Desde que se tornou adulto, Boruto Uzumaki tinha duas coisas que o ajudaram a se transformar em um ninja formidável. A primeira, a determinação herdada de sua mãe e seu pai, a vontade de buscar seus sonhos e sem voltar atrás com sua palavra ou desistir. A segunda, saber distinguir as pessoas e as mentiras, uma herança muito conveniente passada de seus avós, ao seu pai e então a ele. Boruto sabia muito bem identificar os tipos de pessoas e as tentativas de enganação, era um dos seus fortes e nesse exato momento ele sabia que estava sendo enganado.
Ele olhou para o papel em sua mão, uma carta enviada com urgência, não tinha muito conteúdo, apenas três palavras.
"Preciso de você"
- Sarada.
Boruto suspirou, ele estava claramente sendo enganado, e ele sabia no momento que recebeu a carta, porque diferente de todas as pessoas que ele conhecia, existia uma em especial que detinha de um conhecimento sobre sua vida. Simplesmente, ele saberia no momento que precisasse de ajuda, porque eles sempre foram assim, sem segredos, sempre se entendendo em meio a um bolo complexo de desentendimentos estúpidos e infantis. Novamente Boruto direcionou seus olhos a carta, dessa vez se perguntando por que ela utilizaria uma forma tão antiga de contato, quando se tinha celulares e a tecnologia ninja de comunicação para auxiliar, a carta demorou cerca de quatro horas para chegar até ele, tempo suficiente de toda a merda já ter acontecido, enquanto ele sabia que Sarada poderia ter enviado apenas uma mensagem "idiota, preciso de você" ele estaria lá no mesmo instante.
Dado a esse fato, Boruto teve um atraso de 4 horas da carta e 2 horas até chegar ao seu destino, que dispensava declarações. Ele estava em Konoha, mais precisamente em sua casa. Estava lá porque sabia que era lá que ela estaria, Boruto abriu a porta, a noite escura clareada apenas pela luz azulada da lua entrou pelo corredor da entrada da casa, iluminando levemente a sala da casa, Boruto entrou cauteloso a escuridão da casa e a falta de som denunciavam a necessidade de cautela, ele olhou ao redor começando a ficar preocupado, não existia um único som.
Ele tirou a capa negra e longa que escondia seu corpo, colocando no gancho de suporte que ficava na entrada da casa, aproveitou para tirar os sapatos e as roupas pesadas vinda de fora. Ele andou um pouco mais, abrindo uma porta pequena, onde ele colocou a espada e kunais, ele estava preocupado, mas ninguém de fato o atacaria por diversas razões, em primeiro porque ele era quem era, segundo porque ninguém queria morrer antes da hora.
Boruto Uzumaki era o ninja lendário mais forte da existência, devido seus feitos e suas lutas, além de um histórico formidável a começar pelos frutos de guerra que vieram de seus pais e avós. Não era um jinchuuriki como o pai e a avó, mas era relativamente parecido com o avô, o relâmpago de Konoha.
Boruto passou pela entrada, se encaminhando pela sala, estava tudo muito calmo e estranhamente silencioso, e uma coisa que ele sabia de sua casa era a falta de silêncio. Boruto sorriu de leve a olhar para um quadro em cima da mesa de centro da sala, um pequeno porta retrato, nele continua a imagem fotografada de Boruto e Sarada ainda muito jovens para saber sobre a vida de adulto, mas com peso suficiente para acelerar esse crescimento. Sarada estava segurando um picolé enquanto ele tentava comer o picolé da mão dela.
Era o começo do verão, eles estavam animados para conhecer a praia e se divertir com os amigos, mas Sarada estava preocupada e temerosa com os afazeres de ninja e toda a lutas que estavam por vir. Queria estar preparada para tudo, mas ela só tinha 13 anos, e Boruto sabia que a carga que ela puxava para si era maior que seus ombros e mais pesada que ela poderia carregar. Lembrava-se de provocar ela por toda a viagem, na tentativa de a distrair de seus próprios pensamentos confusos, ele sorriu fechando os olhos se lembrando do final daquele dia, ele não havia saído do lado dela, e de todas as formas a incluía em tudo, Sarada havia percebido – o que ela não percebia? –, no luau daquela noite, quando todos estavam preocupados demais para dormir ou estavam com sono demais para pensar, ela se aproximou e o beijou na bochecha e o agradeceu, Boruto não teve tempo de reação, e mesmo se tivesse, provavelmente não saberia o que fazer.
Foi um dos momentos importantes para que o que os dois tinham evoluísse gradualmente, ele pegou outro retrato se sentando no sofá, naquele ele estava maior, Sarada também, não se lembrava a idade corretamente, mas Kawaki já era seu irmão fazia alguns anos. Boruto sorria e ela também, Kawaki e Mitsuki estavam do seu lado, mas Boruto se lembrava o suficiente para saber que estava emburrado. Se lembrava de Sarada estar próxima de Kawaki, se lembrava bem de como sentia ciúmes, de como perdia a paciência com facilidade por coisas pequenas que Kawaki fazia, por coisas que Sarada fazia, Boruto não sabia lidar com os ciúmes, era muito jovem para entender responsabilidade afetiva, ele deveria ter uns 16 anos.
Suspirou nostálgico, as coisas estavam bem nos tempos das fotos, mas não tinham muito tempo. As coisas começaram a piorar de uma hora para outra, era um efeito sanfona da falsa paz, a era dos ninjas estava para se abalar e ruir. E fazia sentido, a evolução dos humanos, de pensamentos e ideais, mas ele não esperava que as coisas fossem daquele jeito.
Se aprumou, em buscar pela casa pela dona dos cabelos negros. A casa estava silenciosa por um motivo, não tinha ninguém lá. Ele aproveitou para tomar um banho e por uma nova roupa, então pegou um sapato mais confortável e passou a pular pelos telhados das casas, em direção ao gabinete do Hokage, ele era um Hokage das Sombras, um termo relativamente estranho, mas que valia ao significado que ele tinha, e suas responsabilidades.
Boruto, como Sasuke, não ficava muito em Konoha, embora não existisse perigos aparentes de Ootsutsuki, ele precisava subjugar resistências de apoio ao que, com o tempo, virou um movimento e em alguns casos, cultos religiosos em apoio aos Ootsutsuki. Cultos fortes com ideias mais fortes ainda, ramificações desses cultos caminhavam pelo mundo ninja atrás de poder das dimensões e extraindo chakra de maneira cruel.
Boruto chegou ao escritório e silenciosamente entrou pela janela, viu Shikadai notar sua presença porque se afastava com um sorriso no rosto, mas murmurando reclamações sobre trabalhar demais. Boruto olhou para o lado do Hokage, a sala estava impecavelmente organizada, Sarada com certeza não tinha o trabalho do pai em se organizar em meio a papelada, ela era realmente boa.
Boruto se encostou na parede, cruzando os braços e deitando a cabeça na parede. Sarada estava com a cabeça sendo segurada pela mão, seu olhar estava baixo, enquanto mexia distraída em uma caneta, meio acordada, meio dormindo, e ele entendia, já era bem tarde da noite.
— Não deveria utilizar o canal de emergência para me chamar. — se pronunciou.
Sarada levantou o rosto, dissipando o sono e se aprumando, olhou em direção da voz. O sono e o tédio a haviam impedido de sentir a presença de Boruto, em primeiro momento, ela achou que era alucinação, então o chakra, em conjunto com o arrepio que aquela voz a causava mostravam que não era alucinação. Sarada sentiu o coração errar algumas batidas, e Boruto viu seus olhos negros brilharem feito pedras de Onix.
— Bolt — ela sussurrou em quase um suspiro apaixonado.
Boruto continuou olhando para ela, vendo cada reação. Aquilo não perdia a graça, Sarada sempre reagia de forma diferente a sua presença, mas existiam coisas que nunca mudavam, e isso era o quanto seus olhos brilhavam, e o quanto seu coração palpitava rápido, ele chegava a ouvir como o próprio nervosismo.
— É exatamente para isso que o canal de emergência serve. — ela respondeu.
Ele arqueou uma sobrancelha. — Não para esse sentido. — completou.
Sarada cruzou os braços na defensiva. — Não sei do que está falando. Temos uma emergência.
Boruto permaneceu com a sobrancelha arqueada dando leves tremores. Sarada parecia permanecer com sua argumentativa pífia.
— ah é? Então qual é a emergência? — perguntou zombeteiro. — A falta de água no galão do seu bebedouro ligado diretamente aos canos de água? Ou a falta de gás na cozinha de fogão elétrico?
Sarada abriu a boca ofendida. — Eu estava realmente sem água! E realmente não tinha gás!
Boruto bufou com um leve sorriso no rosto. Sarada mantinha os braços cruzados e a cabeça erguida, teimosa. Boruto se aproximou da mesa vendo a defesa dela cair a cada passo e a expectativa crescer em sua expressão, ela engoliu em seco quando ele estava a pouco centímetros dela. Ele sorriu matreiro sabendo o efeito que tinha nela.
— Vamos para casa Sarada, está tarde. — disse intencionalmente rouco. Pegou algumas coisas dela que estavam em cima da mesa e se afastou dela, Sarada demorou uns segundos para se recuperar enquanto bufava e murmurava reclamações, envergonhada demais para olhar para Boruto, ela pegou suas coisas.
Boruto pegou a bolsa dela, e esperou na porta. Ela passou rapidamente abandonando seu cheiro, ele respirou fundo, pêssego com morango, era uma boa mistura. Caminharam tranquilamente pelas ruas de Konoha, sendo cumprimentado por alguns cidadãos, Boruto não tinha pegado na mão dela e nem se aproximado muito, o que a deixou incondicionalmente chateada. Ele havia desaprendido a ser um casal? Sua mão estava suada? Ele estava bravo com ela?
Ela olhou para baixo magoada, era bobo, ela sabia. Mas não conseguia não sentir aquele incômodo no peito, Boruto olhou para baixo de canto de olho, sorrindo de leve, sabia o que estava fazendo, mas não conseguia não deixar de irritá-la. Então ela parou de andar e ele olhou para ela.
— O que foi?
— Estou cansada. — ela disse altiva. Ele arqueou uma sobrancelha, silenciosamente questionando o que aquilo tinha a ver com ela parado de caminhar. — Me carrega.
Ele espremeu os olhos para a tentativa dela. — Nossa casa não fica muito longe.
— Mas meus pés doem.
— Você trabalha sentada. — argumentou.
Ela olhou ofendida para ele. — Mas eu tenho cerimônias e lugares para visitar! Tenho que andar muito!
— Sarada, você é a Konoichi mais poderosa do mundo ninja.
— Mas isso não me impede de ter calos e ser dolorido andar. — disse.
Boruto olhou perplexo para as desculpas dela, a conhecia bem demais para saber que era só conversa mole. Ele bufou derrotado pela teimosia, se virou, se abaixando um pouco.
— Vamos. — respondeu derrotado. Ela sorriu feliz, e correu para subir em suas costas, ela prendeu as pernas ao redor da cintura dele e abraçou seu pescoço, Boruto sabia que não demoraria muito para ela começar a cheirar ele, como sempre fazia, e em seguida fingir que não estava fazendo isso.
— Isso tudo por que eu não peguei na sua mão? — perguntou curioso.
Ela o abraçou com mais força, deitando a cabeça no ombro dele rapidamente cheirando seu pescoço. — está tudo bem, eu posso te abraçar inteiro agora. — ela murmurou.
E ele sorriu. Sarada era assim somente com ele, e de certa forma era especial, Sarada era muito carente e carinhosa quando se tratava de Boruto, e isso ele passou a perceber assim que começaram a ter um relacionamento romântico. Ela o queria perto, queria senti-lo, queria estar perto dele, e não se deixava abater por vergonhas na necessidade de dizer que o amava, tanto que foi a primeira a se declarar, e ele aprendeu algo muito importante. Uchihas amavam intensamente, sentiam todos os sentimentos de maneira muito intensa e por causa disso eram intensamente apaixonantes também, e por isso, não demorou para ele se apaixonar na mesma intensidade. A amizade e aproximação que os dois já tinham ajudou bastante também.
Ele chegou na casa, soltando as mãos das pernas dela, e ela se segurou mais firme em sua cintura, Boruto pegou as chaves da casa para abrir a porta. Passou a trancar a casa sempre que saia, devido as vezes que foi pego pelos pais ou sogros entrando com Sarada em seu cangote ou sua mão em lugares que não deveriam ser vistos por outra pessoa que não seja ele.
Em principal, seu sogro, mestre, tio (de consideração) e amigo Sasuke Uchiha, muitas denominações para o que ele era, era na verdade mais peso da responsabilidade que era carregar o anel no seu dedo anelar da mão esquerda. E uma dessas lembranças veio a sua mente, do dia em que seu Mestre estava no meio da sala com sua sogra Sakura Uchiha, e ele chegou com Sarada em seu colo, sem olhar por onde andava porque estava preocupado demais com a boca dela na dele e uma mão apertando a cintura enquanto a outra apertava a bunda. O resto da história não foi interessante como os lábios da esposa, mas foi engraçado para seu pai e sua sogra que ficaram por um mês lembrando do surto que o "papa Uchiha" teve.
Pegou os pés de Sarada retirando os sapatos e jogando de qualquer jeito, deu a mão e ele suspirou, ainda presa na cintura dele, ela tirou a parte de cima da sua roupa dando a ele, que colocou nos ganchos. Deixariam para arrumar aquilo mais tarde, mas não entrariam em casa com roupas e pesadas utilizadas no trabalho e viagem.
Ela se prendeu a ele novamente, e ele bufou. Depois de tirar seus próprios sapatos, caminhou pela casa até o quarto, subindo as escadas, Sarada nunca foi pesada ou ele que era forte para carregá-la, mas ele nunca se importou, de fato com isso. Boruto entrou no quarto e foi até a cama e se virou.
— Sara, você precisa soltar. — disse.
— Não quero.
— Sara, eu vou fazer nosso jantar, enquanto você tira essas roupas e toma um banho, daqui a pouco eu volto. — murmurou.
Ela resmungou e o soltou. Boruto se virou e se aproximou, beijou de leve seus lábios, sentiu quando ela quis aprofundar o beijo, mas sabia que se continuasse, o jantar não sairia, e o que eles teriam é uma noite de sexo sem nada no estômago, e com certeza ele teria uma Sarada desmaiada após gozar e não queria isso.
Ela suspirou no beijo, pedindo para aprofundar, mordeu os lábios dele, lambeu, apertou ele contra si, mas ele foi irredutível.
— Bolt. — choramingou.
— Não, vamos comer Sara. — disse se afastando.
Sarada ficou emburrada, fechando a cara para ele. Ela estava excepcionalmente mais carente hoje, e ele sabia que em partes era pela linha viagem que teve nos últimos meses, e que mal teve tempo de ficar com a esposa. Os poucos momentos que tiveram o trabalho e o dever interrompia ou não permitia, então os encontros passaram a ser sobre responsabilidades e menos sobre os dois e o relacionamento.
Ele parou para pensar, estavam no meio do verão, o dia do casamento deles havia passado e eles não haviam comemorado. Ele não havia se lembrado porque estava ocupado demais com estratégias e lutas contra cultos e ninjas renegados, não se lembrava de Sarada comentar também, então provavelmente ela também havia se esquecido. Eles já tinham feito cinco anos de casados, contando com o tempo que flertavam e não declararam um namoro, ele poderia contar mais de 10 anos juntos. Uma característica do relacionamento deles, não haviam pedido em namoro, era tão certo a união que não se preocuparam com nomeações, apenas o casamento foi a primeira e única nomeação, um desejo que ele tinha, era casar-se com ela, como seu pai e sua mãe eram, assim como seu mestre. Ele queria constituir família com ela, e queria passar o resto dos seus dias com ela.
Boruto sentiu a bochecha arder com a lembrança do pedido de casamento, não foi íntimo, pelo contrário. Foi um pedido de casamento desesperado em meio a uma luta que ele achou que iria morrer, que ela iria morrer. Seus pais, sogros e grande partes dos amigos estavam presentes, quando ele se virou para ela e gritou para ela se casar com ele, e ela nem ao menos raciocinou para responder sim.
Se lembra da cara das pessoas ao redor, e a cara que seu pai fez. Ele realmente estava acabado naquele dia, tão acabado que tinha uma lança no meio da barriga enquanto lutava. Ele passou a mão no local da cicatriz, ele ainda sente certa vergonha em relação daquele dia, foi impulsivo, mas ele não conseguia pensar de outra maneira, apenas na ideia de morrer ou de Saradas morrer, ele sentia todo seu corpo tremer, nunca temeu a morte, mas temia ficar sem quem amava. Não era sobre isso a morte? O medo de ficar sozinho sem as pessoas que ama? Sem o mundo bonito que pôs seus olhos? O medo da morte não é sobre Deus ter sido cruel em te mostrar o paraíso, deixar viver nele, se apaixonar por ele, criar laços nele e então em alguns anos ele te tirar isso, por intermédio da morte?
Boruto suspirou arrumando as coisas dentro da cozinha, depois daquele dia, ele foi bastante caçoado, mas estava noivo de Sarada e de casamento marcado, então não se importou muito. É realmente bonito como um casamento faz você criar expectativas de uma vida feliz e próspera.
Boruto terminou rapidamente o jantar, simples, mas delicioso. Uns dos benefícios de crescer ao lado de Hinata Hyuuga Uzumaki foi aprender a fazer todos os afazeres de casa, e nisso se incluía cozinhar. Boruto preparou um lámen de vegetais com ovo poché, e terminou com um suco de laranja.
Sentiu Sarada atrás de si observando o que estava fazendo, ela estava só de camisola e o cabelo solto caindo como uma cachoeira negra, estava bem mais longo da última vez que a viu. Ela se aproximou e beijou o braço dele, Boruto era inegavelmente maior que ela, tinha a altura do pai, mas ela não era tão baixinha assim, era da altura de sua mãe.
— Você parou de usar os óculos. — ouviu Boruto murmurar.
— Eu os quebrei brigando, resolvi não arrumar eles por agora, eu acho que meto mais medo sem eles.
Boruto bufou uma risada. — Você não mete medo nem numa mosca. — provocou sorrindo, enquanto levava os pratos à mesa. Sarada abriu a boca em choque, correu atrás dele e chutou sua canela, ele gritou. — Aí porra!
— Eu sou uma Hokage, uma Uchiha! Eu meto muito medo! — disse brava. Boruto olhou para ela e riu, se sentou empurrando o prato com lamen.
— Ok! Ok! Senhora Hokage Uchiha, coma agora. — disse. Ela se sentou pegando os talheres. Boruto começou a comer chupando o lamen.
— E sou uma Uzumaki também. — ela disse num sussurro. Boruto levantou a cabeça olhando para a esposa, sorriu de boca cheia.
— Sim, você é uma Uzumaki também. — concordou, depois de engolir. — Senhora Hokage Uchiha Uzumaki.
Sarada mordeu os lábios, sentindo seu coração palpitar, seu peito encher de algo quente, que ela sabia muito bem o que era. O bem-estar que é estar ao lado de Boruto, fazia todo seu corpo estremecer em antecipação, ela o amava tanto que as vezes ela achava que teria um ataque cardíaco. Boruto pegou o prato dela depois de ela comer, e o levou a cozinha, Sarada arrumou a mesa e foi em direção ao sofá, pegou o cobertor e se deitou assistindo um programa qualquer de televisão.
Sentiu quando Boruto se aproximou e a puxou para si, cobrindo a ele também. Ele se apoiou no braço do sofá e colocou Sarada em frente ao seu corpo, com a cabeça em seu peito, ela se aconchegou melhor, ouvindo o coração dele bater ritmicamente, ela suspirou feliz. Estava com tanta saudade, que seu coração já não cabia mais de desespero, nem ao menos aguentava dormir em casa, porque tinha o cheiro e a presença de Boruto, então ela dormia ocasionalmente na casa dos seus pais, principalmente quando estava muito cansada para pensar ou fazer qualquer coisa para comer.
Sua mãe a recebia de braços abertos e seu pai a aconchegava, ela era uma grande privilegiada de receber tanto amor de todos ao seu redor. Ser Hokage era um trabalho árduo, principalmente depois da guerra e a mudança que isso trouxe ao mundo ninja, em principal, como as leis dos Kages mudaram e como o cidadão comum está mais presente no mundo político e apresentando suas propostas e mostrando seus representantes. Por vezes ela ficava tão cansada que não queria nem sair do escritório, e Shikadai ou Mitsuki tinham a incumbia-se de levá-la até a casa dos seus pais.
Mas tudo era diferente quando Boruto estava presente, era tudo muito leve e menos difícil, e por mais cansativo que fosse, ela sentia que era mais calmo e interessante fazer. Principalmente porque ele estava lá para tomar conta dela, e ela estava lá para tomar conta dele. Desde que ele se tornou Hokage das Sombras, ele passou a ficar menos na vila, e mais tempo em lutas, embora esse tenha sido o caminho que seguiu, era muito difícil para ela aguentar os dias sem ele.
Principalmente, depois que se casaram. Ela era nova como Hokage, mas Boruto já trabalhava com seu pai há muito mais tempo, e estava mais acostumado em sair, mas eles sempre estavam juntos, e após o casamento ela sentia ainda mais a necessidade de estar com ele, de tê-lo ao seu lado. Ela sentia a necessidade de que ele ficasse ao seu lado ser tão grande que lhe faltava ar, ela apertou as roupas de Boruto, e o apertou perto de si, fungou um pouco e então notou que estava chorando.
— Sara... amor... — ouviu Boruto sussurrar, Boruto passou a mão nos cabelos negros, os tirando da frente do rosto. — Linda, o que foi?
Sarada levantou a cabeça e olhou para ele, fungando alto, ela soluçou chorando mais forte. Boruto se arrumou no sofá, olhando para a esposa.
— O que aconteceu? Sarada, está me assustando.
— Eu te amo. Eu te amo muito mesmo. — ela sussurrou. Boruto arregalou os olhos, abriu a boca sem saber muito bem o que dizer.
— Por que você está me dizendo isso? Aconteceu alguma coisa? Eu –
— Boruto, casa comigo de novo. — pediu.
Boruto arregalou mais os olhos. — O que? Mas o dinheiro que a gente vai gastar, eu acho que teria que parar de ir em missão por enquanto para planejar.
Sarada parou de chorar e começou a rir, Boruto olhou confuso para ela. — Você nem ao menos discutiu de a gente ser já casado.
Boruto abriu a boca mais de uma vez. — Mas eu quero me casar com você de novo. — disse. — Quantas vezes você quiser.
Sarada abriu o mesmo sorriso que Boruto viu no dia do seu casamento, um sorriso radiante, destacando o vermelho das bochechas e todas as marcas no rosto. Ela se aproximou e o atacou em um beijo apaixonado, o puxando para perto, grudando seu corpo no dele o máximo que pode. Boruto a segurou tentando apaziguar o avanço, a puxou para seu colo, se permitindo invadir sua boca, enquanto puxava a camisola para cima. Estava com tanta saudade do corpo dela, quanto ela estava do dele. Sarada sentiu o pau dele endurecer embaixo de si, e passou a se esfregar nele, ela o queria muito, ao ponto de doer.
— Porra, Sarada. — xingou, a ajudando a se mexer em cima dele.
— Estamos a muito tempo sem isso, amor. — respondeu, ouvindo o gemido dele em concordância. Sarada puxou a camiseta de Boruto para cima, o corpo dele sempre dispensou elogios, ele sempre foi muito bonito de rosto e corpo, sempre chamou muito a atenção, no entanto, o peito dele sempre foi um elogio a parte, ela se abaixou beijando cada parte do peito bem moldado por lutas e algumas cicatrizes. Ela chupou o pescoço e a orelha, se aproximando da boca, enquanto ele passava a mão pelo corpo dela.
— Desse jeito a gente vai gozar antes do tempo. — disse.
— Eu não me importo. — ela murmurou.
Ele riu empurrando a calça para baixo, e logo em seguida puxando a camisola de Sarada, ela estava sem sutiã e apenas de calcinha, ele bufou uma risada desdenhosa para ela. Sabia que Sarada havia planejado isso quando recebeu a carta, mas ele não se importava de fato, a queria tanto quanto ela o queria, e não demoraria muito para ele voltar para seus braços.
Sarada amoleceu no momento em que sentiu os seus seios de encontro com os lábios pecaminosos de Boruto, ela apertou as unhas nos ombros do marido, se empurrando mais contra os sexos. Ela fechou os olhos jogando o cabelo para trás, e mordeu os lábios, Boruto adorava provocá-la em qualquer oportunidade e transar era sempre a oportunidade perfeita para fazer isso, e a oportunidade que mais tinha resposta positiva e prazerosa. Ele passou o braço ao redor da cintura dela, a puxando para perto, com a outra, ele pegou seu pênis e passou a dançar sobre a calcinha dela, aproveitando o momento chupou e mordeu qualquer pele exposta. A morena ofegou, apertando as unhas contra a pele do loiro, empurrando o corpo mais para baixo, ela precisava senti-lo.
— Quer ficar em cima? — ele perguntou.
Ela quase gritou em resposta, sem conseguir pensar direito, ele riu, a puxou para um beijo quente e molhado. Então empurrou a calcinha para o lado e a penetrou devagar, ela ronronou na boca dele, e Boruto foi calmo a conduzindo ritmicamente. O loiro soltou a boca dela para beijar o pescoço e morder a pele de porcelana, apertando a cintura com uma mão e a na bunda, enquanto auxiliava e se aproveitava. Sarada jogou os cabelos para o lado, olhando para Boruto, que sorriu em ver a beleza que era sua mulher nua em cima de si, toda vermelha e ofegante.
Ela sorriu para ele, então quase viu estrelas, ele sabia qual era o ponto mais sensível dela, e todas as vezes ele sempre a fazia ver estrelas, quando fodia com força naquela região. Sarada gemeu alto e passou a gemer mais e mais, Boruto riu de como ela ficava sempre que ele tocava aquela região, ela ronronou mais uma vez, como uma gata manhosa, e ele aumentou o ritmo ao ponto de ela ficar sem ar. Ele estava mais forte e firme que das outras vezes, e ela não sabia se era porque eles estavam há muito tempo ser ter um momento íntimo juntos ou porque ela disse que o amava, porque sabia que ele agia de maneira diferente toda vez que ela se declarava daquela forma.
Ela não sabia quanto tempo passou, porque eles mudaram de posições algumas boas vezes, mas a única coisa que ela sabia era que naquele momento ela iria desmaiar, a explosão de prazer no momento que ele a estocou com força enquanto puxava seus cabelos e apertava sua bunda, foi demais para ela. Ele quase gargalhou, ouvindo-a berrar, gostava da sensação de dar prazer para ela e tudo que tinha, Boruto a puxou para deitar-se e foi sua vez de buscar o que queria, não sabia como aguentava tanto tempo dentro dela, principalmente por ela ser a grande de uma gostosa.
Deitou a cabeça no pescoço dela e passou a ir ao ritmo que gostava, mordeu os lábios ofegante, puxando as pernas dela para abrirem mais, ao passo que estocava com mais força. Sarada voltou a gemer, e ele sabia que ela gozaria mais uma vez, sentiu o interior dela contrair e apertar o pênis dele com força, ao ponto de tirar o fôlego. Então gozou forte e intenso, e ele poderia virar um poeta naquele momento.
Se jogou em cima dela, e ela o abraçou com força suspirando e tentando controlar a respiração. Boruto estava ofegante, mas não conseguia nem ao menos se mexer, ele respirou fundo antes de buscar forças para cair do lado e puxar Sarada para cima dele.
— Eu acho que transar é um exercício bem mais difícil. — Sarada murmurou. Boruto gargalhou alto e se virou olhando para ela.
— Mas é mais prazeroso. — sorriu safado, puxando a perna dela para cima dele, fazendo a buceta dela tocar a pele dele. Ele sorriu mais safado ainda, e ela abriu a boca chocada, então bateu no peito dele de leve.
— Seu safado!!!
— Eu espero que minha querida esposa esteja ciente que a carta de urgência dela foi respondida, e como um bom ninja eu vim salvá-la, então é melhor ela se preparar para passar a noite acordada resolvendo essa urgência. — disse matreiro, puxando Sarada para baixo dele, e ele subindo em cima dela.
— Boruto. — ela engoliu em seco. — Não acho que aguento mais.
Boruto arqueou uma sobrancelha. — A Konoichi mais forte de Konoha não sabe se aguenta alguma coisa? — perguntou. — Não estou te pedindo nada, meu amor, estou te informando que você será minha até amanhã.
— M- mas Boruto e o trabalho, nossos pais virão aqui para vê-lo, porque já faz muito tempo que não vem pra Konoha. — gaguejou.
Ele passou os dedos pelo cabelo da esposa, colocando para trás da orelha. Beijou seus lábios e depois sua testa.
— Eles vão entender, eu estou em missão de salvar minha esposa carente. — então sorriu carinhoso, e a beijou.
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