Kei já dormia em seu berço. Estava sozinho na cama, havia acabado de ler um livro. Olhei pro celular já marcava onze e meia. Era sexta-feira.
Sai da cama para ir até onde havia deixado o maior trabalhando. O encontrei sentado com a cabeça uma massinha na sala, estava dormindo, a tela do notebook ainda estava ligada e havia uma foto, a foto foi um dia que fomos a praia, eu, ele, o Yurio – que foi o que tirou a foto – e o Makkachi. A foto eu e Victor estávamos caminhando de mãos dadas e o Makkachi brincava com algumas gaivotas na beira da agua. A gente nem sabia que o Yurio estava tirando foto, mas ficou uma foto linda. Erámos uma família ali. E agora éramos uma família maior.
- Victor? – chamei ele, afastando alguns fios de cabelo de seu rosto. – amor?
- hum? – sorri.
- você ouviu eu te chamando desde a primeira vez né? – ele sorriu mas os olhos permaneciam fechados.
- gosto quando me chama de amor. – falou
- por que não subiu?
- não sei, comecei a olhar umas fotos depois que terminei o trabalho, ai deitei a cabeça aqui, ai o sono foi chegando, chegando... bom. – abriu os olhos. Como ele era lindo. Eu sou muito sortudo por ter ele.
Continuei a afastar seus fios, ele abria e fechava os olhos bem devagar aproveitando o carinho.
- vamos na praia amanhã.
- na praia? – pergunto com o mesmo tom de voz suave e preguiçoso.
- é, o Kei tem quase um ano, precisa conhecer o mar, e estar muito calor ultimamente.
Ele fez um bico, como se me desse razão.
- é, pode ser uma ótima ideia. – falou e finamente levantou a cabeça.
E por um impulso eu o abracei. Ele ficou surpreso mais logo riu e me abraçou. Passando as mãos pelas minhas costas e cabelos.
- ta tudo bem? – concordei com a cabeça mesmo ele não podendo me ver.
- eu te amo ta, não esquece disso nunca. – fale o soltando. Ele sorriu e passou a mão em meu rosto.
- nunca vou esquecer, também não esqueça que também te amo.
Depois disso subimos para o quarto, e não demorou muito até o sono chegar.
Hoje é dia de praia, a primeira veze que o nosso pequeno vai conhecer o mar.
São seis da manhã, nós queremos pegar o sol fraquinho. Enquanto eu organizava um lanchinho para levar, Victor arrumava o Kei. Assim que terminei fui para o quarto, a porta estava entre aberta. Kei estava sentado na cama, ao lado ajoelhado Victor passava protetor solar nos bracinhos gordinhos.
Kei estava com os cabelinhos espetadinhos era preto como os meus. Estava gordinho os olhinhos não eram tão puxados, era igual aos de Victor. Ele é risonho e ama minha mãe e o Yurio. É bem estressadinho na hora de dormir.
-... não pode pegar muito sol, para não ficar dodói, ta bom? – pegou o protetor na cama e colocou mais um pouco nas mãos, agora passava no rostinho com muito cuidado, Kei ria, enquanto Victor conversava com ele ou fazia barulhinhos com a boca.
Entrei no quarto com cuidado, Victor olhou em minha direção e sorriu.
- já arrumei tudo.
- estou quase terminando aqui com o Kei.
- tudo bem.
- você ligou para o Yurio?
- sim, ele vai levar o Otabek tudo bem?
- claro. Quanto mais gente melhor. – sorri e fui me trocar no banheiro.
Quando voltei, Kei já estava de boné um shortinho azul e uma camisetinha branca.
- agora desça com ele enquanto me troco.
Fui até o pequeno o pegando nos braços.
- o papai cuidou de você direitinho, huh? – perguntei deixando beijinho em seu corpinho. Ele era maior fofurinha.
Minutos depois Victor aparece, com um short azul e uma camiseta branca.
- serio? – ri, ele estava com as mesmas roupas que o Kei. O maior riu dando de ombros.
- vamos lá, não seja ciumento. – passou por mim pegando a bolça com nossas coisa, me deu um selinho e saiu rumo a garagem.
O seguinte com Kei nos braços. O caminho até a praia era um pouco longo. O pequeno dormiu maior parte dele, eu e Victor fomos conversando. Chegamos por volta das sete horas. Enquanto Victor saia do carro para tira as cadeiras e o guarda sol da mala, eu fui tira o Kei da cadeirinha. Ele havia acabado de acordar e tava meio chatinho.
Assim que encontramos um lugar bom e Victor arrumou o guarda sol e a cadeiras, sentamos. O mar estava agitado.
Kei estava em meus braços. Ainda sonolento.
Makkachin estava deitado próximo a cadeira de Victor, também estava com sono.
- é, foi uma boa ideia vim para praia. – comentou o maior, quase deitado na cadeira.
- eu falei.
- vou espera o sol, e o mar se acalmar.
- tá com frio? – negou. – então tá com medo da água. – ele riu me encarando com os óculos escuros.
- talvez. – sorri.
Ficamos jogando conversa fora até percebemos que o mar já estava bem mais calmo.
- acho que vou levar o Kei para molhar os pezinhos. – falou Victor ficando de pé. Tirou a camisa jogando em meu rosto quando viu meu olhar para ele. O corpo do maior era lindo. Sorri também porque vi uma marca próximo a seu peito, marca essa que eu fiz a uns dias atrás. – estamos na praia não me olhe como se quisesse me comer.
- até queria, mas você não deixa.
- O quê? – ele se agachou para me olhar. – não conheci você mentindo Yuri. – ri.
- vá, ande leve o Kei. – falei colocando o garotinho sonolento na frente de Victor, que levantou rindo pegando Kei, que foi chorando.
Assim que se afastou o cachorro levantou a cabeça e olhou Victor.
- vai, você só gosta dele mesmo. – falei mandando o cachorro ir atrás de Victor. Ele gostava mais do Victor do que de mim, parecem um grude só.
Olhei os dois se afastando, com Makkachin logo atrás, ainda dava para escutar o choro do menino, mas logo Victor o colocou no chão, segurando em seus bracinhos, o pequeno andava chutando desengonçado, quando a agua batia em seus pés ele soltava gritinhos.
- chegamos! – me assustei quando Otabek falou muito próximo, olhei pra trás vendo ele e Yurio. Otabek trazia duas cadeiras de praia e Yurio uma caixinha térmica azul.
- que susto. – reclamei voltando a olhar os dois lá na frente. – estão atrasados. Posso saber o motivo? – olhei para Yurio que me devolveu um olhar ameaçador, que na mesma hora me calei. – tudo bem, sente-se aí eu vou até o Victor.
Logo me levantei e fui atrás dois, não perderia a chance de estar perto do meu filho, em sua primeira ida a praia. Seguei em uma de suas mãozinhas e Victor na outra, típica cena, dos pais do lado e o filho no meio e um cachorro.
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