De todo coração
Capítulo 15 – Presente
Parte VIII
De frente ao patrão, Jaken tentava se lembrar que precisava respirar. A aparição súbita de Sesshoumaru fez com que esquecesse de respirar e começou a sentir um zumbido nos ouvidos, resultado da falta de ar que estava sofrendo.
Recuou um passo e respirou. Respirou de novo. Viu o patrão erguer uma sobrancelha e aguardá-lo pacientemente se recompor.
—Sin... – ele começou. Respirou fundo mais uma vez e curvou-se exageradamente – SINTO MUITO! Elas estavam fazendo perguntas sobre o senhor e me distraí, depois elas se afastaram e estou procurando por elas e... e... SINTO MUITO, SINTO MUITO, SINTO MUITO...!
Enquanto Jaken se curvava a cada "sinto muito", Sesshoumaru indiferentemente deu as costas ao secretário e afastou-se em direção contrária. Jaken só se deu conta que estava sozinho quando percebeu que não teve nenhuma palavra de advertência ou mesmo um soco na cara por ter sido tão incompetente.
—Se-Sesshoumaru-sama...! – Jaken correu atrás dele.
Ao alcançá-lo, notou que Sesshoumaru olhava para os lados procurando por algo. Cerca de cinco minutos depois, o patrão parou e olhou intrigado para um ponto do lado esquerdo.
Jaken, naturalmente, seguiu o olhar e avistou uma pequena tenda colorida com um homem moreno usando paletó azul escuro sem gravata, com rabo de cavalo e olhos claros ao lado de duas crianças – Towa e Setsuna. Ao vê-los de longe, a mais velha acenou alegremente enquanto Setsuna permanecia em silêncio.
Sesshoumaru andou com passos firmes até elas, acompanhado de perto pelo secretário trapalhão. Claro que Jaken sentiu-se um idiota por não lembrar de procurá-las no balcão de informações ou naquelas tendas que eram destinadas a crianças perdidas naquele local de compras.
E elas eram crianças inteligentes. Sabiam que dois adultos estariam procurando por elas e resolveram aguardar no local mais adequado.
Quando Sesshoumaru se aproximou, o homem uniformizado olhou para elas e perguntou:
—São eles, meninas?
—Sim. – elas responderam ao mesmo tempo.
—Ótimo. – ele as viu andarem na direção de Sesshoumaru e Jaken e começou a acenar, apesar de elas não estarem vendo – Mandem um oi para sua mãe!
Mais um conhecido de Rin numa cidade pequena, Sesshoumaru concluiu olhando-o pelo canto dos olhos. Não se deu ao trabalho de agradecer porque Jaken já estava se curvando num pedido duplo de desculpas e agradecimento pelo trabalho causado ao homem que se responsabilizou pelas gêmeas e as deixou em segurança enquanto não eram encontradas.
Frente a frente novamente, Sesshoumaru ergueu uma sobrancelha para elas e elas ficaram indiferentes, aguardando pelo que ia falar. Aparentemente, elas não perceberam que tinham causado um problema que poderia custar a vida de Jaken.
O secretário, então, decidiu quebrar aquele silêncio com uma tossida de leve.
—Meninas... – ele começou num tom gentil – Fiquei procurando por vocês por quase vinte minutos. Por favor, não sumam mais desse jeito.
—Fomos procurar o presente da mamãe. – Towa explicou.
—Achamos que você estava conosco. – Setsuna completou.
—Vocês podiam ter avisado. – ele insistiu.
—Você nem ouviu a gente falando que ia procurar o presente da mamãe. – Setsuna explicou.
—Você não parava de falar do Senhor Sesshoumaru. – Towa completou.
Sesshoumaru deu fim à discussão ao novamente se aproximar delas e colocar um joelho no chão, as vistas niveladas para que pudessem conversar. Ele tirou do bolso do paletó dois objetos e estendeu para elas:
—Isso aqui é para vocês. – ele tinha, em cada mão, um celular que tinha como logo uma maçã, entregando para elas – Já tem o meu número. Vocês podem me ligar quando for preciso.
—Mas o celular de Towa-chan... – Setsuna insitiu. Não fazia sentido a irmã ter dois aparelhos.
—Prefiro que usem esses. – ele esclareceu – Já gravei meu número. Sempre liguem para mim quando alguma coisa acontecer. Posso demorar um pouco, mas virei o mais rápido possível.
Towa e Setsuna trocaram um longo olhar, como se conversassem silenciosamente sobre aquele pedido.
Finalmente, quando voltaram a encontrar o olhar dele, elas confirmaram com a cabeça.
—Também comprei um para a sua mãe. – ele tirou mais um aparelho do mesmo modelo do bolso da calça social e mostrou para elas – Towa, você pode entregar para ela? Vai ser melhor se passarem a se comunicar com ela assim.
A mais velha recebeu em mãos o objeto e confirmou com a cabeça de novo. Era responsabilidade dela receber objetos importantes e entregá-los para a mãe.
—Vocês compraram o presente de Rin? – ele quis saber.
—Não... – Setsuna respondeu num tom tímido.
—Nós nos perdemos de Jaken-sama e ficamos esperando na tenda. – Towa terminou de explicar.
Sesshoumaru levantou-se e começou a andar, avisando:
—Vamos.
As duas se entreolharam e correram atrás dele, seguidas por Jaken, que agora sabia que não podia deixá-las para trás.
o-o-o-o-o
—Então você nasceu em Fukuoka? – Rin perguntou a Hakudoushi enquanto tomavam chá, uma forma de ele ganhar tempo enquanto esperava por alguma notícia de Jaken – Você não tem sotaque.
—Aprendi a controlar meu sotaque quando fui para Tokyo. – ele esclareceu com um pequeno sorriso – E você?
Rin ficou confusa.
—E o seu sotaque? Você veio de Kashima, não?
Na hora que Rin abriu a boca para comentar algo, o telefone tocou e ela precisou se levantar, colocando novamente a máscara.
—Desculpe, volto em um minuto.
Hakudoushi a viu atender e começar a conversar:
—... Sim, obrigada, já estou melhorando. Ah, é? – uma leve tossida – É mesmo? Não sabia. Sim, sim, vou verificar. Claro que não, sem problema. – mais uma tossida – Preciso desligar agora. Obrigada de novo, Kouga-kun.
Segundos depois, Rin estava novamente sem máscara e sentada para tomar chá, calmamente sorvendo o líquido quente enquanto Hakudoushi olhava de momento em momento o celular para ver se o secretário trapalhão ligava de novo.
—Desculpe, era nosso vizinho. Ele trabalha no shopping da cidade e ligou para avisar que as meninas estão esperando alguém buscá-las na tenda de crianças perdidas perto do balcão de informações do primeiro andar.
Hakudoushi congelou e olhou de canto para Rin, que agora tinha um olhar extremamente irritado.
Apressado, ele levantou-se e correu para a cozinha com o celular.
o-o-o-o-o
Enquanto andavam até a loja que Towa e Setsuna queriam visitar, Jaken sentiu o telefone tocar e viu que era aquele advogado.
Queria ignorar aquela ligação da mesma maneira que ele fez quando tentou ligar e foi ignorado. Poderia também esperar pela segunda ligação e fazer uma ameaça parecida com a que recebeu quando explicou o que havia acontecido.
Mas Jaken não era daquela maneira. Deu um suspiro de derrota por ser extremamente compreensivo e atendeu a ligação de Hakudoushi.
— ELAS ESTÃO NA...
—Nós já as encontramos. – ele avisou e desligou na cara do advogado. Provavelmente ele colocaria aquele destrato no caderninho que sempre carregava e Sesshoumaru pagaria sem nem olhar.
Os quatro pararam na frente de uma loja conhecida no Japão todo por vender produtos por meros 300 ienes, três moedinhas que poderiam comprar qualquer coisa pequena, principalmente acessórios femininos. As gêmeas foram até um balcão e foram recepcionadas por uma jovem.
—Oi, meninas, como vocês estão? E sua mãezinha? – ela quis saber com um sorriso.
Será que todo mundo naquela cidade realmente se conhecia? Ou as meninas eram amigáveis o bastante para todo mundo gostarem delas? Jaken se perguntava se também eram bem tratadas. Ele, vindo de uma cidade do interior, também conhecia as histórias tristes envolvendo gêmeos e a solidão deles por serem evitados pelas outras crianças.
No imaginário popular, gêmeos atraíam má sorte.
—Ela melhorou. – Towa respondeu.
—Já vai trabalhar na semana que vem. – Setsuna completou.
—Que bom, né? – a garota gentilmente sorriu – Vocês querem alguma coisa hoje?
Mas as duas pareciam bem tratadas e muito queridas. Talvez ali fosse realmente um bom lugar para morar.
E elas não pareciam tão gêmeas assim, afinal de contas..., ele concluiu, observando as duas ficarem na ponta dos pés para olhar a parte superior de um balcão com prendas de cabelo.
—Towa-chan... – Setsuna murmurou e apontou para uma presilha de cabelo.
Sesshoumaru, atrás dela, observava a escolha. Quando a conheceu, Rin costumava colocar uma presilha na lateral do rosto para prender os cabelos, hábito que ela abandonou no segundo ano deles juntos alegando que parecia "infantil" demais.
Será que ela tinha voltado a usar...?
—Queremos aquele ali, por favor! – Towa apontou para um grampo de cabelo prateado com uma flor no meio de duas folhas de metal.
—É presente para Rin-san? – ela quis saber, já retirando o produto para embalar.
—Sim! – as duas falaram ao mesmo tempo.
—Trezentos ienes, meninas. – ela colocou num pacotinho de papel colorido e finalizou com uma fita adesiva, deixando em cima do balcão junto a uma pequena travessa de metal onde elas deveriam colocar as moedas.
Towa tirou do bolso frontal do macacão jeans uma bolsinha de moedas, abrindo ali para procurar as três moedinhas para pagar o presente da mãe.
Mas não foi necessário procurar por muito tempo – Sesshoumaru já havia se adiantado e depositado uma nota de cinco mil ienes em cima da travessa de metal. Era como se quisesse pagar uma compra de dois dólares com uma nota de cinquenta.
Foi quando a vendedora pareceu notar a presença dele pela primeira vez ali, piscando e olhando discretamente para Towa. Era evidente que havia entendido quem ele era.
—Obrigada. – ela recolheu o dinheiro, separou o troco e o deixou na travessa para Jaken recolher.
As gêmeas olhavam para Sesshoumaru com novo interesse, observando como ele se mantinha calmo pagando por aquela compra como se fosse a coisa mais normal do mundo.
—Aqui está, meninas. – ela entregou o presente na mão da Setsuna, que entregou para Towa guardar em outro bolso do macacão jeans. Aparentemente por muita coisa a mais velha teria que se responsabilizar para entregar a Rin nas próximas horas.
—Obrigada! – elas falaram ao mesmo tempo e começaram a ir embora.
—Até mais, meninas! Mandem lembranças para Rin! – a vendedora acenou graciosamente.
Do lado de fora da loja, Towa correu para ficar ao lado de Sesshoumaru enquanto Setsuna fazia o mesmo e ficava do outro lado. Jaken, já ciente da lição, mantinha-se caminhando atrás de pai e filhas.
—Obrigada por comprar o presente da nossa mãe, senhor Sesshoumaru. – Towa falou num tom amigável.
Sesshoumaru nada respondeu, continuando a andar para alcançar as escadas rolantes de outro andar.
—Aonde vamos agora? – quis saber Setsuna.
—Vamos comprar um computador para a sua mãe. – ele informou.
Towa e Setsuna pararam de andar e trocaram mais olhares. Jaken observava as duas e notou que Sesshoumaru havia parado de caminhar e as olhava intrigado por cima do ombro.
Towa piscou suavemente e Setsuna também.
Setsuna piscou e Towa concordou com a cabeça.
—Você pode comprar mais algumas coisas pra gente também?
Sesshoumaru continuou a olhar para elas indiferentemente por cima do ombro.
As gêmeas seguraram firmemente o olhar.
Jaken olhava ora para elas, ora para o patrão.
Finalmente, Sesshoumaru voltou o rosto para a frente e voltou a andar.
—Vamos.
As duas correram atrás dele seguidas de perto por Jaken.
o-o-o-o-o
Uma hora e meia depois, Jaken andava atrás das gêmeas e de Sesshoumaru carregando caixas e sacolas até quase não conseguir enxergá-los. Eles não compraram apenas um computador: tinha computadores, tablets de última geração, produtos para tomar banho como sais de banho, óleos e sabonetes caros, roupão de algodão egípcio para as três, roupas para as gêmeas, tecidos finos para Rin fazer quimonos...
Quando Setsuna sugeriu comprar os tecidos, Sesshoumaru gravou a informação de que ela ainda fazia as próprias roupas em ocasiões especiais – neste caso, fazer os quimonos das filhas para um festival escolar em outubro.
Towa e Setsuna riam e conversavam alegremente sobre as compras e sobre os tecidos comprados para o festival quando Towa pareceu lembrar de alguma coisa e correu para o lado de Sesshoumaru:
—Obrigada por comprar nossas coisas! – ela agradeceu.
Do outro lado dele, surgiu Setsuna para agradecer também:
—Obrigada, senhor Sesshoumaru... Ah!
Os três pararam quando ouviram a menina exclamar e apontar para uma loja.
—Towa-chan! – ela apontou ansiosa e insistentemente para uma loja de uniformes de artes marciais. Um em especial, uniforme de aikido chamado dogi, chamou a atenção de Towa.
—Ah! – a irmã mais velha arregalou os olhos – Um dogi!
Correndo até a vitrine, Towa praticamente grudou o rosto no vidro para verificar o tamanho e o preço.
—Você também luta aikido? – Sesshoumaru perguntou atrás dela, fazendo-a desgrudar o rosto da vitrine.
—Entrei semana passada no time da escola. Queria comprar um uniforme novo porque um que o sensei me emprestou.
—Towa-chan é muito forte. – Setsuna adicionou a informação.
Sesshoumaru olhou para a vitrine e entrou na loja.
—Vamos. – falou novamente.
Atrás dele, foram as gêmeas e Jaken, este com mais dificuldade por ter que carregar todas as coisas.
o-o-o-o-o-o
Cerca de meia hora depois, o grupo estava caminhando para a saída do shopping, com Jaken dando um jeito de carregar mais dois uniformes de aikido em meio às caixas e outras sacolas que já estava levando.
Towa novamente colocou-se ao lado de Sesshoumaru, acompanhada da irmã que ia do outro lado.
—Obrigada por comprar meu uniforme.
Sem respostas de Sesshoumaru. Ele também não parecia aborrecido por ter comprado tantas coisas, principalmente porque as gêmeas pediam presentes para a mãe. Se ele não quisesse, bastava dizer não. As meninas não eram ingênuas: elas sabiam interpretar o "não" de um adulto.
—Mês que vem vou participar do campeonato de aikido da nossa escola. – ela começou num tom convidativo – Você quer me ver lutar? É muito divertido.
Towa franziu a testa quando percebeu que Sesshoumaru não falou nada, mas notou quando Jaken parou de andar para segurar todas as compras com uma das mãos e tirar do bolso um celular para anotar algo na agenda do aparelho.
Setsuna saiu de perto de Sesshoumaru para ficar ao lado da irmã e as duas trocaram mais um olhar.
O grupo encerrou o passeio no centro de compras e seguiu para a casa das gêmeas.
o-o-o-o-o-o
—Férias de setembro. – Hakudoushi sugeriu, entregando uma pasta de plástico em tom azul celeste.
—Não. – Rin tomou calmamente chá, recusando-se a aceitar o documento.
—Férias de abril. – uma pasta agora verde esmeralda.
—Não. – ela nem se perturbou.
Rin ainda tinha um olhar irritado enquanto ouvia Hakudoushi tentar negociar mais uma vez a questão das viagens. Ele havia tentado de tudo – férias estudantis, Golden Week, feriado prolongado de outubro, festas de final de ano.
A mulher estava irredutível dizendo que em todos os períodos voltava para Chiba com as filhas.
—Ele só está pedindo um momento de férias com elas e com você, Nakashima-san. – Hakudoushi tinha um olhar extremamente sério, sinal que só terminaria aquela discussão quando conseguisse o que queria – Minha última sugestão seria de levar a disputa para uma corte e eu tenho certeza de que não quer que isso aconteça.
Desta vez, Rin encontrou friamente o olhar dele, nem um pouco intimidada pela ameaça.
—Por que não quer aceitar? – ele quis saber, colocando de volta os arquivos recusados dentro da pasta de couro – Ele só quer cumprir uma vontade das filhas. Se elas gostam de viajar, como eu também já notei pelas fotos e lembranças espalhadas pela casa, ele vai simplesmente satisfazer o desejo delas por alguns dias.
Rin o olhou de soslaio e deu de ombros. Não queria responder que o problema era não querer Sesshoumaru viajando com ela.
—Se for porque não quer contato com ele, poderia aceitar uma viagem com uma terceira pessoa?
— "Terceira pessoa"? – ela franziu a testa, a voz mostrando um pouco de interesse.
—Jaken poderia acompanhá-los. Ele também tem uma secretária que pode se preparar para viajar junto. Se preferir, você pode levar algum amigo ou uma pessoa mais próxima, como um namorado, por exemplo. Ou eu posso ir também, se for o caso. Adoraria conhecer algum lugar diferente nas próximas férias.
—Meu receio nessa história é Sesshoumaru querer estar presente em momentos que nunca esteve e depois se afastar. Ele sempre fez isso. – ela esclareceu num tom calmo e sem qualquer rancor – Ele não está acostumado a criar laços com as pessoas e não gostaria que elas ficassem confusas quando ele decidir ir embora.
—Você fala com toda certeza de que ele vai embora de novo e até agora não mostrou intenção de fazer isso. Ele está fazendo questão de deixar tudo em pratos limpos. Mesmo a pensão é de um valor maior para compensar pelo tempo afastado quando nem sabia da existência delas.
Rin desviou o olhar para a chaleira e começou a encher de novo a xícara.
—Ele nunca mostra. – falou simplesmente.
A pasta que ele agora estendia a ela como sinal de acordo era a última cartada que tinha.
—Terceiro final de semana de setembro, feriado do dia dos veteranos. Apenas três dias e uma terceira pessoa para acompanhá-los.
Rin olhou a pasta amarela com um certo interesse, mas ainda hesitante em deixar a xícara de chá de lado para tocá-la como sinal de que aceitava a proposta.
No momento em que ia deixar a xícara na mesa e pegar a pasta, a porta se abriu com as gêmeas entrando depressa na casa.
—Mamãe! – Towa a chamou.
—Já voltamos! – Setsuna completou.
—Meninas... – Rin agora tinha a atenção voltada para as filhas, sorrindo ao vê-las voltando bem – Como foi o passeio?
—Foi muito legal! – as duas falaram ao mesmo tempo.
—E o que vocês fizeram...? – ela quis saber ao ver Sesshoumaru fazer-se presente atrás das filhas, tirar o sapato e entrar na casa. Ele fez um sinal com a cabeça para Hakudoushi, que negou como resposta e viu o chefe franzir o cenho.
Na hora que Hakudoushi ia falar alguma coisa, ele arregalou os olhos ao ver Jaken aparecer meio atrapalhado na porta com caixas de computador, tablets, roupas, produtos para banho, sacolas de lojas de produtos de beleza caríssimos, um Totoro gigante de pelúcia, rolos de tecido para fazer quimono. As meninas ajudaram a colocar as compras no chão e pulavam de alegria abrindo primeiro as caixas com os tablets.
Rin largou em choque a xícara de chá e só não caiu no chão e quebrou porque Hakudoushi habilmente segurou o recipiente a tempo e, como consequência, queimou a palma, soltando uma maldição.
—Olha, Setsuna, o meu já ligou! – Towa mostrou o tablet dela para a irmã, que ainda tirava o plástico da caixa.
—Espera um instante, já vou abrir o meu. – a mais nova não queria ficar para trás.
Tão distraídas estavam que nem notaram alguém atrás delas.
—Ei, vocês duas... – a mãe estava em pé com os braços cruzados – O que vocês aprontaram agora?
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