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História De Férias Com o Ex, Melissa - Beijar, Lamber, Tocar


Escrita por: thecreator

Capítulo 4 - Beijar, Lamber, Tocar


Fanfic / Fanfiction De Férias Com o Ex, Melissa - Beijar, Lamber, Tocar

Minha estratégia para a manhã seguinte foi agir como se nada tivesse acontecido, pois eu odiaria que as coisas mudassem entre Thaigo e eu. Ele pareceu adotar a mesma técnica, pois também agiu como se não tivesse feito nada. Abraçou-me carinhosamente e desejou-me um bom dia, então nos separamos e nos ocupamos com nossas higienes matinais.

Dessa vez eu não havia sido a primeira a acordar. Quando cheguei à sala, todos já estavam acordados e, para o meu espanto, almoçando! “Perdi a noção do tempo e olha que ele só usou os dedos”, pensei ao me deparar com o som dos talheres rangendo nos pratos, enquanto todos se reuniam à mesa.

— Mel, aqui ó! Servi para você. – Raissa disse aparecendo com um prato da refeição que havia preparado.

            Ela sorria com o prato nas mãos e, sua hesitação era explícita, pois eu podia ver suas bochechas tremerem de nervosismo. Ela estava preocupada com a minha reação sobre sua aproximação de Ortega, porém, eu não estava nem um pouco incomodada com o que acontecera entre os dois.

            — Nossa! Que lindo! – Exclamei apanhando o prato e observando o capricho de seu preparo.

— Você gosta? Quer que eu tire alguma coisa? – Continuou, preocupada.

— Eu adoro! Não se preocupe, Rai. Tá tudo perfeito. Muito obrigada! – Agradeci e sorrindo me dirigi à mesa. Sentei-me em uma das cadeiras vagas.

— Ah, olha aí quem decidiu acordar hoje. – Cláudio brincou lançando uma piscadela.

— Bom dia! – Disse rindo um pouco constrangida. Meu único medo era de que alguém houvesse percebido o que houve debaixo dos meus edredons.

— E acordou com uma carinha ótima, hein, Mel? Santo Thaigo! – Gabi Prado disse provocando.

Ela havia dito aquilo com uma pitada de maldade, pois queria provocar certa discórdia. Pelo que sei, ela não tem nada contra ninguém aqui, porém, adora causar com qualquer um. Confesso que seu comentário me incomodou, pois nem todos sabiam de minha proximidade com Thaigo, mas, por outro lado, acabei gostando, pois se Ortega ainda não sabia que minha fila estava andando, ficou sabendo naquele momento.

— Gente, eu acabei de acordar. É sério que vocês já querem me fazer voltar pro casulo do constrangimento? – Perguntei e eles riram.

— Ela e essa pose de santinha! Segunda temporada do reality e você ainda não aprendeu que isso aí não cola, garota? – Saory disse rindo, como se quisesse me atacar de maneira sutil.

— Se ser eu mesma é ter pose de santinha, então acho melhor eu começar a encenar “a barraqueira” que nem algumas por aqui, né? – Respondi no mesmo tom e soltei um riso falso.

— Não faz isso não, se não você vai tomar meu lugar! – Gabi Prado comentou e todos riram.

— Então fica esperta, porque a Saory tá tentando a todo custo. – Respondi e vi alguns olhos se arregalarem, finalmente percebendo quem eu era. Eu não iria abaixar a cabeça para essa garota e para nenhuma outra.

Por sorte ou por intervenção divina, ouvimos o barulho ensurdecedor do tablet e Thaigo, que estava chegando à mesa, o apanhou para ler o recado:

— “Mais um dia ensolarado se iniciou e um passeio de iate aguarda alguns de vocês na praia! Será que o Sol irá brilhar mais para uns do que para outros? Saory, Melissa, Gabi Prado, Fagner, Cláudio e Diego, se aprontem para mais essa aventura!”.

— Ahhhhhhh! Eu sabia que minha hora ia chegar! – Gabi gritou saltando e batendo na mesa.

— Aí, MTV, eu tô vendo esse favoritismo, hein? – João brincou e todos riram.

Nós, convidados para o passeio, corremos para os dormitórios para nos trocarmos e nos embelezarmos. Escolhi um biquíni pequeno, modelo cortininha e com detalhes artesanais de madeira. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto para evitar que transpirasse ou me descabelasse com o vento. Coloquei brincos de argola e retoquei apenas a máscara de cílios. Assim que terminei, caminhei com as meninas até à saída e, antes de deixar a casa, olhei para Thaigo e ele me mandou um beijo no ar, piscando em seguida, e, sua atitude emanou tranquilidade, deixando-me tranquila para aproveitar o passeio.

— Eu quero beber até meu cu fazer bico! – Gabi gritou e rimos de seu palavreado.

— Então pode me chamar de bartender. – Cláudio respondeu com mais um de seus flertes cafonas.

Subimos a bordo de uma lancha de luxo. Vários coquetéis haviam sido deixados para nossa recepção, então assim que os encontramos, os pegamos e os erguemos ao ar, brindando.

— E viva o De Férias com o Ex Brasil!!! – Gritamos juntos e o som das taças se tocando ecoou enquanto a lancha foi posta em movimento rumo à imensidão do mar.

O clima estava incrível e eu tinha até mesmo me esquecido de odiar Saory. Haviam colocado música e dentro da lancha havia diversos petiscos.  Estávamos nos divertindo e focando apenas em aproveitar o momento. Gabi e eu tínhamos uma sintonia especial, pois sempre acabávamos próximas. E dessa vez não fora diferente.

Sentamo-nos na proa da lancha, onde, segundo ela, era o melhor lugar para que saíssemos mais bonitas nas filmagens.

— Ei, agora me diz... – Ela disse abruptamente transformando nossa conversa leve em uma conversa séria. – O que foi aquilo entre você e a Saory?

— Você acha que eu me exaltei? – Perguntei um pouco preocupada.

— Ah... Foi tenso. – Ela disse e riu bebendo seu coquetel.

— Eu também não sei. – Disse e rimos juntas. – Ela e a Stephanie sempre foram rudes comigo desde que cheguei aqui, e, sem motivo nenhum! Então, cansei de ficar fazendo a sonsa.  

— “Fazendo a sonsa”. – Gabi riu se divertindo com minha expressão. – Elas usaram o seu lance com o Thaigo como motivo pra perseguição, né? Porque são amigas da Domingues.

— Ele mesmo me disse que não tem nada com a Gabi Domingues. – Expliquei saboreando meu drink.

— É. Isso é verdade. – Gabi disse e pausou. – Ele também é meu ex.

— Quê??? – Perguntei quase num berro. Aquilo fora bastante inesperado.

— Relaxa! – Ela disse me dando um cutucão. – Sim, namoramos por um tempo, mas a gente não dava nem um pouco certo!

— Nossa, Gabi... – Eu disse ficando sem saber o que dizer.

— Mas fique tranquila, eu não tenho nenhum interesse por ele e ele muito menos por mim. – Ela disse com um semblante enojado e eu senti-me aliviada.

— E você se incomoda de eu e ele estarmos próximos? – Perguntei ansiosa.

— De jeito nenhum! Tomara que vocês fiquem juntos, ele chupa muito bem. – Ela disse e eu quase me engasguei com a bebida.

— Garota! – A repreendi ficando muito constrangida com sua revelação.

— É sério! Você merece aquela língua. – Ela continuou e eu comecei a rir sem saber como sair daquela situação.

Foi então que os garotos nos chamaram para algum tipo de brincadeira. Eles diziam que era “body shot”, o que eu não fazia ideia do que seria. Perguntei baixo para Cláudio e para Gabi, mas ambos fingiram me ignorar e riram entre si.

— Vamos fazer na Melissa primeiro! – Gabi gritou pegando algumas doses de tequila.

— Eu vou! – Cláudio disse já apanhando uma das doses.

— E aí, Claudião? – Fagner disse encarando-o e uma pequena tensão se formou entre os dois.

— Eu também vou, bora! – Gabi disse se aproximando de mim.

— Eu não vou ficar sobrando, né? – Diego disse sorrindo e também pegou uma dose.

— E eu faço o quê? – Perguntei confusa e um pouco aflita.

— Ah, pronto! Ela não sabe o que é body shot. – Saory disse irritada e revirou os olhos.

— Você fica quietinha aí e só aceita! – Gabi explicou e eu fechei os olhos ao vê-los erguendo os copinhos e mirando meu corpo.

Eles derramaram as pequenas doses de tequila em diversas regiões de meu corpo e antes mesmo que eu pudesse evitar a situação, entendi o que era aquela brincadeira. Gabi derramou em minhas costas, Cláudio derramou em meu pescoço e Diego derramou em minha barriga. Todos lamberam as bebidas sobre minha pele antes que escorresse demais. Eu senti uma sensação estranha e engraçada e, assim que se afastaram, foi a vez de Fagner. Meu rosto queimou ao vê-lo despejar a bebida entre meus seios. Ele segurou bem firme em minha cintura e percorreu a língua entre meus seios lentamente. Eu o assisti fazendo aquilo e confesso que meus joelhos bambearam.

— Uau! – Gabi disse parecendo surpresa com a atitude de Fagner e em seguida adentrou a cabine da lancha acompanhada por Saory.

Permaneci onde estava e Cláudio me serviu duas doses de tequila. Os três garotos me cercaram, formando um círculo para que eu dançasse. Àquela altura, eu estava bastante embriagada, pois havia bebido uma considerável quantidade de álcool e não havia tido tempo para almoçar direito. Ou seja, estômago vazio e álcool, oficina do diabo.

Toda a atenção estava voltada a mim. Jamais me acontecera algo do tipo, pois eu sempre fui o patinho feio. O único homem que havia me dado atenção na vida fora Ortega, e, de repente, três homens atraentes e cheios de opções, estavam dedicando toda sua atenção para me cortejar. Era de alguma forma gratificante para o meu pequeniníssimo ego, então, continuei sorrindo, bebendo e rebolando para que eles continuassem se entretendo com meus movimentos.

— Eu preciso fazer xixi! – Disse ao sentir que minha bexiga iria explodir.

Corri para dentro da cabine da lancha e instintivamente encontrei o banheiro. Aliviei-me esvaziando a bexiga e assim que terminei, parei de frente ao espelho e me observei. Eu estava muito bonita e pela primeira vez consegui enxergar. Só havia conseguido enxergar, pois haviam enxergado antes.

Joguei um pouco de água em meu colo para poder retirar os resquícios de bebida e enquanto amarrava o biquíni novamente, ouvi a voz de Gabi e Fagner do lado de fora do banheiro e só então prestei atenção à conversa que estavam tendo.

—... Você é ridículo Fagner. – Ela disse no final de algo que havia dito.

— Foi você quem confundiu as coisas, Gabriele. – Fagner respondeu rispidamente.

— Há três dias você tava puxando o meu cabelo e me fazendo gozar e agora você tá me fazendo de otária, é isso? – Ela perguntou alterada e a maneira como se expressava me deixava um pouco embaraçada.

— Gabi, eu te disse que ia ficar com ela e fiquei. Por favor, sem drama, vai. – Ele retorquiu calmamente.

— Se você ficar com ela aqui, agora, pode esquecer que eu existo. – Ela disse e ele ficou em silêncio.

As vozes cessaram e eu permaneci dentro do banheiro por alguns instantes, esperando para me certificar que já tinham saído dali. Quando abri a porta, Fagner estava recostado ao batente e sorriu assim que me viu.

— Te assustei? – Ele perguntou sorrindo malicioso.

— Nunca. – Respondi tocando seu queixo e fazendo-lhe um carinho infantil.

— Toma. – Entregou-me uma taça de bebida da qual eu nem sabia o que era. Apenas peguei e bebi, quase a virando num único gole.

— Que foi? – Perguntei rindo ao ver a expressão no rosto de Fagner. Ele parecia admirado.

— Está bem sedenta. – Ele disse e seus olhos pousaram sobre meus seios. Eu o fitei esperando que ele disfarçasse, mas não o fez. Lambeu os lábios, diminuindo a distância entre nós e tocando uma das mãos em meu quadril. – Está com frio?

— Não. Por quê? – Perguntei confusa e só depois de dizer me dei conta do que ele estava falando.

O biquíni estava molhado, pois eu acabara de me limpar no banheiro e isso tornava o tecido menos espesso. Isso o permitia ver meus seios revelarem minha excitação, pois os mamilos estavam rígidos como pedra. Cobri-os com as mãos imediatamente e gargalhei. Envergonhei-me um pouco, mas não tanto, pois o álcool me tirara grande parte da capacidade de me constranger.

— Quer que eu dê um jeitinho pra você? – Ele perguntou abaixando o tom de voz e tornando-se ainda mais provocante.

Eu estava numa espécie de transe. Fagner podia dizer qualquer coisa naquele momento que eu não seria capaz de refutar. Eu só conseguia enxergar sua boca perfeitamente delineada pelos seus lábios úmidos.

— Vem cá. – Ele disse tirando a taça de minha mão e empurrando-me para dentro do banheiro. – Aqui ninguém pode ver a gente.

— Ah, é? E o que você vai fazer? – Perguntei mordendo os lábios e o vendo fechar a porta.

— O que você quiser que eu faça. – Ele respondeu aproximando-se.

Fagner encurralou-me entre a pia do banheiro e seu corpo. Suas mãos tocaram meus quadris e em um único movimento ele colocou-me sentada sobre o balcão da pia. Ele parou e olhou para meus seios como se fossem uma refeição. Ri, balançando a cabeça e sofrendo de antecipação ao sentir sua respiração se aproximar de minha pele. Ele afastou as alças de meu biquíni, esticando-o e relevando meus mamilos alvoroçados.

— Fagner... – Grunhi ao senti-lo percorrer a língua sobre eles.

Minhas mãos procuraram seus cabelos e quando os toquei, puxei-os com força, trazendo seu rosto de encontro ao meu. Fagner devorou meus lábios, pressionando seu corpo contra o meu. Certificou-se de beijar-me de forma lenta, torturando meus desejos mais íntimos. Seu corpo se pressionou contra o meu e eu pude senti-lo extremamente excitado, roçando contra minha intimidade.

— Melissa, eu tô ficando louco contigo. – Ele sussurrou no meio do beijo e eu sorri, satisfeita por conseguir provocá-lo.

Cruzei as pernas ao redor de seu quadril e flexionei as pernas, apertando-o contra meu corpo. Suas mãos agarraram meus seios e ele os apertou com uma considerável força, mas eu estava tão domada por suas carícias que só me causou ainda mais tesão. Beijei-o vorazmente e lentamente percorri a mão por seu abdômen. Ele estava muito soado. Desci os dedos, arranhando levemente sua barriga e de repente, apertei seu membro por cima da bermuda, fazendo-o morder meu lábio instintivamente.

— Mel, não brinca comigo. – Ele disse interrompendo o beijo e olhando-me fixamente. Suas pupilas estavam dilatadas e ele estava dominado pela excitação.

— Ei! A lancha está ancorando e já vamos descer! – Ouvimos alguém gritar do lado de fora e bater na porta do banheiro.

O susto me trouxe à realidade por um breve momento. Afastei minhas mãos de seu corpo e rimos um tanto frustrados pela interrupção. Cambaleando pelo balanço da lancha, saímos do banheiro e nos dirigimos até a popa da embarcação.

O retorno à mansão foi muito confuso. Estávamos todos tão bêbados que não consegui raciocinar sobre o que acontecera no passeio, porém, o importante é que eu estava me divertindo. O mais peculiar sobre tudo foi o fato de Cláudio ter carregado Gabi Prado nas costas por todo o percurso e, ambos, pareciam mais próximos do que nunca. Fagner me acompanhou de mãos dadas e a cada tropeço meu, ele me fornecia o ombro de equilíbrio.

Quando chegamos à casa, todos estavam reunidos no gramado. Havia garrafas de bebida alcóolica espalhadas por todo canto. O pessoal se reunia numa espécie de círculo e aparentavam estar tão bêbados quanto nós. Gabi Domingues segurava uma pequena caixa e colocou uma das mãos dentro, como se fosse tirar algo de dentro.

— Chegaram!!!! – Ouvi João gritar e eles perceberam nossa aproximação.

Saory correu de encontro a Stephanie e as duas se abraçaram, caindo sobre o gramado e rolando por alguns metros. Aquilo pareceu normal perante aos nossos olhos, pois ninguém estava em condições sóbrias de opinar sobre nada.

— Cola, cola! Bora esquentar esse joguinho! – Thaigo disse gesticulando para que nos sentássemos à roda e assim todos o fizemos.

            Eles estavam fazendo uma brincadeira que consistia em sortear uma das palavras: “beijar”, “lamber” ou “tocar”, e, escolher um dos participantes para praticar a ação sorteada. Gabi Domingues sorteou “beijar” e apontou para Ortega. Ele se levantou sorrindo e, sem deixá-la agir, agarrou-lhe pela cintura e beijou-a como se fosse engoli-la viva.

— Caralho! O pai não tá pra brincadeira hoje! – Cláudio gritou ovacionando ainda mais a cena.

Assim que terminaram a cena repulsiva, foi a vez de Ortega sortear. Ele mexeu a mão dentro da caixa e tirou de lá “lamber”. Todos ficaram apreensivos com sua escolha e ele fez certo mistério. Raissa pareceu criar uma comichão debaixo da bunda, pois agia como se estivesse desesperada para que ele a escolhesse.

— Só pra esclarecer as regras: quem for escolhido tem que aceitar, correto? – Ortega perguntou à roda e todos confirmaram, principalmente Cláudio que parecia mais ansioso que Ortega para fazer a escolha.

Eu já estava ficando irritada com a demora, pois não estava nem um pouco ansiosa para vê-lo agindo como um babaca e escolhendo outra garota para se exibir na minha frente. Revirei os olhos com o suspense e, subitamente, ele puxou-me pelo pulso, colocando-me de pé.

— Que isso, gente? – Perguntei num berro. Involuntariamente comecei a rir. Eu estava bêbada demais para reafirmar minhas mágoas por Ortega, e, minha embriaguez revelou a todos, inclusive e especialmente a Ortega que eu havia ficado empolgada com sua escolha.

— Eu avisei que o garoto não tava pra brincadeira! – Cláudio comentou, aclamando ainda mais a situação.

— Tava louquinha pra ser escolhida, né? – Ortega sussurrou ao meu ouvido, cobrindo-me com seu corpo.

— Para, Pedro! – Disse fingindo empurrá-lo. Algo que eu costumava fazer quando estávamos juntos.

Ele sorriu e me olhou de forma maliciosa. Eu ri, pois de alguma maneira, estava gostando de receber sua atenção. Ortega se afastou um pouco e se abaixou, ajoelhando-se a minha frente. Ouvi alguns gritarem e outros o incentivarem. Ele segurou minhas coxas e com o rosto na altura de minha cintura, percorreu a língua por toda a extensão interna de minhas coxas, apenas parando quando tocou minha virilha.

— Meu Deus! – Eu berrei, sentindo minha veste inferior tornar-se úmida.

 — Ela gosta, eu falei pra você! – Ortega comemorou tocando na mão de Cláudio e voltou a se sentar à roda.

Percebi o semblante de Thaigo se transformando para uma expressão mais séria. Ele se ajeitou em seu lugar e abriu outra garrafa de cerveja, assistindo-me mexer com a mão dentro da caixinha de palavras. Ouvi Gabi Prado encorajar-me e alguns dos garotos brincarem de que seriam os próximos escolhidos. Assim que removi a mão do interior da caixa, sorteei “beijar” e meu coração disparou.

— Agora tá faltando só eu, né, gatinha? – Cláudio perguntou brincando. Sua brincadeira não era tão bondosa assim, mas eu estava alta demais para perceber sua maldade.

— Então vem! – Respondi estendendo a mão para puxá-lo.

Cláudio levantou-se extremamente empolgado. Ele colocou as mãos em minha cintura e me puxou, aproximando-nos com certa brutalidade. Eu ri, sem saber como fazer o que devia fazer, então, escapei da situação dando um pulinho e beijando sua testa. Todos riram e zombaram de Cláudio e pela primeira vez, vi-o parecer irritado.

— Já pode ficar aqui que a escolhida é você mesmo! – Ele disse apanhando a caixa e segurando-me pelo pulso com um pouco de força.

No momento em que começou a chacoalhar a caixa, Thaigo se levantou. Estava extremamente sério. E, assim que Cláudio sorteou a palavra “tocar”, ele se aproximou, colocando-se entre nós.

— E aí, Thaigo, qual foi? – Cláudio perguntou tentando reaproximar-se de mim.

Ortega também se levantou e em seguida Fagner fez o mesmo. Os três se aproximaram de Thaigo, como se o intimidassem.

— Já chega dessa brincadeirinha idiota. – Thaigo tocou o final de minhas costas, delicadamente empurrando-me para fora do círculo.

— Tá maluco? Tá querendo acabar com a festa? – Ortega disse aumentando seu tom de voz.

— Vocês tão se aproveitando da garota que está claramente bêbada. – Thaigo respondeu no mesmo tom.

— Ela sabe o que tá fazendo, irmão. – Ortega retrucou, mas Thaigo não se acovardou e, no exato momento em que iria continuar a discussão, ouvimos o som ensurdecedor do tablet.

Saory estava próxima do balcão onde o tablet estava apoiado. Ela o apanhou e começou a ler com um sorriso de canto, já sabendo o que estava por vir:

 — “O clima está fervendo na casa e tenho certeza de que existe uma suíte especialmente programada para pegar fogo! Melissa, hoje a suíte máster é sua. Quem irá acompanhá-la?”. 

Ouvi gritos de comemoração e todos pareciam ansiosos sobre a escolha que eu faria, mas, com a mudança repentina de clima e a quase briga que fora interrompida, meu estado alcoólico foi consideravelmente aliviado. Olhei para Thaigo e ele fitava-me sem nenhuma expressão legível no rosto. Apenas o abracei e escondi meu rosto em seu peito, claramente fazendo minha escolha.

— Boa noite pra vocês. – Thaigo disse encarando Ortega e eu tenho certeza de que se não estivéssemos no reality, Ortega teria lhe socado naquele momento.



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