Do jeito que a minha vida andou ultimamente eu não me surpreendi quando mais uma merda aconteceu comigo no meio da escola toda.
Podia ser vergonhoso para muitos, mas a minha situação com tudo nesses dias não me permitiu sentir vergonha apenas odio mesmo.
E mais uma vez – pela vigésima sexta vez – naquele dia eu me perguntei o que a porra do universo havia guardado para mim, se havia guardado pelo menos uma coisinha boa ou se eu apenas nasci para fazer merda e me fuder.
E antes que você faça a sua teoria do que eu fiz, primeiro tente me responder isso:
Por que eu?
É a única pergunta que eu tenho por agora e a única que eu preciso urgentemente saber a resposta, porque sinceramente eu não aguento mais só me fuder na vida, dia após dia.
Enquanto vocês pensam no porquê eu vou contar que merda entrou para a minha lista – já extensa – de merdas que eu fiz.
Pois bem, vamos lá com essa merda logo.
Em fim...
Era segunda de manhã e eu acordei animado para ir para a escola – o que já era o suficiente para dizer que vinha merda - já que eu Park – fudido – Jimin odeio ir a escola, mas até era de se esperar já que eu havia passado o final de semana todo sufocado no meu quarto pensando nas minhas merdas – que não eram poucas – e chorando da minha desgraça, evitando os meus pais e principalmente a conversa com a minha mãe sobre o que Jungkook estava fazendo no meu quarto na sexta à noite já que, já havia sido um milagre Jungkook ter conseguido adiar aquela conversa e eu para não desperdiçar aquele milagre passei o final de semana todo no quarto.
E sim, eu fui para a escola feliz por finalmente ter conseguido sair de casa sem ser visto pelos meus pais - que não apoiava o filho gay , mas apoiava o sobrinho.
Até ai tudo bem, mas só até ai também né.
Depois de tudo que havia acontecido na minha vida em menos de uma semana eu já esperava que pudesse acontecer mais uma merda na minha vida miserável então quando Temin e a vadia da namorada dele apareceu na rua da minha casa em plena 6:50 da manhã eu apenas rezei para que eles passassem direto sem falar comigo porque eu já estava farto de tanta merda nas minhas costas.
Merda pesa tá, se for muito igual o meu caso, pesa.
- Vamos por outra rua essa aqui tem merda de mais. – Sussurrou aquela vadia da namorada do Taemin, assim que me viu, alto o suficiente para eu ouvir e puxou aquele vagabundo para ir para outra rua, é claro que eu senti vontade de arrastar a cara daquela vadia no asfalto e descontar toda a raiva da minha semana nela, mas eu me segurei porque ela tinha razão tinha muita merda naquela rua e estava mais certa ainda em me comparar com uma.
Quando eu cheguei na escola a primeira pessoa que eu procurai foi o Taehyung porque além de precisar contar tudo para ele eu também queria um ombro para chorar já que até então eu só tive lenções, mas infelizmente eu não achei já que aquela porra só chegava atrasado, mas achei algo melhor no meio do caminho.
Aquele pintinho encapetado da festa que me ferrou mais do que tudo no dia seguinte.
Sim, eu achei Min Yoongi no meio do pátio só me esperando para apanhar.
- Sua branca de neve azeda. – Eu comecei o chamando assim que eu entrei no pátio, a cara que ele fez ao me ver podia até sido hilária para mim se eu não estivesse com tanto ódio e acompanhado de vários outros pares de olhos arregalados de curiosos intrometidos.
- Ah, docinho? - Ele perguntou dando alguns passos para trás enquanto ria sem graça.
- Docinho é o caralho seu filho da puta arrombado. – Falei apontando para a fuça dele enquanto chegava mais perto. – E nem pense em fugir seu pau no cu.
- Desculpa Jimin eu estava bêbado e o vídeo tinha ficado legal, eu não achei que seria um problema se eu postasse. – Começou aquele branquelo filho da puta a se explicar enquanto tentava se afastar de mim pouco a pouco.
- Eu tô pouco me fudendo do que você achou só me faça um favor já que você fudeu com a minha vida, vá tomar bem no meio do seu cu e não se esqueça de sumir da minha frente porque se eu te ver Min Yoongi, eu juro que mando você para puta que pariu. – Eu estava com tanto odio daquele garoto que até ele percebeu, percebeu a ponto de não me questionar e sair da minha frente sem dizer um pio, logo Min Yoongi que é metido a macho alfa. – Seu filho da puta.
- Você parece nervoso, docinho. – Sussurrou Jungkook chegando perto de mim com aquele sorriso filho da puta dele que só por aquele momento não me afetou.
- Me erra Jungkook, você também é um filho da puta que também deveria sair da minha frente. – Sussurrei zangado porque mesmo que eu estivesse agradecido por Jungkook ter ido na sexta a noite me levar comida e ter feito a minha mãe mudar de ideia sobre uma conversa estressante naquela noite, eu estava puto de raiva dele não ter falado mais nada do que só aquilo e não ter aparecido no meu quarto no final de semana todo, nem mesmo colocado aquela cara cretina dele para fora da janela.
- O que foi docinho, está com raiva de mim? – Ele perguntou chegando perto e segurando o meu ombro e no mesmo estante eu me afastei.
- Eu estou com ranço isso sim, então com licença que eu vou procurar o Taehyung. – Disse puto da vida saindo do pátio e do meio daqueles curiosos metidos a procura do cara de cu do meu melhor amigo.
Quando eu finalmente consegui achar o Taehyung naquela escola ele estava se agarrando com Hoseok no portão de entrada o que me deixou mais puto ainda porque ele nem parecia se preocupar em ver se eu estava na escola ou algo parecido então eu simplesmente me virei e voltei para o pátio soltando fogo pela venta já que parecia que ninguém mesmo se importava comigo só a porra do universo que se importava em fuder com a minha vida.
- Docinho?- Chamou Jungkook mais uma vez assim que me viu entrando no pátio outra vez.
- O que foi? – Perguntei irritado me sentando na arquibancada que ficou vazia em um segundo já que eu estava puto e todo mundo estava percebendo.
- Aconteceu alguma coisa para você ficar irritado? – Perguntou Jungkook e eu juro quase bati na cara perfeita dele.
- Você se superou Jungkook, essa foi com toda certeza a pergunta mais besta que você fez para mim na sua vida. – Sussurrei irritado ainda me controlando e Jungkook se sentou do meu lado. – Tem muita coisa aconteceu nessa ultima semana para me deixar irritado e você sabe muito bem disso, aliás você causou quase tudo né.
- Eu sei, me desculpa por isso eu n-
- Tanto faz, não vai fazer diferença apenas esqueça. – Declarei ainda irritado e tentei respirar fundo.
Eu só queria um buraco para me enfiar lá e ver se universo se esquecia de mim.
- Desculpa, docinho. – Começou Jungkook mesmo depois de eu ter dito para esquecer. – Eu sei que eu fiz muita coisa por impulso e não pensei nas consequências, mas eu não me importaria com a consequência se fosse comigo, então me perdoa por não pensar que isso pudesse prejudicar você. – Disse ele sério igual o dia em que ele enfrentou a minha mãe e isso me acalmou um pouco. – Eu não sei o que fazer para te ajudar a sair dessa porque realmente foi culpa minha.
- Não, isso também foi culpa minha eu sou um idiota que também não pensei em nada. – Sussurrei mais a mim mesmo do que a Jungkook porque era o certo, eu deveria assumir a merda que eu fiz mesmo que Jungkook tenha incondicionalmente me incentivado, de algum modo, eu tinha feito então também era a minha culpa.
- Eu pensei bastante sobre isso no final de semana. – Continuou Jungkook e eu quase deixei escapar “então era isso que você estava fazendo” - Então se eu não posso te tirar dessa mesmo que eu tente então eu decidi entrar nessa junto com você. – Sussurrou ele firme e eu me assustei.
- O que? – Perguntei surpreso me levantando da arquibancada e saindo de perto de Jungkook. – Você tá falando sério?
- Estou, por que? – Perguntou Jungkook se levantando da arquibancada também e chegando mais perto de mim.
- Você só poder te-
- JIMIN?
E é isso meus caros amigos, a minha vergonha do dia estava ali na porta do pátio, ás 7 e pouca da manhã na frente da escola toda me chamando e a qual tinha nome e sobrenome, mas pior que tudo.
Era a minha mãe.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PERTO DESSE GAROTO? – Perguntou ela num grito para todos da escola presentes naquele pátio simplesmente olharem para mim e ligarem a câmera do celular na minha direção.
- Porra! Ele se fudeu. – Eu pude ouvir de algum lugar no meio daqueles vários sussurros que começou tão derrepente depois de todo silêncio que a minha mãe provocou acidentalmente, mas seja lá quem disse aquilo estava completamente errado.
Eu já estava fudido antes disso de todo modo.
- E mais uma vez Park Jimin se fode. – Sussurrei a mim mesmo sorrindo da minha desgraça já que chorar também não adiantava mais.
A porra do universo quer me foder a ponto de nem usar lubrificante.
Puta merda!
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