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História Coletânea de teorias - I'm keeping my baby (MADONNA, 1985)


Escrita por: Liv_Avelar

Notas do Autor


Teoria utilizada : Madonna é a mãe biológica de Lady Gaga.

Capítulo 1 - I'm keeping my baby (MADONNA, 1985)


Fanfic / Fanfiction Coletânea de teorias - I'm keeping my baby (MADONNA, 1985)

Os lindos olhos verdes não paravam de chorar, as lágrimas escorriam pelo seu rosto branco e caiam no pequeno bastão de plástico, que exibia cruelmente os dois traços rosa indicando positivo para a gravidez. Ao seu lado estava Sean, segurando sua mão trêmula em silêncio, o ator não sabia o que dizer, embora a verdade fosse que não havia nada que poderia ser dito para a bela cantora. Madonna Louise levantou seu olhar para o espelho sujo do banheiro do posto de gasolina que estavam e observava, entre as manchas pretas de origem desconhecida, o reflexo dela e de seu namorado enquanto tentava assimilar a realidade: Estava grávida do ator que namorara desde janeiro. Ela estava grávida e muito assustada.

“Eu quero manter a gravidez” os dois estavam no carro do ator rumo ao escritório dos agentes da loira. Aquelas cinco palavras haviam sido as primeiras que Madonna falou em horas, e sua voz, apesar de embargada, demonstrava segurança. “Eu quero ter o bebê, Sean.”

“Então eu e você, juntos, vamos ter o bebê, Nonnie” respondeu Penn dando um sorriso cativante, que, como de costume, escondia seus dentes “E nós três vamos ser uma linda família” o ator de olhos azuis beijou a moça.

O casal contou sobre a novidade para os agentes da cantora, estes, preocupados em como a gestação poderia atrapalhar carreira em ascensão, pediram aos dois que, caso ela de fato estivesse grávida, e Madonna quisesse mantê-la, seria melhor, para todos os envolvidos, que a tudo fosse mantido em segredo.

A secreta gravidez de Madonna fortaleceu seu relacionamento com Sean, que três semanas depois do teste dar positivo, pediu a namorada em casamento. O pedido de Penn fez com que a diva do pop decidisse contar ao seu pai sobre o bebê, infelizmente, Silvio Antonio Ciccone, que sempre reprovou o relacionamento da filha com o ator, não ficou feliz com a vinda de um neto, e a noite do jantar que o casal ofereceu para a revelação da notícia foi marcada por grandes e raivosos gritos de discussão entre Silvio que, em vão, dava sermões à filha sobre a gravidez, a chamando de inconsequente e outros nomes, e Madonna, que repetitivamente dizia que manteria a criança, que Sean e ela se amavam, e que as únicas coisas que ela pedia ao pai eram apoio e amor. As brigas cessaram quando Silvio foi expulso da casa por Penn e na madrugada daquela noite, Madonna, sem conseguir dormir, rascunhou em um caderno uma letra de música sobre o ocorrido, no ano seguinte, aquela música, após Brian Eliot fazer algumas poucas alterações, tomava posse da rádio como o single Papa don’t preach.

Os meses até o parto foram mais tranquilos e em março de 1986, no Lenox Hill Hospital, em Nova Iorque, uma pequena menina de olhos verdes e poucos fios de cabelos castanhos nasceu. Naquela pequena sala no final do corredor, Verônica Christina Ciccone Penn surgia secretamente ao mundo.

Verônica, ou Ronnie, como era chamada pela mãe, se mostrava ser apaixonada pela música, seu sorriso banguela iluminava a sala quando Madonna a punha em seu colo para que pudesse brincar de tocar piano. A pequena Ronnie sempre ficava em silêncio quando acompanhava a mãe nos estúdios de gravações, e como se a voz de Madonna fosse uma voz angelical, a menina só conseguia adormecer quando a mãe cantava cantigas de ninar como Hush little baby.

Embora aos olhos do mundo fosse inexistente, a pequena família formada por Sean, Madonna e Verônica era uma maravilhosa família, mas infelizmente, os bons momentos seriam apenas memórias.

Aos dez meses, Ronnie começou a usar mamadeira, pois os seios espancados de Madonna estavam tão doloridos, que até alimentar sua pequena, doía. No dia que Ronnie falou sua primeira palavra, mamma, não era possível dizer se Madonna chorava de emoção, ou pela surra que havia levado segundo antes. Aos dois anos e meio, Verônica teve um pesadelo, fazendo com que sua mãe a levasse para dormir com ela, e mais tarde daquela mesma noite, Madonna quase teve sua realidade transformada em pesadelo: quando acordou Sean estava em cima dela, nu, estava, como ele dizia “garantindo que ela mantivesse o papel de boa esposa, mesmo que desacordada”, Madonna o empurrou, como costumava fazer, foi então que o homem pegou Ronnie, que no meio de toda confusão, acordou e chorava, no colo e a sacudiu com força, a deixou na cama e foi embora desesperado.

Madonna rastejou até a filha, que ficou desacordada por alguns longos segundos. Aquilo havia sido o ponto final para a cantora, ela amava Sean, com todo o seu coração, mas a única pessoa que ela amava mais que Sean era Ronnie, e ela faria o possível para o bem de sua filha. Com esse pensamento em mente, a cantora ligou para a única pessoa que podia confiar Cynthia Germanotta, babá de Verônica. Em questão de minutos, a babá estava lá:

“Que posso fazer pela senhora?” perguntou a mulher entrando no quarto.

“Quero que cuide da Ronnie” falou Madonna com dor em sua voz “Ela é sua agora”

“Não entendi…” falou Cynthia segurando a menina no colo.

Ronnie prestava atenção na conversa atentamente, Madonna estava enrolada em um roupão de banho chorando a cada frase que dizia, o bichinho de pelúcia da menina, o sapo Kermit estava no chão do quarto, Cynthia a balançava no colo como se quisesse fazê-la dormir.

“Eu tenho medo que o Sean machuque a Ronnie” confessou “Eu não quero que ele chegue perto dela, nunca! Eu direi que ela morreu com a sacudida, e você vai levá-la para bem longe daqui” a cantora tirou um amontoado de papeis de uma gaveta “Eu pedi aos meus agentes para que eu adotasse a Ronnie, para que eu pudesse criá-la, e eles me deram esses papéis… eu vou assinar como mãe biológica, e você vai assinar como mãe adotiva” lágrimas caíram e mancharam o canto do papel “Mude o nome dela também” Madonna passou a mão nos finos cabelos da filha “Para que o Sean não a encontre”

“Mas…”

“Eu vou te pagar, eu quero que ela tenha a melhor condição, educação, tudo.” Madonna não parava de olhar para a filha “Eu te amo, Ronnie, eu te amo tanto minha pequena” a cantora beijou o topo da cabeça da filha. “Depois que assinar, você pode ir embora… Se quiser um contrato, ou algum tipo de acordo, fazemos depois, mas eu preciso que você assine e vá embora antes que o Sean volte!”

“O nome dela vai ser Stefani” disse Cynthia, depois de assinar o contrato, e percebendo o desespero e nervosismo da loira “Stefani Joanne Angelina Germanotta, esse vai ser o nome dela. E ela vai crescer ouvindo as músicas da mãe, e ela vai saber que a verdadeira mãe dela a ama”.

“Na verdade, eu adoraria que você não falasse para ela sobre isso” a loira segurava as mãos de sua filha “Eu não quero que ela ache que eu não a amei, que eu a abandonei… Você adora a Ronnie, digo, Stefani, e ela te adora, eu sei que você e o seu marido vão ser a família feliz que ela merece”.

Madonna e Penn entraram com o processo de divórcio mais ou menos na época em que Stefani se mudou para Yonkers, cidade próxima de Nova Iorque.

A infância da filha de Madonna foi comum, estudou em uma escola católica, e como a mãe se rebelou contra os padrões impostos da religião, cresceu seguindo seus sonhos, ser cantora. Embora fosse sua única ambição, ser uma cantora de sucesso não era o único sonho que Stefani tinha, de tempos em tempos acordava com pesadelos, uma mulher loira machucada chorava olhando para ela, não se lembrava do rosto nitidamente, mas nas outras vezes que sonhou com aquela mulher, os sonhos eram bons a deixavam feliz; aos dez ou onze anos, perguntou a mãe sobre a tal mulher misteriosa, Cynthia respondeu dizendo que era uma babá que Stefani teve quando criança, Louise, e embora ela tivesse partido, Louise a amava muito.

Cumprindo o acordo feito por ela mesma, Madonna não se comunicava ou interferia na vida da filha, tirando o quesito financeiro, muito importante quando foi descoberto que Ronnie tinha lúpus e fibromialgia. Mas mesmo distante Madonna não se esquecia da filha, que seguia seus passos como cantora. Cada um dos shows que a filha dava, Madonna ia, fosse os shows amadores que ela dava com o nome de Stefani Germanotta Band como os profissionais, pelo nome artístico de Lady Gaga, em todos os shows, prestigiava-a em segredo, não queria que a filha vivesse em sua sombra, não queria que ficasse conhecida como “a cantora cujo show Madonna apareceu”, e por causa disso sentava-se na última fileira, distante do palco,muitas vezes só conseguindo enxergá-la pelo telão.

Foram mais de quatro anos assistindo seus shows em segredo, porém em um deles foi flagrada. Era o primeiro show em que Madonna sentou na primeira fila, estava acompanhada de Lourdes, sua filha, porque queria que, mesmo que nenhuma soubesse a verdade, as duas irmãs se conhecessem. Ronnie a viu logo que subiu no palco, ficara emocionada, o primeiro pensamento em sua mente era aquela mulher na primeira fila era Louise, mas após olhar atenta, viu que não era sua babá, e sim Madonna, ainda em êxtase, por sua inspiração estar ali, Lady Gaga começou seu show.

A carreira de Ronnie, ou melhor, Stefani, ou melhor, Lady Gaga, conquistou o mundo e como a própria mídia dizia, ela e Madonna tinham estilos parecidos, mas ao contrário dos outros boatos, compará-las deixava a rainha do pop contente, porque a fazia crer, mesmo que fosse improvável, que Ronnie ainda se lembrava dela e de cada momento que viveram juntas. E apesar de Madonna não ter a menor intenção de contar a verdade, nunca deixava de falar para a filha o quão fantástica ela era, e que tinha muito orgulho dela.



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