em sua face.

    O baque foi tão forte que precisou parar sua queda com os dois braços. Sua visão ficou turva, não conseguia entender o que estava acontecendo, apenas continuava a sentir chutes e pisadas deferidas contra seu corpo.

    Do nada, os chutes pararam. Izuku cambaleou em direção à parede mais próxima, e pôs-se de pé. A próxima cena que viu foi Bakugou bem no centro, com seus olhos afiados e flamejantes como um tigre, e seus delinquentes de estimação o rodeando como corvos após a matança.

    “Tch.”

    Frustrado, Bakugou foi embora.

 

Na realidade, todos os eventos daquele dia eram um pouco confusos na memória de Izuku. O que ele realmente se lembra perfeitamente bem, aquilo que marcou sua vida muito mais do que o bullying que sofreu na escola, foram três palavrinhas.

“Você foi aceito.”

UA o esperava.

 

Sua mãe o abraçou com carinho, e ele guardou suas palavras como um presente. “Parabéns. Você merece tudo isso e muito mais!”



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