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História Convenção das Bruxas: Halloween Swanqueen - ME LEVA NO BOLSO e Bruxas Malvadas


Escrita por: Robot_unicornio

Notas do Autor


Olá!

Capítulo 3 - ME LEVA NO BOLSO e Bruxas Malvadas


— Regina?!

— Mãe? — Henry gritou também.

— Pega água — Emma instruiu o filho.

Henry correu, encheu um copo com água e voltou correndo para o lado da mãe, jogando o líquido no rosto da mulher.

— Não, Henry! Pelo amor de Deus, era para ela beber a água, não para jogar água nela. — O ratinho que era Emma corrigiu.

— Ah — ele falou sem graça e voltou a correr para pegar mais água.

Henry se ajoelhou ao lado de Regina, levantou a cabeça dela e deu leves tapinhas no rosto dela. — Mãe, acorda.

Regina abriu os olhos, se sentindo tonta, ela passou a mão no rosto. — Por que eu estou molhada?

Henry não respondeu.

— Nossa, eu tive um pesadelo tão esquisito — Regina continuou e riu —, sua mãe tinha virado um rato.

Um silêncio tenso dominou o quarto, até uma vozinha fina voltar a chamar — Regina! — A morena se sentou no chão e a primeira coisa que viu foi o rato olhando para ela, ela não acreditava que o rato ainda estava lá.

Aquele era o maior estresse que Regina estava passando em meses. — O que você aprontou dessa vez, sua idiota? — ela esbravejou.

— Nada — Emma guinchou —, eu só comi um pedaço daquele chocolate na mesa de centro… e virei um rato. — Ai, meu Deus. Eu virei um rato — ela exclamou desesperada, olhando as próprias patinhas.

Regina encarou a mesa de centro, o chocolate aberto e meio comido ainda estava lá. — De onde esse chocolate saiu?

— Eu… Eu ganhei hoje mais cedo — Henry gaguejou —, de uma daquelas senhoras que vieram naquele grupo da associação.

Regina fechou os olhos, apertou a testa e respirou fundo. — Eu estou sonhando — ela concluiu —, se eu me jogar da janela, eu acordo, ou eu morro, o que são duas boas opções.

— Não! — Henry e o ratinho gritaram.

Henry se apressou em entregar o copo de água para Regina. — Toma um pouco para você se acalmar.

Ela bebeu água e se levantou do chão. Regina foi até a mesa e pegou o chocolate, o analisando. — Eu não te ensinei a não aceitar nada de estranhos? — Ela resmungou para Henry.

— Eu não ia comer — ele se defendeu —, deixei aí para te mostrar.

Regina franziu o cenho e encarou o rato, que ainda estava na cômoda. — E você vai comendo qualquer coisa que encontra pela frente? Sem nem saber de onde veio?

— Estava no nosso quarto — Emma se defendeu —, lógico que achei que poderia comer.

— Pelo menos agora você tem um cérebro de um tamanho que combine com a capacidade do seu raciocínio lógico — Regina resmungou.

O ratinho suspirou. — Regina, me traz de volta… Por favor.

Regina deixou uma risada nervosa e seca escapar. — É tudo tão simples, não é, Emma? Você acha que eu consigo resolver qualquer coisa?

O ratinho pareceu magoado. — Coloca sua mãe no chão — Regina resmungou para Henry.

Apesar de todo o absurdo, o ratinho foi parar no chão, perto de Regina. A morena se abaixou, o analisando. Bom, a única coisa que ela concluiu foi que Emma tinha virado um ratinho branco, um camundongo minúsculo com nariz rosado e que ainda tinha olhos verdes. Ela estendeu as duas mãos, tentando um feitiço que trouxesse a mulher de volta.

Não funcionou. Às vezes, não é possível quebrar um feitiço com outro feitiço. A magia é algo misterioso.

— Como era a mulher que te deu esse chocolate? — Ela perguntou para Henry.

— Roupas pretas, cabelos pretos. Ela estava na porta do salão onde aquela Associação vai se reunir.

Regina olhou embasbacada para o filho. Ela não acreditava que era a mulher que havia chamado sua atenção durante o café da manhã. Regina andou até a mesinha, pegando o chocolate, só olhando também não dava para concluir nada. Talvez se ela estivesse em Storybrooke e pudesse usar seus materiais para feitiços…

Por que aquela mulher daria um chocolate daqueles para Henry? — Com certeza elas não são uma Associação Contra a Violência Infantil de verdade — ela concluiu em voz alta.

— Acho que a reunião delas ainda está acontecendo — Emma falou —, se você me levar até lá, eu posso tentar espiar por baixo da porta.

Regina achou a ideia terrível, mas fazia sentido, mesmo assim ela falou — Eu? Levar você?

— É, me leva no bolso e me deixa na porta.

A morena fez uma careta, sem acreditar que teria que andar por aí carregando um rato.

***

Regina Mills estava de casaco, andando pelos corredores do hotel. Sem coragem de enfiar a mão no bolso. — Eu não acredito que você me colocou nessa situação — ela resmungou baixinho.

— Para de reclamar — uma vozinha no bolso dela respondeu —, eu sou limpinha.

Regina parou em frente a uma porta dupla, fechada, a placa do encontro estava lá. Ela fez outra careta e se abaixou, fingindo arrumar algo no próprio sapato. Enfiou a mão no bolso e tirou o ratinho de lá.

— Tem certeza que quer fazer isso? 

— É o jeito, né?

— Vou te esperar aqui, corre para fora caso algo aconteça. Não faça nada idiota! — Regina colocou Emma no chão e viu ela desaparecer por baixo da porta.

***

Emma entrou sem ser notada, claro, ela era uma coisinha minúscula no chão. E o que ela viu foi uma reunião de mulheres estranhíssimas. A sala de reunião tinha um monte de cadeiras enfileiradas, onde as mulheres estavam sentadas. Um tablado estava posicionado na parede oposta a porta, e a mulher que Regina notou pela manhã estava lá, pronta para um discurso.

Emma correu, encostadinha na parede, até conseguir se esconder embaixo de uma prateleira que ficava na parede lateral da sala, de lá ela conseguia enxergar o palco e observar a plateia.

— Suas bruxas malditas e incopetenteeessss — a presidente gritou. — Antes de eu acabar com vocêss, vou deixar que se desmontem. — A mulher falava de um jeito diferente, às vezes, puxando o S como uma cobra. Agora, os olhos dela haviam ganhado uma coloração violeta. — Podem tirar suas luvas.

Todas, de um jeito sincronizado, começaram a tirar as luvas, até mesmo a presidente. No lugar de dedos, o que Emma viu foram garras, compridas, afiadas e distorcidas. Poderiam cortar carne se elas quisessem.

— Podem tirar seus sapatos.

Os barulhos de sapatos sendo tirados encheu o salão, aquele arrastar baixinho de pés, as bruxas não tinham dedos, eram pés quadrados.

— Podem tirar as perucas.

Outra vez, elas se mexeram em sincronia, revelando cabeças cobertas em feridas.

Emma não precisou pensar muito para entender que aquela era uma reunião de bruxas.

As bruxas pareciam bem mais felizes. A presidente, agora parecia uma daquelas bruxas caricatas de desenhos infantis, com um rosto assustador, uma pele flácida e cheia de feridas, era algo assustador de se olhar.

— Hoje pela manhã eu estava olhando pela janela e tomando uma boa bebida, e o que eu vejo? — Silêncio. — O QUE EU VEJO? — Ela esbravejou. — Criancinhas imundas e malditas por todos os lados, aquelas coisinhas inúteis e barulhentas. Eu quero saber o que vocês andam fazendo nessa porcaria de lugar, para não terem acabado com elas.

— Vamos tentar melhorar, Grã-Bruxa. Vossa Majestade vai ser só. — Alguém falou na plateia.

— MELHORAR NÃO É O SUFICIENTE. Eu quero resultado total, quero que acabem com todos esses pestinhas nojentos e imundos.

— Mas é impossível acabar com todas elas — alguém na plateia murmurou.

— Quem disse isso? QUEM DISSE ISSO?! 

As outras bruxas se afastaram, deixando a contestadora visível. 

— De pé! — A Grã-Bruxa exigiu. — Agora, venha cá.

Tremendo a bruxa se encaminhou para o palco. A Grã-Bruxa a segurou pelo queixo. — Você vai se sentar bem ali — ela apontou para o canto do tablado —, e vai aprender a não me questionar. 

Ainda tremendo a outra bruxa obedeceu.

— Vocês, bruxas inúteis, querem ouvir o meu plano?

— Sim, Vossa Majestade.

— Depois de anos trabalhando, testando e reformulando. EU CRIEI UMA FÓRMULA. — A Grã-Bruxa tirou um vidrinho de dentro do decote. — Uma gotinha é o suficiente para fazer efeito, mas o resultado vai demorar. O tempo para o efeito vai depender da dose. Quantidades maiores, trazem efeitos mais rápidos. Querem saber o que a fórmula faz?

— Claro, Majestade!

— Uma única gotinha, e depois de algumas horas a criança vai diminuindo, diminuindo… A pele vai se encolhendo, pelos começam a cobrir o corpo da criança, um rabinho começa a aparecer. — Ela deu um sorriso psicótico — A CRIANÇA VIRA UM RATO!

Aplausos explodiram no salão, como se aquela fosse a ideia mais genial que as bruxas ouviram em séculos. — Obrigada, obrigada — A Grã-Bruxa agradeceu.

As palmas se estenderam. — CHEGA — ela berrou.

— Hoje mais cedo — ela falou decidida —, eu entreguei uma barra de chocolate para um pestinha inútil, mas essas crianças estão cada vez mais imprestáveis, ele saiu correndo e me largou falando sozinha. Eu gostaria de mostrar para vocês a fórmula fazendo efeito. — A Grã-Bruxa suspirou. — Tenho certeza que o pestinha inútil vai acabar virando um ratinho, mas infelizmente não vamos assistir. ENTRETANTO — ela sorriu —, vocês ainda vão assistir à fórmula fazendo efeito.

Ela olhou sorrindo para a bruxa que estava esperando no canto do palco. — Essa criatura imprestável que me questionou — ela apontou —, segurem ela.

Por alguns segundos, todas ficaram imóveis, até se levantarem e caminharem na direção da bruxa desesperada. A agarraram pelos braços e forçaram para que a boca fosse aberta, a Grã-Bruxa se aproximou e pingou três gotinhas na boca da mulher.

Todas se afastaram, esperando os resultados, a bruxa caiu no chão se contorcendo e começou a diminuir, era uma coisa horrorosa de assistir. Ela se arrastou no chão, diminuindo cada vez mais, os pelos crescendo pelo corpo. Logo, uma ratazana feia e cinza estava no chão.

A Grã-Bruxa sorriu. — Um aviso para nunca me questionarem e fiquem sabendo que a fórmula faz efeito em qualquer pessoa, crianças ou adultos, bruxas ou humanos. — Ela apontou o dedo em riste para o rato, um raio saiu de seu dedo e acertou o animal, pulverizando ele no lugar.

— Sabe o que eu quero que façam? — Ela perguntou para as outras bruxas aterrorizadas. — Cada uma de vocês, quando voltar para as cidadezinhas imundas de onde saíram, vai abrir uma loja de doces. Uma loja luxuosa de doces, eu quero os melhores doces que conseguirem encontrar. Vocês vão pingar uma gotinha da fórmula em cada doce que forem vender para as crianças xexelentas da cidade, uma gotinha e o efeito só vai acontecer quando elas já estiverem em casa.

— Como vamos conseguir abrir essa loja, Majestade? — Alguém perguntou.

— Passem no meu quarto essa noite, quarto 27. Vou dar dinheiro para vocês e cada uma vai receber um pouco da fórmula. QUERO QUE ACABEM COM ESSAS CRIANCINHAS INÚTEIS.

Uma explosão de aplausos aconteceu outra vez. — Vossa Majestade é genial!

— REUNIÃO ENCERRADA.

Então, alguém pegou o relance de algo se movendo por baixo da estante. — Majestade? — A bruxa apontou para o lugar. — Acho que o pirralho que ganhou aquele chocolate está aqui.

Todas se viraram, olhando para a prateleira, mas foi a Grã-Bruxa que andou até o móvel e se abaixou para olhar lá embaixo. Ela sorriu, os olhos ficaram violeta outra vez. No chão havia um ratinho branco, enroladinho.

— Sabe quem gosta de ratinhos bonitinhos feito você? — A bruxa perguntou, sorrindo. Não houve resposta. — SERPENTES — ela gritou.

A mulher esticou o braço direito e uma cobra surgiu em seu ombro, se enrolando e descendo por seu braço com magia. — PEGA! 

A cobra pulou no chão, se rastejando em direção ao ratinho. Emma saiu correndo, se encostando na parede. Provavelmente, se ela tentasse chegar até a porta, seria pisoteada. Então, ela avistou uma grade de entrada de ar e correndo passou pela grade.

— Deixem para lá — a bruxa falou —, uma hora alguém mata.

Com isso, elas começaram a se arrumar para saírem da sala.

***

A porta se abriu de uma vez, Regina ainda estava no corredor e tentou disfarçar, a Grã-Bruxa olhou para ela.

— Estou esperando meu filho — ela forçou um sorriso.

— Com certeza ele vai aparecer — a outra resmungou, e passou direto por ela, sendo seguida pelo grupo de mulheres.

Regina esperou alguns minutos, até não ter sinal algum de pessoas no corredor, e entrou na sala. Era uma sala normal, ela olhou por todos os cantos. — Emma? — ela chamou baixinho.

Nenhum sinal do ratinho, Regina olhou por baixo de cadeiras e da estante, deu uma volta no palco e não viu Emma em nenhum lugar. — Emma?! — Ela chamou mais alto, quase entrando em pânico.


Notas Finais


Desculpem qualquer erro, espero que estejam gostando. Me contem nos comentários.


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