E aí, me chamo Dennis (não começa com piada sobre meu nome, não), moro em São Paulo, idade? Acho que 16. Bom, eu trabalho na Segurança Pública, é um trampo de tempo integral. E o que eu faço exatamente? Eu mato demônios. Pensou que só tinha no Japão, né? Tem em todo o mundo, mas em alguns 'lugar' tem menos ou mais, aqui varía muito, então quando não tem, eu faço uns bicos pra Segurança Pública pra dar aquela recompensada.
Te falar da minha história: quando era 'menor', meu pai cometeu suicídio por causa da dívida 'mó' alta com o C.V (Comando Vermelho), essa dívida foi passada pra mim, os filhos da puta não tiveram nem compaixão pela morte do meu pai, tá ligado?
<???> Na humildade me'mo, pivete. Tô ligado que teu coroa morreu aí, mas assim 'menor', tu vai ter que pagar a dívida dele com 'nóis'. E se tu meter o louco e fizer merda, tu vai tá no 'preju', vai tá no me'mo lugar que teu pai, se vira pra pagar, arranja dinheiro, vende o corpo, nem que demore, tu vai pagar essa porra.
Nesse dia, conheci meu cachorro, Pochete, fizemos um pacto, um acordo, ele tava morrendo, dei meu sangue pra salvar ele, literalmente. A partir daí viramos melhores amigos, ele era meu único amigo, aos poucos pagamos a dívida mas ainda faltava muito, morávamos num barraco improvisado embaixo da ponte (era a Domingos Netto), subia um cheiro forte de esgoto, e junto com a fome e a insônia, me faziam ficar acordados a noite inteira, só pensava em pagar a dívida, pensava em ter uma mina, ter o que comer, um pão com manteiga ou géleia todos os dias, banhos quentes. Mas resumindo tudo, um dia o C.V me chama pr'um bico de matar um demônio mas quem foi morto foi eu com meu cachorro, nos esquartejaram em mil pedaços, nossos órgãos e membros tavam sendo tirados, arrancavam tudo e jogaram numa caçamba perto. Meu dog sendo um demônio, me deu sia vida e tornou meu coração, sentia meus membros e órgãos se juntando de novo e os órgãos que tinha perdido antes pra pagar a dívida foram feitos do zero.
Matei os demônios e o cara da facção. Surgiu uma mina gostosa pra caralho, ela me chama pra fazer parte da Segurança Pública, ela me disse que seu nome era Márcia, me apaixonei por ela, mesmo sabendo que ela poderia ser bem mais velha que eu, mas foda-se, as mais velhas são as melhores. Conheci o Aquiles e Poliana. Aquiles é um nome merda, eu sei. Poliana era gata também, ela era uma demônio, uma possessiva... passiva... possessa... Essa porra aí. O foda é que ela me mandou ir com ela até a porra do Morumbi pra salvar o gato dela, ela me traiu, mas suave, perdoei ela e salvei o gato dela. Chegando no AP que morava eu mais Áqui (apelido é melhor) e a Poliana (vou chamar ela de Power, porque ela ficava falando isso toda hora).
...
(A história a partir daqui se passa entre o "beijo" da Himeno e o aparecimento da Reze)
<Poliana (Power)> Tá melhor, humano?
<Dennis (Denji)> Melhor do que, parça?
<Power> Daquela porra lá, do vômito — Diz zoando a cara do loiro.
<Dennis> Nem me lembre disso, ainda consigo sentir o gosto — Diz colocando a língua pra fora com cara de nojo — Nem o pão mais gostoso com a melhor géleia consegue tirar esse gosto.
<Power> Tá pensando em comida de novo?
<Dennis> Começa não... — Fala olhando pra posessa
<Power> Relaxa, tô tirando uma com tua cara — Diz rindo — Mas então, cadê o Áqui?
<Dennis> Se não tiver lá na firma, tá com aquela mina lá, a Rimeno.
<Power> Eles namoram?
<Dennis> Se pá, sim, naquele hotel eles tavam na mesma cama e ela deu o Marlboro pra ele, tipo beijo indireto.
<Power> Porque vocês, humanos, gostam tanto de se beijar? Qual a graça de...encostar a boca na outra? Um amontoado de baba, barulhos parecendo que tá chupando uma laranja...
<Dennis> Sei lá, mano, nunca beijei... não vou nem considerar aquilo um beijo.
<Power> Não, namoral, aquilo foi muito foda!— Ela diz já rindo antes de começar a falar.
<Dennis> Aah...vai se fuder, truta!
Power ficou enchendo meu saco com o negocio do "beijo da Rimeno", aquilo foi traumatizante para um caralho pra mim e pra todo mundo que tava lá e ela ainda me faz lembrar disso.
...
<Aquiles (Áqui)> Cheguei — Fecha a porta e o Miauzinho ronrona e se esfrega na perna dele — E aí, Miauzinho.. — Miauzinho miava e Áqui entrava na cozinha/sala.
<Dennis> E aí, 'veín'. Tava onde?
<Áqui> Resolvendo uns bagulho na firma com a Rimeno.
<Dennis> Meteu a pica? — Diz olhando pro Áqui com um soreiso de malícia
<Áqui> Se liga, moleque — Bate na cabeça do loiro — Cadê a Power?
<Dennis> Tsc, vê se tá aqui no meu bolso — Diz abrindo o bolso da calça zoando com Áqui e rindo depois — Ela tá no banho.
<Áqui> Já é, então. Já comeram?
<Dennis> Já, tem um pedaço de pizza no fogão — Diz apontando pro fogão
<Áqui> Como cês pagaram uma pizza? Nem é final de mês e cês 'gastou' tudo na locadora.
<Dennis> Digamos que, um entregador meio que morreu por um demônio lá, matei naquele pique, eu e a Powerzinha, aí, como eu nem sei ler direito e nem a Power, então pegamos a pizza do mano, o dono da pizzaria ficou ligado no 'procedê' e de recompensa deixou a pizza pra gente por matado o demônio.
<Áqui> Cês pegaram- Cês pegaram a pizza de um cara que morreu?! — Diz indignado e suspira pesadamente.
<Dennis> Parça, isso já não é problema meu, tá ligado? Fiz meu corre como sempre, se a pessoa ficou puta ou não, se aquele maluco lá do dono fez outra, eu já não sei e cê acha que vou recusar um rango desse? Não, né — Power sai do banheiro de toalha cobrindo o corpo e diz que a água quente acabou
<Áqui> Nem fodendo, eu nem tomei banho.
<Power> Você demorou demais e eu, sua soberana, merecia um pouco mais de tempo.
<Áqui> Pau no teu cu, eu tenho que tomar banho gelado agora?
<Power> Tá reclamando do que, caralho? É água, agradece. Vocês, humanos, reclamam de tudo. — Ela vai pro quarto se trocar.
...
Tava no meu quarto, já me aquecendo pro meu punhetão noturno, DVD ligado, volume quase no mudo, meia-noite, lubrificante, pau durasso. Tudo nos conformes.
<Power> E aí, Denzinho! — Surge do nada na frente de Dennis
<Dennis> Caralho! — Se assusta — De onde você surgiu, capeta?
<Power> Eu já tava aqui, o Miauzinho foi pra cá, segui ele e acabei dormindo embaixo da sua cama.
<Dennis> Tá, agora sai do meu quarto.
<Power> Não, valeu. Meu quarto tá longe, me deixa ficar aqui hoje? — Insiste
<Dennis> Tá, okay, ô desgraça da minha vida.
<Power> Valeu — Ela se joga na cama do loiro — E aí, bota um filme 'pá nóis', na humildade?
<Dennis> Mano, eu ia assistir um pornôzão brabo agora, aí tu brota do inferno e me atrapalha.
<Power> Foda-se, mano. Bate tuas punhetas outra hora, bota logo um filme aí.
<Dennis> Mina folgada. — Ele se levanta e procura um filme, A Ostra e o Vento, filme de 1997 — Esse eu achei bom. — Ele coloca no DVD Player e fica do lado de Power cobrindo ela e ele com o edredom.
Se passa um tempo, Power fica quieta mais do que o normal, olho pra ela e percebo que ela tava vidrada no filme. Power se ajeita no meu peito, sentia meu coração bater mais rápido aos poucos. Tô assim, só por conta da Power...?
...
• POV POWER •
O filme era meio... profundo ou complicado demais pra mim. Como assim, o pai dela tava fazendo o papel de pai, não é?... Humanos podem se revoltar com os próprios pais?Por mais mandão que seja, é pai dela não é? Não era porque queria proteger a filha, porque ele ama ela? Humanos são complicados demais, por isso são inferiores. O coração do Den tá muito aceleerado, o meu também, mas porquê? Nunca me senti assim, parece que eu tô morrendo. Mas por algum motivo, sinto um conforto perto do Dennis, por mais forte que eu sou e a líder desses insetos, não sinto isso com os outros, além dele. O calor do corpo dele... Tá frio lá fora hoje, a janela tá aberta e o vento gelado bate no quarto mas no corpo dele parece me proteger do frio.
Eu olho pro Den e ele parece distraído, olho pro peito dele e acabo abraçando o corpo dele e adundo meu rosto no peitoral dele.
<Dennis> Power?
<Power> Hm...?
<Dennis> Tá tudo bem? — Olha pra loira
<Power> Tô, eu tô com frio, só isso, agora me deixa assistir — Olha de relance ainda deitada no peito de Dennis mas fecha seus olhos e acaba dormindo — ...
Eu sonho com um lugar frio, tá nevando muito onde eu tô, vento muito forte mas vejo o Den no fundo e vai se afastando, eu gritava e chorava e caía na neve. Me deparo que eu tava chorando e Den me acorda preocupado.
<Dennis> Power! Acorda...
<Power> Hm... — Ela estava chorando e soluçando, seu labio inferior tremia, ela inspirava seu nariz escorrendo — ...
<Dennis> Calma, já passou, tá tudo bem — Diz abraçando sua parceira e acariciando seus cabelos loiros e longos
Eu limpava meu nariz olhando pra baixo, quando termino, olho pro Den com lágrimas nos olhos e ele limpava minhas lágrimas, meu coração começou a acelerar de novo.
<Dennis> Tá melhor?
<Power> Uhum... Tô sim, valeu... — Power fica olhando os olhos de seu amigo, aos poucos sua respiração fica irregular
<Dennis> Tô aqui, okay? — Dennis sentia a respiração de Power próximo a si.
A luz do poste tava iluminando uma parte do quarto pela janela aberta, os olhos de Den estavam brilhando, apesar de estar bem tarde da noite, no pico da madrugada, os olhos amarelados do Den pareciam o nascer-do-sol. Eu fiquei hipnotizada pelos olhos dele, eu travei e sentia meu rosto queimar e o rosto de Den tava vermelho também.
<Dennis> Ainda consegue dormir? — Diz com tom sonolento e voz baixa
<Power> Eu...acho que sim... — Power deita em Dennis, seu rosto encosta no pescoço do mesmo
<Dennis> Dorme bem... — Ele acariciava os cabelos dela
<Power> Você cheira a géleia de morango — Diz pegando no sono — Boa noite, Den... — ela adormece
...
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