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História Correntezas Negras - Capítulo XVII - Honra e Herança


Escrita por: ThammiRB

Notas do Autor


✦Olá amores^^✦

✦Nesse sábado de frio, nós teremos uma atualização dupla! Um capítulo de Correntezas Negras e logo em seguida um de Amiúde >< ✦

✦ Boa leitura ✦

Capítulo 17 - Capítulo XVII - Honra e Herança


Fanfic / Fanfiction Correntezas Negras - Capítulo XVII - Honra e Herança

Correntezas Negras

Capítulo XVII

Honra e Herança

Sakura apenas observava Hinata andar de um lado para o outro. Entendia a agonia dela. Os sentimentos que a Hyuuga tinha por Ino eram idênticos aos que nutria por Naruto. Mais do que amigos, eles eram irmãos de alma que tinham se encontrado naquele mar enorme.

- Acha que ela vai ficar bem? Deus, eu devia ter explicado melhor para ela como se engravida! Devia ter me atentado a esse detalhe quando nos encontramos, mas o fato dela ser metade peixe anuviou por completo meu juízo!

Piratas, sereias, tesouros do oceano, intrigas, monstros do mar e sabe-se lá mais o que...

- Hinata, eu vou precisar dar um tapa na sua cara para você se acalmar?

- Não... - A morena massageou as têmporas e sentou ao lado da médica.

Não sabia o que sentir com aquela gravidez. Nunca pensou que houvesse retorno para Ino, não conseguia visualizá-la de volta a Konoha frequentando a alta sociedade, aceitando todas aquelas regras que iam totalmente contra ao instinto de sua real natureza. 

Porém, jamais considerou uma criança. Aquela era uma adição pesada. Particularmente não sentia o menor desejo de gerar uma vida, mas respeitava demais aquele laço que todos sabiam ser sagrado.

- Como será que o Shukaku vai reagir a isso? Será que ele vai aceitar? – Mordeu os lábios, preocupada.

- Acredito que sim. – Sakura deu os ombros. – Gaara compartilha com Naruto uma “obrigação de capitão”, sempre colocam a segurança daqueles que estão sob seu comando em primeiro lugar. Se ele presa pela sua tripulação, com certeza também vai presar pelo seu filho. Isso sem contar que Shukaku está completamente apaixonado pela sua amiga.

- Suponho que eles não possam reclamar, não é? – Hinata estreitou os olhos. – Agindo iguais dois coelhos no cio.

Sakura gargalhou e arqueou a sobrancelha.

- Pode culpá-los? Para nós piratas as coisas nessa vida que valem a pena são bem simples. – Elevou a mão para enumerá-las. – Navegar, saquear, beber e foder.

A perolada bufou revirando os olhos e negando com a cabeça. Bem, os piratas faziam suas próprias regras.

- Imagino que nunca teve que se preocupar com isso...?

- Nunca. – Afirmou Sakura. – Só mais uma vantagem das minhas preferências. Dois iguais não se reproduzem e eu não tenho a menor vontade de reproduzir. Cuidar daqueles cabeçudos já é trabalho o suficiente para mim.

Hinata riu, aí estava outra coisa que elas tinham em comum. Aproximou-se da Haruno que imediatamente aqueceu o olhar e acariciou o rosto da morena. Por ter passado a maior parte da vida em terra firme, e ser de uma família bem abastecida, a Hyuuga sempre recebeu ótimos cuidados. A pele dela era como seda, diferente do que estava acostumava.

- Vem cá que eu vou te relaxar, Lady Hyuuga. – Sakura provocou desamarrando a blusa de algodão da morena e mordiscando de leve o pescoço branco.

A nobre sequer pestanejou apenas tombou a cabeça para o lado sentindo os dentes da médica beliscarem a pele sensível arrepiando todo o seu corpo. Levantou os braços para ajudá-la a tirar a blusa e Sakura imediatamente massageou seus seios fartos com vontade.

As bocas femininas se uniram em um beijo entregue e a Haruno retirou suas vestes às cegas. Colou o peito no da morena esfregando seus bustos, encerrando o beijo com uma leve mordida.

Ansiosa a pirata desceu os lábios até um dos mamilos escuros que já estava bastante entumecido e o contornou com a língua fazendo Hinata jogar a cabeça para trás em um gemido baixo. O outro bico era beliscado pelos seus dedos sem cuidado. Já tinha reparado que a outra gostava das coisas um pouco bruscas.

- Saudades de chupar essa bocetinha. – Riu beijando o umbigo da Hyuuga.

Hinata sorriu também mordendo o lábio inferior e encarando diretamente as íris verdes que brilhavam ladinas.

- Você quer me ouvir pedir, não é? – Diminuiu o olhar febril. – Eu peço. Me chupa.

Em um movimento para lá de rápido, Sakura levantou da cama e retirou a calça de couro e em seguida puxou a de Hinata trazendo junto à roupa íntima que ela usava. A morena não perdeu tempo em afastar os joelhos expondo a feminilidade encharcada pela excitação.

A perolada se apoiou nos cotovelos querendo ver tudo o que Sakura ia fazer. A Haruno umedeceu os lábios e olhando no seu rosto lambeu toda a vulva inchada e emoldurada pelos delicados pêlos escuros. Assim que sentiu o músculo quente explorando sua região mais íntima, Hinata gemeu alto, quase tirando os quadris da cama. A diferença entre Sakura e seus outros amantes, era que a pirata sabia exatamente o que fazer para deixá-la louca de prazer.

A médica aproveitou para enfiar dois dedos na entrada úmida, ao mesmo tempo em que seus lábios envolveram o clitóris inchado passando a chupá-lo com cuidado, estocando sem parar.

Hinata agarrou o cabelo claro com uma das mãos perdendo o controle dos sons de prazer que saíam da sua boca. Não conseguiu mais ficar apoiada no cotovelo e deitou as costas usando a mão livre para massagear os próprios seios.

- Ah, Sakura! – Chamou sem folego sentindo contrações começarem no seu sexo. – Hmmmm... Eu vou gozar!

A pirata redobrou seus esforços até levar a parceira ao orgasmo que a fez ficar sem ar. Ajoelhou na cama lambendo a umidade dos próprios lábios que estavam bem inchados. Voltou beijando toda a barriga da outra dando tempo para que ela recuperasse um pouco a razão.

- Deus do céu! – A morena suspirou. – Você é boa demais nisso!

- A sua disposição milady.

As duas trocaram mais alguns beijos, enquanto Sakura acariciava a coxa dela, antes de erguer a perna alheia e coloca-la sobre o seu ombro encaixando seu sexo no dela passando a fazer movimentos de vai e vem bem devagar no inicio, mas que foram ganhando intensidade junto dos gemidos das duas que encheram a cabine.

Hinata arqueou os quadris e as costas tomada pelo prazer e isso fazia seus seios balançarem, uma visão puramente erótica para Sakura. O suor banhava a pele de ambas. Seus movimentos ficaram mais descontrolados a cada segundo. As duas alcançaram o orgasmo praticamente ao mesmo tempo.

A morena perdeu as forças após segundo o orgasmo e tombou a cabeça no travesseiro, exausta e satisfeita. Sakura caiu do lado dela olhando para o teto, também bastante saciada. Após algum tempo, se virou para olhar a nobre e dedilhou o estômago dela.

- Você já pensou em como vai ser?

- Como vai ser o que? – Hinata abriu os olhos.

- O futuro.

A perolada franziu a testa. Tentava não pensar nisso porque sabia que seu futuro era obscuro. Àquela altura seu pai já devia ter descoberto sobre sua fuga e mesmo que não tivesse, logo iria. Mas mesmo que por um milagre, Hiashi a aceitasse de volta... Queria voltar?

- No momento estou concentrada em ficar viva. – Impulsionou o corpo montando em Sakura. – Que tal aproveitarmos enquanto podemos?

- Eu acho ótimo.

☠☠☠

Mesmo distante, os oficiais da marinha que faziam a ronda, reconheceram o navio do Almirante Danzou Shimura, “Sangue Negro”. A madeira utilizada para a construção era mais escura do que o normal e fazia jus ao nome do navio, ou isso era o que a maioria pensava.

Na verdade, o apelido surgiu da reputação de Danzou. Diziam que antes dele entrar para a marinha tinha massacrado muitas ilhas do extremo arquipélago. Algumas civilizações nunca tiveram contato com ninguém de fora. Em uma delas o chefe local, que foi o único a sobreviver começou a contar uma lenda sobre um demônio que tinha o sangue preto, pois refletia a escuridão do seu coração.

Danzou achou graça e depois de matar o ancião, decidiu que era assim que seu navio seria conhecido. Sangue Negro. Para que seus inimigos soubessem que não poderia esperar piedade dele, assim como não se espera piedade dos demônios.

Claro que tudo isso eram apenas boatos e não havia como confirmar nada. Desde o momento que ingressou para a marinha de Konoha nunca se soube de nenhum ato desonroso do Shimura.

Contudo, há um ditado que diz: as pessoas aumentam, mas não inventam.

- Bem vindo de volta a Konoha, Almirante. – Um soldado prestou continência.

- Algum problema na minha ausência?

- Nenhum senhor. – Começou o relatório conforme caminhavam para a carruagem. – Não há notícias de Lorde Minato desde que ele deixou Suna, nem do Capitão Itachi.

Os cantos das sobrancelhas do Shimura contraíram de leve. Em relação à Minato não tinha grandes preocupações, ele não passava de um tolo cego pelo seu próprio luto. Muito em breve não teria que se preocupar nunca mais com a existência do Namikaze. Logo, toda a guarda real estaria caçando-o e com sorte seria executado antes que perguntas fossem feitas.

Entretanto, Itachi era outra questão.

Conhecia bem demais as maneiras do Uchiha. Ele enviava relatórios de tempos em tempos sem falta. Aquela falta de notícias do Amaterasu parecia bastante suspeita. Tinha enviado uma ordem para prender Shisui por traição. Sabia que tinha sido um movimento arriscado, porém precisava testar até onde a lealdade de Itachi ia.

Como militar ele era exemplar e alimentou o orgulho dele com as memórias de Fugaku em todas as oportunidades que teve. Manipulou Kagami do mesmo jeito, depois da morte de Rai e dá de Fugaku foi fácil controlar o mais velho dos Uchihas. Sem falar naquele preconceito dele em não aceitar a relação entre o filho e o sobrinho, relação essa que era clara para qualquer um que tivesse olhos para ver.

Apenas Shisui relutava em aceitar sua presença. O projetista era inteligente e isso não tinha como negar. Se Itachi tivesse colocado seus sentimentos pelo primo acima de uma ordem direta sua então significava que era hora de dar um fim a ele também.

Foi chocante descobrir que o primogênito de Fugaku sobreviveu ao ataque deles. O menino ficou em condições terríveis, mas lutou pela vida. Aquela demonstração de força o fez pensar que talvez Itachi tivesse herdado alguma coisa do poder da mãe. Por isso fez questão de ficar por perto para observá-lo e estudá-lo.

No entanto, ele demonstrou ser mais filho do pai do que de Mikoto. Nenhuma habilidade sereiana, apenas um marinheiro de ponta. Teve a sua utilidade através dos anos. Só era frustrante que nem os gêmeos que ele gerou fossem tão normais.

- Almirante, espero que tenha feito uma boa viagem.

- Fiz sim Ibiki. – Cumprimentou o segundo imediato assim que chegou ao Quartel General da Marinha.

Ibiki Morino era o segundo no comando do seu navio, mas naquela incursão em particular preferiu deixá-lo na Ilha. Ele era demasiado leal aos Namikaze para que pudesse arriscar. Levou consigo apenas os homens que tinha certeza que abraçavam a sua causa e acreditavam fielmente nas mentiras que tinha orquestrado.

- Todas as correspondências e relatórios estão em cima da sua mesa.

- Ótimo. – Retirou o chapéu e afrouxou o lenço do pescoço. – Vou olhá-los imediatamente. Você pode se retirar.

- Preciso informá-lo que a Lady Tsunade deseja falar com o senhor assim que possível. – Ibiki relatou. – Ela ficou bastante aborrecida por ter saído da ilha sem avisá-la.

- O assunto que fui tratar era de natureza pessoal e não oficial. – Precisou lutar muito contra a vontade de revirar os olhos e rir da prepotência daquela mulher. – Não se preocupe que vou procurá-la assim que possível para esclarecer isso.

O Morino concordou e saiu do gabinete do Almirante fechando a porta atrás de si. Permaneceu com a mão na maçaneta por algum tempo refletindo. Em outros tempos, Danzou teria corrido para a Fortaleza falar com a Namikaze. Pelas costas dele todos o chamavam de “cão de guarda” da loira.

Aquele era um comportamento no mínimo incomum da parte do Shimura.

Assim que o subordinado saiu, Danzou deixou todo seu desprezo aparecer na face e riu divertido da estupidez do resto mundo. Era tão fácil, tão simples enganar todos eles! Aquele jogo quase perdia a graça.

Passou os olhos pelos papéis e reconheceu o selo que apenas Hanzo utilizava para falar com ele. Era uma falsificação do selo real, para garantir que ninguém abrisse as cartas trocadas, já que era um crime abrir as cartas vindas do rei. Aquele também era um truque que só usavam em casos de extrema necessidade. Alguma coisa grave devia ter acontecido para o Salamandra arriscar dessa maneira.

Abriu o envelope afoito e devagar começou a ler as palavras...

O texto era longo e cheio de detalhes que o fizeram trincar os dentes em diversos momentos. O filho mais novo de Mikoto estava vivo! E tinha tudo que o irmão não tinha, inclusive o Colar de Conchas! A capacidade de mudar e de usar os poderes do Tesouro do Oceano. Poderoso a ponto de quase afundar o Vontade Obscura.

Precisava pensar com calma. Se os irmãos Uchihas tinham se reunido e de alguma forma Sasuke soubesse a verdade sobre o assassinato dos pais e tivesse contado a Itachi...

Isso acelerava os planos.

Contra Itachi iria precisar de algum trunfo e por sorte tinha dois à sua disposição, bem ali em Konoha e ao alcance das suas mãos.

☠☠☠

Os braços de Kushina apertavam com força Naruto em um abraço saudoso e de puro alívio em sentir seu filho vivo e a salvo. Mal dava para crer que ele havia conseguido sobreviver ao Kraken e tudo isso graças a Sasuke. Iria ser grata ao moreno pelo resto da sua vida.

Naruto, por outro lado, apesar de estar feliz em ver a mãe, estava rígido e mal retribuía o abraço. Sua atenção estava completamente fixa no homem a poucos passos deles e que a aparência era muito similar a sua. Quando Sasuke anunciou que um navio estava se aproximando de ilhota naturalmente ficou ansioso, não demorou muito para reconhecer a bandeira da Ilha de Konoha. Nunca se esqueceu daquela bandeira.

Sasuke ficou atrás dele e disse que se houvesse qualquer problema eles correriam para o mar, contudo ambos foram surpreendidos com a visão de Kushina no bote. Não passou despercebido ao moreno como o rosto de Naruto ficou sombrio.

- Meu querido. – Kushina foi em direção ao Uchiha e o abraçou com igual carinho. – Muito obrigada por ter salvado o meu filho.

- A Ino foi quem fez a maior parte do trabalho.

- Mas foi decisão sua perdoar o que ele fez. – Sussurrou segurando o rosto dele. – Eu sabia que Naruto iria se atropelar no meio desse sentimento de vingança. Tentei avisar, mas há certos caminhos que precisamos percorrer para aprender seus significados.

Sasuke concordou. Não importava mais. Tinha decidido deixar a mágoa para trás. De uma forma ou de outra Kurama iria ter sua chance contra Hanzo de novo, afinal aquilo não terminaria enquanto o Salamandra estivesse vivo.

A despeito das palavras trocadas entre Kushina e Sasuke, Naruto não prestou na interação. Olhando fixamente para Minato que devolvia o olhar com a mesma intensidade.

Para o Namikaze era difícil conter a emoção. Mesmo que Kushina tivesse dito, mesmo que soubesse que estava indo de encontro ao filho que só soube da existência há poucos dias, não havia como se preparar para aquilo. A imagem de Naruto era algo que o tinha surpreendido porque eles eram tão parecidos que poderiam facilmente passar como irmãos.

- Será que pode explicar? – Naruto falou quando Kushina soltou Sasuke. – Por que exatamente está em um navio de Konoha?

- Acho melhor nós voltarmos ao navio. – A ruiva entrelaçou o braço com o do filho. – O pai da Ino está a bordo e tenho certeza que ele quer notícias dela e... Nós temos que conversar.

Um músculo se repuxa no rosto do capitão do Kyuubi, mas ele preferiu não discutir. Precisava sair daquela ilha e encontrar seu navio e sua tripulação o mais depressa possível, então não iria arrumar briga, não quando estava em uma posição de desvantagem.

O clima no bote quase fazia com que Sasuke preferisse ficar na ilha. Era a primeira vez que via Naruto com aquele tipo de expressão. O outro homem que claramente se parecia com o Uzumaki não conseguia desviar os olhos dele que retribuía com frieza ardente. De repente se recordou que Sakura já havia mencionado que o loiro era filho de um figurão aristocrático.

Minato e Kushina estavam sentados lado a lado com as mãos encostadas e esse detalhe não passou despercebido a Naruto que desviou a cara para o outro lado e avaliou a embarcação. “Relâmpago Dourado”, era um nome bom demais para alguém de Konoha.

Assim que eles pisaram no navio a diferença ficou para lá de óbvia. Enquanto o Kyuubi tinha uma desorganização equilibrada, aquele navio era muito certinho. Os marinheiros usavam o uniforme padrão e Sasuke apertou os lábios para não rir sem entender porque achava isso engraçado. Já Naruto entortou os lábios em completo desagrado.

- Minato você... – Kagami parou na hora de falar na hora ao ver os dois jovens que tinham voltado junto com o Namikaze.

Não protestou quando o loiro falou que iria apenas com dois homens e Kushina até a ilha, até porque não acreditava que estavam realmente seguindo as instruções de uma mulher cega.

Quando Minato anunciou em alto e bom som que tinha um filho, foi uma surpresa e tanto e muitos estavam descrentes, mas agora, frente aquele rapaz que era idêntico a ele...

- Depois Kagami. – O lorde de Konoha falou baixo. – Vamos conversar na minha cabine.

- Eu acho melhor eu esperar aqui. – Sasuke protestou quando Naruto segurou sua mão. – Acho que sua mãe precisa falar algo sério com você.

- Tem certeza que vai ficar bem?

- Estive a bordo do Hydra, lembra? – Riu de leve rodando os olhos. – Comparado a tripulação do Serpente Albina e do Kyuubi esses aqui não parecem grande coisa.

- Nisso eu tenho que concordar. – Bufou resignado. – Já volto.

O trio desapareceu por um dos corredores sob os olhares nada discretos do resto da tripulação. Foi preciso um comando energético de Kagami para que eles voltassem a trabalhar.

- Com licença.

- Sim? – Assim que os olhos do Uchiha bateram naquele garoto ele sentiu as pernas gelarem. Não tinha dado muita atenção a ele até porque havia ficado meio escondido às costas do que era a personificação jovem de Minato.

- Pode me dizer onde está o senhor Yamanaka? Eu preciso falar com ele.

- Ele está ali. – Apontou para o lado.

- Obrigado.

- Hã... Senhor Yamanaka? – Chamou e piscou surpreso ao ver que o homem a frente era muito, muito parecido com Ino. – Meu nome é Sasuke Uchiha, eu tenho notícias da sua filha.

Kagami arregalou os olhos e se virou tão rápido que seu pescoço estalou.

- O que?! – O rosto do comerciante se encheu de energia. – Notícias de Ino? Ela está bem? Ela está viva?!

- Ela está bem. – Garantiu com calma. – Ela não está ferida e está a salvo.

- Onde ela está?!

- Ela está a bordo do Ichibi. – Diminuiu os olhos preocupado com a reação paternal e se acrescentou em explicar. – Lá em Suna ela foi capturada por uma quadrilha que iria leiloa-la. Por coincidência o Shukaku estava lá e a salvou e posso garantir que ele não fez mal nenhum a ela.

Pularia a parte em que os dois eram amantes agora, talvez o coração de pai do senhor a sua frente não aguentasse o baque e essa era uma conversa que Ino que deveria ter.

- Quando você a viu pela última vez... – A voz de Inoshi tremeu. – Ela estava bem?

- Sim, muito bem. – Usando a voz para espantar o Kraken, mas era outra coisa que preferia não dizer. – Gaara é um homem decente... Para um pirata. Ele e Naruto são muito próximos e com certeza está procurando por ele, então eu acredito de verdade que não vai demorar muito para reencontrar a sua filha.

Inoshi sentiu que iria hiperventilar e com esforço se controlou. Precisava estar inteiro para quando encontrasse com sua garotinha. Precisaria ter forças para contar a ela.

- Obrigado. – Sentiu a visão oscilar e segurou a murada. – Eu... Eu acho que vou comer alguma coisa.

- Sim, faça isso. – Sasuke se solidarizou com a palidez do outro.

Conhecia bem aquele tipo de fraqueza que acontecia quando os monges o puniam com jejum. Uma coisa era certa. O pai de Ino com certeza a amava muito. Isso o fazia se perguntar em como serião as deciões da loira para o futuro.

- Você parece com sua mãe.

O moreno franziu a testa e encarou o homem que tinha falado anteriormente se dando conta das semelhanças físicas entre ele e Shisui.

- Você é...?

- Kagami Uchiha. – Os olhos negros estavam cheios de lágrimas. – Eu não consigo acreditar que você está vivo Sasuke. Como isso é possível?

Eles nunca encontraram o corpo de Mikoto e na melhor das hipóteses deduziram que ela foi jogada no mar, até porque os rastros os levaram até o desfiladeiro. Como Sasuke também não foi encontrado eles acharam que...

Sasuke avaliou o primo de seu pai com atenção. Sabia que foi por interferência dele que Itachi e Shisui não ficaram juntos no passado. Não é que não compreendesse o comportamento. Para alguém que foi criado com crenças enraizadas era difícil de entender que o mundo não era preto no branco. Sabia melhor do que ninguém já que os monges tentavam enfiar a definição deles de certo e errado goela abaixo sem respeitar a opinião e sentimentos de ninguém.

Mas um pai não deveria amar seu filho acima de qualquer coisa? Não deveria querer a felicidade dele acima de qualquer preconceito?

- Como é possível? – Sorriu de lado. – Depende. Você acredita em sereias?

Já tinha alguns bons minutos que a porta da cabine havia sido fechada e ninguém dizia uma palavra. Até para Kushina que geralmente lidava bem com as situações mais adversas da vida, não tinha certeza em como explicar...

- Naruto, eu...

 - Você o que mãe?

Minato comprimiu os lábios, ciente de que aquele não devia ser o tom que Naruto falava com Kushina.

- Naruto, nós não fomos apresentados direito. – Interviu ansioso. – Eu sou Minato Namikaze.

- Eu sei quem você é. – Estreitou os olhos irritado. – Lorde de Konoha, criador da Marinha mais forte do arquipélago que tem como passatempo caçar piratas. Eu me esqueci de alguma coisa?

- Ele é o seu pai também. – Kushina cruzou os braços. – Pare de fingir que não sabe disso.

- Eu não tenho pai. - Decretou com a mesma firmeza que Kushina tinha falado e com um desafio claro na voz.

Minato engoliu a seco e respirou fundo. Deveria saber que não seria fácil.

☠☠☠

O navio da Akatsuki já tinha chegado há horas, mas ninguém sabia disso. Eles usaram o antigo porto da família Uchiha que ficava em uma parte desabitada da ilha. A casa de Fugaku estava lá, abandonada e maltratada pelo tempo. Dava para entender porque Itachi não gostava de ir naquele lugar.

Assim que chegaram, Yahiko não perdeu tempo em enviar as duplas para investigar o que tudo o que podiam. Apenas Konan permaneceu no navio e agora já era a hora deles se reunirem de novo.

- Quem falta? – Perguntou para Nagato.

- Apenas Sasori e Deidara.

- Já estão chegando. – Kakuzu apontou para com o queixo para as duas sombras que se moviam furtivamente.

A última dupla entrou sem fazer barulho e retiraram os capuzes agitados.

- Nós temos um problema. – Sasori nem esperou permissão para falar. – Metade da marinha de Konoha já não é mais leal a Minato. Talvez mais da metade, são por inteiro homens do Almirante.

- Ele vai tentar dar um golpe…? – Yahiko respirou fundo.

- Tentar não. – Deidara afirmou sério. – Ele já deu.

- Como assim? – Hidan ficou de pé.

- Essa última viagem dele foi para o Continente, uma audiência com o Rei Hiruzen Sarutobi. Está acusando o Lorde Namikaze de conluio com piratas para retirar o poder da coroa de Konoha e tornar as ilhas do arquipélago independentes.

- E o Rei acreditou nisso? – Konan soou descrente. – A família do Minato está entrelaçada a nobreza a gerações.

- Parece que ele apresentou provas contundentes. – Sasori meneou os ombros.

- Provavelmente falsificadas. – Yahiko passou a mão pelo cabelo. – Ele deve está planejando isso há anos. Se aproveitou do fato de Minato ter dado autonomia para ele administrar a marinha.

Danzou havia bancado o bom e humilde subordinado por muito tempo. Os mais corajosos o chamavam de "Cão de Guarda” da Lady Tsunade, pelas costas é claro. No entanto, agora estava claro como cristal que cada passo dele foi meticulosamente calculado.

- Homenzinho dissimulado... – Konan olhou para Yahiko. – O que vamos fazer com relação à família do Itachi? Ele não vai apoiar o Danzou nisso com certeza.

O líder da Akatsuki encarou o horizonte pensativo. Não podia ser coincidência, Danzou dá aquele passo arriscado e enorme ao mesmo tempo que Hanzo reaparecia no mar. Aqueles dois eram mesmo aliados e estavam atrás dos “Tesouros do Oceano”. Itachi era filho de uma sereia, provavelmente foi por isso que o Almirante fez questão de mantê-lo por perto durante todos aqueles anos.

- Vamos tirar a esposa e os filhos do Itachi da ilha. - Decidiu rápido. - Mesmo se a Izumi não aceitar, pelo menos as crianças precisam sair daqui.

Se aqueles gêmeos tivessem herdado alguma coisa da avó estariam em grave perigo.

 


Notas Finais


✦Acho que o Naruto não ficou muito feliz em ver papai não ಠ_ಠ Minato que lute para conquistar o filho agora ✦

✦Vários momentos tensos e Ino e Sakura só no love rsrsrsrs ( ͡° ͜ʖ ͡°) tomaram o lugar do Sasuke e do Naruto =D ✦

❤❤❤


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