Regina e Emma se separaram, saindo do banheiro e indo para o quarto.
— Você deixou minha roupa toda molhada — a morena reclamou —, vou ter que me trocar.
Emma deu um sorrisinho, se secando com a toalha. — Ou você pode viajar assim.
A outra revirou os olhos e foi escolher outra roupa no armário. Emma fez o mesmo, para se vestir, as duas se vestiram e quando ficaram prontas, Regina falou. — Acho que você deveria me ajudar com as malas para sairmos daqui.
As duas mulheres se juntaram na atividade de tirar roupas do armário e colocar nas malas. A maioria das roupas de Emma nem saíram de dentro de sua mala, considerando que na maior parte do tempo ela não precisou de roupa nenhuma, e isso nem ocorreu por um motivo que a loira gostasse.
Minutos depois, as malas estavam prontas e as camas estavam arrumadas, elas deixaram o quarto organizado, Emma aproveitou o momento e passou o braço pelos ombros de Regina, parecendo um adolescente que estava aprendendo a flertar. — Então… as malas estão prontas — ela sussurrou.
Regina Mills franziu o cenho. — Então é a hora de você levar elas para o carro — ela respondeu com sarcasmo.
Em vez disso, Emma se desvencilhou da mulher, só para a abraçar novamente em seguida. — Nem parece que você sentiu minha falta — ela falou manhosa.
Então a porta que separava os quartos se abriu de uma vez. — Emma! — Henry falou espantado — pegando as mães abraçadas.
A loira soltou Regina. — Oi, filho.
— Você voltou? Como isso aconteceu? — Ele perguntou animado e correu para abraçar a mãe.
Emma correspondeu ao abraço, mas lançou um olhar questionador para Regina. — Sua mãe deu um jeito — ela falou —, a gente te explica melhor quando voltarmos para casa. Falando nisso, já arrumou sua mala?
— Já! Estamos indo?
— Sim.
— Vocês não acham que deveríamos dar uma olhada no quarto da Grã-Bruxa antes de irmos? Pode ter algo importante lá.
Depois de todos os acontecimentos, elas quase se esqueceram desse detalhe. — Bom, acho que uma olhada não faz mal — ela falou.
Sozinhos no quarto, com um gesto da mão de Regina, eles foram parar no quarto de baixo, onde a Grã-Bruxa ficou hospedada. Emma já havia vasculhado aquele quarto, mas sendo um ratinho, a experiência de estar lá agora era diferente. Pelo menos ela não precisava escalar a prateleira para conseguir ver o que tinha lá.
O quarto era um quarto normal de hotel, mas com uma quantidade absurda de malas. Cada um da família foi para um canto, mexer no que mais lhe chamou atenção. Regina foi dar uma olhada nos livros da prateleira, Henry foi mexer em uma mala enorme no canto do quarto e Emma abriu o guarda-roupa.
Regina descobriu que os livros eram livros de feitiços, ela também encontrou os outros vidrinhos com a “Fórmula Para Fazer Ratos”, Emma encontrou apenas roupas, e Henry ao abrir a mala encontrou uma pilha de dinheiro.
— Mãe, olha isso! — Ele exclamou, fazendo Regina correr para o seu lado, seguida por Emma.
As duas olharam espantadas para a mala, bem que Emma havia falado que a Grã-Bruxa distribuiria dinheiro para as outras bruxas. — Bom — Henry falou —, acho que depois de tudo que aconteceu, ninguém vai sentir falta das coisas que estão aqui.
***
Regina Mills deu uma gorjeta gorda para alguns dos funcionários e dirigiu sua Mercedes de volta para Storybrooke. A bagagem estava no porta-malas, Emma estava ao seu lado e Henry estava no banco de trás.
— A gente pode parar para comer? Parece que eu não como nada por dias — Emma falou.
— É claro que parece — Regina resmungou.
— Olha, na verdade, eu só fiquei roendo frutinhas nos últimos dias.
A morena suspirou. — Eu paro o carro num posto ou lanchonete.
— Mãe, agora que a Emma voltou a ser gente, será que a gente pode arrumar um ratinho quando chegarmos em casa? Eu vou sentir saudades de ter um — Henry falou.
Regina começou a rir da pergunta, enquanto Emma ficava ofendida. — Eu vou pensar, certo?
— Por favor — ele implorou. — Tipo, não vai ser a mesma coisa, porque não vai ser um ratinho falante, mas eles são fofos — Henry continuou. — A gente pode ter um rato twister branco, são aqueles de laboratório que a gente vê em filme.
Regina sorriu. — Quer que eu faça a Emma virar rato, outra vez? Aí você pode brincar com ela.
Emma olhou indignada para a morena. — Como é?
Regina ignorou a pergunta. — Eu também achava ela mais legal quanto ela era um ratinho — ela falou para o filho.
— Vocês vão ficar tirando com a minha cara agora?
— Eu vou sentir saudades, mas eu prefiro desse jeito — Henry falou com sinceridade.
— Obrigada pelo final da frase — Emma falou irritada.
— Ele é bonzinho — Regina falou —, mas se você me irritar, vou pegar um dos vidrinhos que roubei e despejar no seu café.
Emma fez um careta e se calou, era melhor prevenir irritações.
— Mas falando sério — Henry voltou a chamar a atenção —, podemos ter um ratinho?
— Você vai cuidar bem dele? — Regina olhou para o filho pelo espelho do carro.
— VOU! Eu prometo.
— Então a gente pode — ela concordou e continuaram a viagem para Storybrooke.
***
Emma estava deitada na cama de Regina, a cabeça descansando na barriga da morena. Regina passou os dedos nos cabelos loiros.
— O que a minha ratinha albina está pensando? — Ela zombou.
— Não me chama assim — Emma resmungou.
— Mas é verdade — Regina continuou.
A loira revirou os olhos, mas não discutiu. Elas estavam bem, explicaram para Henry o que aconteceu e o filho aceitou bem a ideia de elas estarem juntas, depois elas contaram para os outros conhecidos e para os pais de Emma, alguns estranharam, outros nem tanto, mas o importante era que elas estavam felizes.
Além disso, antes de saírem do hotel, elas realmente pegaram algumas coisas, a mala com dinheiro foi colocada no porta-malas do carro, os livros também foram empilhados no banco traseiro, Regina pegou todos os vidros com a “Fórmula Para Fazer Ratos”, obviamente ela não pretendia usar aquilo. Mills também encontrou um caderno com nomes e informações sobre outras bruxas do mundo, elas teriam trabalho para fazer, mas só depois de um descanso, quer dizer, não é possível salvar o mundo todo em um único dia.
— Para onde você quer ir na nossa lua de mel? — Regina perguntou.
— Para o nosso quarto.
A morena gargalhou. — Você não quer viajar?
— Não — Emma resmungou outra vez. — Depois dessas férias não vamos viajar nunca mais, o resto do mundo anda mais perigoso que Storybrooke.
— Foi uma experiência — Regina sorriu —, mas você não pode desistir de viajar, não quer ver outros lugares?
— Não, a única coisa que quero ver é você sem roupa.
Mills ergueu uma sobrancelha. — Alguém não perdeu o instinto de querer ficar na gaiolinha.
Emma se remexeu. — Bom, depois do nosso casamento, a gente pensa na lua mel.
Regina sorriu — Certo, ratinha. — Daqui para frente elas teriam muitas coisas para decidirem.
FIM
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