Enquanto eu expliquei para o Melequento, Cabeça-Dura, Cabeça-Quente e Perna-de-Peixe como eu aprendi a treinar dragões, incluindo a minha história com o Banguela, eles pareciam completamente perplexos.
Imagino que deva parecer mesmo uma loucura quando alguém diz que fez amizade com uma fera que até alguns dias todos pensaram ser apenas uma criatura mítica, mas naquelas circunstâncias, tratava-se da mais pura verdade.
– Então você tem um dragão? - Melequento.
– Que por acaso é aquele Fúria da Noite cuja foto saiu no jornal...e que você nomeou como Banguela. - Perna-de-Peixe.
– E que você mantém vivendo secretamente no quintal da sua casa. - Cabeça-Dura.
– É mais ou menos isso. - Eu.
– Você com essa fama de certinho fez algo tão idiota e irresponsável? Você podia ter matado todo mundo com essa atitude. - Cabeça-Quente.
– Sua sinceridade é comovente. - Eu.
– Deixem de ser negativos, eu também tenho um dragão. - Astrid.
– Caramba, esses dois são mesmo cheios de segredos! - Cabeça-Dura.
– Que medo, vai que eles são mafiosos, terroristas, assassinos em série, algo assim. - Cabeça-Quente.
– Não somos nada disso...apenas queremos justiça para os dragões. - Astrid.
– Eles são criaturas incríveis que passaram suas vidas inteiras sendo renegadas e incompreendidas. Não acham que eles merecem uma chance? - Eu.
– Só de olhar para esse Grockel, que é muito fofo, meu coração amolece...quero dar uma chance aos dragões, Soluço. - Perna-de-Peixe.
– Essa é a maior loucura de que eu já pensei em fazer. Estou dentro! - Cabeça-Quente.
– Você roubou a minha fala! Droga de cérebro compartilhado idiota! - Cabeça-Dura.
– Cérebro compartilhado? - Eu.
– Somos gêmeos, logo dividimos o cérebro. Não é? - Cabeça-Quente.
– Ah, eu não vou tentar explicar, o importante é que eles vão participar. - Eu.
– E você, Melequento? - Astrid.
– Não posso fazer isso...os militares vão acabar com a gente! - Melequento.
– Não se trabalharmos juntos. - Eu.
– Somos um time, não somos? - Perna-de-Peixe.
– Eu não sei se somos. O Soluço e a Astrid não andam em motos personalizadas, usam roupas de couro ou são maus...não sei se quero participar de uma equipe com um perdedores como eles. - Melequento.
– Cala a sua boca! Se quer me achar uma perdedora, azar o seu, só que você não tem o direito de falar sequer uma palavra dele! O Soluço é a pessoa mais corajosa que já pisou em Berk, ele treinou dragões, fez amizade com eles, os ajudará a enfrentar toda uma base militar, que é a maior do mundo, além de manter um Fúria da Noite em casa secretamente sem ninguém perceber! Ele está te dando a chance de participar disso tudo e você recusa com uma desculpa ridícula dessas? O que você já fez de bom para alguém, Melequento? Quem é o verdadeiro perdedor? - Astrid.
– Eu vou entrar nessa, mas só para provar que eu não sou perdedor...você é má, Astrid, eu me enganei. - Melequento.
– Agora que as coisas estão certas, venham aqui. Temos que levar esses dragões para a floresta. - Eu.
– Por que? - Cabeça-Dura.
– Ninguém pode saber que fazemos isso. - Eu.
Fomos na direção da floresta e os dragões nos seguiram, indo para longe dos olhares dos cidadãos de Berk. Eu estava razoavelmente tranquilo com o treinamento na floresta, a minha única preocupação agora é o Melequento...que cara ranzinza. A Astrid foi incrível me defendendo, quanto ficarmos a sós vou falar do quanto achei isso fofo...aposto que ela vai ficar vermelhinha.
– Quem vem primeiro? - Perguntei aos quatro jovens que ainda não tinham dragões.
– Hum...posso ser o primeiro? Estou louco para fazer cócegas na barriguinha desse Grockel! - Perna-de-Peixe se ofereceu, estranhamente. Ele costuma ser o último a se oferecer para enfrentar uma situação perigosa.
– Tem certeza?
– Eu posso?
– É claro. Venha até perto do seu dragão.
– "Meu" dragão, minha nossa. Que emoção!
Ele se aproximou do Grockle, que estava contente por causa da textura da grama da floresta sob suas patas. Quando Perna-de-Peixe chegou a cerca de 1 metro de distância dele, o dragão pareceu um tanto quanto confuso, dando alguns passos para trás. Irritado, ele rosnou para o Perna-de-Peixe, que ignorou a fofura do dragão, deixando-o de lado momentaneamente para fugir.
– Soluço, não foi como eu pensei que seria. - Perna-de-Peixe falou de trás de uma árvore, envergonhado.
– Você estava indo bem, se tivesse esticado a mão para o Grockle no momento em que ele rosnou, ele teria cedido. - Expliquei.
– Mas ele ia arrancar a minha mão! Você viu que ele ficou bravo? Ficou furioso! Eu tive que sair correndo...
– Perna-de-Peixe, se acalma!
– Desculpe, fiquei empolgado e assustado ao mesmo tempo.
– Tudo bem, mas tente de novo.
– Não...por favor.
– Tenta outra vez, você não acha o dragão bonitinho? E você disse que gosta dessa espécie, então dê outra chance.
– Acho e sim, eu realmente disse. Tudo bem, você venceu.
Ele voltou a se aproximar do dragão, situação que o fazia trincar seus dentes de leve, ficar com as pernas trêmulas e seu rosto fortemente franzido. Repetindo os mesmos movimentos feitos anteriormente, porém dessa vez sem hesitar quando o Grockle rosnou, Perna-de-Peixe esticou a mão para ele. O dragão o farejou, refletiu e, por fim, tocou com seu focinho, estabelecendo o vínculo entre eles.
– Ele não comeu a minha mão! - Ele comemorou.
– Esse agora é o seu dragão. - Dei um tapinha nas costas dele, parabenizando-o.
– Vou chamá-lo de Batatão.
– Parece ser uma boa ideia.
– Será que eu posso montar nele?
– Agora pode.
O Batatão abaixou a cabeça, permitindo que Perna-de-Peixe subisse em suas costas. O dragão levantou voo, revelando uma pequena surpresa.
– Perna-de-Peixe tem um dragão menina! - Cabeça-Dura.
– Tem mesmo. - Cabeça-Quente.
– Será que só eu estou chocado demais em ver um garoto montado num dragão para reparar nos detalhes? - Melequento.
– Se ele...quer dizer, ela é menina, tenho que mudar o nome, eu acho. - Perna-de-Peixe.
– Ela não se incomodou, então não vejo problema em chamá-la de Batatão. - Eu.
– Pode estar certo, Soluço. Muito obrigado, agora eu tenho uma nova amiga! - Perna-de-Peixe.
Batatão o lambeu, mostrando-se carinhosa. Parece que aqueles dois serão grandes amigos...mas quem será o próximo?
– Quem mais? - Eu.
– Pode ser eu? - Cabeça-Dura.
– Não, tem que ser eu! - Cabeça-Quente.
– Mas vocês vão dividir o mesmo dragão. - Astrid.
– Ah, é verdade. - Cabeça-Quente.
– Vamos lá, mana. - Cabeça-Dura.
– Fala o que a gente tem que fazer com essa fera medonha de duas cabeças. - Cabeça-Quente.
– Que tal se começassem com uma abordagem mais positiva? - Eu.
– Como? - Cabeça-Quente?
– O dragão ainda está apreensivo por nós termos uma enguia aqui. Tentem acalmá-lo. - Eu.
– Ah...a Cabeça-Quente fez parte de um coral de assobios. - Cabeça-Dura.
– Isso é perfeito. Mas ela é boa? - Eu.
– Só porque fazemos besteira o tempo todo não quer dizer que somos completamente inúteis. - Cabeça-Quente.
– Desculpa. - Eu.
Cabeça-Quente assobiou uma música muito agradável (ela mandou bem, o que deixou a Astrid meio enciumada...que fofinha). O Ziperarrepiante começou a sacudir a cabeça que estava mais próxima à Cabeça-Quente, que é a que solta gás altamente inflamável, como se dançasse com a música. Já a cabeça próxima ao Cabeça-Dura estava soltando faíscas...parece que apenas a Cabeça-Quente estava agradando o dragão.
– Soluço, o que eu faço? Ele parece irritado. - Cabeça-Dura.
– Faça algo para distrair o dragão também. - Eu.
– Eu consigo falar o alfabeto inteiro em um arroto. - Cabeça-Dura.
– Isso é muito tosco. O dragão vai acabar com você! - Cabeça-Quente.
– Ele gostou de você, então por que não gostaria de mim? Dividimos o mesmo cérebro, afinal somos gêmeos! - Cabeça-Dura.
– Tanto faz, anda logo com isso! - Cabeça-Quente.
– Devemos contar a eles que eles não dividem o mesmo cérebro? - Astrid.
– Acho que eles já sabem, só usam isso como desculpa. - Melequento.
Cabeça-Quente assobiou enquanto Cabeça-Dura falou o alfabeto inteiro em um arroto, fazendo as duas cabeças do dragão se divertirem e saírem daquele baixo astral que estavam desde que viram a enguia.
– Agora estiquem as mãos para eles ao mesmo tempo. - Eu.
– Tomara que a sua cabeça te morda. - Cabeça-Quente.
– Engraçado, eu pensei a mesma coisa. Quer dizer, eu não quero que ele me morda, quero que ele morda você...ah, deixa para lá, já fiquei confuso. - Cabeça-Dura.
Eles esticaram as mãos e logo as duas cabeças tocaram nelas com seus focinhos, abaixando os pescoços para que eles montassem.
– Vou chamar a minha cabeça de Arroto, é nojento e vai sempre me lembrar de como viramos amigos! E claro que tem a ver com a faísca que ele solta, parece um arroto. - Cabeça-Dura.
– Não é melhor conferir se não é um dragão menina primeiro? Senão pode acontecer o mesmo que com a Batatão. - Cabeça-Quente.
– Não é uma menina, podem chamar de Arroto e seja lá o que escolherem para a outra cabeça. - Astrid.
– Eu ia chamar de assobio, mas se tem que ser nojento e ter a ver com o que o dragão faz...que tal Bafo? - Cabeça-Quente.
– Bafo e Arroto, eu adorei! - Cabeça-Dura.
– Parece que não compartilhamos o mesmo cérebro...mamãe tinha razão. - Cabeça-Quente.
Os gêmeos levantaram voo e se juntaram a Perna-de-Peixe e Batatão, que voavam para comemorar sua amizade recém formada. Só falta o Melequento e o Pesadelo Monstruoso.
– Sua vez, Melequento. - Eu o chamei.
– Nada disso, olha os dentes dessa coisa, parecem anzóis! - Melequento choramingou, me olhando com cara de criança que derrubou o sorvete.
– Com dentes de anzol ou sem, só falta você. Você quer ou não ter um dragão? Essa é sua única chance, não sei se a base militar vai ter outro acidente com caminhões, então a hora de decidir é agora.
– Pareço até um fracote...é só uma fera cuspidora de fogo com dentes de anzol. Não tem o que temer.
– Vou te orientar.
– Não preciso da sua orientação.
Ele se aproximou do dragão, que rugiu alto, assustando-o. Após dar um pulinho para trás, ele se virou para mim e sorriu sarcasticamente, revelando seu aparelho dental, que corrigia a falta de um dente molar.
– Acho que vou aceitar uma pequena ajudinha, mas que fique bem claro: sou mais durão que esse dragão. - Melequento anunciou, fazendo todos nós revirarmos os olhos.
– É o seguinte, Melequento, você tem que ir com calma. Faça exatamente o que eu mandar porque esse dragão é muito perigoso, se fizer algo errado você pode acabar carbonizado, entendeu? - Cortei o barato dele.
– Claro, sou todo a ouvidos. Ou quase isso.
– Dê um passo de cada vez, e tome cuidado se ele tentar te morder.
– Certo.
Ele foi em direção do Pesadelo Monstruoso bem lentamente, fazendo o dragão encará-lo, irritado. A cada passo, o dragão rosnava mais alto, até que ele finalmente se incendiou.
– Soluço, o que eu faço? - Melequento gritou, caindo para trás.
– Não deixa ele te intimidar! - Expliquei, tentando ser prestativo.
– Ele está me assustando.
– Ele quer justamente isso, mostra para ele que ele não te assusta.
O dragão ficou cara a cara com o Melequento, apoiando seu focinho sobre todo o corpo dele, caído no chão. O enorme Pesadelo Monstruoso soltou vapor quente pelas narinas, o que foi um estopim para Melequento. Ele empurrou com força o focinho do dragão, tirando-o de cima do corpo delem ficando em pé novamente e fazendo contato visual com a fera alada.
– Sou eu quem manda aqui, dragão! - Ele apontou para o focinho do dragão, que ficou em dúvida se deveria enfrentar ou não. - A menos que queira uma briga feia, é melhor me aceitar!
O dragão o encarou mais um pouco, sem se manifestar. A contragosto, ele baixou seu olhar, dando a brecha perfeita para o Melequento tentar fazer a ligação.
Com brilho nos olhos, Melequento esticou a mão para o dragão, que soltou vapor novamente e finalmente tocou sua mão. Quando ele abaixou seu pescoço, o jovem entusiasmado não perdeu tempo e montou no dragão.
Os dragões recém treinados e seus novos pilotos estavam comemorando no céu, se conhecendo e estabelecendo um laço cada vez mais forte. Eles voavam e rodopiavam, sem nenhuma intenção de seguir uma rota específica, apenas para aproveitarem a proximidade uns com os outros.
Alguns ronronados e risadas denunciavam que todos estavam contentes e satisfeitos, parece que a desconfiança em mim se transformou em pura gratidão implícita.
Perna-de-Peixe, vestindo uma camiseta marrom escura com estampa bege imitando cartaz de faroeste , uma calça jeans levemente esverdeada e botas marrons também. Seu dragão era predominantemente marrom, apenas com a barriga cor creme, combinando com seu piloto. O fato dos dois serem rechunchudos também parecia uma combinação perfeita.
Cabeça-Dura vestia uma camiseta branca bastante encardida, uma calça jeans preta, um cinto marrom-avermelhado de couro, um casaco marrom escuro bem surrado e desfiado e botas marrons. Sua irmã vestia uma camiseta azul, sobreposta por um bolero de couro bege com mangas compridas, pulseiras azuis, uma saia da mesma cor sobreposta por um cinto preto, meia calça preta com alguns rasgos e botas pretas. O dragão de duas cabeças verde com pequenos círculos marrons no corpo combinava com eles também.
Melequento usava uma blusa leve verde, jaqueta preta de couro com rebites nos ombros, um cinto largo com uma fivela grande, jeans acinzentados e botas marrons. Seu dragão vermelho com listras pretas, semelhante a um efeito tigrado, tinha cara de bravo...juntos, me pergunto quem é a verdadeira fera.
– Que nome vai dar a ele? - Cabeça-Dura.
– Dente-de-Anzol! - Melequento.
– Que nome idiota. - Cabeça-Quente.
– Também achei. - Cabeça-Dura.
– Faz sentido. Eu gosto - Perna-de-Peixe.
– Engulam essa, gêmeos! - Melequento.
Eles e seus dragões pousaram, todos estavam muito contentes. Apesar de tudo estar muito bem encaminhado para o plano de destruir a base, agora que tantas pessoas sabem dos dragões, a chance de alguém descobrir é muito maior. Precisamos ser cautelosos.
– Pessoal, vocês sabem onde esconder seus dragões? - Eu.
– É claro. Amanhã podemos voar todos juntos, contanto que você e a Astrid tragam seus dragões. - Perna-de-Peixe.
– Por mim tudo bem. - Eu.
Todos fomos discretamente para suas respectivas casas, onde os outros pilotos esconderam seus dragões, com exceção da Astrid e de mim. Como combinado, nós pegamos nossos dragões para darmos uma saída juntos, afinal somos um casal.
É difícil voar com dragões sem que ninguém veja, mas conseguimos dar um jeito. O local do encontro tão almejado é uma das colunas de Berk, que se estande de dentro do mar até vários metros de altura, permitindo uma vista privilegiada de Berk.
A cidade é linda vista de dia, como eu já vi junto com o Banguela, mas naquele momento, combinando o por-do-sol com as primeiras luzes se acendendo para afugentar o escuro, a beleza se intensificou abruptamente.
As colunas de pedra são um lugar perfeito para admirar a vista a longa distância, e eu não poderia estar com melhor companhia. A Astrid sorria lindamente sobre a Tempestade, que planava com calma contra uma corrente de ar.
Quando pousamos lá, nossos dragões se cumprimentaram, coisa que ainda não tiveram a chance de fazer. Eles se deitaram em um canto da coluna de pedra, acho que direcionado para o sudeste, enquanto eu e a Astrid ficamos na beirada oposta, com as pernas pendendo sobre a queda esmagadora até o mar.
– Soluço, você já tem uma equipe de pilotos agora. Já estamos prontos para atacar a base militar. - Astrid se aconchegou ao meu lado, apoiando sua mão sobre o meu peito, como se estivesse prestes a me abraçar.
– Eu sei....assim que os outros estiverem mais habilidosos, vamos atacar com força total e libertar os dragões...só espero que os cidadãos reajam bem a eles. Seria mais fácil se houvessem mais dragões para nos ajudar.- Eu estou muito preocupado.
– Sabe, você me disse que os dragões crescem em outro lugar, e só depois são levados para a base militar.
– Sim.
– E se a gente descobrisse onde fica esse lugar? Os dragões jovens podem nos ajudar.
– É uma ótima ideia, mas eu não tenho ideia de onde pode ser.
– E se a gente seguir um caminhão? Eles vão e vem desse lugar.
– Astrid, você é genial! Não sei o que eu faria sem você!
– Que tal você me agradecer com um beijo?
– Duplamente genial.
Nos beijamos de um jeito fofo e logo voltamos a falar sobre os dragões, percebo que ela se envolveu na causa de protegê-los tanto quanto eu. Eu não poderia ter escolhido uma namorada melhor.
Eu a abracei, enquanto ficamos hipnotizados pela beleza de Berk. Aqui não há pista de pouso, portanto nenhum avião entra ou sai, apenas barcos...acho que eu e a Astrid fomos os primeiros a ter aquela vista: o nosso lar, tão cheio de vida e fartura, silencioso e iluminado apenas pelas luzes de postes nas ruas e feixes que escapavam pela janela de uma ou outra casa.
– Nunca tinha visto Berk desse jeito, é linda demais. - Astrid comentou, beijando-me próximo à orelha.
– É quase inacreditável...passamos a vida toda lá mas nunca vimos por esse ângulo. - É emocionante.
– Devo isso a você.
– E eu devo isso aos dragões, principalmente ao Banguela. Ele mudou a minha vida.
Ficamos perdidos na paisagem por mais um bom tempo, até que chegou a hora de voltar para casa. Nos beijamos e subimos em nossos dragões, indo direto para casa.
Quando entrei, o Banguela foi direto para o quintal, enquanto eu subi para dormir. Vi pela luz do abajur que meu pai estava dormindo...ele tem medo do escuro.
Fui para o meu quarto, coloquei o pijama e apaguei a luz. Eu não me incomodo com o escuro, principalmente depois de ver o quanto cada luz de Berk parece um pequeno vagalume de longe...estou tendo momentos inacreditáveis ultimamente.
Não tenho palavras para descrever o quanto amo os dragões, principalmente o quanto eles tornam nossas vidas especiais. Agora não me sinto mais sozinho, pequeno ou insignificante, porque tenho tudo o que preciso por perto, e essa é a melhor sensação do mundo.
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