P.O.V Melissa Sampaio
Justin mal consegue disfarçar o quanto eu mecho com ele, quase me come com os olhos e eu gosto disso. Claro que dou uma ajudinha tentando provocar, adoro bancar a difícil.
A fila estava enorme, mas Justin conversou com os seguranças que logo liberaram a nossa passagem e ouvi alguns chingamentos das pessoas que estavam na fila, por termos passado na frente, mas o ignoramos.
Entramos em um tipo de corredor escuro com a luz neon, e o som do rap estava abafado. Assim que acabou o corredor, tinha uma porta dupla que um segurança troglodita abriu dando pra nós, a visão de onde estava acontecendo à festa. Era demais. Nunca vi algo assim antes. O DJ ficava lá na frente em cima de uma espécie de deck, tinha uma pista de dança enorme e escadas que davam para o camarote. Havia pessoas gatas, muito gatas, de todos os tipos, e pelo nível da festa dava pra saber que só tinha gente montada na grana ali. Não tinha nem começado e estava todos dançando e drogados.
Sentei em uma mesa procurando pela Nick e não a achava. Bieber se sentou na minha frente e logo o garçom, que era gato por sinal, veio marcar nossos pedidos.
- Trás pra mim uma long neck da Cerveja Eisenbahn. – Bieber disse enquanto mexia no seu celular.
- Vou querer uma caipirinha de morango com a vodka absolut, pode colocar bastante tá? E... Quem sabe seu número - Sorri sapeca. Qual é? Ele é lindo.
O garçom piscou sorrindo e saiu.
- Que coisa ridícula dando em cima do garçom, está faltando homem na sua vida? – Bieber disse rindo ainda com sua atenção no celular.
- Graças ao bom Deus homem não falta. Mas aquele garçom é um pedaço de mau caminho, adoraria da uns beijinhos nele. - Sorri mordendo o lábio inferior.
O garçom trouxe as nossas bebidas deixando ao lado do meu copo um papel com seu número, peguei o mesmo e coloquei no sutiã.
Minha bebida estava acabando muito rápido, tive que pedir mais umas três caipirinhas depois da primeira.
- Tem algum baseado ai? Cigarro? – Perguntei com a voz “boba”. Eu realmente estava bêbada.
- O que eu ganho se eu te dar? – Bieber se ajeitou na cadeira debruçando na mesa me olhando malicioso.
- Um obrigada, se achar pouco, dou um aperto de mão. – Disse irônica.
- Para de ser chata garota – Justin riu revirando os olhos.
- Vai, anda logo. - Pedi manhosa.
- Não vou te dar nada, você já está loucona, não precisa usar mais nada.
- Eu estou de boa, garoto. Vai ficar me tratando como meu pai agora? Cadê o Bieber do mal? – Disse me levantando – Pode deixar que eu vou dar o meu jeito.
Fui até o centro da pista de dança, e comecei a dançar sensualmente rebolando a minha bunda. Eu era brasileira, e a coisa que eu mais sabia fazer era usar meu bumbum. Muitos caras se aproximaram de mim e eu dei fora em todos eles, eu não estava procurando um homem ainda. Fitei o lugar procurando o garoto mais gato e com cara de que tem um baseado.
Todos ali eram muito engomadinhos pro meu gosto. O meu tipo era mais diferente, aqueles caras “não príncipe”. Gosto de homem com o cabelo bagunçado, com tatuagem, calças largas... E no lugar de um cavalo branco um belo de uma Ferrari pra apostar rachas. Não sei se isso é errado, porque na maioria das vezes eu acabo me fodendo. Mas fazer o que? Eles são sexy demais, impossível resistir.
Logo avistei um que estava encostado no bar me olhando com um sorriso malicioso no canto da boca.
“Aquele ali”, pensei comigo. Fui me aproximando dele ainda dançando.
- Uma dose de tequila, por favor – Pedi para garçom e ainda continuava olhando o gatinho do lado.
- E aí princesa – Ele me disse se aproximando um pouco mais.
Se eu não estivesse bêbada eu poderia afirmar que eu tinha morrido e ido direto para o paraíso. Que homem é aquele?
- E aí gatinho – Disse com uma voz mole, eu estava completamente bêbada.
- Qual é seu nome? - Ele perguntou molhando os lábios.
- Melissa, mas pode me chamar de Mel. E o seu? - Sorri com a pior cara de safada.
- Luke, mas pode chamar de meu amor. – Eu ri da cantada barata.
Seus olhos encaravam a minha boca esperando desesperadamente por alguma atitude minha. Mas eu não queria nada com ele, queria apenas um cigarro. Por mais que ele seja lindo, não vamos esquecer disso.
- Prazer em te conhecer Luke – Falei me afastando e sentando em um banquinho ali.
Cruzei minhas pernas lentamente, e Luke não tirava os olhos de mim, prestava atenção em cada movimento que eu fazia. Olhei por cima dos seus ombros e lá estava o Bieber revirando os olhos.
- Prazer todo meu – Ele tomou da sua bebida matando ela fazendo uma pequena careta.
- Aqui está sua dose – O garçom colocou o copo sobre a bancada.
- Então Luke, o que você tem ai?
- Como assim? – Luke disse sorrindo, e que sorriso.
- Cigarros, baseados? – Bebi a dose de uma vez e fiz uma careta sentindo o liquido descendo rasgando em minha garganta.
- Os dois e tudo que você quiser princesa. - Ele deu uma piscadela.
- Cigarros, é disso que preciso.
- Quantos você quiser – Ele retirou um maço de dunhill carlton do bolso estendendo até mim.
Peguei dois, coloquei no meio dos meus seios, e peguei mais um. Levantei-me, dando um beijo demorado e molhado em sua bochecha e sussurrei um “Obrigado, espero te ver de novo” em seu ouvido.
Voltei para a mesa pegando o isqueiro do Bieber que estava sobre a mesma e acendi meu cigarro dando um trago aliviando a minha tensão.
- Viu? Não preciso de você pra nada. – Assoprei a fumaça pra cima.
- Você precisa de mim pra tudo agora Melissa, só que ainda não percebeu – Ele deu um trago no seu baseado, que mais parecia uma tora de tão grande.
- Você se acha demais não é mesmo Bieber? – Começou a sessão de amor próprio.
- Sou apenas realista, já te disse isso. – Ele deu de ombros.
Revirei os olhos dando outro trago.
- Cadê a Nicole? – Perguntei cambaleando sentada na mesa, se é que isso é possível.
- Esta com o Ryan - Disse obvio.
- Ah jura? – Bufei – A onde eles estão?
- Perto do DJ – Ele apontou pro canto do local.
- Vou lá – Sorri maliciosa.
Levantei-me cambaleando, com o cigarro em uma mão e o copo em outro e enxerguei Ryan e a Nick aos beijos em um canto.
- E aí priminha? – Passei a mão sobre seu ombro e comecei a dançar. - Essa festa tá do caralho!
- Já está bêbada Melissa? – Nick me olhou brava.
- Só foram algumas doses. - Dei um trago no cigarro.
- E fumando também? - Ela perguntou brava tirando meus braços do seu ombro.
- Você é muito careta Nicole, como você aguenta ela Ryan?
- Eu gosto dela exatamente por isso, não tenho que levar ela pra casa totalmente bêbada depois da balada – Ele riu. Passando seu braço pelo ombro dela.
- Dois caretas! - Afirmei - Se merecem.
Logo o DJ parou a música e eu pude ouvir um “uhhhhhh” da festa toda.
- Calma, calma pessoal, essa festa esta muito parada. Cadê as gatinhas dançando aqui em cima no pole dance?
Eu sem pensar duas vezes levantei a mão, e gritei “opa, olha eu aqui”. Qual é? Eu queria me divertir e ali seria a hora perfeita.
- Que música você quer que toque? - O DJ perguntou assim que fui lá na frente.
Fui pra perto dele, pegando o cabo e conectando no meu iPhone colocando na música “ziguiriguidum” MC 2k.
Fui para perto do microfone do DK e disse.
- E aí galera - todos vibraram - Essa música é típica do Brasil, da onde eu vim. Aposto que ninguém nunca ouviu, mas ela é boa pra caralho pra dançar!!!
- É funk Melissa? Puta que pariu, eu não acredito – Nick disse gritando e rindo escandalosamente.
Dei uma tragada no meu cigarro, um gole da minha vodca, puis em cima da mesa do DJ apagando meu cigarro dentro do copo e fui pra pista fazer o que eu mais fazia de melhor: dançar.
P.O.V Justin Bieber
A louca da Melissa estava dançando de uma forma sensual com o bumbum. Ela rebolava e mexia seu quadril de um jeito doido e todos ali estavam gostando de sua performance.
Logo ela puxou a barra da sua camisa se livrando dele, logo em seguida abaixou sua saia ficando apenas de lingerie preta. Que porra é essa? Essa menina é sem noção nenhuma, e gostosa, não vamos nos esquecer disso.
- Justin, tira a Melissa de lá, pelo amor de Deus. Ela está fora de si! – Nick pediu totalmente desesperada.
- Calma aí Nick, está todo mundo gostando deixa ela lá. Não vamos acabar com a festinha. – Ri cruzando os braços ainda vendo a cena.
- Por favor, tira ela de lá, ela só está de calcinha e sutiã... Oh meu Deus ela tá tentando tirar o sutiã? Sim, ela está meu Deus! - A Nicole estava apavorada gritando com a Melissa que a ignorava totalmente.
Eu ria histericamente, aquela cena estava totalmente engraçada, menina doida.
- Ok Nicole vou lá tirar ela. Está passando dos limites já. - Cedi indo atrás da Nicole pra acabar com seu showzinho.
Subi no palco pegando as roupas da Melissa pelo chão, e a puxei pelo braço tentando tirar ela do palco.
- Me solta Bieber, mas que saco – Ela dizia ainda dançando.
- Para de ser teimosa Melissa, você está quase pelada em cima de um palco, anda vamos embora, você já deu seu showzinho.
- Me solta idiota, eu quero dançar – Ela fez biquinho.
- Vou contar até três, se você não sair daí como uma pessoa civilizada eu vou te carregar até lá fora. Ou vem por bem, ou vem por mal.
- Você não teria coragem – Ela ria e ainda dançava.
- Um, dois... - Comecei a contar.
- Cala boca Bieber e vem dançar comigo. - Melissa virou sua bunda pra mim e começou a esfregar ela no meu corpo. Eu poderia muito bem me aproveitar da situação, só que o showzinho dela estava me irritando.
- Três. Eu disse. - Peguei-a e coloquei sobre meu ombro, ela batia nas minhas costas mais foi em vão, eu não sentia nada.
- O que eu faço com ela? – Perguntei pra Nicole
- Leva ela pra casa. – Ela disse obvio.
- Casa? Porra Nicole, eu quero ficar aqui me divertindo, não vou embora porque uma idiota não sabe se divertir.
- Então me solta, eu quero dançar, me solta – Melissa gritou enquanto ainda insistia em bater nas minhas costas.
- Da pra parar garota, mas que saco. - Segurei firme um dos seus braços.
- Leva ela pra sua casa, ou sei lá.
- Porque não vai você? Você que é a prima dela.
- Qual é Justin, estou me divertindo aqui com o Ryan. Juro que eu fico te devendo essa. É a primeira festa realmente divertida que eu vou.
Primeira festa divertida? O Ryan tinha me dito mesmo que essa Nicole era toda certinha, mas não achei que era tanto assim, a mina deve ter uns dezenove anos e nunca foi pra uma festa de verdade? Era quase impossível de se acreditar.
- Eu disse que sou legal, mas nem tanto, não precisa ficar abusando da minha generosidade.
Ela riu dando um tapa em meu ombro
- Por favor? – Fez uma carinha de gato do Shrek nem um pouco bonita.
– Fiz careta – Ok, mais para de fazer essa cara que está me assustando.
Nick abriu a boca chocada
– Idiota.
- Me agradeça, e não me chinga.
- Sério que você vai fazer isso? Ai muito obrigada! - Ela bateu palmas enquanto dava pulinhos.
- Tá ok, ok. Vai ficar me devendo essa. Vou ir pra minha casa, amanhã quando ela acordar eu levo ela pra sua casa.
Dei um beijo em seu rosto e fiz um toque com o Ryan que estava totalmente interdito no seu celular.
Sai daquela multidão ainda com a Melissa no ombro, levando para o carro dela. Peguei as chaves em sua bolsa, abri a porta coloquei no banco, coloquei os cintos nela e em mim e dei a partida.
- Sua prima é muito folgada. - Murmurei dando partida no carro.
- Não fala assim dela – Sua voz estava tremula - Ela cuida de mim.
- Cala boca que quem está cuidando de você sou eu. - Disse nervoso.
- Não fala assim comigo, idiota - Ela disse manhosa.
- Falo do jeito que eu quiser. – Eu estava nervoso por ter que ir embora.
- Devia ter me deixado lá.. - Melissa cruzou os braços.
- A festa estava chata, não perdi nada.
- Não estou falando por você, estou falando por mim, eu estava me divertindo.
- Foda-se. Você não sabe beber, então foi isso que deu.
- Insuportável! Isso é o que você é.
Melissa simplesmente bufou e virou para o canto.
Em vinte minutos cheguei à minha casa. E adivinha? Ela estava dormindo. Essa menina só pode estar de brincadeira comigo. Além de me fazer tirar ela do palco, trazer até aqui em casa, praticamente desmaia.
Peguei-a no colo, abri a porta e entrei em casa subi as escadas e coloquei-a na minha cama. Na minha cama. Ouvirão? Estou sendo legal com a mina que fica me tirando onze em cada dez palavras.
Tomei um banho, coloquei um samba canção e deitei do seu lado. Pô a cama é grande, cabe muito bem nós dois ali. E em menos de cinco minutos adormeci.
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