— Narração —
Kouta acordou no outro dia num futon que os Gabirus ofereceram para ele e os outros passarem a noite.
Ele encarava o teto entediado, com seu corpo se perguntando se deveria levantar ou não. No final da costas, o grisalho teve que dar um chute na sua preguiça e se levantar dali.
Quando olhou pro lado, viu uma cena engraçada: Angela deitada, totalmente descoberta e com um cachorro dogue alemão branco tentando puxar ela da cama pela única camisa que usava.
— Totó… me deixa dormir um pouco mais… — murmurava ela bêbada de sono.
— Auu! — latiu o cachorro entre os dentes.
— Bem que dizem que o cachorro é fiel ao dono, mas esse é até demais — comentou o grisalho.
Angela se sentou em seu futon soltando um grande bocejo. Se não fosse seu nível de perversão 0, o grisalho teria caído facilmente e percebido como Angela era atraente e esbelta, mas ele apenas piscou como se aquilo fosse nada, com sua cara de cansado.
— Já acordei pode sossegar, então, como vai ultimamente? — perguntou ela.
— Ah, o de sempre, pegando Missões, zoando por aí, chutando bundas, coisas normais da vida, e você? — disse o grisalho.
— Bem, como eu sou do nível Chubi já fico um nível acima dos novatos, por isso tive que acabar virando Inspetora durante a primeira missão, hehe, mas é muita coincidência a gente se encontrar aqui, parece até destino — disse ela sorridente.
— Pois é, as vezes o mundo nos leva a lugares estranhos, por isso que eu cheguei em Hangetsu — disse o grisalho.
Aquilo fez a loira dar risada, fazendo o grisalho dar um leve sorriso.
— Então Hangetsu é um lugar estranho pra você? — disse ela com curiosidade.
— Bem, existem alguns bastante estranhos, mas são boas pessoas, não conheceria pessoas como Akira, Tsukuyomi, Ken-san, Lúcifer-san, ou também você, Angela-san, se não tivesse vindo pra Hangetsu, acho que encontrei o lugar certo — disse o grisalho com um olhar sonhador.
A garota olhava para o grisalho com um enorme interesse, como se de alguma forma ele a entretesse, deixasse o ambiente mais divertido.
— Então, de quem é esse cachorro? — disse ele apontando para Totó.
— Ah, ele é meu familiar, eu chamo ele de Totó, mas seu nome verdadeiro é Daisuke, ele é praticamente o meu responsável — disse a loira fazendo carinho na cabeça de Daisuke.
— Ah tá, eu também tenho um familiar, Jibanyan — disse o grisalho.
Nessa hora, um gato laranja de barriga branca usando um faixa na cintura apareceu na frente dos dois.
— Ohanyan! — disse o gato.
— Ele fala — disse Angela impressionada.
— E escuto também! — disse Jibanyan.
— Vixi, parece que alguém aqui tem senso de ignorância — disse a loira como um elogio sarcástico.
— O grande eu nyão tem problemas para se comunyancar! — disse Jibanyan.
— ( Mais alguém que fala o grande eu nesse lugar, além do mais ele não falou tudo Nyan ao invés de N? ) — pensou ela com uma gota na cabeça.
Kouta se levantou dando uma espreguiçada.
— Enfim, vou ver o que tem pra comer, vamos Jibanyan — disse o grisalho abrindo a porta do quarto e indo pro corredor.
— Aye! — concordou o gato.
— Isso me lembrou de alguma coisa, não sei o que é — disse a loira confusa ao se levantar.
Depois de descer as escadas, os dois abriram a porta de correr que levava a cozinha, dando de cara com Akira.
— KOUTA ME AJUDA POR FAVOR! — gritou ele desesperado.
Os dois ficaram encarando ele enquanto a porta de correr se fechava com o vento.
— O que aconteceu? — perguntou o grisalho.
— Aconteceu alguma coisa com o Ken-san, olha ali — disse ele apontando.
Nessa hora, Sasuke estava em cima da mesa onde os Gabirus estavam tentando comer.
— Ahh! Kouta-kun! É uma emergência — disse ele com uma voz distorcida e uma pose torta com os dois braços apontando para cima.
— O que é uma emergência? — perguntou o garoto calmo.
— Isso aqui ó! — disse ele agora saudando o céu.
— Só consigo ver a sua cara de besta — disse o grisalho.
— Finalmente consegui chegar! Na vida após a morte, Yomotsuhirasaka! — disse ele com a mão acima da testa como se estivesse observando uma grande vista.
— É… alguém pode me dizer o que está acontecendo? — perguntou Angela.
Nessa hora, Kitsu Rin apareceu na cozinha.
— Com licença, acho que pode ter sido isso — disse com um cogumelo mordido numa mão e uma caixa escrita " Kit de Suicídio " em outra.
— Hahaha! Elefantes rosados dançam valsa no horizonte! Quem diria que me bastava comer alguns cogumelos da região para me divertir batendo botas! Hahaha! — disse Sasuke como um completo lunático.
— Acho melhor fazermos alguma coisa — disse Akira enquanto Kouta e Angela encaravam a cena com dois círculos brancos nos olhos.
Kouta deu um salto e desferiu uma voadora no pescoço de Sasuke deixando seu superior inconsciente.
— Pronto — disse ele.
— Não era isso que eu tava falando! — exclamou Akira.
— O que foi já foi — disse Rin crédulo.
Nessa hora, a porta se abriu e um dos anciões Gabirus passou por ela, todos os homens-lagarto que estavam assistindo uma confusão provocada pelo inspetor pararam o que estavam fazendo e fizeram uma referência.
— Bom dia mestre! — exclamaram eles.
— Um bom dia meu povo — disse ele serenamente.
Os Gabirus separaram um lugar para seu mestre e o pessoal humano teve que sentar de novo.
— Olá, Arauto e seus companheiros, meu nome é Akro, sou um dos três anciões do conselho Gabiru, somos nós que administramos o Grande Lago depois a carnificina comandada por Faceless — disse ele.
— Porque ficam me chamando de Arauto? — disse Kouta.
— Fomos proibidos de dizer, bem, depois de perdermos nossas tropas, Faceless, como um homem arrogante e poderoso que é, decidiu que esse lugar é uma de suas propriedades e empregou dois Yo-kais perversos, Kin e Gin, para comandar as ações do Grande Lago e garantir que nós, homens-lagartos, seguimos suas ordens — disse Akro.
— Mas eu achava que os Gabirus eram bons em combate — disse Angela.
— Kin e Gin são muito poderosos, são Yo-kais de Rank C, mesmo que nos viremos contra eles, é a mesma coisa que se virar contra o Faceless, enpregar a destruição — respondeu Akro diretamente.
— Vamos nos virar contra eles — disse Kouta.
— O que? — exclamou quase todo mundo.
— Faceless não tem motivos para mandar em vocês, vocês são livres! — exclamou o grisalho com veemência.
— Não podemos, mesmo se um dia conquistarmos nossa liberdade, o que nós ganharíamos com isso, iríamos perder tudo — disse Liss.
— Não dá pra dizer que é impossível — disse Akira se metendo.
— Se uma maçã cai no chão, ela apodrece com o tempo, mas ainda dá para reutilizar sua semente — disse Angela.
Os gabirus ficaram apreensivos, nessa hora, o ancião suspirou.
— Teremos de confiar na palavra do Arauto, ele pode saber uma forma de derrotar eles, já que está ligado ao mal profundo — disse Akro.
— Que que tá acontecendo? — disse Sasuke levantando depois do desmaio.
— Então, o que os dois geralmente vem fazer aqui — disse Yoru.
— Eles vem para cobrar os impostos e botar novas regras, geralmente eles exigem comida e bebida, não podemos contrariá-los, mas também, pode-se dizer que Faceless é um homem amante de doces, e como o Grande Lago é rico em plantações, geralmente conseguimos muitas quantidades de açúcar por ano e conseguimos fazer muitos doces, e por isso depois de cobrar impostos eles vem e carregam o pacote — disse Kowall.
— Onde fica o depósito de doces mais ou menos? — perguntou Kouta.
— Fica num frigorífico do lado de fora deste prédio — disse Kowall.
— Ok… eu vou usar o banheiro… — disse ele se levantando e saindo da sala.
— Então, eles chegam quando? — perguntou Akira.
— Amanhã a noite, se vocês têm um plano é melhor aproveitar hoje para se preparar — recomendou o ancião.
~Transição~
Os dois homens encapuzados estavam sentados perto de uma fogueira a apenas alguns quilômetros do Grande Lago, ao lado deles, estava um menino de cabelo curto, desarrumado e branco como a neve e olhos vermelhos. Ele estava vestindo um colete branco com calça preta, embora sua versão tenha um zíper enorme no pescoço.
— Então, Juuro, porque você quer ir atrás do Lago dos Gabirus, pensei que você só odiava humanos — perguntou Gin, um homem pálido de longos cabelos ruivos.
— Perto do Grande Lago, haverá uma construção, cheinha de humanos, ali vou fazer minhas vítimas — disse o garoto comendo uma carne de porco selvagem que havia matado na floresta.
— Mas porque está na sua forma humana? — perguntou Gin.
— Tenho nojo de estar nessa forma, só a uso pois estou perto de Yo-kais de Rank superior ou para enganar alguém — disse Juuro.
— Isso não será necessário, fico feliz que tenha se interessado em entrar para Harusame, depois de recolhermos dos Gabirus, levaremos você até o chefe — disse Kin.
— Eu espero…
~Retransição~
Anoiteceu novamente, fazendo um tempo úmido e um nebuloso naquela área da montanha, Yoru estava do lado de fora do prédio, deitado na grama e observando as estrelas do céu.
— Nossa, você não sente frio? — disse uma voz feminina.
Era Ichigo Akhali, com uma roupa simples e uma toalha nos ombros como se tivesse acabado de sair do banho.
— Não, mas você também não pode dizer o mesmo — disse o rapaz sem olhar pra ela.
— Não é como se eu me preocupa-se com você, idiota! — exclamou ela grosseira.
— ( eu já ouvi essa frase em algum lugar ) — pensou o azulado com uma gota na cabeça.
Depois disso, ela sentou ao seu lado na grama.
— Você e aquele de cabelo branco são estranhos, todo mundo fica tenso e ansioso, mas vocês não demonstram nada, parecem até que não sentem — disse ela olhando pras estrelas.
— Eu tenho sentimentos, só acho que não preciso mostrá-los, quando ao Kawakami, não consigo dizer, ela não dá nenhuma brecha para que alguém seja capaz de lê-lo — disse Yoru serenamente.
— Se você diz, eu só acho que sentir não deveria ser um problema — disse Akhali.
— Sentir… as vezes, uma pessoa passa por tanta coisa, que as vezes esquece o que é isso e age de acordo com o fluxo, acho que alguém como eu e o Kawakami estamos nessa fase — disse Yoru pensativo.
— Pois é melhor saírem, não sabem o que estão perdendo da vida ficando desse jeito — disse Akhali parecendo preocupada.
— Ah, omatase! — disse uma outra voz.
Era Angela, também como se tivesse acabado de sair do banho, observando a conversa com uma expressão maliciosa.
— Foi mal ter atrapalhado, já estou indo embora — disse ela se virando.
— Ei! Não é o que você está pensando! Volta aqui agora! — disse Akhali ficando corada e correndo para desfazer o mal entendido.
— Mulheres… — murmurou Yoru parecendo confuso.
Após algum tempo, Kouta apareceu, parecendo satisfeito com algo e chupando a ponta dos dedos como se estivesse os limpando.
— Nossa, você não voltou do banheiro desde aquela hora — disse Yoru.
— Eu tive uma diarréia daquela e fiz amizade com o banheiro — disse o grisalho tentando disfarçar algo.
Ele se sentou ao lado do amigo na grama, também observando o céu.
— Ei, o que você acha de mulheres? — perguntou o azulado.
— Por que? — disse o grisalho.
— Só curiosidade — disse o azulado.
— Não sei te dizer, elas são muito misteriosas, e também, o fato do meu desejo sexual ser quase 0 faz com eu não me interesse com frequência — disse o grisalho.
— Eu acho ela confusas, uma hora faz uma coisa, outra hora fazem outra, é difícil — disse o azulado.
Akira surgiu no quintal, segurando Jibanyan no colo.
— Mestre! Você sumiu! — disse o gato.
— Fui ao banheiro — disse o grisalho.
— Sei desse banheiro — disse Akira com sarcasmo e se sentando na grama.
Os três continuaram naquela conversa estranha por alguns horas, discutindo sobre mulheres, o dia que tiveram e as pessoas que conheceram, afinal, para um certo alguém ali, era uma das poucas vezes que tinha a oportunidade de fazer tal ação.
Porém, em algum lugar do mato, pode-se ouvir o barulho de alguém se remexendo entre os arbustos.
— Estão ouvindo alguma coisa? — perguntou Akira ansioso.
— Nyão — disse Jibanyan.
Nessa hora, um corte apareceu na construção atrás dos garotos.
— O que isso? — disse Akira.
Um tornado em miniatura saiu de dentro dos arbustos, desferindo lâminas de vento queria um para todas as direções sem um alvo em específico.
— Um Kamaitachi! — disse Yoru.
Ele se levantou e fez uma pose de luta, uma lâmina de vento veio em sua direção e ele rebateu ela com um chute.
— Está tentando intimidar a gente, podem partir para cima — anunciou o azulado.
Kouta sacou Musashi, Akira sacou seu fuzil e Jibanyan se transformou em um Yo-kai bem alto e musculoso. Com uma longa juba laranja, apenas na parte de cima de sua cabeça que muda para vermelho com um pouco de branco. A mesma é bem avantajada e ia até seus pés. Seu corpo possui a mesma cor, com listras negras nos braços e no rosto, assemelhando-se a um tigre, e tem garras compridas.
— Vamos lá malditos! — disse ele, até sua voz tinha mudado, ficando grossa e intimidadora.
Yoru continuava rebatendo as lâminas de vento com seus poderosos socos, e no movimento seguinte, Akira disparou balas de energia que foram ricocheteadas pelo tornado.
— Deixa comigo! — disse Jibanyan.
O tigre começou a dar socos em alta velocidade contra os projéteis, devolvendo eles agora com mais energia.
Porém, o tornado se dissipou se transformando em um ser impossível de ver devido a sombra da noite, ele começou a correr para direita desviando dos projéteis energia e causando pequenas explosões conforme desviava.
Infelizmente para ele, Yoru e Kouta apareceram na frente dele, os dois desferiram lâminas de vento, Kouta com sua espada e Yoru com seus chutes.
O Kamaitachi fugiu de dor ao receber os corpos sendo jogado a uma boa distância dos três e caindo derrapando no chão, Jibanyan pulou em cima dele e o rendeu.
— Peguei ele! — disse o Yo-kai.
Os três se aproximaram do Yo-kai, cautelosos para ver se iria reagir.
— Será ele o Yo-kai que o Lúcifer-san falou? — disse Kouta.
— Se falou, essa missão foi mais fácil que se esperava — disse Yoru.
— Não sou Juuro — disse o Kamaitachi.
— O que? — disse Akira.
— Parem, já está bom! — disse uma voz feminina desesperada.
Uma menina criança se aproximava dali, tinha cabelos pretos amarrados em duas tranças e grandes olhos azuis. Ela trajava um quimono tradicional japonês branco.
— Jiro-nii-san só estava testando vocês para ver se podem nos ajudar — disse a menina.
— E você é? — disse Kouta.
— Essa é minha irmã mais nova, Nae — disse Jiro.
Quando olharam novamente, ele havia se transformado em um garoto criança com cabelos verdes e olhos azuis. Também trajando o típico kimono japonês branco.
Jibanyan deixou Jiro se levantar, ele estava com cortes feios na barriga devido ao golpe, porém, Nae se aproximou de seu irmão e encostou a mão no lugar machucado, nisso, uma esfera verde se materializou nas mãos da menina e o corte feito pelo vento desapareceu.
— Muito obrigado, Nae — disse Jiro agradecido.
Nae ajudou seu irmão a levantar e logo ficaram frente a frente ao quarteto.
— Nós somes Jiro e Nae, como podem ver somos Kamaitachi, vimos que vocês são caçadores fortes e por isso decidi testá-los para ver se poderíamos pedir sua ajuda — disse ele.
— Explique-se — disse Kouta.
— Antigamente, éramos Kamaitachi gerados pela nossa mãe, eu, Nae, e nosso irmão do meio, Juuro, faziamos o nosso trabalho, espantando humanos e tudo mais, porém, após uma série de circunstâncias, nosso irmão acabou se rebelando contra a própria raça e seguiu matando as pessoas — disse Jiro.
— Seu irmão foi bem imprudente para ter chamado a atenção dos caçadores — disse Yoru.
— Isso não é verdade! O Juuro-nii-san era uma pessoa doce e amável! Ele hesitava até mesmo quando precisava cortar o mindinho e de um ser humano! — exclamou Nae revoltada.
— Se acalme Nae, infelizmente Juuro escolheu esse caminho — disse Jiro tentando acalmar a pequena.
— Não! ele ficou diferente depois que tocou naquela Rocha estranha, aquele não é ele de verdade! — disse Nae.
— Perai? Você disse Rocha? — disse Akira.
— Será que foi a Rocha de Troca? — disse Kouta.
— Mesmo que ele tenha sido corrompido por algo, quando um Kamaitachi nasce, ele deve seguir um código que tem que levar para o resto da vida: nunca mate um ser humano, infelizmente, a única redenção para esse crime… é a morte — disse Jiro duramente.
— Não! Não! Deve ter outro jeito! — disse ela cobrindo os olhos para disfarçar o choro.
— Não dá, Nae, não dá! — disse Jiro duramente.
Kouta sacou sua Katana e apontou para o rosto de Nae, que ficou paralisada. Ele encarava a menina com um olhar frio e sem vida, na sua cabeça, um lapso de memória estalou, estando de frente para um homem loiro com uma barba de costas pra ele, o homem sorrindo e dizendo uma única palavra.
Obrigado...
Sendo cortado pelo próprio Kouta logo em seguida.
— Sacrifícios são necessários, independente de quem for, a escuridão leva alguém pra um lugar onde não tem volta, e infelizmente, ela levou seu irmão — disse ele friamente.
Ele tirou a espada da frente da menina, fazendo ela cair de joelhos.
Ele se virou para trás e seguiu seu caminho até a casa dos Gabirus.
— Venham, temos que explicar a situação aos superiores, pode ter coisas a mais nessa história toda — disse ele.
— Depois —
Os três, e Jibanyan que voltou a sua forma de gato, narraram ao Gabirus e a Sasuke o que acabaram de descobrir pelos Irmãos Kamaitachi.
— Entendo, então, o Kamaitachi Juuro foi corrompido pela Rocha de Troca, e agora, pode estar causando destruição que chamou atenção do Arauto, isso é ruim, se ele encontrar Kin e Gin estaremos perdidos — disse o ancião Akro.
Nessa hora, um Gabiru de armadura apareceu na sala, parecendo nervoso e desesperado.
— Grande Ancião! Kin-sama e Gin-sama chegaram! — disse ele com medo.
— Não é possível, eles chegaram cedo demais! — disse Kowall.
— Mas chegamos mais cedo por certos motivos, Kowall-kun! — eles ouviram Gin falar de fora do prédio.
— Se escondam! Ainda dá tempo! — disse Keel.
— Já disse que vamos lutar — disse Kouta se levantando.
Sasuke pousou a mão em seu ombro.
— Vamos fazer isso, eu tenho um plano — disse o homem.
— Vamos pelos fundos — disse Yoru.
Os humanos saíram da sala e foram pelo lado esquerdo do corredor enquanto os Gabirus foram pelo direito.
Quando chegaram lá, os Gabirus soldados fizeram uma formação para abrir o caminho para Kin e Gin, que andavam no meio deles, imponentes. O ancião Akro e os outros dois se aproximaram dos dois.
— B-bem vindos, Kin-sama e Gin-sama! — disseram os anciãos fazendo uma reverência respeitosa.
— Ok ok! O mesmo reverenciamento de sempre. Isso é o que irrita em vocês — disse Gin chutando poeira na cara dos anciões.
— Sinto muito, Gin-sama — disse o segundo ancião, Krepus.
— Tanto faz! Agora, hora da bebida! — disse Gin.
— Não se exalte ainda Gin, ainda temos de verificar o pacote antes de ir embora mesmo — disse Kin pondo o braço na frente do irmão.
— Ah sim, claro, Rakirin, por favor — disse ele apontando para um Gabiru soldado.
O Gabiru os guiou até fora da formação e indo atrás do prédio central, onde havia um enorme frigorífico enfincado numa árvore.
— Aqui estão, 5 toneladas de doces, como pediu — disse o ancião Akro.
Rakirin abriu o compartimento, e apesar do pequeno tamanho, por dentro era do tamanho de uma sala de aula, que por sinal, estava vazia, tendo até um farelo de deserto pulando ali.
— O QUE?! — gritou Rakirin.
— É… parece que não tem nada aí — disse Kin calmamente.
— Vixi, o mestre Faceless vai falar um monte — disse Gin sadicamente.
— Impossível, meses de trabalho, como pode — disse o terceiro ancião, Preele.
— A resposta é simples: eu comi tudo — disse uma voz.
Eles se viraram, Kouta, junto com os irmãos Kamaitachi atrás dele e os outros membros da Hangetsu preparados pra lutar.
— Você! — disse Gin apontando para ele.
— Não é possível, um humano não é capaz de comer isso tudo — disse Kin.
— Eu sou um Yogoretachi, eu posso — disse ele.
Ele brandiu a Katana, que piscou pelo fio com a luz da lua.
— Mas agora não é hora de conversa, são dois contra nove — disse o grisalho.
— Permita-me lhe corrigir, Jovem Arauto, três contra nove — disse Kin ajeitando seus óculos.
No meio dele, Juuro surgiu entre eles, ainda em sua forma humana, com os olhos sedentos por sangue.
— Juuro-nii-san! — exclamou Nae.
— Nae! — disse Jiro.
— Jiro, Nae, entendo, vocês pediram ajuda para um humano, você querem mesmo me matar, NÃO É?! — gritou ele.
No seu braço, uma enorme lâmina em meia lua apareceu.
— Tsujimikaze! — disse ele.
E em um giro preciso, a lâmina cortou o espaço e mandou uma enorme lâmina de vento em direção aos caçadores.
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