" Tudo acontecerá de repente. Quando você menos esperar, ele estará lá e, assim como você, ele também estará perdido, afinal, ninguém está preparado para lidar com um estranho dentro de sua mente, ao menos que você já conheça o estranho como a palma da sua mão, mas, a graça de um soulmate, é o fato dele sempre ser um completo desconhecido.'' — Afinal, quem são os Dreamwalker?
Tic tac tic tac tic tac tic tac... naquele dia, a praia estava tão vazia que o rapaz era capas de ouvir até os ponteiros do seu relógio de pulso. O som do mar era relaxante, já o das gaivotas, fazia com que o garoto não se sentisse tão só. Existia vida naquele lugar, e isso fazia com que ele também se sentisse vivo.
E então Jeno abriu os seus olhos. Os raios fortes do sol faziam com que a sua pele brilhasse, indicando que naquele dia o sol daria o ar da graça na maior parte do dia.
Satisfeito o bastante com o seu banho de sol, Jeno se levantou da areia dando leves batidas em suas roupas para tentar remover boa parte da areia. Estava com muita preguiça, tinha que admitir, mas precisava voltar para casa e começar a arrumar as suas coisas para mais um dia de aula.
Ao se virar de costas para o mar, notou um garoto estranho. Ele estava de costas para si e vestia roupas nada apropriadas para o clima. Ele usava um suéter branco e vestia uma calça jeans escura. Já os seus pés estavam descalços devido à areai.
''Ele deve estar cozinhando com essas roupas''. O rapaz pensou ao olhar o outro, mas como aquilo não era problema dele, ele apenas decidiu ignorar a presença do outro ali e seguir em frente antes que se atrasasse.
Tudo teria seguido normalmente se o estranho que antes estava na praia, agora não estivesse na calçada e ainda virado de costas para Jeno.
— Ok… isso é estranho. — O rapaz afirmou baixinho para si próprio enquanto olhava em volta em busca da presença de outro humano, mas tudo o que encontrou foi o vasto campo de areia e o mar infinito.
Jeno respirou fundo e seguiu o seu caminho, notando novamente o estranho um pouco mais a frente de si. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo, mas já tinha percebido que se ignorasse aquele menino, por algum motivo, ele continuaria aparecendo em outro ponto próximo de si.
A fim de acabara com toda aquela palhaçada sobrenatural, Jeno se aproximou do esquisito, notando que o mesmo respirava de uma forma estranha e, naquele momento, ele percebeu que o tal rapaz chorava.
Ok, aquilo ficava cada vez mais estranho.
Jeno começou a caminhar em volta dele para finalmente ficar de frente para o garoto e tentar entender o que estava acontecendo. Quando ele estava de frente para o menino, ele notou que o mesmo mantinha a sua cabeça baixa, que fazia com que os fios de sua franja tampasse a sua face. Aos poucos, o esquisito dava sinal de vida e começava a movimentar a sua cabeça pronto para revelar o seu rosto para o Lee, até que tudo ficou preto.
Tic tac tic tac tic tac tic tac… o som estridente do alarme despertou Jeno.
Em um pulo, o mesmo se levantou da cama notando certa umidade em seu corpo e fios de cabelo.
Então tudo tinha sido um sonho, certo?
Lee Jeno suspirou enquanto desligava o alarme e se praguejava por não ter percebido que tudo aquilo era apenas um sonho.
— Anos de treino para nada? — Ele perguntou a si próprio se referindo o fato de ter passado anos treinando o controle dos sonhos, visto que naquela era já era possível definir um roteiro próprio para o mundo onde tudo era lindo.
Todos pensavam que no século vinte e dois as pessoas já seriam capazes de ter carros voadores, se teletransportar, ter vida eterna entre outras coisas que os filmes futuristas apresentavam para a humanidade no século passado, porém, um dos melhores avanços tecnológicos até agora teria sido o fato das pessoas poderem controlar seus sonhos do início ao fim, mas como nem todos estão imunes a maldade, o crime organizado logo tratou de usar essa ferramente de viagem nos sonhos para extrair e implantar idéias nas mentes das pessoas.
Não demorou muito para que empresas de segurança oferecessem serviços de proteção para as mentes dos sonhadores.
Como Jeno era um rapaz que vinha de uma família da classe A, ele sabia que a sua mente escondia muitos segredos que poderia colocar os patrimônios de sua família em jogo, então ele logo recorreu às empresas de segurança para manter a sua mente salva de qualquer invasão, mas pelo visto, as coisas não tinham dado certo, já que além dele não ter notado que estava em um sonho, um certo alguém tinha acabado de invadir a sua mente.
Desejava que tudo aquilo tivesse sido só um pesadelo do qual não se repetiria, pois o processo em si já tinha sido surreal demais para entender.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.