“Precisamos conversar sobre as estratégias do torneio. Vamos nos reunir por volta das oito horas da manhã no campo de treinamento.
- Maki”
Sakura tinha acordado com essa mensagem em seu celular, olhou a hora e viu que ainda era muito cedo, dava tempo para fazer suas coisas com calma.
Chegou no campo mais cedo do que o combinado e não estranhou quando não viu ninguém por lá, olhou para os lados e resolveu treinar o que o Rei das Maldições tinha dito na noite anterior.
Pensou em uma possibilidade de fazer com que não fossem vistos ou sentido. Um selo talvez?
Começou a aquecer seu corpo, faria uma série de exercícios enquanto pensava sobre o assunto.
Se colocasse selos e passasse seu chakra oculto para blindar o local, talvez conseguisse fazer com que a energia amaldiçoada do Rei das Maldições não fosse reconhecida e nem seu Chakra.
Se poderia ocultar objetos, talvez conseguisse ampliar isso para lugares e pessoas.
Pensou em Satoro Gojo. Caso falhasse isso traria problemas a ele, mas também queria aprender sobre a manipulação de energia amaldiçoada. Sentia que os professores tinham receio de deixa-la usar. Assim que Satoru voltasse, ela contaria a verdade a ele e aguardaria o seu julgamento.
Pensou na interação que teve com o Rei das Maldições, a presença dele era realmente intimidadora, mas Sakura sabia que se ele tentasse algo, conseguiria sela-lo e ele não teria mais como reencarnar ou voltar a vida.
- Chegou cedo – Yuta falou sentando na arquibancada e analisando a garota
- Tenho o costume de acordar junto com o sol– ela parou de correr e sentou ao lado do garoto – E você? – perguntou tomando um pouco de água – Qual a sua desculpa por estar aqui mais cedo?
- Eu não consigo dormir – a garota olhou para o céu, estava bonito naquela manhã.
- Quer conversar sobre isso? – Yuta olhou pra ela meio desconfiado – Você não é obrigado a falar – ela deu ombros – Mas se quiser se abrir, eu estou aqui para te escutar
- Soube o que aconteceu na sua missão ontem – ele trocou de assunto
- É – o suspiro que veio foi de cansaço – Eu estou sendo o alvo
A Haruno se perguntou várias vezes o motivo, Gojo tinha dito que os superiores queriam de fato sua execução, mas pensou que tinha sido prorrogada.
- Ainda não entendo o motivo já que estou fazendo as coisas direitas – a garota expos seus pensamentos – Eu só quero mesmo é voltar para o meu tempo e conseguir salvar os meus amigos.
- E até aonde estaria disposta a ir para conseguir isso – Yuta conseguiu a total atenção de Sakura com essa pergunta.
Analisou a expressão do garoto e viu o vazio em seus olhos.
- Não preciso ir em lugar nenhum para conseguir, Satoru Gojo me deu sua palavra e isso basta pra mim – um vinco se formou na sobrancelha do garoto
- Ele disse que te ajudaria a voltar? – Yuta estava realmente confuso, a resposta dela foi tão convincente.
- Não nessas palavras, mas disse que cuidaria de mim e daríamos um jeito na minha situação – ela voltou a olhar para o céu – Confio nele, se não estou morta é Graças ao Sensei Gojo.
E mais uma vez aquelas palavras pegaram o garoto desprevenido. Ele sabia o que era estar na pele dela, um dia ele também foi salvo por Satoru Gojo e se hoje tinha pessoas a sua volta era graças ao homem.
- Eu tenho pesadelos todas as vezes que durmo – ele também olhava para o céu ao lado dela – Dormir é um inferno maior que estar acordado.
- As vezes os nossos pesadelos são uma forma de nos autopunir por coisas que não achamos certo.
Ficaram um tempo refletindo sobre isso.
- Poderia ir comigo até o centro de Tokyo hoje? – Sakura perguntou – O Diretor Yaga não permite que eu saia sozinha e eu preciso ir numa farmácia de manipulação para entregar a receita do remédio do Toge.
- Toge está doente? – um sentimento ruim se apossou do corpo do garoto.
- Não, mas a fala amaldiçoada danifica bastante a saúde dele, então fiz uma formula que vai ajuda-lo nisso.
- Eu posso te acompanhar.
Yuta estava num impasse muito grande, Sakura não parecia nada com o que moldou em sua cabeça. A garota era forte, sentia isso. Rika uma vez disse que sentia uma presença adormecida dentro dela que era esmagadora.
Mas ali, em algumas palavras tudo estava se desfazendo. Ela estaria mesmo querendo matar o Gojo?
- Obrigada – o sorriso que ela deu fez o garoto corar.
- E aí perdedor – a voz de Maki fez com que os dois abrissem os olhos – Oi Cherry, está melhor?
Atrás de Maki vinham Toge, Panda e Nobara. Todos eles sentaram de forma confortável na arquibancada.
- Nada como uma boa noite de sono – Não podia dizer que o Rei das Maldições foi a fonte disse.
Sakura sentia-se segura ao lado da maldição e o mesmo não a tratava com desprezo ou mal. Podia até dizer que Sukuna era gentil e agradável.
- Ficamos preocupados com você – Nobara falou – Não eram para aquele tanto de maldições estarem lá.
- Salmão – Toge confirmou
- Yaga não gostou nada disso – Panda falou
- E aí pessoal – Yuji e Megumi chegaram logo depois – Ta melhor Sakura?
A Haruno olhou para o garoto e ficou pensativa
“Então ele não se lembra de nada quando o Rei das Maldições toma posse do seu corpo?”
- Eu é que pergunto – ela respondeu realmente preocupada com o amigo – Não lembro como fiz para chegar aqui.
- Eu cheguei com você desacordada, mas impediram que a Senhorita Shoko chegasse perto de você – ele chutou uma pedrinha e ficou meio sem graça – Eu não sabia muito o que fazer e também tinha uma ordem restrita de que ninguém podia ficar perto ou ter contato contigo
- Ta tudo bem Itadori – o sorriso dela foi acolhedor – Você está bem? – Ela olhou para as mãos machucadas dele e alguns cortes pelo rosto.
- Eles queriam você, mas nada que eu vá morrer.
- Vem aqui – Ela pediu dando espaço para ele se sentar próximo a ela.
Quando o garoto sentou, Sakura deixou o Chakra verde fluir em sua mão e passou pelo garoto curando as feridas dele.
- O Kokusen te causa dor pelo impacto? – ela franziu o cenho quando passou a mão pelos braços do garoto.
- Sim mas eu só sinto depois quando o sangue esfria.
- Entendi – Sakura tinha uma formula pronta na cabeça para isso, Naruto também sentia o impacto quando lançava o Rasengan – E aí, está melhor?
- Completamente.
Yuta assistia tudo calado, ainda não tinha visto as habilidades da garota e achou surpreendente pois sentiu a onda de energia que deixou seu corpo mais relaxado.
- Precisamos nos organizar e criar uma estratégia para Kyoto – Maki disse pegando um papel e uma caneta.
- Só de pensar na prova da até canseira – Itadori falou derrotado.
- Prova? – Sakura estava tentando acompanhar as etapas.
- Desculpa Cherry – Maki disse e ajeitou os olhos – São três etapas para o evento – Ela escrevia no papel – O primeiro é a prova escrita, ela serve para ditar o desenvolvimento intelectual nos alunos de cada escola, mas nós perdemos nessa no ano passado – o olhar que a Zenin deu para Itadori e Nobara foi mortal
- Podemos fazer um grupo de estudos, Duas horas por dia até chegar o dia da primeira etapa – todos concordaram.
Itadori e Nobara abraçaram Sakura dizendo que ela era um anjo da guarda e implorava para que não deixasse a Zenin arrancar o couro deles nos estudos. Sakura ria da situação.
- A segunda etapa é uma espécie de caça a bandeira. As duas equipes têm uma bandeira e precisam esconde-las, ganha a equipe que tiver as duas bandeiras em mãos primeiro. E a terceira etapa são as lutas individuais, a escola que tiver o maior número de vitórias ganha.
Sakura realmente pensou que estava refazendo o exame Chunin.
- Alguma duvida? – Megumi perguntou olhando para a amiga.
- Não, só é parecido com as provas da escola Ninja que tinha na minha vila – ela disse nostálgica – Porém éramos todos crianças e era uma competição com todos os países.
- Deveria ser muito loco – Itadori falou – Se lutar só contra o pessoal de Kyoto já é difícil, imagina com todos os ninjas de um pais inteiro.
- Quantos saem vivos? – Sakura perguntou lembrando de um ponto importante
- Como assim? – Panda perguntou – Todos saem vivos, não é permitido matar.
- Pera – Nobara quem perguntou – Quantos saiam vivos do seu?
- Não sei ao certo. Quando eu fiz tinham umas 600 equipes e só passaram 8. Alguns morriam, outros sumiam, outros desistiam e alguns eram desclassificados.
- Isso é pesado – Panda disse
- Salmão – Toge confirmou
- Eram ao total três pergaminhos: Água, terra e Ar, os pergaminhos eram diferenciados pela cor ou símbolo. Cada time recebiam um desses três. Caso abrisse, antes da hora, os alunos eram desclassificados. O objetivo era juntar os três pergaminhos lutando contra as outras equipes. Você só podia passar para a próxima fase se estivesse os três.
- E se fosse repetido? – Yuta perguntou
- Você teria dois pergaminhos do mesmo elemento, mas não passava, tinha que ser um de cada.
- Nunca mais reclamo das provas de Kyoto – Itadori disse.
- Ok vamos voltar aqui – Maki chamou a atenção de todos.
Eles passaram toda a manhã fazendo todas as estratégias para as competições. Sakura percebeu que a Zenin era uma ótima líder e ficou orgulhosa da amiga.
...
- Sakura – Yuta chamou a garota enquanto todos iam se distanciando – Podemos ir agora no centro?
- Só preciso pegar a permissão como diretor Yaga – o garoto achou estranho, ele nunca precisou de permissão para ir aos lugares.
- Vou com você
Não demorou muito para que estivessem batendo na porta do diretor e conseguirem a autorização.
- Tome cuidado Sakura – foi que ele disse antes dos dois saírem pela porta.
- Obrigada diretor – foi tudo o que ela conseguiu dizer antes de sumirem pelos corredores.
- Eu só vou no meu quarto pegar as coisas e tomar um banho e te encontro na entrada, pode ser? – Yuta confirmou, faria o mesmo.
Não demorou muito tempo até que os dois se encontrassem no local marcado. Yuta ficava cada vez mais surpreso com a beleza da garota. Parecia que a garota ficava cada vez mais bonita, se isso era possível.
- Está bonita – ele corou ao dizer
- Obrigada, você também está!
Foram andando os dois até o carro em um silencio confortável.
- Podemos almoçar pelo centro mesmo – o garoto sugeriu – O que gosta?
- Eu ainda sou nova na culinária daqui, mas se você tiver algum lugar preferido, irei com você
- As vezes eu esqueço que você veio de outra época.
- As vezes esqueço que estou em outra época
- Acho que você está se saindo bem – ele pontuou
- O endereço que a senhorita me passou é nesse prédio – o motorista disse estacionando em frente a um enorme prédio comercial.
- Obrigada! – ela agradeceu
- Jovem Yuta – o motorista chamou a atenção do garoto – Chame assim que acabarem – o garoto confirmou com a cabeça e saiu do quarto.
Sakura estava do lado de fora esperando o garoto para que pudessem entrar no prédio.
Deram suas identificações, Sakura agradeceu mentalmente por Gojo ter feito seus documentos.
Assim que entraram na sala, eles viram um atendente com uma pequena maldição em sua cabeça. Sakura tentou agir natural, mas os olhos vazios de Yuta estava na pequena maldição.
- Aqui, preciso que faça esses dois medicamentos pra mim – a atenção de Yuta foi para os dois papeis – Esse com a identificação de Toge Inumaki e esse outro com a identificação de Yuji Itadori
- Ok, podem aguardar um pouco enquanto coloco no sistema – o gentil atendente disse.
Eles foram andando até uma fileira de poltronas e sentaram confortáveis.
- Pensei que faria só para o Toge
- Também pensei que seria, mas hoje vi que o Kokusen também afeta os ossos do Itadori, então eu prescrevi uma formula para fortificar os ossos dele. Ele estará mais forte e não sentira tanto o impacto – ela explicou de forma calma e gentil
- O que foi aquilo que fez para cura-lo? – ele perguntou
- Eu sou uma ninja médica, uso o Chakra para curar feridas e outras coisas – ela respondeu e deixou sua mão verde.
- Senhorita Sakura Haruno – o atendente chamou – Aqui está o código do seu pedido, ele ficará pronto em dois dias – falou entregando um papel cartão com o numero de protocolo, você paga quando pegar o medicamento.
- Obrigada senhor.
- Tenham um bom dia.
- Precisamos exorcizar aquela pequena maldição! – Sakura disse ao garoto
- Já cuidei disso – ele falou e conduziu a garota para o elevador sem deixa-la que olhasse para trás.
...
Eles andaram um pouco pelas ruas movimentadas de Tokyo até entrarem em uma viela que dava para uma espécie de feira enorme. Tinham várias barracas de comida e o cheiro que vinham delas era maravilhoso. Sakura estava encantada.
- Parece uma criança em um parque de diversão – Yuta disse olhando pra ela.
- É tudo muito bonito, muito colorido, a energia daqui é contagiante – o garoto sorriu, ele sentia o mesmo, o lugar parecia ter algum tipo de vida própria.
Eles andaram mais um pouco até pararem em uma barraquinha que tinha várias luminárias de papel vermelhas e brancas espalhadas. Yuta guiou a garota até uma mesa vaga e Sakura ficou admirando a estética da barraca, era realmente linda.
- Isso aqui deve ser lindo a noite – os grandes olhos brilhavam, Yuta ficou admirando a garota.
- É sim – ele continuava olhando as expressões dela.
- Aqui está o cardápio, qualquer coisa é só chamar – a atendente fez um reverencia respeitosa e saiu para anotar alguns pedidos.
- Tem alguma preferência? – Yuta disse ao ver a garota olhando cuidadosamente o cardápio
- Não, são tantas opções – e realmente era, tudo parecia gostoso – Vou deixar você pedir por nós dois – suspirou derrotada e colocou o cardápio na mesa.
- Está com muita fome? – ela afirmou com a cabeça.
Yuta levantou a mão e sorriu em direção a atendente que foi atende-los em instantes.
- Eu gostaria de dois Gyudons, dois Takoyakis e quatro oniguiris – a atendente anotava tudo – Tem alguma preferencia para bebida Sakura?
- Suco, mas você escolhe o sabor
- E uma jarra de suco de maracujá – ele olhou para a garota para ver se a mesma aprovaria o pedido e Sakura confirmou com a cabeça.
- Voltarei em instantes com os pedidos de vocês – a atendente disse se retirando.
- Eu fiquei curioso com a sua técnica de cura – o garoto disse olhando para a garota – a energia é forte e tem um efeito calmante
- É uma técnica que eu uso, normalmente os pacientes ficam nervosos com cirurgias ou com o próprio ferimento. Então uso isso essa técnica para acalmar e passar confiança – ela olhou para o garoto e colocou a mão estendida na mesa – coloque sua mão em cima da minha.
Quando Yuta coloca a mão, uma energia esmagadora apareceu atrás dele. Uma maldição enorme aparece olhando para Sakura. Ela arregala os olhos, a energia do Rei das Maldições vinha da criatura.
- Quem é ela? – Sakura pergunta de forma suave
- Essa é a Rika, minha noiva – ela intercalou o olhar entre o garoto e a maldição.
- Entendi – ela deu um risinho baixo – Eu não vou machuca-lo Rika, pode ficar tranquila.
- Como...? – a confusão na expressão de Yuta era evidente.
- Ela protege você e não confia em mim – ela disse olhando pra Rika – Eu prometo que não vou machuca-lo, ele é meu amigo Rika e eu protejo os meus amigos – a atenção toda de Sakura estava em Rika – Se eu fizer algo que vá feri-lo você pode me atacar sem pensar duas vezes.
“Eu protejo os meus amigos” essa frase martelava nos pensamentos de Yuta. O garoto estava de frente para duas direções e estava em dúvida de qual seguir.
A palma de sua mão esquentou um pouco fazendo acordar de seus devaneios, sentiu uma energia correr aos poucos dentro de si. Não doía, não queimava, pelo contrário, era leve.
Yuta começou sentir seu corpo mais leve, como se cada célula sua estivesse sendo nutrida. O Okkotsu sentia-se revigorado, como se ele pudesse ser de fato feliz.
Sakura tirou sua mão com calma, e o garoto ficou analisando sua própria mão.
- Pode confiar em mim Rika – ela ainda olhava para a maldição.
Em instantes Rika desapareceu, deixando os dois ali e o ambiente voltou a ficar tranquilo.
- Aqui está os pedidos de vocês – a atendente precisou de duas levas para que todos os pedidos estivessem na mesa – bom apetite.
- Espero que goste – ele falou olhando seu prato.
- Sei que vou, isso tudo parece delicioso.
Eles começaram a comer e Sakura fazia expressões engraçadas provando a comida, Yuta ria da amiga.
- Você não teve medo da Rika, normalmente as pessoas ficam apavorados – o garoto falou depois tomar um gole de suco.
- Pessoas ficam com medo do que não podem lidar, e ela não me pareceu uma ameaça – ela falou depois de mastigar a comida em sua boca – E achei aceitável ela te proteger de uma estranha, porque sei que sou isso pra ela.
E dali eles continuaram comendo, Yuta fazia um comentário ou outro sobre a comida e Sakura se deliciava com as coisas que estavam na mesa.
- Não aguento mais – Sakura respirou fundo depois de terminar de beber o suco.
O Okkotsu riu e levantou para pagar a conta, ignorou o protesto de Sakura sobre dividirem e caminhou até o caixa.
- O pessoal conhece esse lugar? – ela perguntou passando pelas barraquinhas
- Não, eu não consigo sair muito com eles – o tom do garoto foi melancólico.
- Podemos vir na próxima vez com todos aqui a noite, se esse lugar é incrível de dia, a noite deve ser fantástico.
- Seria muito legal.
- Já sei, podemos vir um dia antes de irmos para Kyoto, até lá o Sensei Gojo já teria chego e podemos vir todos.
- Você gosta mesmo do Gojo né? – ele disse meio incerto sobre a resposta.
- Sim, ele esteve do meu lado em momentos que eu não queria nem mais respirar, ele foi importante pr’eu estar aqui agora. Assim como os outros – A cada vez Yuta estava mais certo que o alto escalão estava errado e começou a se sentir culpado.
- Antes de eu conhecer você, Maki disse que você não estava bem, mas não quis me falar o motivo – eles estavam caminhando agora pela rua movimentada de Tokyo até o ponto de encontro com o motorista.
- Eu fui em minha primeira missão e confrontei uma maldição de nível especial, a expansão de domínio dela era a tortura psicológica e foi realmente uma tortura – ela sentiu um gosto amargo na boca e tentou empurrar o sentimento para o fundo.
- Sinto muito que tenha tido essa primeira experiencia – ele queria conforta-la de alguma forma
- Ta tudo bem – Sakura não queria estragar o clima com isso.
Encontraram o motorista e foram em caminho a academia. O percurso todo foi silencioso, cada um em seus pensamentos.
Ao chegarem em frente academia eles se despediram, Sakura disse que voltariam naquele lugar e que ela tinha realmente amado.
- Sakura – Yuta chamou a garota antes da mesma tomar seu caminho – Espero que você possa me desculpar – Sakura ficou confusa com a fala do garoto.
- Ta tudo bem, não precisa se preocupar com isso, você não foi culpado pela missão – ela respondeu com um sorriso e se afastou.
Yuta não falava da primeira missão da garota, mas sim da sua. Precisava pedir desculpa por ter que seguir o caminho que foi trilhado para si.
...
Já era tarde da noite quando acordou no susto com alguém puxando seu pé.
- Bú – Sukuna disse assim que a garota olhou em sua direção
- Pensei que bicho papão ficava dentro do armário, ou debaixo da cama, Rei das Maldições – ele não cansaria de se deleitar com essas três palavras que saiam de forma adorável da boca dela.
- Tão engraçada, eu poderia costurar sua boca o que acha? – ele sentou na cadeira próxima a ela – Temos treinamento hoje, esqueceu?
- Não tenho medo de você – ela disse levantando sonolenta – E não, mas não sei como ter contato com você e esperei que aparecesse mais cedo.
Sakura se arrastou pelo quarto e pegou roupas esportivas, não sabia o que a esperava e decidiu colocar uma roupa que não limitasse sua locomoção.
- Seria interessante vê-la se despindo – ainda com sono, Sakura olhou envergonhada para o homem.
- Estou com sono demais para responder – ela andou até o banheiro e trancou a porta.
Sukuna riu com esse ato, ele realmente abriria a porta para olha-la.
Sakura sai do banheiro já vestida e com uma cara melhor. A garota vai até a geladeira e bebe um copo de água.
- Seu corpo fica espetacular nessas roupas – a garota se engasga e começa a tossir – Não fique nervosa – o sorriso predatório dele fez a garota hiperventilar – Se quiser, é só pedir – ele levantou e caminhou até ela – Eu te comeria com prazer.
Sakura teve que engolir seco, não queria admitir que o Rei das Maldições tinha algum efeito nela.
- Consegui fazer o que você falou – a voz dela saiu em um tom diferente e se odiou por isso.
- Então consegue anular a minha energia e a sua? – ele estava curioso.
- Sim, assim como consigo esconder o lugar em que treinaremos – Sukuna achou aquilo interessante – Me de o seu braço – ele a olhava de cima – Por favor – pediu com delicadeza.
Algo dentro dele remexeu com o pedido, seria um deleite vê-la implorar. Ele estendeu o braço para a garota e a mesma colocou a mão sobre a pele dele. A corrente quente passou pelos dois corpos. Ambos se entreolharam. Sakura desviou o olhar para focar no que precisava fazer e quando a tirou a mão tinha um selo na pele do maior.
Sukuna ficou analisando a escrita, era antiga. O Rei das Maldições tentava focar naquilo para ignorar a corrente de segundos atrás.
Com um movimento de mãos, Sakura ativou o selo. Fazendo uma corrente passar pelo corpo do maior.
- Pronto, agora é como se você não existisse – O sorriso de Sukuna era enorme e predatório, mas ao mesmo tempo que surgiu, desapareceu. Lembrou que tinha feito um pacto com Satoru Gojo.
Ele andou na frente e pulou a janela, a garota o seguiu e caminharam até um lugar bem distante da escola.
Sakura perguntou quantos metros o Rei das Maldições precisava e ele falou que quatro quilômetros estava de bom tamanho.
Sakura fez alguns movimentos com a mão e colocou a mão na terra fazendo uma espécie de selo gigante. O Homem viu o brilho azul que surgiu, mas não conseguiu sentir nenhuma energia.
- Está feito.
-Ótimo, agora eu quero ver até aonde você aguenta – ele andou tranquilo até ela com passos calmos.
- Pode vir com tudo – ela se preparou para o ataque.
- Eu não terei pena.
O treinamento durou quase que uma noite inteira.
Sukuna viu que era mais fácil ensinar para a garota do que para Itadori. Sakura pegava as coisas rápido e era uma ótima aluna.
Seria um prazer ensina-la.
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