História Called Taeyong - LIVRO 1

De tudo que presenciei estando imersa nessa história, eu tenho consciência total de que, apesar do passado problemático do personagem de Taeyong que provavelmente representa uma parcela da sua personalidade atualmente brutal, culminando nos seus crimes irreversíveis e abomináveis contra inocentes e os nem tão inocentes (que contudo também não necessitavam um fim tão trágico), Deus me perdoe mas esse fim foi inegavelmente adorável.

Acho que deve ser por essa razão que séries documentais não devem ser tão aprofundadas na perspectiva do assassino. Uma hora senti duas flechas atravessarem o coração por tamanha repulsa e tristeza quando pensava nas vítimas, e na outra eu já estava cativada pelo amor intenso envolvendo a sub-trama de Taeyong e Ten. Essa bipolaridade que leva a história a ser imprevisível e, principalmente, a ter seu toque único.

Foi uma obra tão boa de explorar por entre os parágrafos que quase joguei rosas contra a tela do computador, tratando-se do espetáculo que foi. Eu não tenho nem palavras finais e certas pra descrever o que foi essa experiência, apenas amei acompanhá-la de início ao fim.

Se houver futuras histórias com mesmo conceito e claro, de mesma autoria, irei apreciar novamente assim como fiz desde que bati o olho nesta obra.

Estraçalhou, detonou e nocauteou.

Em suma, a ansiedade tomando conta do corpo e o choque perante todo o conjunto dessa obra bárbara e magnífica foram colocados em prática durante a leitura. Sentir de tudo novamente nesse final foi uma experiência e tanto, e tenho que confessar que nada foi previsível.
A repulsão pelas ações nefastas, a desesperança visceral pelas vítimas, e também o entusiasmo por referências apresentadas em momentos incertos, consubstanciaram uma forma de simplesmente não conseguir ser imparcial para entender ambos os lados da história, deixando óbvio que mesmo que o personagem de Taeyong tivesse seus – maneira de dizer – motivos, não justificaria a morte e a tortura cruel dos jovens. E pormenor, mesmo que Ten estivesse incluído nesse plano por um amor intrínseco e excessivo que o fez desistir de tudo para continuar nessa vida repleta de adrenalina, ainda deixava sua mancha abjeta no psicológico dos sobreviventes, tornando-se parte do problema.
Esse final é mais que merecido, não muito especificado, mas esclarecido sobre os próximos e talvez últimos ocorrimentos envolvendo o personagem tão infame e temido. Apesar de afirmar com toda certeza do mundo que me sinto chateada pelo fim de certos personagens que acolhi uma inevitável empatia, também gosto da maneira que isto age pelo decorrer, retratando a árdua realidade dos fatos e provocando minha atenção para acontecimentos futuros, sem ter ideia do que me espera ao rolar para baixo cada vez mais.

A experiência de ler algo que ataca a minha ardente e sensível ansiedade nunca foi tão única e espetacular. Se um bônus surgir, com certeza vou estar por aqui, contemplando a história que cria um filme de suspense na minha cabeça, pois vai ser difícil superar essa fanfic tão fácil.

(Tive que arrumar um espacinho no comentário pra dizer que eu comecei a gargalhar muito alto quando Hendery disse que Johnny chamando o pai parecia o Fiuk chamando o Fábio Júnior. Porra, é sério... eu morri, rachei o bico, casquei a bicola.)

Segui este perfil pouco tempo atrás, e assim vi essa história correndo na timeline e, com o tempo de sobra, resolvi ler. Não me arrependi um segundo.

Usualmente, não leio histórias que abrem porta pra minha ansiedade dispersar pelo meu corpo, e realmente me senti assim aqui. Meu coração acelerou e me vejo tremendo até agora, mas por escolha minha, não parei, não pude parar.
As descrições perfeitamente cuidadosas me deixaram totalmente perplexa. O maquiavelismo de Taeyong esparramou e esbanjou tanto da manipulação pelos parágrafos, que senti atravessar a tela, quase adquirindo uma síndrome de Estocolmo pelo personagem fictício. Os sentimentos apreensivos de Ten são explícitos aqui, é inexplicavelmente possível de entendê-lo. Cego por um amor que o faz seguir uma vida cheia de finalidades macabras. É também possível compreender a frustração de Kun, que cresce ainda mais pela fúria e pelo luto no decorrer das linhas.
A dedicação de quem possui autoria dessa obra é de tirar o chapéu. Fui dormir muda, acordei calada de tanto choque, tanta admiração e tanto assombro que se desenvolve aqui. Espero ansiosamente (lógico) pelo próximo capítulo, visto que pelas notas foi afirmado se tratar de uma twoshot. No aguardo, pretendo ler outras obras da mesma autoria.

Dizer que é um ótimo trabalho chega a ser um grão de areia comparado ao que essa história merece. Isso é espetacular, extraordinário, caótico, bárbaro, intrigante, envolvente, revoltante, mas principalmente, icônico.