As pessoas não sabem a dor que sinto no meu peito. Não sabem a angústia que tenho dentro de mim. Não sabem o medo que eu carrego e a vontade de desistir.
As pessoas não sabem que por dentro eu estou mais morta do que viva. Eu nunca tive vida, sempre tive o semelhante dela.
Por dentro eu sou uma árvore seca, que por fora parece florescer mas que por dentro estar a morrer.
Eu sinto vontade de morrer e de estar com a morte. Sinto vontade de me afastar das pessoas e me isolar. Elas não me merecem assim como não mereço-às. Eu sinto a tristeza corroer meu eu. Sinto o abismo se forma em baixo dos meus pés.
Eu tento lutar, mas pra que? Pra que se eu irei cair de novo? Pra que se minha fé já não é a mesma? Pra que se sei que nada irá muda e eu continuarei a ser essa casca oca?! É se a morte me levar? Sei que deixarei dores, mas como posso viver se eu sou tomadas por elas?
Eu me encontro na mais pronfuda confusão. Penso em tantas coisas, sinto tantas coisas mas nunca consigo nome-alas de fato. Eu nunca quis ser isso, eu nunca quis que esse lado da linha chega-se. As vezes acho que eu não deveria estar presente aqui. As vezes eu só queria dormir no mais profundo sono e nunca mais acordar dele.
Se é depressão o que sinto? Talvez. Não sei.
Na verdade eu nunca sei o que acontece comigo.
Eu sou confusa demais. Estranha demais e isso as vezes incomoda às pessoas, o meu jeito incomoda. Porém elas não conseguem nota que esse jeito é meu, é a única forma que me permito ser por fora. Eu sempre tento entende-las, nem sempre consigo mas tento, então por que elas não tentam me entender? Por que?
As pessoas esquecem que eu também sinto dor. Que também desejo fugir dela, mas essa sou eu, eu sou fraca sabe. Fraca demais.
E não quero a morta, nunca a desejei, porém ela parece se a única salvação da minha dor, mas não vou me entregar a ela, não consigo, como já disse sou fraca demais.
Sou fraca demais para mim entregar a morte e fraca demais para estar aqui.
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