Amor. Uma palavra ao qual Seulgi e Joohyun haviam conhecido porém nunca sentido de uma foram tão intensa. Após a alfa ter marcado a ômega, o cio de ambas finalmente deu certa trégua, Seulgi sentia o seu cheiro em Joohyun, enquanto a mais velha se aconchegava em seus braços deitada tentando recuperar suas forças.
— BoA irá nos matar. — Sussurrou Joohyun algum tempo depois quando ouviu seu celular tocar em algum lugar daquele quarto.
— O que acha de fugir comigo? Jae-Sang tem um ótimo império também na China, podemos ficar ali até que BoA morra. — Sugeriu Seulgi fazendo a ômega rir de seu plano esquisito.
— Você sabe que híbridos possuem uma vida muito mais longa que humanos certo? As ômegas duram muito mais que alfas, então BoA ainda permanecerá viva enquanto você morrer de velhice. — Comentou Joohyun rindo.
Seulgi sabia daquilo, porém a alfa odiava pensar que em breve sua vida mudaria. Agora que havia marcado Joohyun, Seulgi não conseguia simplesmente deixar a ômega, a todo momento ela desejava a companhia agradável de Joohyun.
— Vou falar com BoA, posso pagar por uma semana inteira com você. — Argumentou Seulgi passando sua mão pela mesa de canto que existia ao lado da cama, procurando por seu celular.
— BoA já arrancou muito dinheiro de você. Você não se preocupa em ficar falida?
— Se for para ficar ao seu lado não me importo. Achei que gostava de você apenas por sermos amigas desde pequenas e por todas as coisas que passamos no orfanato, mas agora percebo que não era apenas isso.
— Fiquei muito mal quando você foi embora. Procurei você em meus clientes, mas era realmente difícil. — Desabafou Joohyun recebendo em troca um doce beijo de Seulgi.
— Acho que deveria ter marcado você naquele orfanato.
— Éramos crianças. Que mente suja Seulgi-Ah. — Brigou Joohyun fazendo Seulgi rir.
A alfa se divertia com aquela conversa jogada fora. O celular de Joohyun de repente virou um desconforto para Seulgi.
— Deve ser BoA, ela com certeza está cobrando meu retorno para a boate, afinal você pagou por um dia comigo e já são quase dez da noite. Preciso ir, dessa forma será impossível que ela acredite que não temos nada. — Comentou Joohyun se levantando da cama.
Seulgi detestava aquela realidade. Sua vontade era de ter sua ômega apenas para si. A alfa respirou fundo finalmente achando seu celular, no entanto antes que pudesse reclamar, acabou descobrindo que aquele celular não era o dela e sim o de Joohyun. Enquanto a ômega havia ido ao banheiro, Seulgi encontrou-se em um dilema. A jovem deveria violar a privacidade do celular de Joohyun ou deveria apenas ignorar todas as mensagens? A alfa pensou várias vezes até finalmente decidir escolher pela primeira opção.
Seulgi olhou para o banheiro ouvindo o barulho do chuveiro sendo ligado, sinal de que a ômega demoraria algum tempo. Seulgi agradeceu por Joohyun nao colocar qualquer bloqueio em seu celular, como esperado existiam várias ligações de BoA provavelmente cobrando a presença da bela ômega, no entanto antes que Seulgi apenas ignorasse o dispositivo, o celular vibrou novamente porém desta vez não era o nome de BoA que havia aparecido. Seulgi leu o conteúdo da mensagem sentindo seu lado possessivo ao qual todo o alfa tinha e que agora estava ainda mais intensificado atingir seu ser. A alfa fez questão de apagar aquela maldita mensagem e após achar seu próprio celular, passou o contato daquele número para seu dispositivo. Assim que Joohyun saiu do banho, a ômega se assustou com a presença de Seulgi na porta do banheiro.
— Por Deus! Não me assuste mais dessa maneira! Gostaria de tomar um banho comigo? Posso voltar para a água. — Sorriu Joohyun puxando Seulgi pelas mãos, as colocando em seu corpo.
— Quanto BoA me cobraria para tirar você da boate dela?
— Não acho que ela faça isso Seulgi-Ah, dou muito dinheiro para a casa, e agora com a Taeyeon afastada por conta de sua amiga, ela me pressionará ainda mais.
— Você atende quantos clientes empoderados?
— Posso saber o motivo desse interrogatório Seulgi?
A alfa encarou por alguns minutos a ômega sem responder de fato. Antes que Joohyun questionasse o motivo de tantas perguntas vindas da alfa mais nova, Seulgi a pegou no colo, a levando para sua cama novamente.
— Não irá me falar o motivo para tantas perguntas Seulgi? Por acaso..
— Você está mesmo interessada naquela cantora barata? Eu posso muito bem cantar até melhor que ela. — Reclamou Seulgi encarando Joohyun enquanto ficava por cima da jovem alfa.
— Do que você está falando? Que cantora? — Indagou Joohyun confusa.
— Até parece que você não se lembra dela, porque ela sim se lembra e muito bem de tudo que aconteceu entre vocês. Você havia dito que não dormia com os clientes, ou o problema era apenas comigo? — Acusou Seulgi possessa.
Naquele momento Joohyun observou atenta ao pequeno escândalo que não apenas Seulgi, mas que toda a alfa fazia quando marcava sua ômega. Seulgi não parecia ser alguém possessiva porém todo o alfa ganhava aquela característica ao encontrar sua alma gêmea, assim como um ciúme fora do comum ao qual impossibilitava que qualquer ômega se encontrasse com algum outro alfa que fosse.
— Se você me falar o nome dela talvez eu me lembre e te responda. — Pediu Joohyun subindo no corpo de Seulgi.
— Moon Byul-yi. Acho meio difícil você não se lembrar dela, já que ela falou que está com saudades do seu corpo, das posições únicas que apenas você faz e no quanto ela tem se tocando lembrando daquele dia em que vocês duas ficaram íntimas no camarim de um dos shows dela. — Pontuou Seulgi se lembrando de cada palavra ao qual estava na mensagem com ódio.
— Oh, já sei quem é. Moon Byul-yi é a filha de um político importante, BoA havia me pedido para atendê-la porque o pai de Moon Byul-yi iria fazer uma pequena lei para tirar boates para outros fins como o de BoA e ela me pediu para que dessa vez fizesse mais do que apenas companhia a Moon Byul-yi. Ela tem uma ótima lábia, seria impossível não transar com ela. No entanto isto está no meu passado, só ficamos uma vez e se ela ainda se recorda o problema já não é mais meu. — Exclamou Joohyun tentando de forma fracassada roubar um beijo de Seulgi.
— Ela falou que esta em turnê por Seul, aposta quanto que não deve ser por isso que BoA está te ligando de forma tão desesperada. — Comentou Seulgi odiando o quanto BoA utilizava Joohyun para arrancar dinheiro de qualquer alfa mais rica.
— Não duvido, no entanto, não deveria ficar tão irritada. Você me marcou, se Moon Byul-yi quiser transar comigo, não conseguirá por conta do seu cheiro e do veneno em meu corpo graças a marcação.
— Mesmo assim, não admito que você beije outros lábios que não seja o meu, você é apenas minha Joohyun, a mulher dos meus sonhos e da minha vida.
— Então esqueça isso e venha me fazer sua mais uma vez Seulgi-Ah.
Seulgi sabia daquilo, de que sua marcação impossibilitava outros alfas de tentarem qualquer coisa com Joohyun, porém a alfa que nunca havia se mostrado alguém possessiva e ciumenta agora sentia aqueles malditos sentimentos lhe atingir com uma realidade fora do comum. Naquela noite o celular de Joohyun tocou de forma desesperada, no entanto a ômega não se importava, pois a única coisa ao qual Joohyun queria era ser amada por Seulgi e naquela noite aquilo acabou ocorrendo com cada vez mais força. Enquanto isso, em Seul, BoA que já queria matar a jovem ômega recebeu a visita que não imagina ter tão cedo.
— BoA? Onde está a sua melhor? Estou mandando mensagens para ela e Joohyun não me responde. — Reclamou Moon Byul-yi entrando no escritório da ômega mais velha junto com seus seguranças.
— Ah, como sabe Joohyun é minha pedra preciosa e ela apenas atende a nata da sociedade.
— Sei disso, por isso vim oferecer setenta e dois bilhões de Wons, todo o dinheiro arrecadado no meu show de hoje a noite para passar a semana com Bae Joohyun. Possuímos um acordo? — Indagou Moon Byul-yi vendo o olhar de BoA brilhar ao ouvir a rica proposta da carismática cantora.
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